Hiroshima

Hiroshima John Hersey




Resenhas - Hiroshima


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Giulia.Marques 10/04/2024

?Morreram em silêncio, sem reclamar, cerrando os dentes para suportar a dor. Tudo pela pátria!".

Um dos melhores livros-reportagem que já li. O foco nos 6 sobreviventes e nos anos que se seguiram perpetuaram o rastro de destruição que a bomba deixou. No final, ninguém saiu vivo.
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ana ju 07/04/2024

Livros como esse deveriam ter mais reconhecimento para as pessoas entenderem como as famílias em hiroshima sofreram com a bomba ao invés de verem um filme de 3 horas e saírem idolatrando Oppenheimer.
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Fabiana 29/03/2024

Essa é uma parte da guerra que mais me pega, como pode tanta maldade tamanha destruição para com pessoas normais, apenas civis vivendo suas vidas. Nesses últimos tempos estou buscando visões dos demais países envolvidos na guerra e estou gostando muito da experiência
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unidiniz 26/01/2024

"O horror tinha nome, idade e sexo"
"Ao optar por um texto simples, sem enfatizar emoções, ele (Hersey) deixou fluir o relato oral de quem realmente viveu a história. O tom da reportagem é um prolongamento da dor silenciosa que os sobreviventes de Hiroshima notaram nos conterrâneos feridos."

Várias passagens são marcadas pelo choque, dor, fome, desespero, preconceito e morte. Definitivamente é uma obra que atiça a curiosidade, inesquecível.
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Pedro Lobo 27/12/2023

Pqp
Uma amostra do que o melhor jornalismo pode fazer.

O início, as primeiras 60 páginas, são extremamente agoniantes e revoltantes -- como tinha de ser.

Duas passagens marcantes: a jovem remendando seu quimono em meio a toda aquela tragédia, narrado numa singeleza absurda; e o momento em que os sobreviventes caminham por Hiroshima ouvindo os gritos desesperados, sem poder fazer nada além de pedir desculpas.

A pele da moça caindo como uma luva. Aterrorizante, descrição muito precisa.

Me ajudou muito a compreender melhor o que foi essa atrocidade. Daqueles livros que fazem amar o jornalismo, me empolgam para tentar fazer parecido.

John Hersey "faz os fatos dançarem", como diria Ben Yagoda.
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caio_hlb 15/11/2023

Muito além de "Oppenheimer" e a história contada pelos "vencedores"
Livro que algumas pessoas me perguntaram o porquê de eu estar lendo e que, inicialmente, não tive resposta, "Hiroshima" é o relato das consequências da bomba atômica instantes após seu contato com a cidade que dá nome ao livro. A partir da perspectiva de 6 sobreviventes, o leitor testemunha as maneiras que a população encontrou para lidar com uma das maiores atrocidades causadas ao ser-humano por outro ser-humano.
Com uma linguagem que não busca romantizar ou exagerar de qualquer forma, o relato pode parecer para muitos impessoal, porém a crueldade do acontecido emociona e choca por si só. Qualquer tentativa de transformá-lo em ainda pior, sendo algo impossível, tenderia para talvez o sentimentalismo forçado e alguma campanha panfletária. Isso não quer dizer que a obra não emocione, o silêncio do autor após a descrição de uma cena aterradora diz muito mais para o leitor que, pela falta de apoio dentro do próprio livro, precisa seguir com a sua vida carregando a dor deste relato e imagem que não resolve-se. Fica para marcar e ser lembrando, assim como a esperança de não ser repetido.
Ao fim da leitura, a resposta de porque ler uma obra como esta é bem simples: para conhecer a história, não falar besteira e se solidarizar com a dor do outro, não permitindo a admiração de outro blockbuster americano estilo "Oppenheimer".
emmeline_ 15/11/2023minha estante
Falando sobre isso, n sei se vc já viu, mas a animação O Túmulo Dos Vagalumes do Studio ghibli, retrata sobre dois irmãos tentando sobreviver em meio a guerra no Japão. Esse filme é muito emocionante! Apesar de ser uma animação é baseado em uma autobiografia, retrata os horrores da guerra e o sofrimento das pessoas de forma marcante... Todos deveriam assisti-lo ao menos uma vez na vida.


caio_hlb 15/11/2023minha estante
Adoro esse filme!!! Só consegui assistir uma vez porque é muito sofrido, mas concordo com tudo que você disse




LiteraLucas 07/11/2023

Muito triste
É desolador imaginar a capacidade do ser humano de destruir friamente uma cidade e acabar com a vida de centenas de milhares de inocentes. Terrível.
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Craotchky 06/10/2023

Dualidades
Hiroshima, de John Hersey, fez com que eu me sentisse mal; mas talvez não pelas razões que você possa estar pensando... mais adiante no texto me explicarei...

A obra está imbuída ao menos de duas dimensões: uma delas é a dimensão histórica e a outra é a dimensão do enfoque. Historicamente é inegável a relevância do livro. Foi a primeira reportagem a ganhar uma edição inteira da revista The New Yorker e sua tiragem de 300 mil cópias esgotou em poucas horas. Posteriormente, o texto foi narrado na íntegra em rádios. Não demorou muito para o trabalho se converter em livro.

Na outra esfera, ao adotar um enfoque nos sobreviventes e seus relatos, o autor fez com que o evento da bomba atômica pudesse ser associada a alguma pessoalidade. A humanização da catástrofe através de uma abordagem intimista (no que se refere a conteúdo, mas não em forma narrativa) tornou mais palpável a dimensão do incalculável impacto da bomba atômica na vida das pessoas afetadas, bem como outras consequências humanas decorrentes dela.

Enquanto a dimensão histórica é incontestável e a escolha de abordagem foi pioneira ao humanizar o acontecimento, a disposição narrativa adotada por Hersey foi emocionalmente distante, uma vez que o texto se trata de uma reportagem jornalística. Aliás, a consciência de que o texto é uma reportagem, e que portanto não foi originalmente pensado em formato de livro, é fundamental para compreender os motivos da parca contextualização histórica e aprofundamento biográfico das pessoas retratadas.

Essa característica do texto, de uma narrativa emocionalmente distante, (não estou criticando, estou apenas constatando) não me proporcionou um movimento de empatia. Para mim, a leitura teve um caráter didático: assimilei conteúdos históricos, aprendi um pouco sobre como foram aqueles dias para aquelas pessoas, o quanto a cidade foi destruída e as curiosas implicações da cultura japonesa na forma com que eles encararam algumas situações (exemplo: muitos tinham vergonha de ter sobrevivido).

Considerando todo esse contexto, finalmente posso confessar o que fez eu me sentir mal: foi justamente o fato de que no decorrer de toda a leitura não me envolvi emocionalmente, não fui emocionalmente impactado em momento algum, embora tenha, racionalmente, apreendido a magnitude da tragédia. Atribuo isso à distância emocional que caracteriza o estilo empregado. A narrativa é bastante objetiva e literal, se limitando em tão somente apresentar os fatos de maneira pragmática. Novamente: não se trata de uma crítica, apenas de uma constatação.

(A narrativa emocionalmente distante ao menos, porém, tem a vantagem de tornar o texto isento de qualquer inclinação, julgamento e interpretação do autor. O(A) leitor(a), portanto, é livre e independente enquanto consumidor de um texto que se limite aos fatos relatados, pretendida sem qualquer viés moral e/ou político.)

Como era de se esperar, a leitura me fez pesquisar e assistir vídeos sobre Hiroshima e Nagasaki, o que me levou a mais conteúdo assimilado. No fim, para mim, a leitura foi bem o que eu disse antes: didática. Não me provocou o movimento de empatia que era de se esperar. Agora fico eu aqui, me sentindo mal por não ter me sentido mal...

EXTRA:
"Ainda se perguntam por que estão vivas, quando tantos morreram. Cada uma delas atribui sua sobrevivência ao acaso ou a um ato da própria vontade - um passo dado a tempo, uma decisão de entrar em casa, o fato de tomar um bonde e não outro." - página 8.
Eis um trecho que me chamou muito a atenção. Aparentemente, nenhum dos seis sobreviventes da imensurável devastação atribuiu sua milagrosa sobrevivência a qualquer divindade. (Vale considerar que um era reverendo e outro era padre.)

(Adendo acrescentado após os comentário de dona Nathemocionalmenteenvolvida; adendo acrescentado para tentar explicar as razões pelas quais o fato de que a narrativa ter uma forma emocionalmente distante não é um "percepção" particular.)

Associadas ao livro Hiroshima vemos expressões como "relatos dos sobreviventes" ou "depoimentos dos sobreviventes". Por isso acho importantíssimo destacar que esses relatos/depoimentos foram coletados pelo autor que a partir deles escreveu a reportagem. Em essência essa reportagem é a reconstituição do que aconteceu. É fundamental ficar claro que os depoimentos/relatos dos sobreviventes não aparecem no livro. Assim o autor foi uma espécie de intermediário enquanto veículo que organizou, elaborou e publicou a história a partir dos relatos/depoimentos.

Entendendo isso, fica mais simples também compreender os motivos que o levaram a tecer uma forma narrativa emocionalmente distante. Caso os depoimentos/relatos fossem transcritos diretamente, falariam por si, e revelariam seu conteúdo aos leitores(as) de forma naturalmente direta, isto é, sem mediador. Como não foi o caso do livro, ao assumir a tarefa de reconstituir a história a partir dos relatos/depoimentos, o autor intencionalmente empregou uma forma narrativa que o permitisse ser o mais isento, o mais neutro, o mais cristalino, o mais invisível possível. Nas palavra dele mesmo na página 168 "assim a experiência do leitor poderia ser o mais direta possível".)
Nath 06/10/2023minha estante
No mínimo "intrigante" essa sua falta de "empatia".. ?

Quando vc falou na resenha que o texto do Hersey teve teor "emocionalmente distante" para vc, na sua percepção, um texto mais pragmático/didático, de novo, na SUA percepção, e por isso vc não conseguiu ter empatia e apego emocional pelos "personagens" REIAS as vítimas da primeira e ÚNICA bomba Atômica (sem mencionar Nagasaki, claro!) lançada contra uma grande cidade repleta de civis inocentes incluindo crianças, mulheres, grávidas, idosos.,, me intrigou essa sua falta de empatia (para não dizer o mínimo!) ?..


Nath 06/10/2023minha estante
Faz pouco mais de 10 anos q eu li esse livro, eu realmente tive pesadelos e até chorei lendo. Talvez pela minha pouca idade na época (24 anos)! essa leitura tenha sido um baque muito mais nauseante do que se eu lesse hoje? (pois hoje me considero um pouco mais calejada em teor de sofrimento humano depois de passar pela pandemia de covid no Brazil DESgornada pelo lunático do Bolsobosta..)

Mas eu realmente lembro e ficou gravado a ferro na minha memória até hoje, especialmente a história da viúva com os filhos sendo destroçados pela bomba atômica em Hiroshima.

E tudo relatado por ela mesma ao autor, o Hersey.

Tenho certeza q a cena descrita no livro q me rendeu os pesadelos, (lembro muito) foram os sobreviventes nos minutos seguintes após a detonação, a grande maioria deles andando pelos destroços atômicos com os braços esticados estendidos para a frente porque a pele toda se desgrudava do corpo e ao esticar os braços a dor lancinantemente era um pouco menor.. lembro de ler outro sobrevivente rastejando nas cinzas enquanto segurava o próprio globo ocular do olho caindo do rosto nas próprias mãos enquanto o restante da pele desgrudava junto.. as pessoas se jogando no rio em chamas da cidade para tentar aliviar a dor do corpo em carne viva derretendo como vela quente.. tudo isso me deixou em choque!

só no ato da detonação da bomba, morreram 70 mil pessoas imediatamente vaporizadas no epicentro, só restando a sombra do corpo como um negativo fotográfico (hoje apelidadas de sombras da morte) no chão e nas paredes da cidade até hoje.. quem estava a 5 quilômetros do epicentro sobreviveu por algumas horas com a pele do corpo derretendo e vagando pelas cinzas como mortos vivos..


Nath 06/10/2023minha estante
E detalhe! Essa cena ACONTECEU e foi relatada pelos sobreviventes de uma grande cidade! Não foi um filme apocalíptico de terror, apesar de parecer substancialmente ?..

Enfim! Lembro q na época enquanto eu lia foi inevitável não me colocar no lugar dessas pessoas me imaginar nessa cena medonha de fim do mundo e não chorar.. sem dúvida uma experiência inimaginável que mata a "alma" mesmo dos que sobreviveram.. ?

Sobre "as curiosas implicações da cultura japonesa" que vc falou, sobre alguns sobreviventes terem vergonha de ter sobrevivido enquanto tantos morrerem daquela forma medonha na frente deles, realmente.. de fato, esse é um fator cultural japonês.


Nath 06/10/2023minha estante
Desde a época dos samurais, para os japoneses a honra é a maior de todas as dádivas humanas. E quando eles falam em honra não é como aqui no ocidente de só "honrar" pai e mãe, como diz o ditado ocidental, mas para eles honra é relativo a honra COLETIVA!

Exemplo! Se uma bomba atômica cai como caiu na deles, na sua cidade, e vc sobrevive dentre tanta dor de tantas outras centenas de pessoas mortas mesmo as que vc não conhece, seria uma desgraça e vergonha vc sobreviver e ter uma nova chance de vida enquanto tantos outros pereceram entende?

Para eles perecer junto com os outros é honrar aquelas mortes todas.. é esse o sentido de honra do japonês.

E até hoje é assim no Japão! Um exemplo prático dias atuais no Japão é a cultura do trabalho lá .

No Japão não exista feriado trabalhista até uns anos atrás, todos trabalhavam todos os dias sem excessão.. e só depois que varios trabalhadores se suicidaram o governo adotou alguns poucos feriados por lei, mas mesmo após a criação desses feriados as pessoas continuaram indo trabalhar mesmo nos feriados em respeito a quem trabalha na empresa.. saca? Ou seja, para eles não ir ao trabalho no feriado é considerado mal visto por eles mesmos, por não levar em consideração o coletivo geral.

Aqui no ocidente isso é totalmente inexistente, a sociedade aqui é ultra egocêntrica, capitalista, só prezando o próprio bem-estar, o outro que se d@ne ??

Enfim. Entendi em partes a sua impressão de leitura. Afinal, cada leitor, lê com a sua própria perspectiva de mundo.


Craotchky 06/10/2023minha estante
Cara Nathnociva, obrigado pela interação. Eu já contava com essa efusividade que a caracteriza.
Primeiro: no seu primeiro comentário você foi bastante enfática em sua opinião de que a narrativa ter um tom emocionalmente distante foi uma "percepção minha". Eu reafirmo que o conteúdo tem um teor que pode despertar emoções, mas que a forma narrativa empregada é totalmente avessa, e isso é intencional.
Peço que leia o segundo parágrafo da página 168 que demonstra que houve uma humanização da tragédia no conteúdo!, mas não no estilo. Nesta página 168 você lê "Ao optar por um texto simples, sem enfatizar emoções[...]". Nesta mesma página diz que o próprio Hersey escreveu que "o estilo direto foi deliberado". Então insisto: a forma narrativa é emocionalmente distante, e muito. O conteúdo é que pode despertar emoções.
É fato que a narrativa é emocionalmente distante, e intencionalmente, como o próprio autor parece sugerir na página acima mencionada. Porém eu deixei claro que eu não critiquei isso. apenas constatei o fato e supus que em decorrência desse fato o texto tenha soado mais didático e informativo do que algo com apelo sentimental. Além disso, essa distância emocional não é de todo ruim, como também tentei deixar explícito no meu texto.


Craotchky 06/10/2023minha estante
Segundo: não entendi a razão de você ter colocado a palavra Personagens entre aspas no seu comentário, como se eu tivesse pretendido ficcionalizar as pessoas. Em nenhum momento do meu texto eu usei essa palavra que você destacou com suas peçonhentas (hihihihihihihiihi) aspas. Usei "pessoas" e "sobreviventes".
Bem, quanto ao fato de você ter achado intrigante meu não envolvimento emocional tudo bem, eu mesmo fiquei meio mal por isso.


Craotchky 06/10/2023minha estante
Acrescentei um adendo ao meu texto, mas observe que foi um acréscimo, ou seja, não vou alterei nada que já estava lá!


Nath 06/10/2023minha estante
??? Me chamou de Nathnocivaaa!!
PETULANTE DESCARADOOOO!
Eu sou um DOCE de pessoa, a minha "peçonha" tem gosto de doce de coco .. ???? hihihih
Kkkkk


Nath 06/10/2023minha estante
Mas sériooooo!
Sei q vc não colocou aspas em "personagens",mas a forma como vc falou que não conseguiu ter empatia pelas pessoas sobreviventes durante a leitura me remeteu a sensação de q vc não "humanizou" de alguma forma na sua cabeça aquelas pessoas narradas, pois qualquer um q lê essa história VERÍDICA fica no mínimo abalado.. e finalmente entende porque o armamento nuclear é tão nocivo e letal para a humanidade.

Lembrando q as bombas nucleares de HOJE são 20 vezes mais potentes que as bombas atômicas de Hiroshima e Nagasaki.. e se fossem detonadas HOJE seria literalmente o fim do mundo!..

Aliás, o período da guerra fria entre os EUA (lançadores da bomba no Japão) e os Russos (antiga união soviética), foi justamente por esse medo da guerra nuclear em decorrência do fim do mundo.

Graças a Deus nenhum dos países envolvidos com ogivas nucleares tiveram coragem de detonar outra bomba nuclear contra um país civil, justamente porque sabem que tal gesto acarretaria no fim do mundo sucessivamente.
"Só" por isso, sem falar em dar voz e ROSTO aos sobreviventes, percebe-se a importância desse livro.


Nath 06/10/2023minha estante
Quanto ao seu acrescimento tardio, gostei!
De fato é isso mesmo!
O John Hersey não transcreveu os relatos dos sobreviventes literalmente no texto, ele na verdade teve um trabalho duplo brilhante ao reconstituir em texto de próprio punho mas mantendo os fatos verídicos narrados pelos personagens sem florear ou apelas para fatores sentimentais desnecessários, pois a tragédia em si já foi devastadora o suficiente sem precisar de qualquer apelação extra sentimental da parte do autor. Ao contrário do que a autora Svetlana Aleksevitch fez no Vozes de Chernobyl fez, no caso dela, ela "só" deu um "ctrl C ctrl V" cópia e cola nos relatos dos sobreviventes no desastre nuclear da Ucrânia.. ao meu ver, o trabalho do John Hersey foi muito mais brilhante exatamente pelo forma como ele escreveu os relatos dos sobreviventes.


Craotchky 07/10/2023minha estante
Como um texto jornalístico, a reportagem tem um caráter didático enquanto veículo de informação. O tom emocionalmente distante é totalmente compreensível em um texto que se pretende apenas transmissor de informação e conhecimento dos eventos narrados. Por trazer esse aflorado aspecto informativo, acabei lendo o livro de maneira similar que leria um texto didático. Quando você lê em um jornal uma reportagem de um horrível acidente, você até pode se envolver emocionalmente, mas será pelo conteúdo e não pela forma narrativa da matéria, que certamente terá um teor informativo apenas. É isso.


Paloma 07/10/2023minha estante
Amando esse embate de comentários kkkk... e os tratamentos (espero que "carinhosos") de um com o outro kkkk

Sobre o livro, a resenha do Felipe me deu até mais inclinação em ler ele um dia (tem na biblioteca do Sesc), pq sempre tive receio de não conseguir ler, de ser muito pesado, mas aí vem a Nath dizer que deu pesadelos kkkkk
Enfim, entendi o ponto dos dois. No fim das contas a gente ler com o que tem dentro, alguns conseguem se distanciar mais que outros (com ajuda ou não da forma de de narrativa). Obrigada aos dois pelo entretenimento ??


Craotchky 07/10/2023minha estante
Oi, Palominha! Obrigado pelo comentário sensato e equilibrado, pois tem gente por aí que vou te dizer.... é tipo dona Rozilda, do livro da Dona Flor: tem prazer em implicar!... hahahahahaaha
Seu comentário foi bem vindo: apaziguador e cheio de prudência. Quem dera certa peçonha, opa!, digo, certa pessoa seguir seu exemplo de comentário sem exagerado envolvimento emocional!....
Imagina você, Querida Paloma, que me vi obrigado a fazer um acréscimo no texto em razão de certos (ou errados hihihihihi) comentários! Coisa inédita! Primeira vez que tive que adicionar coisas em uma resenha por razões (não emoções) como essa!!!


Paloma 07/10/2023minha estante
???
E de fato achei estranho lendo a resenha que já tinha um adendo por causa de um comentário, fiquei logo intrigada ????


Nath 08/10/2023minha estante
???? PETULANTEEEEEEEEEEEEE!! Me chamou de "gente por aí"! ? e me comparou a dona Rizilda!!! ?
PETULANTE INGRATOOOOO!! E depois de me ESCULHAMBAR ainda chamou chamou a Paloma de "QUERIDA Palominha" ! (Gosto muito de vc miga, mas esse cara aí um PETULANTE. ABUSADO. NOCIVO.IDIOTA!)!) ???


Craotchky 08/10/2023minha estante
Hhaahhaahhahah
Conseguiu me fazer rir ao usar o excelente termo "esculhambar"! Ahahahahhha
Pobre dos outros idiomas que não têm uma expressão como essa!
E a Palominha é muito queridíssima, ora!


Nath 08/10/2023minha estante
Vai te CATAR!! ?? Pois eu ESCULHAMBO muito MAIS!!
Pois sou ariana do signo de Áries e sou arengueira SIM, dez vezes mais com mto orgulhooo ?????
Que coooisa PETULANTE!


Paloma 09/10/2023minha estante
Amo uma esculhambação de uma arengueira! ???


Carolina221B 13/10/2023minha estante
Agora deu vontade de ler também kkkkkk ?


Craotchky 13/10/2023minha estante
Vale a pena, Carol, se tiver oportunidade e principalmente vontade




Anthoni.Brunetto 29/08/2023

Hiroshima
O livro é a mais importante reportagem do século XX. Foi escrita pelo jornalista John Hersey e publicado em 1946. A reportagem que se tornou livro relata os eventos ocorridos durante e após o bombardeio atômico da cidade de Hiroshima, no Japão, em 6 de agosto de 1945, durante a Segunda Guerra Mundial.

Hersey narra a história de seis sobreviventes do bombardeio, descrevendo suas experiências e os efeitos devastadores da explosão nuclear. O livro conta com um epílogo escrito pelo autor 40 anos após a explosão, contando o que aconteceu com esses seis hibakushas.

Ele retrata a destruição causada pela bomba atômica, as mortes instantâneas e os ferimentos graves sofridos pelas vítimas, tudo numa narrativa crua, direta, sem colocar seus sentimentos, nos fazendo vivenciar os horrores inimagináveis que mais de 250 mil pessoas sofreram naquele dia.

O autor também explora as consequências físicas e psicológicas do bombardeio, como a radiação, as queimaduras, a perda de membros e a angústia emocional dos sobreviventes, destacando a falta de assistência médica adequada e a luta pela sobrevivência em meio ao caos e à destruição.

Além disso, o livro aborda as questões éticas e morais relacionadas ao uso da bomba atômica, levantando questionamentos sobre a justificativa para o lançamento da bomba e suas implicações para a humanidade.
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JoiceCoutinho 28/08/2023

Emocionante. Impactante!! Relata o que ocorre na vida de seis sobreviventes ao ataque atômico em Hiroshima! Os relatos nos levam ao passado, com uma riqueza de detalhes impressionante!!
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Lais David 09/08/2023

Leitura essencial
Existe uma linha muito tênue entre a informação e a ficção. Nessa mistura, se encontra o jornalismo literário, que usa de elementos da subjetividade para transformar meros fatos em história.

Tudo isso se deve a alguns profissionais que, no meio do século, borraram as linhas da objetividade jornalística na imprensa.

Um dos precursores desse novo gênero foi John Kersey, renomado repórter de guerra estadunidense, que, em 1946, se tornou autor do premiadíssimo 'Hiroshima'.

Ao visitar a história de seis 'hibakusha' (termo para pessoas que foram afetadas pela bomba atômica lançada pelos Estados Unidos em Hiroshima, em 1945), Kersey mostra o quão profundamente a guerra pode afetar a humanidade.

Chorei e me emocionei muito com os relatos de Kersey, que acompanhou, por alguns dias, a vida desses sobreviventes. 'Hiroshima' é devastador, áspero e violento em todos os níveis, e, justamente por isso, se torna uma leitura obrigatória para qualquer cidadão desse mundo que torce fielmente por um mundo reinado pela paz.
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Marcia 07/08/2023

Minhas impressões sobre o livro
6 de agosto de 1945 : A bomba atômica de urânio (Little Boy) foi lançada sobre Hiroshima seguido por uma explosão...
Hiroshima! Leitura que considero necessária.
É impressionante e muito triste.
O livro relata a vida de seis sobreviventes, os hibakushas : * Srta. Toshiko Sasaki, func.da Fundição de Estanho do Leste da Ásia, * Sra.Nakamura, viúva de um alfaiate,responsavel por seus 3 seus filhos pequenos
* Padre Kleinsorge, jesuíta alemão, * Dr. Sasaki, jovem cirurgião, * Dr. Fuji, dono de um hospital particular na cidade.
* Reverendo Tanimoto, pastor da Igreja Metodista de Hiroshima.
O livro é uma narrativa e o escritor nos conta exatamente o cenário desses sobreviventes. O que faziam , como eram suas vidas e o que estavam fazendo quando a bomba atômica caiu . A gente revive com eles todos os momentos, as primeiras impressões, o que viram primeiro e o novo cenário, o cenário desesperador que foi surgindo. Todas as dúvidas, o desespero, dor e susto.
Também encontramos a situação deles , 40 anos depois. O que fizeram , as dificuldades encontradas e o principal: não se colocaram como vítimas e aos " trancos e barrancos" foram atrás de retomar suas vidas.
trecho do livro:
"Uma multidão de cientistas invadiu a cidade. Alguns mediram a força que havia sido necessária para deslocar lápides de mármore nos cemitérios, derrubar 22 dos 47 vagões parados no pátio da estação de Hiroshima, arrancar a pista de concreto de uma ponte e dar outras extraordinárias demonstrações de poder. Concluíram que a pressão exercida pela explosão variou entre 5,3 e 8 toneladas por oitenta centímetros quadrados. Outros cientistas constataram que a mica, cujo o ponto de fusão ?"
Valeu!
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torigrsk 26/07/2023

Precisei ler ano passado para um trabalho da faculdade e foi, de longe, uma das leituras mais tristes de toda a minha vida. a descrição de detalhes nos aproxima do que foi vivido e humaniza (ainda mais) a tragédia de 1945. uma reportagem de embrulhar o estômago mas, ao mesmo tempo, extremamente importante e necessária.
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Babi 18/07/2023

Real e doloroso
Sempre tive muito interesse em assuntos e livros da Segunda Guerra, procurei ler sobre todos os lados e visões, mas nunca tinha lido e visto tão profundamente sobre a bomba e matou milhares e milhares de pessoas.

É bem comum irmos mais atrás do Holocausto, mas o que aconteceu aqui também precisa ser falado como foi feito nesse livro.

Foi muito doloroso ler essa história, teno descendência japonesa e dói ver tudo que aconteceu com um povo que também é meu, sabe?

É cruel ler cada morte, cada dor, cada experiência, cada vivência, cada queimadura. É cruel, dilacerador, doloroso e me emocionei muito.

Um trabalho jornalístico que além de muito bem feito, deveria ser lido por todas as pessoas. É preciso entender com detalhes o que essa bomba causou a milhares e milhares de pessoas.
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Marilucia 28/06/2023

Um clarão sedutor às 8h15
Uma leitura impactante e um trabalho de apuração sensível. O grande impacto da notícia é como o fato toca a vida das pessoas, do contrário, não teria razão de ser (no meu mundo ideal). Já tinha ouvido várias vezes sobre a bomba atômica, a guerra, mas sempre de uma perspectiva histórica e um tantão distante do que aquilo realmente foi para quem, às 8h15 da manhã de 6 de agosto 1945, viu um clarão silencioso e sedutor solapar a vida. O momento, o durante, o pós, a resiliência e a resignação de uma cidade de 245 mil habitantes - a tragédia deixou aproximadamente 100 mil mortos, boa parte nas primeiras 24h. O descaso das autoridades, a pobreza, as doenças, o atravessamento das vidas, a desconfiguração física, identitária, o preconceito. Algumas cenas, descritas de forma tão minuciosas, são quase inacreditáveis, coisa de filme de zumbis. Mas não foi filme, não foi imaginação.
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