Belleville

Belleville Felipe Colbert




Resenhas - Belleville


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Fernanda 28/04/2014

Resenha: Belleville
Resenha: “Belleville”, de Felipe Colbert, pode ser definido por uma palavra: impressionante. Não li nada a respeito quando comecei esta leitura e talvez essa tenha sido a vantagem. Me surpreendi com uma narração altruísta e sutil, cenas dramáticas e personagens honrosos. A história é muito emocionante e as sensações repassadas ao leitor são definidas com clareza e objetividade.

Lucius é o protagonista desta trama enigmática e comovente. De início, ele passa a sensação de ser bastante acomodado, porém aos poucos vai se revelando uma pessoa mais emotiva e honrosa. Ao seu mudar para uma casa que parecia bem simples – mas foi se revelando bem misteriosa – ele nunca poderia imaginar que sua vida poderia mudar tanto. As descrições dos locais e de cada objeto encontrado no decorrer do enredo são peças fundamentais para o melhor entendimento dos fatos.


CONFIRA A RESENHA COMPLETA NO BLOG SEGREDOS EM LIVROS:

site: http://www.segredosemlivros.com/2014/04/resenha-belleville-felipecolbert.html
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Martinha 23/07/2020

LEIAM : "Porque histórias assim devem permanecer"
ANTES DE LER, QUERO TE PERGUNTAR ALGUMAS COISAS...


*QUANTO ESTARIA DISPOSTO A ABRIR MÃO DOS SEUS SONHOS PELOS SONHOS DOS OUTROS?

* ALGUÉM JÁ SONHOU POR VOCÊ?


* você JÁ REALIZOU O SONHO DE ALGUÉM QUE AMA?



" Acho que estamos a todo momento à procura de aventuras como essa, que fogem à realidade. Espero que você a encontre logo, porque histórias assim devem permanecer para sempre em nossas memórias"

Livro muito bom, com uma história envolvente, com uma leitura que fluiu muito, sem querer parar de ler.

Já tinha visto o livro e ficado com o pé atrás por causa da capa (não que seja feia, mas porque não gosto de capas COM pessoas. Não me julguem, MAS não gosto de começar uma história já vendo um rosto...
gosto de ler e imaginar! As vezes me frusto quando estou lendo e imaginando algo totalmente diferente da foto da capa...além disso não acho atrativo mesmo, SIMPLESMENTE não DESPERTA A CURIOSIDADE)
mas acabei dando uma chance porque vi que era um autor nacional e CONSIDERO primordial darmos uma chance a tantos escritores bons que temos no nosso país.
Se não lermos, não saberemos.
E que alegre surpresa logo no começo do livro!
De cara já gostei da escrita.
Gostei especialmente da protagonista feminina criada. Me solidarizei com Anabelle.


Quanto mais lia, mais ficava curiosa para descobrir como autor iria fechar uma história que envolve algo "INCOMUM"....
Outra coisa, GOSTO DE NARRATIVAS QUE SE UTILIZAM DE trocas de cartas e o autor sobre trabalhar muitoo bem isso.


Imaginei que o autor iria desenvolver a história de forma mais profunda, mas a forma como ele tratou também ficou Boa, mesmo que tenha achado um tanto simplória e tornando uma leitura mais tranquila ( mesmo que tem assuntos muito complexos na trama). Vai me entender, rsrsrs.

LEIAM.
SUPER VALE A PENA.
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Ju 09/04/2014

Belleville
O primeiro livro do Felipe que li foi Ponto Cego. Não foi a leitura mais confortável do mundo para mim, mas me apaixonei pela escrita dele. Quando vi que Belleville seria lançado pela Novo Conceito, não precisei de mais do que o nome do autor, o título e a capa para querer ler enlouquecidamente. Assim que ele chegou aqui em casa, iniciei a leitura.

Não achei que fosse possível, mas o Felipe me surpreendeu ainda mais! Esse livro, ao contrário do outro dele que li, se encaixa perfeitamente nas minhas preferências. Um romance com uma boa carga de drama, que de quebra faz a gente acreditar em milagres. Conta uma história apaixonante. A história de um amor que desafia o tempo e que mostra que para o coração não existem barreiras.

Anabelle é uma garota de 18 anos que vive em 1964. Está passando pelo período mais difícil de sua vida. Tornou-se órfã e tudo o que tem é uma casa onde morar e um gato preto, seu fiel companheiro, Tião. Seu pai tinha um sonho: construir para Anabelle uma montanha-russa no terreno da propriedade: Belleville. Infelizmente, não conseguiu terminar seu projeto. Os mantimentos da garota estão acabando, e ela não sabe qual será seu destino. Decide que a única coisa que não pode perder é a esperança. Com o desejo de que alguém um dia termine o trabalho de seu pai, escreve uma carta, a coloca dentro de uma caixa, e a enterra no ponto em que a construção começou.

2014. Lucius se muda para Campos do Jordão para iniciar uma nova fase de sua vida: vai cursar matemática em uma das melhores faculdades do país. Com 20 anos, já sabe que seu forte não é fazer amizades, mas pretende focar nos estudos nos próximos 5 anos. Consegue alugar uma imensa casa por um preço fantástico, e é lá que encontra a carta que mudará seu destino, a mesma que Anabelle escreveu 50 anos antes. O rapaz terá que rever tudo o que acredita, e precisará de muita coragem e determinação.

"Eu não acreditava que seria capaz de abandonar meus sonhos pelo sonho de outra pessoa."

Não tinha lido a sinopse do livro, e não tinha a menor ideia do que esperar. Meu encantamento só foi aumentando enquanto eu avançava na leitura, queria sempre mais. A narração é em primeira pessoa, alternada entre Anabelle e Lucius, e isso fez com que eu me sentisse muito próxima dos dois. Os problemas que cada um precisava enfrentar me tocavam profundamente. Principalmente os de Anabelle, que passa por coisas extremamente revoltantes.

Belleville fez com que eu tivesse que enfrentar um turbilhão de emoções: raiva, aflição, alegria, esperança, revolta... Me fez sorrir e também me fez chorar. Destroçou meu coração e depois me ajudou a juntar os pedacinhos que restaram dele. Recomendo muito a leitura.

"Acho que estamos a todo momento à procura de aventuras como essa, que fogem à realidade. (...) Histórias assim devem permanecer para sempre em nossas memórias. (...) Afinal, somos todos sonhadores, não é mesmo?"

site: http://entrepalcoselivros.blogspot.com.br/2014/04/resenha-novo-conceito-belleville.html
Dani 11/04/2014minha estante
Que legal o enredo deste livro, acho muito interessante a vida dos dois personagens se encontrarem 50 depois. Fiquei curiosa para saber o que acontecerá! Concordo que a capa é linda, só de olhar, dá vontade de comprar :)


Gabi Sulzbach 12/07/2014minha estante
Peguei mas acabei não levando! Vale a pena a leitura? Gostei da resenha. Bjs




@resenhasdaro 18/04/2021

Viciante
Ótimo livro pra quem gosta desse tipo de história de viagem no tempo.
Vai ter resenha completa no meu ig @resenhasdaro
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kleris aqui, @amocadotexto no ig 01/06/2014

Apesar de tudo muito explicado e encaixado, algo na história não me ganhou
(Vc pode encontrar essa e diversas outras resenhas em dear-book.net)

Que tal um passeio pelo tempo? Mais precisamente ligar 1964 a 2014?

Tudo começa quando Lucius se muda para Campos do Jordão, cidade interior de SP, para dar partida em seus estudos universitários. A casa em que se aloja é afastada e antiga, mas chamou-lhe atenção pelo aluguel barato, afinal, não poderia arcar com tantos gastos se estava ali para lidar com as despesas por si só, tendo apenas uma pouca ajuda de custo inicial na conta bancária.

Além da casa, havia um terreno grande nos fundos. Em um galpão quase escondido pelo bosque Lucius se deparou com uma construção por fazer, que só fez sentido quando achou folhas e mais folhas de que aquilo era um projeto inacabado. Ao que tudo indicava, uma montanha-russa.

Presenteado por uma moto das antigas, uma vespa, Lucius decidiu não mexer naquilo, pelo menos não num primeiro momento. Foi explorando a biblioteca da casa que ele encontrou uma foto da antiga moradora, que a mostrava em alguma parte desse terreno, na área daquela construção, enterrando uma caixa. Curioso, perguntou-se se a caixa estivesse no mesmo lugar. E se estivesse, o que lá teria?

Uma carta. A carta que dá início a esse livro.

"Campos do Jordão, 20 de janeiro de 1964.
Ilustre desconhecido,

Hoje é seu dia de sorte. Você acaba de ser premiado com um passeio de montanha-russa! Espere, não estou brincando. Não despreze as minhas palavras. Leia a carta até o final para descobrir o que eu quero dizer."

Pois então, era mesmo uma montanha-russa caseira, que a sonhadora Anabelle revelou ter o nome de Belleville, projeto que seu pai não pôde concluir, mas que ela deixava agora nas mãos de quem encontrasse a carta e tivesse interesse em desenvolver um brinquedo que ela não tinha como realizar.

Bom, Lucius também não tinha como dar continuidade. Por isso decidiu unir a tal carta uma dele explicando a situação e passando a vez a outro desconhecido que poderia vir a descobrir aquela caixa e Belleville. É então que esta carta se materializa no momento de vivência de Anabelle.

O autor traça um paralelo que se define pela diferença de pontos de vista e, consequentemente, de linha de tempo. Ali estava um ponto de comunicação temporal inusitado, eles descobrem. Um pensava que o outro estaria armando alguma brincadeira de mau gosto, mas os fatos estavam ali para mostrar que Anabelle estava em 1964 e Lucius em 2014. Em vista disso, construir uma montanha-russa caseira já não parecia tão impossível, ainda que difícil. Encantado pelo que parecia extraordinário, Lucius ao menos se dedica a alguma pesquisa sobre o caso e, claro, manter algum contato com Anabelle.

" É possível construir uma montanha-russa em casa?Ele deu um breve assobio. Montanha-russa? Foi o que eu entendi?
Exato. E quem faria um negócio desses dentro de casa? Não exatamente dentro de casa, mas em um terreno..."

Enquanto isso, em cada plano de vivência, Lucius e Anabelle tentavam se virar. Ela, mais nova órfã, restou-lhe apenas a casa e Tião, fiel companhia felina; ele, estudante do curso de Matemática, calouro, morava sozinho. Aos poucos, entre as cartas e conversando sobre o sonho que era Belleville, eles vão se conhecendo melhor e dando espaço a uma confiança, confiança essa que se mistura a sentimentos ternos e uma chance, quem sabe, de aquele brinquedo vir a ser realizado.

"Enquanto isso, tinha a sensação de que Anabelle estava ali, próxima de mim, escondida atrás de uma árvore, observando tudo. Isso me impressionava, como quando eu me sentia quando estava sozinho e me lembrava de minha mãe. Tinha algo a ver com pensar que a Via Láctea é pequena demais para acharmos que estamos tão longe assim um do outro, e que uma simples reta imaginária me ligava a ela, não importava onde ela estivesse. O mesmo sentimento que eu começava a ter em relação à Anabelle."

Lucius na verdade se engaja cada vez mais, envolvido e maravilhado com cada passo que dá quando se trata de Belleville e Anabelle. Professor Miranda, de Física, acaba se deixando seduzir também pela proposta de uma montanha-russa caseira, antes um projeto, então uma determinação, visto que Lucius estava, misteriosamente, bem mais que disposto para tornar aquilo realidade.

Apesar de tudo muito explicado e encaixado, algo na história não me ganhou. Em diversos momentos de leitura empaquei com isso. Ao olhar com distância ao finalizar o livro, acho que posso dizer que gostei da história, mas não da forma como foi levada?

A escrita e enredo são bons, tem sacadas e tal, porém, de alguma maneira, a combinação não me conquistou ou me convenceu muito. Os encaixes me pareceram muito propositais, tive impressões muito americanizadas dos estereótipos (de personalidades diversas e ambientação melancólica), as situações um pouco exageradas, às vezes questionáveis. Embora a trama se insira em novo adulto, diversas vezes a senti como jovem adulto.

Os capítulos são curtos e ligeiros, nem sempre alternados pelos pontos de vista diferentes, pontos esses que só revelam de quem se trata durante a leitura, o que achei bom para não entregar demais. A edição de capa guarda bem a essência da história e, como diz, Belleville de fato é uma palavra que une Lucius e Anabelle, muito mais do que nós, leitores, podemos imaginar. Nesse sentido, tomando A Última Nota romance passado do Colbert como exemplo, a gente pode esperar fenômenos fantásticos inexplicáveis que se apropriam simplesmente do possível, sem necessidade de qualquer esclarecimento sobre eles senão acaba a magia, né? (rs).

Espero que o livro flua mais com vocês,

Até a próxima o/

site: http://www.dear-book.net/2014/06/resenha-belleville-ha-sempre-uma.html
Fabíola 23/07/2014minha estante
Nossa, concordo plenamente com você!
O livro tinha tudo, tudo para ser perfeito, mas pra mim não foi! Também achei um tanto cansativo e me peguei várias vezes conferindo se já estava perto de acabar! Sim, embora estivesse incomodada com a leitura, queria ver o final! Afinal, só poderia estar ali, pelas últimas páginas, o motivo de tantas estrelinhas atribuídas ao romance!
Relutante, terminei (apesar de também ter achado as últimas 60 páginas mais interessantes)! E assim... continuei pensando onde estaria a razão da constelação conferida à estória!
Ela também "não me ganhou", como você diz!!!
E fiquei a me perguntar o porquê, se tudo está mesmo "tão bem explicado e encaixado", e se o enredo é tão bom... Por que então, não me envolvi com a estória? Não suspirei por ela e não fiquei doida para saber o final (ao mesmo tempo que torcia para que o livro não acabasse)? Como sempre fico diante dos livros que amo?
Sabe, acho que o problema foi justamente está tudo tão claramente e até, forçosamente, arrumadinho demais!!
A escrita do autor não me cativou, me pareceu artificial! O texto me deu a impressão de ter sido corrigido inúmeras vezes, como se o autor tivesse ficado interrompendo a narrativa para pensar em cada pronome, cada sinônimo, que colocaria em cada frase! Lógico que isso não é ruim, pelo contrário, é muito chato ler um livro carregado de erros. Mas, não sei, acho que a forma que ele foi elaborado, tirou a sua fluidez, travou a leitura! Me deu essa chata sensação!
Gostei do enredo, como falei, mas ele não me fez viajar nas emoções de uma grande paixão... Não encontrei entre os protagonistas a "paixão irresistível" prometida na sinopse! Tudo muito previsível também!
Enfim, é uma boa estória, mas definitivamente não é o tipo de livro que eu indicaria de forma veemente!
É meio chato criticar o trabalho alheio dessa forma, mas o espaço está aqui justamente para darmos a nossa opinião, né? Com muito respeito, é óbvio!


kleris aqui, @amocadotexto no ig 23/07/2014minha estante
Siiim, fica uma sensação estranha. Fiquei relutante de abandonar, porque queria saber qual era a intenção do autor, onde ele queria chegar com tudo aquilo. Os últimos capítulos mesmo que deram uma engrenada (minha última esperança). E senti quase o mesmo sobre o outro dele, como se a história não tivesse descansada ou pronta, tinha umas coisas que pareciam desnecessárias. Aí ficou essa impressão de "arrumadinho demais" como você diz. Acho que indicaria para leitores iniciantes, por não terem muita base do que exigir, não sei.
Vi por aí comentários que nos eventos ele sempre comenta muito sobre o filme "A casa do lago", que até então eu não tinha visto completo. Assisti depois de ler e dá pra entender melhor onde o autor queria chegar. Só acho que ele não chegou ao ponto maduro da história para a apresentar.
Thanks pelo coment! Bom saber que alguém teve a mesma impressão.


Fabíola 24/07/2014minha estante
Rsrs
Nem sabia sobre as referências do autor ao filme "A casa do lago", mas fiquei o tempo todo, enquanto lia, pensando: com certeza o autor teve "A casa do lago" como referência! Rsrs
Discordo de vc apenas quanto ao fato de indicar este livro para iniciantes! Acho que estes precisam começar com livros excelentes (5 estrelas para lá). Aspirantes a leitores têm que se deparar, logo de início, com obras perfeitas, em todos os sentidos, só que de fácil leitura! Por que só assim, sem dúvidas, serão fisgados pelo universo literário e se tornarão ávidos leitores!
Também gostei muito de saber que ñ fui a única a ñ amar este livro!!!
Bjinhos e bons livros p/ vc!?


Gustavo Araujo 13/01/2015minha estante
Bom ver que minha resenha não foi a única a apontar as falhas do enredo. Fugir da unanimidade é sempre saudável. Viva o contraponto.




@dialogandohistorias 28/06/2020

Não tenho mais água no meu corpo
De tanto que chorei com esse livro. Que história emocionante.
Mas preciso dizer que ele aborda violência contra mulher e animais para quem tem gatilho com essas coisas (como eu, chorei horrores). Porém o final é incrível, vale a pena.
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Souza221 09/09/2020

O que você faria se pudesse viajar no tempo?
Você abriria mão dos seus sonhos pelos sonhos de outra pessoa?

Lucius sim!

Me faltam palavras para expressar o quanto eu amei esse livro!

Um amor que ultrapassa as barreiras do tempo, cartas que podem viajar entre o passado e o futuro, um vilão odioso, um sonho lindo, um pet fofo - tudo isso e muito mais você vai encontrar em Belleville.

Peguei esse livro com medo de não gostar, pois já tinha criado altas expectativas sobre ele, e só posso dizer que foi muito melhor do que eu esperava!

Devorei, me emocionei e me encantei em cada uma das páginas desse livro é mal posso esperar para fazer uma releitura!

Recomendo mais que um milhão de vezes!


PS: Se prepare para o capítulo 36! Ele destruiu meu coração...
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Mayra 17/09/2014

Belleville
Já fazia um tempo que eu vinha namorando a capa de Belleville, quando o vi na Bienal não tive dúvida, ainda mais porque viria acompanhado do autógrafo do autor. Terminada a leitura posso dizer que estou encantada com o livro.
Nesse romance cheio de magia, Felipe Colbert nos envolve numa história inspiradora. Ele consegue inserir na mente do leitor a vontade de realizar um sonho. Não somente o sonho de Anabelle e Lucius, mas os nossos próprios sonhos. A ideia de que os sonhos nunca morrem nos chega de uma maneira sutil e delicada, e ao mesmo tempo intensa.
Além disso Felipe ainda resgata uma raridade perdida no tempo: as cartas. Meus Deus! Quanto tempo faz que não escrevo uma carta de próprio punho?
E por último, mas não menos importante, o Amor. Amor com A maiúsculo, porque o Amor que existe entre Anabelle e Lucius é o Amor que falta a muitos casais hoje em dia. Aquele Amor capaz de transpor até mesmo a barreira do tempo. Um amor que não mede esforço e não pede nada em troca. Um amor que te torna feliz pelo simples fato do outro estar feliz.
Por tudo isso, Amei Belleville.
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nyne 12/05/2020

Experiência diferente
Como disse no título experiência diferente foi este livro, primeiro livro que leio do autor, uma das coisas que mais me agradaram no livro foi ele ser passado em Campos do Jordão, pelas pesquisas que eu fiz a cidade é muito linda e o autor retratou de maneira impecável. A história se passa no presente e no passado, e apesar de ser uma narrativa que não me agrada muito, eu gostei até porque é essencial para que o leitor entenda o dessenrrolar do livro. O livro mistura um pouco de realismo mágico com ficção científica e um romance bem
gostoso de acompanhar. Pra mim foi uma experiência bem diferente, por ser um livro brasileiro diferente de todo livro que li que é ambientalozando no Brasil. Apesar de
achar o final um pouco corrido eu gostei bastante da história.
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Isabella Pina 26/12/2019

Uma proposta interessante, mas...
Belleville é um livro nacional com uma proposta interessante: pretende falar sobre um dos meus temas favoritos literários, que é a viagem no tempo, misturado em uma história de amor e com uma montanha russa caseira peculiar. Inicialmente, somos apresentados aos dois protagonistas da história: Lucius, em 2014, um jovem de 20 anos que se muda de sua cidade natal para Campos de Jordão, para começar a faculdade de Matemática. Cinquenta anos antes, em 1964, conhecemos Annabelle, uma jovem que acabou de completar 18 anos, e vive sozinha no mesmo casarão que Lucius alugou no presente, depois de perder os dois pais. Por uma coincidência do destino e um toque de magia, os dois começam a trocar correspondências, o que parecia impossível até acontecer, e se aproximam, especialmente por estarem, de maneiras particulares, enfrentando sérios obstáculos em suas vidas, precisando de apoio um do outro.

Aos poucos, o sonho idealizado pelo pai de Annabelle, que pretendia construir uma montanha russa caseira para a filha, vira quase uma obsessão para Lucius, e vemos as coisas tomando forma por aí... Do outro lado, Annabelle conhece o irmão do seu pai, e começa a entrar em atritos com o homem, que decide mudar para sua casa.

Sem querer soltar muitos spoilers, essa é a pretensão inicial da obra. Confesso que as primeiras páginas não me cativaram tanto, mas eventualmente fiquei interessada se a montanha russa tão mencionada sairia do papel e, especialmente, qual seria o destino de Annabelle, que foi a personagem que mais me cativou. Por outro lado, tive sérios problemas com a narrativa de Lucius. Inicialmente, por ele se apresentar de uma maneira muito pretensiosa: é um cara inteligente, que se considera muito maduro pra sua idade, mas não tem sorte no amor porque as garotas não parecem se interessar em "caras como ele", todo diferentão e deslocado. Essa narrativa não cola mais pra mim, especialmente se vem de um personagem masculino, e sinceramente? O comportamento do Lucius muitas vezes é o principal responsável por colocá-lo em situações desconfortáveis e, especialmente, por afasta-lo de maneira reiterada de outras pessoas, porque parte do princípio de que "ninguém vai se interessar por mim, coitado". Enfim, dá pra ver que eu fiquei profundamente descontente com a construção desse personagem, né? Especialmente com o desenvolvimento da história, não fui conquistada por seu suposto carisma, e mantenho meu questionamento sobre algumas de suas decisões.

Por outro lado, simpatizei com Annabelle e seu gato de estimação, Tião. No entanto, ao decorrer da história sinto que sua personalidade, ao invés de se desenvolver, foi minguando, obviamente em razão das diversas situações a que era submetida - não quero dar spoilers, mas sinto que muito foi colocado na história sem grandes propósitos além de chocar e deixar enraivecidos os leitores, e isso me chateia.

O relacionamento dos dois evolui bem rápido, o que eu achei meio estranho inicialmente, mas considerando que ambos são pessoas que estão, de certa forma, isoladas do resto do mundo, é uma clara situação em que ambos só queriam um ombro amigo para desabafar, o que justifica o apego rápido.

A conclusão da história é satisfatória, mas achei um tanto quanto apressada, porque realmente queria saber mais sobre o que aconteceria com os dois personagens, e só nos resta migalhas quanto ao futuro dos dois.

Enfim, Belleville é um livro que entrega uma proposta interessante, mas pelo menos ao meu ver, enfrenta algumas falhas ao decorrer de seu trajeto, e não consegue mostrar totalmente a que veio. Infelizmente, no momento em que eu li, fiquei um pouco decepcionada sim, especialmente porque esperava mais da escrita e dos personagens, mas cabe dizer que eu me tornei um pouco mais exigente (ou chata?) com as leituras nos últimos anos.

Obs: nesse mesmo sentido, gostaria de fazer um questionamento: observei que, no decorrer do livro, quando personagens não brancos são apresentados na história (ponto positivo: eles existem), a cor da sua pele é evidenciada, enquanto o mesmo não ocorre com personagens brancos. Dá pra discutir um pouco sobre isso e relacionar ao fato de que, na literatura, muitas vezes a gente se acostumar a padronizar o branco como "o normal", e isso é uma visão antiquada e que reduz muito as possibilidades narrativas.

Obs 2: também tem umas observações bem desnecessárias que o Lucius faz sobre algumas mulheres que conhece, e que eu particularmente não achei legal, especialmente porque né, já cansei de ler isso e já estamos em 2019 - isso não era legal há cinco anos e continua não sendo.
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Barbara Sa 04/05/2014

Resenha Belleville - Segredos Entre Amigas
Lucius acabou de se mudar para CAMPOS DO JORDÃO, ficará na cidade até completar sua LICENCIATURA EM MATEMÁTICA e terá que morar em uma velha casa, daquelas que até o encanamento range. A príncipio ele acha a casa um dispautério em comparada com o anúncio de sua locação, mas não se intimida por isso, em especial quando, do telhado, vê uma série de pilares que demarcam o terreno. Sua curiosidade está aguçada.

Após devidamente instalado e sem saber qual o significado dos pilares, Lucius encontra na biblioteca da casa a foto de uma linda jovem. A fotografia é antiga, preta e branca, mas ele já se encontra encantado pela moça, pela linda Anabelle. Nessa fotografia Anabelle está próxima a um dos estranhos pilares no terreno, Lucius vai em busca desse pilar e chegando lá descobre para que tudo aquilo servia.

Ele encontra uma carta e descobre que os pilares eram o começo da construção de um grande sonho do pai de Anabelle; Belleville, uma montanha-russa caseira. Na carta, Ana pede, encarecidamente, para que o futuro morador da casa realize esse sonho, já que pra ela isso se tornou impossível após a morte de seu pai. Sentido com a declaração da moça, e sem ter a mínima condição de arcar com o término da construção da montanha-russa, ele torna o pedido de Anabelle ainda mais forte para o próximo habitante da casa, escreve uma outra carta, coloca junto com a de Anabelle e enterra onde as encontrou.

A carta de Lucius junta-se com a de Anabelle e retorna 50 anos no tempo, logo ela encontra a carta e responde, mesmo achando tratar-se de uma pegadinha, começa então uma troca de cartas com 50 anos de diferença, mas que mudará a vida de ambos os escritores.

O livro é narrado pelo ponto de vista de Lucius e de Anabelle, ele em 2014 tentando realizar os sonhos da jovem que vive em 1964, ela procura formas de viver sem os pais para lhe dar apoio, mas encontra em Lucius o sustento, e alento, que precisava para seguir em frente.

Felipe tem uma escrita doce e romântica. O livro, apesar de ser uma ficção óbvia, é mágico e nos faz acreditar que aquilo pode acontecer na vida real. Aliás, quem disse que não pode? O sentimento que une o casal protagonista é tão forte que eles não pensam mais em si mesmos, mas sim um no outro.

Achei interessante a forma como o autor intercalou a vida de Lucius e Anabelle em separado, mas nos fez pensar nos dois juntos a todo momento. Lucius, além da montanha-russa, tem que se preocupar com sua faculdade e o pai que deixou em sua cidade natal, já Anabelle tem que cuidar de si própria, da propriedade e do seu gato Tião.

BELLEVILLE foge a todos os livros que já li na vida. É o romance mais doce, lindo e envolvente que já tive o prazer de conhecer. A história é verdadeiramente apaixonante e, apesar de nos fazer querer chegar a conclusão, nos faz querer ler de forma lenta, a fim de apreciar as páginas de maneira única.

Além de Ponto Cego, nunca havia lido nada do autor, mas devo declarar que, com esses dois livros, ele entra na minha lista de autores para acompanhar.

Felipe, obrigada por nos brindar com essa magnífica história.


site: http://seaoficial.tk/1fIjl3z
Francelle 08/05/2014minha estante
Ótima resenha! Me deu ainda mais vontade de ler...=)




Kelly 27/11/2014

Olá Pessoal!!!
Pois é, o Setembro Nacional acabou, mas pra nossa imensa alegria as obras continuam... E como meu Setembro foi maravilhoso acompanhado dessas obras nacionais de tirar o fôlego, vou continuar assim... Sei que tenho muuuuitas obras pra ler e resenhar, mas estou dando preferência a todas as Nacionais na minha estante, e não estou me arrependendo.

A obra de hoje é Belleville do Felipe Colbert, outro autor que tive o prazer de conhecer na Bienal do Livro esse ano!!! E como podem ver, só conheci feras nessa Bienal, o que me faz ficar mais ansiosa pra do ano que vem, porque claro, agora a festa vai ser beem maior...

Então mãos a obra kkk

Lucius acabou de se mudar para Campos do Jordão, pela primeira vez ele irá morar sozinho, e isso torna tudo novo pra ele. A pouco tempo ele perdeu a mãe, e deixar seu pai sozinho o deixa desconfortável, mas é por um bom motivo, afinal ele esta indo para uma das melhores faculdades de matemática, realizar seu sonho. Ele é aquele cara caladão, na dele. Como um bom matemático, tudo na sua vida é lógico e calculado... Sua renda vinda de um investimento, esta calculada para suas despesas básicas até o final do curso daqui á 5 anos, e ele pretende cumprir tudo como manda seu senso lógico... Mas...


Há sempre uma PALAVRA que nos une.

E nesse caso é no sentido literal da coisa!!!
Lucius descobre que no terreno dos fundos da casa alugada, existe uma construção de algo estranho, que foi abandonado no começo do projeto, após algumas xeretadas ele descobre as plantas do que parece ser uma montanha russa. Espantado ele tenta achar algo mais pela casa,que esclareça isso, e é assim que na biblioteca ele encontra a foto da antiga moradora, Anabelle. Na foto ela esta enterrando algo perto da montanha russa e ele curioso que só, resolve descobrir o que estava enterrado, assim Lucius tem contato com a primeira carta da moça dos olhos verdes!

Anabelle viveu na casa a 50 anos atrás, sendo mais exata em 1964, ficou orfã de mãe e depois do pai, que foi vencido pela tuberculose. Com apenas 18 anos, sem renda e sem nenhum parente para ajuda-la, a única companhia da garota é Tião, seu gato preto, seu melhor amigo... Até Lucius chegar.

A carta foi deixada por Anabelle, na intenção de que o próximo morador, terminasse aquilo que era o sonho de seu pai, construir a montanha russa pra ela, com palavras simples e tocantes ela explica sua situação e pede ajuda ao próximo para que o projeto seja finalizado.

Quando Lucius, encontra a carta, se sente tocado, mas seu lado racional sabe que ele não tem condições de terminar o projeto, e assim ele resolve escrever outra carta e colocar junto com a de Anabelle na caixinha para apoiar a sua ideia e quem sabe ajudar a convencer o próximo morador.

O que eles não esperavam é que essas cartas seriam transportadas 50 anos futuro e 50 anos passado, fazendo com que os dois se comunicassem!!! No inicio, claro que a ideia de que isso possa realmente acontecer, vai gerar uma grande desconfiança entre os dois, mas depois de provas sinceras tudo começa a se tornar real.

[...] Mesmo com um coração de pedra, todo ser humano é capaz de sonhar.Se você tem sonhos, não zombe dos meus[...]

Ficou espantada(o)? Eu também.. kkkkkkkkkk

Quando soube da sinopse do livro, a primeira coisa que pensei foi no Filme A Casa do Lago, quem nunca viu vale á pena, o enredo é parecido, um casal se conhece através de cartas e se comunicam através do tempo por estarem na mesma casa em anos diferentes.

O romance de Lucius e Anabelle é puro, e quando digo isso é porque ele é puro da maior maneira possível, já que eles nunca se virão ou se tocaram, conhecem um ao outro por aquilo que é escrito nas cartas, e quem já escreveu, sabe, que é nesse momento que o melhor lado da pessoa que somos se apresenta. Pelo menos eu me sinto assim...

No papel, não há mentiras nem falsidade, a pessoa do outro lado não te vê, sendo assim você não precisa sorrir por medo de chorar... E é assim com eles.

Assim que encontrei a nova carta, mordi os lábios. Respirei fundo duas vezes e meus olhos enxergaram o brilho de lágrimas de alegria logo abaixo deles. Que ninguém me visse agora, senão eu morreria de vergonha.

Passei o livro inteiro me perguntando: Felipe quando eles vão se encontrar???? Desesperada pelo fim, e com medo do resultado, mas Felipe me surpreendeu em todos os aspectos.

Os personagens secundários, que não são vários, mas fazem diferença, e o melhor, quando você menos espera eles estão dando uma reviravolta em tudo!!! São cativantes ou no caso do Ed e os cones, irritantes a sua maneira kkkkk

O livro é um sonho, e fico me perguntando: Será que Belleville existe? Escondida em algum lugar em Campos do Jordão? Acho que vou perguntar pro Felipe kkkkk

Mas a verdade mesmo, é que Campos nunca mias será a mesma aos meus olhos, e se eu voltar lá algum dia, aquelas ruas terão um toque de romance muito maior, e como minha imaginação trabalha que é uma beleza, com certeza vou imaginar Lucius e Anabelle passeando de Vespa por aquelas ruas.

Mas um livro que deveria virar filme, mas que ao pensar nisso me dá um medo, porque o livro é perfeito do jeito que esta, e o filme teria que ser tão perfeito quanto, e na minha opinião sem alterações!!!

Felipe entrou pra minha lista de amores incondicionais, junto com Lu Piras e Tammy, claro que virão outros nessa lista, mas preciso de mais livros nacionais, estou viciada!!!

Eu espero que tenham gostado e que leiam, porque sei que não vão se arrepender... E pra finalizar me despeço com as palavras de Lucius, pra deixar em vocês um gostinho de quero mais!!

Bem, acho melhor não me prolongar. Você já deve estar com vontade de conhecer outra história tão bonita e empolgante quanto a nossa. Eu o compreendo, é como um vicio. Acho que estamos a todo momento á procura de aventuras como essa, que fogem à realidade. Espero que você a encontre logo, porque histórias assim devem permanecer para sempre em nossas memórias, ou quem sabe, por cinquenta anos. Afinal, somos todos sonhadores, não é mesmo?

Uma Super Bjoka e até a próxima!!! E se ler não esquece... Vem me contar por favor!!!


site: http://paraisodasideas.blogspot.com.br/
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Kenia 04/01/2015

"Tinha algo a ver com pensar que a Via Láctea é pequena demais para acharmos que estamos tão longe assim um do outro, e que uma simples reta imaginária me ligava a ela, não importava onde ela estivesse. O mesmo sentimento que eu começava a ter em relação a Anabelle."

Sabe quando você quer muito ler um livro por se apaixonar pela capa? Bom, esse foi um dos motivos que me fez querer ler o livro que com muita empolgação vou resenhar agora. Na verdade o outro motivo é que já li uma outra obra do escritor Felipe Colbert, em parceria com a querida escritora Lu Piras, chamada A Última Nota, outro livro maravilhoso e de escrita sensacional. Fui então motivada a ler Belleville, mas como não estou no Brasil, tive que conter minha ansiedade e esperar pelo presente de fim de ano que foi uma promoção do e-book que eu não sabia que existia. Acabaram-se as desculpas, e consegui finalmente me deliciar com essa história fantástica. Espero que curtam a resenha de Belleville! ♥

"Hoje é o seu dia de sorte. Você acaba de ser premiado com um passeio de montanha-russa! Espere, não estou brincando. Não despreza as minhas palavras. Leia a carta até o final para descobrir o que eu quero dizer."

A trama tem inicio no ano de 2014 com a chegada do jovem Lucius à cidade de Campos de Jordão, para cursar Matemática em uma universidade local. Seu pai conseguiu alugar uma casa antiga, e conhecendo seu novo lar pelos próximos 5 anos, o rapaz percebe uma formação de estacas fincadas no chão, em um caminho sinuoso perto de um bosque que se localiza nos fundos do terreno da casa.
Vasculhando a biblioteca de sua nova casa, ele encontra por acidente uma foto em preto e branco. Na foto, uma jovem parece estar enterrando uma caixa pequena bem próximo de um dos pilares da estranha formação que lhe chamara a atenção mais cedo e que agora instiga ainda mais sua imaginação.
Sua curiosidade o leva a querer entender aquilo, e ele não só encontra a caixa, como dentro dela há uma carta da garota da foto que se identifica como Anabelle. A moça aparenta ser a antiga moradora do casa, pois a data da carta é de 50 anos atrás, do ano de 1964.

"Quero acreditar com todas as forças que é a própria Anabelle que as está escrevendo, por mais insano que isso possa parecer. Espero não estar sendo enganado. Porém, mesmo que posteriormente alguém pule na minha frente dizendo que tudo não passa de uma enorme e fútil brincadeira, nada vai apagar a emoção que estou sentindo nesta hora em que escrevo. Nada."

Na carta, a jovem escreve para um futuro morador da casa. Ela explica que a formação é o inicio da construção de uma pequena montanha-russa, o sonho de seu falecido pai. Ele tinha interesse de presentear a filha com a montanha-russa chamada Belleville.
Porém, com sua morte, o projeto acaba se tornando também o sonho de Anabelle para concluir ela mesma, em memória ao pai. Mas sem condições, ela pede em sua carta que a pessoa que a está lendo pudesse realizar o sonho de seu pai.
Lucius até fica comovido com a carta, mas como é só um estudante, não tinha dinheiro para terminar o projeto. Por isso ele escreve uma outra carta, pedindo para que o próximo morador pensasse na proposta. E a enterra no mesmo lugar.
O que Lucius não esperava é que sua carta chegaria até Anabelle, voltando 50 anos atrás! Quando ele volta a desenterrar a caixa, encontra dentro outra carta, uma resposta de Anabelle, e daí eles começam a se corresponder dando início a uma paixão arrebatadora, sem conseguir explicar como algo tão extraordinário fora possível.

O problema é que o tempo não será o único empecilho para esse relacionamento.

"É bem provável que em algum momento essas cartas parem de atravessar as décadas que nos separam, porque milagres não são eternos. Tenho medo de que com o tempo, tudo se torne uma lembrança estranha, algo afastado de minha mente. Não sei como serão os próximos cinquenta anos que terei que enfrentar sem você. Espero que um dia voltemos a nos encontrar, seja nesta realidade ou em outra. E, se acontecer, que os deuses sejam generosos e permitam que eu a toque."

Bom, o que falar desse livro? A escrita do Colbert é muito bem construída, de uma leveza incrível e flui de um jeito inexplicável! Ele consegue mexer bastante com os sentimentos e emoções do leitor, e a cada página, a cada carta trocada entre os dois, nos faz torcer por um final bacana, seja pelo sonho da montanha-russa, como de um amor que parece impossível. Se prepare para se emocionar, teve uns capítulos que dá um aperto no coração, que a gente não quer que aconteça, é literalmente uma montanha-russa de emoções!
É uma história de amor, esperança e superação. Recomendo de longe esse livro que foi perfeito como última leitura de 2014. Leiam e se emocionem!
E não deixem de apoiar a literatura nacional com tantos talentos e obras maravilhosas!

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Gramatura Alta 26/03/2015

http://gramaturaalta.com.br/2020/03/06/resenha-belleville-felipe-colbert-novo-conceito/
Lucius chega a Campos do Jordão para estudar na faculdade da cidade, uma das melhores do país, e se formar no curso de Matemática. Com a ajuda do pai, ele aluga um velho casarão arrendado em um leilão e cujo proprietário não tinha intensões de ocupá-lo num futuro próximo. Apesar de não precisar de tanto espaço, o valor do aluguel era irrisório.


Logo que chega, Lucius fica curioso com uma grande biblioteca que existe na casa e acaba, acidentalmente, encontrando a foto de uma linda moça ruiva, que segura uma caixa ao lado de um pequeno buraco feito na terra, bem ao lado de uma estaca de madeira. A foto data de 1964. Curioso, Lucius desbrava o enorme terreno atrás da casa e se surpreende ao se deparar com o início da construção de trilhos. Procura a estaca onde a moça estava quando tirou a foto e, ao cavar o local, descobre a caixa que ela segurava. Dentro da caixa, uma carta endereçada ao futuro morador do local, onde Anabelle, a moça da foto, descreve o sonho de seu falecido pai de construir uma montanha-russa no terreno da casa, a que deu o nome de Belleville.

Comovido, Lucius resolve também escrever sua carta reforçando o pedido. Guarda as duas folhas dentro da caixa e volta a enterrar. Cinquenta anos no passado, Anabelle desiste do intenção de deixar a carta enterrada. Para sua surpresa, ao abrir a caixa, depois de a retirar do buraco, encontra uma outra carta junto da sua, escrita por alguém chamado Lucius.

Esse é o início da obra criada por Felipe Colbert. Uma mistura de romance com viagem no tempo. Lucius e Anabelle se comunicam através das cartas enterradas no terreno, e os dois acabam se apaixonando, mesmo sem se conhecerem pessoalmente.

A primeira metade do livro é centrada no convencimento de que os dois realmente estão se comunicando através de um espaço temporal de cinquenta anos. As cartas que trocam são tocantes e engraçadas. Primeiro, a indignação de participarem de uma brincadeira de mau gosto; depois a curiosidade sobre a possiblidade de estarem vivendo algo fantástico; a constatação de que realmente os dois se comunicam através do tempo, e, finalmente, a descoberta de que a vida de Anabelle pode estar em perigo.

Isso porque, nessa metade do livro, o tio de Anabelle surge para reclamar a autoridade sobre a sobrinha e sobre a herança deixada pelo irmão. O homem é um monstro de maldade e transforma a vida de Anabelle em um inferno, direcionando a história para a urgência de Lucius evitar uma tragédia, mesmo estando cinquenta anos no futuro.

Lucius é um personagem obstinado, com as qualidades de quem abre mão de seu futuro acadêmico com o intuito de realizar o sonho do pai de uma garota que não conhece e que viveu cinquenta anos antes dele. Anabelle é corajosa e enfrenta seu destino nas mãos do tio com o tipo de força que compete a mulheres de fibra, mesmo tendo apenas 18 anos. Os dois encontram nas palavras de suas cartas, a força para abrirem mão de seus sonhos. Ou, como se descobre no fim, da possibilidade de destruírem suas vidas para a realização dos sonhos um do outro. E esse é o significado do verdadeiro amor: abstinência da própria segurança pela pessoa amada.

BELLEVILLE é uma leitura deliciosa, ingênua, romântica, despretensiosa, simples. Existem alguns defeitos, sim, como a narrativa, que é em primeira pessoa, feita por Lucius e Anabelle, e nem sempre em capítulos alternados. Não existe uma identificação no início do capítulo sobre quem está narrando, obrigando, às vezes, o leitor a passar por algumas linhas até conseguir descobrir se é Lucius ou Anabelle quem está contando a história. Outro problema, é que as cartas dos dois protagonistas estão em uma fonte que imita a letra humana. É bonito visualmente, mas torna a leitura cansativa, porque o leitor precisa tentar decifrar uma palavra ou outra devido à fonte.

A obra de Felipe Colbert não possui nenhuma real novidade se comparada a histórias semelhantes, mas a escrita é impecável e o romance dos dois protagonistas é comovente. Na segunda metade do livro, eu simplesmente não conseguia deixar de ler para descobrir o destino de Anabelle e Lucius. E isso só autores competentes conseguem transmitir através das palavras.

Descobri BELLEVILLE acidentalmente em uma bienal aqui de Belo Horizonte. Estava no stand da Leitura e vi em um canto uma pilha de livros com o desenho de uma ruiva na frente de uma montanha-russa. Pela sinopse envolver viagem no tempo, acabei comprando de curiosidade. Fora esse momento, e apesar de estar sempre à procura de novidades para ler, nunca vi nenhuma propaganda do livro, o que demonstra a constante falta de iniciativa na divulgação de obras nacionais de escritores iniciantes. Isso é uma pena.

site: http://gramaturaalta.com.br/2020/03/06/resenha-belleville-felipe-colbert-novo-conceito/
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