Tayná Coelho 28/02/2014Empolgante"Sawyer absorveu aquela palavra, forte. Quando o casamento dos pais ruiu, as pessoas disseram que ela era forte, só porque ela não havia começado a se cortar nem levado uma arma para a escola. Mas ela não era forte."
Nem de longe Sawyer era forte. Assustada e burra, eu diria, mas não forte. Sawyer perde o namorado em um acidente que, em seguida, descobre não ter sido um acidente. Ela começa a receber outros indícios de que alguém a está perseguindo e matando as pessoas ao seu redor. Ao invés de ser uma adolescente normal e apenas correr e contar-tudo-para-o-papai, Sawyer começa a desconfiar de tudo e de todos, enquanto as coisas só vão piorando.
Sawyer fica a todo momento dividida entre a “obrigação de estar triste” pela morte de seu namorado e um evidente alívio que sente, que não é de se estranhar, já que ela sofria violências físicas e psicológicas de seu namorado perfeito.
Filha de pais divorciados, Sawyer mora com o pai e com a madrasta. Sua mãe, uma advogada de sucesso, vive em outro estado. Sua relação com o divórcio dos pais e com a chegada da madrasta é a que se espera de uma adolescente: revolta e resistência. A situação piora com a gravidez de Tara, sua madrasta, que causa ciúmes em Sawyer.
"Um galho se quebrou atrás dela, e Sawyer prendeu a respiração, com medo de se virar – e com medo de não se virar."
O livro tem uma narrativa tão envolvente e misteriosa, como um bom thriller deve ser, que eu concluí a leitura em menos de um dia. Sawyer é uma personagem principal que nos faz sentir raiva das coisas que ela faz, e é esse envolvimento passional que tornou a leitura tão boa.
Ficamos o tempo todo nos perguntando se um ou outro personagem é o admirador-assassino. Todos tem motivos para serem suspeitos e, ao mesmo tempo, todos são insuspeitos demais. O livro aborda a violência e a obsessão do perseguidor com maestria e nos mostra até onde uma mente doente pode ir.
Eu recebi esse livro da parceria do blog com a Companhia Editora Nacional e, já de cara, foi o que mais me atraiu e acabei o escolhendo como primeiro livro da parceria para ler. Foi uma leitura emocionante e tive oportunidade de conhecer, e aprovar, o trabalho da autora Hanna Jayne, já que eu ainda não havia tido nenhum contato com a escrita da autora.
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http://olhandoporai.com/2014/03/01/resenha-real-louco-mortal-hanna-jayne