Você vai voltar pra mim e outros contos

Você vai voltar pra mim e outros contos Bernardo Kucinski




Resenhas - Você vai voltar pra mim e outros contos


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Dani 22/06/2023

Bom e denso
Contos que refletem a época da ditadura, então torna uma leitura um pouco difícil, profunda e dolorosa por pensar que por trás desses contos aconteceram casos semelhantes com pessoas reais. Leitura tocante!
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The_Sad_Escapist 18/05/2022

(Resenha feita em 18/05/2022)

Achei a leitura muito interessante! Teve vários e vários momentos em que eu achava estar lendo um relato real de experiências vividas por pessoas que enfrentaram a ditadura.

A escrita é fluída e bem imersiva, sendo fácil de ler várias páginas de uma só vez (mesmo que isso não tenha acontecido comigo por motivos de ressaca literária). Porém, as vezes as tramas dos contos acarabam sendo bem repetivivas e isso afetou a minha leitura.

De todo jeito, acho que essa é uma leitura importante de se fazer!
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fefashelf 23/08/2021

incrivelmente doloroso
magnífico, rápido, pontual, direto, dolorido, engraçado? esse livro foi incrível e uma experiência única, obra prima mesmo
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Victória de Castro 12/08/2021

Gente o que é esse livro? Uma obra prima! A Forma direta e seca do Kucinski me deixou impressionada. De todos os contos selecionei os 4 que fez meus olhos se encherem de lágrimas:
Você vai voltar pra mim;
O garoto de liverpool;
O filósofo e o comissário;
Tio André.

A Ditadura Militar foi uma merda e infelizmente mesmo depois de tantos anos ainda existe pessoas com esses mesmos pensamentos obscuros. #ForaBozo
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Suelen 19/07/2021

Você vai voltar pra mim e outros contos
O livro retrata contos de situações que acontecerem na época da ditadura. Apesar de ficcional, eu senti uma sensação ruim ao imaginar que essas situações realmente aconteceram.

O livro mostra traumas de pessoas que sofrerem na época da ditadura. Alguns contos são mais corriqueiros enquanto outros possuem mais detalhes.

Leitura fundamental no tempo de em que estamos vivendo atualmente.
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moonlibrary 02/05/2021

Necessário.
Mesmo se tratando de um livro ficcional é impossível não pensar nos casos reais da Ditadura Militar e dos traumas que os sobreviventes e as famílias dos mortos vítimas da tortura e perseguição carregam desde esse trágico e assombroso momento da história desse país.

Os contos que mais me marcaram e que eu gostaria que todos tivessem a oportunidade de ler e refletir foram: Tio André, A Mãe Rezadeira, Joana, Você vai voltar pra mim e A instalação.

Embora eu entenda os relatos referidos àquela época ainda fico meio desconcertada com algumas referências e representações... por exemplo, ao corpo das mulheres, em vários contos a objetificação é bem presente, mas tirando isso, é um livro de contos muito marcante e a leitura desfe é muito importante. Espero ler o livro K. em breve!
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Laiz 11/05/2020

- contos sobre os perseguidos pelo regime militar, gente que ainda tem sequelas das torturas, famílias que nunca puderam enterrar seus parentes
- leitura necessária em tempos de negacionismo, fanfic e fakenews
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Thabata 10/05/2020

Necessário
À medida que eu ia lendo os contos desse livro eu me perguntava como teria sido bom se ele fosse abordado na escola enquanto aprendíamos sobre a ditadura militar e só consegui chegar a conclusão de que as aulas teriam sido bem melhores e mais didáticas.

Para os que bradam aos quatro ventos que deveríamos voltar com a ditadura no país esse livro é mais que necessário é obrigatório pra que essas pessoas tenham pelo menos uma pequena noção da quantidade de pessoas que foram afetadas por esse regime e da dimensão que a vida delas mudou.

Através de 28 contos Kucinski apresenta como a personalidade e o comportamento dos personagens foram modificados pela ditadura e como, após décadas, o efeito das torturas ainda fica marcado em suas peles e mentes.

Os que eu mais gostei: a beata Vava, Joana, você vai voltar pra mim, Heliodora, a entrevista, pais e filhos, cenas de um sequestro e tio André.
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Rafael.Montoito 13/04/2020

Contos sobre a ditadura brasileira
"Você vai voltar pra mim" é apenas um dos contos que denunciam a época da ditadura brasileira. Kucinski consegue dar um leve tom de humor a algumas histórias cruas, praticamente reais, que mexem muito com o leitor.
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Apesar da escrita agradável e de, na maioria das vezes, não haver passagens de violência explícita, o leitor não deixa de se sentir incomodado pela narrativa, prova de que o autor manuseia soberbamente as palavras para contar suas histórias, sem apelar para o lugar-comum. E, por mais que alguns de nós não tenham vivenciado esta época, é impossível não traçar paralelos entre os contos e a narrativa de algum familiar, ou do amigo do amigo, ou daquele cidadão do qual já ouvimos falar.
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Indico sua leitura urgente, à frente de qualquer outro livro - e isto não é um exagero, mas poucas vezes se teve, na literatura brasileira, história e História tão bem enredadas em contos.
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Toni 12/11/2019

Em entrevista ao programa Super Libris do canal Sesc TV, Bernardo Kucinski defende a tese de que houve um processo de individualização dos crimes contra a humanidade cometidos durante a ditadura, na medida em que o país não assumiu a tarefa de superar o golpe de 64 como um trauma coletivo, deixando-o recair em tragédias pessoais. Assim, nosso processo de recuperação dessa memória foi pervertido e limitou-se, com raras exceções, a medidas paliativas de retratação e indenizações. Aqui, a anistia engendrou amnésia, e o luto de cada família ficou restrito à esfera do privado, carente de justiça. Torturadores seguem impunes, beneficiados pelo “mal de Alzheimer nacional”, à medida que casos continuam a ser enterrados sem corpos e paus de arara viram peças de decoração. .

No que tange à produção literária brasileira e os anos de regimes autoritários na história recente do país, a obra de Bernardo Kucinski se destaca pela presença quase ubíqua da ditadura em suas narrativas (as exceções são os romances ‘Alice’ e ‘Pretérito Imperfeito’). “Você vai voltar pra mim” traz 28 contos breves inspirados “no clima de opressão reinante em nosso país nas décadas de 1960 e 1970 e suas sequelas”. A palavra “sequela” guarda uma tremenda importância: 15 das 28 narrativas se passam num momento pós-ditadura, maneira encontrada pelo autor para marcar os efeitos da tortura, do desaparecimento e da repressão em nosso presente recalcado. Contos como “Joana”, “A instalação”, “Tio André”, para citar apenas 3 favoritos, são histórias assombrosamente poderosas que traduzem a angústia de se viver o presente num passado suspenso, sem perspectiva de futuro. Em tempo, este livro do Kucinski, que continua fora de catálogo desde o fechamento da Cosac, também está sendo lido e discutido pelo coletivo @DuraMemória, e alguns de seus contos já foram apresentados pelos perfis @pri_leitora , @deboragilpantaleao e @literaleblog . Mais leituras virão, sigam a hashtag #duramemória. .
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Bela 16/08/2019

Qualquer semelhança com a realidade não é mera coincidência.
De uns tempos mais sombrios pra cá, tenho lido e pesquisado livros que relatam os anos de chumbo. Achei esse do Bernardo e me interessei por conta de sua história com a Ana Rosa, sua irmã. Bem, jurava que era algo relacionado ao seu desaparecimento e sua busca, mas não havia lido o resumo, não sabia que eram, na verdade, contos.

No começo, me decepcionei um pouco por ser ficção, mas ao continuar lendo, percebi que cada um desses contos podia ter acontecido, cada uma das personalidades que Bernardo criou era real. Era a interpretação dele daquele tempos, era uma autobiografia.

Valeu a pena cada soco de ficção no estômago.
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Sabrina 31/03/2019

Não podemos esquecer!
Você vai voltar pra mim de B. Kucinski

Hoje é historicamente um dia terrível na história do País. Pior ainda é perceber que muitas pessoas ainda diminuem e menosprezam a vileza que foi o regime militar brasileiro.
Dia 31 de março de 1964 foi decretado o golpe militar no Brasil que depôs o então presidente João Goulart e instaurou os anos de violência, crimes políticos, conservadorismo e perversidade que foram os anos do regime dos militares no País.

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Chegarmos hoje com um governo que deseja comemorar tal alcunha é a certeza de que perdemos. Perdemos pra história, pra barbárie e que o retrocesso é certo, porque isso é de um grau tão asqueroso que não deveria nem ser questionado depois de tantas provas dos crimes e torturas desse período.

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No meio do caminho tem a arte, única possível de resguardar e fazer perdurar os fatos e os acontecimentos mesmo que pela via da ficção, daquilo que é preciso (e possível) extrair do horror. E um desses resultados é o livro de Kucinski. Livro publicado em 2014 que traz contos acerca desse período na história do Brasil. Segundo o autor é tudo ficção, mas é claro que as histórias são tão próximas do que foi o acidente real dessa história e dessas feridas para nós que muitas parecem já terem saído nos jornais ou da boca dia sobreviventes desse tempo real sombrio. Num prefácio tocante da Maria Rita Kehl ela demonstra com exatidão isso que está posto entre o real da vida e o que a arte pode vir a fazer.

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É difícil falar desse livro e não poder citar conto por conto, chorei bastante durante a leitura. Velório foi o primeiro conto que acabou comigo, chorei muito, parei a leitura porque não conseguia continuar. Me trava o estômago saber que esse título, outrora tão bonito quando eu comprei esse livro, é torcido de forma tão truculenta que só me restaram lágrimas.
Terapia de família é um outro processo que se dá decorrente das ausências nesse período tão turbulento. Cenas de um sequestro surpreende pelos diálogos tão possíveis de estarem próximo da realidade. Pela dor que é ler um relato que muitas crianças do período já contaram ter sofrido tais abusos.

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E aí tem A visita do inspetor-geral; A sandinista; O garoto de Liverpool; Um homem muito alto, Pais e filhos; etc e etc e a gente vai ficando com o nó na garganta, com o peito dolorido, com a certeza de que pouco ainda foi feito pra deixar claro a impossibilidade dessa repetição.
Não, já basta! Não dá pra recuar ainda mais!
DITADURA NUNCA MAIS!!
E é preciso continuar a falar, escrever, produzir, gritar a plenos pulmões, porque o que está se pondo no horizonte é temeroso.
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Wal - Ig Amor pela Literatura 02/02/2019

Toda a tristeza da Ditadura Militar
"Veja bem o que você vai dizer, não esqueça que depois você volta pra cá; você volta pra mim - ele repetiu. E riu. Bateu a porta do camburão e riu".

É assim que começa o conto que dá nome a esse livro - "Você vai voltar pra mim". A fala aí é a do torturador; a moça parte para um interrogatório e é, devidamente, avisada para "falar pouco"; mas ela não se cala, relata os horrores da tortura que vinha sofrendo... mostrou os hematomas na pele, falou das palmadas, dos choques nos seios e na vagina, da ameaça de estupro, da simulação de fuzilamento, dos afogamentos, dos onze dias na solitária. Relatou também a advertência do torturador no caminho para a audiência na justiça militar.

Depois do depoimento, concordaram em transferir a moça do Dops para o presídio feminino - ela sentiu um certo alívio, mas durou pouco sua esperança; quando o camburão parou, ela viu, aterrorizada, o mesmo torturador - ele sorriu e disse: "eu disse que você ia voltar pra mim, não disse?"

Os outros contos seguem a mesma linha, mostram que a ditadura militar brasileira não colocou em risco só a vida dos militantes de esquerda, como muitos afirmam e aplaudem, mas também de cidadãos comuns, servidores públicos, jornalistas... - hoje há quem diga que ela nunca existiu, que foi invenção de uns desocupados. Quem dera a Ditadura militar tivesse sido só mera invenção, mas estudamos história e sabemos que não foi assim, não mesmo!

site: https://www.instagram.com/amor.pela.literatura/
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Jefferson Vianna 28/02/2018

Um convite à reflexão...
“Você Vai voltar pra mim e outros contos” é um livro extremamente sensível, impactante e muito bem fundamentado. São 28 contos que retratam episódios da ditadura militar. O autor, Bernardo Kucinski convida-nos após o término de cada conto, a sentir na pele algumas situações através das longas reflexões... Muitos foram os momentos em que fiz uma pausa na leitura, olhei para o teto do meu quarto e mergulhei em devaneios... Noutros momentos sentia uma espécie de “soco no estômago” e mesmo que Kucinski nos assegure de que tudo não passa de ficção, não se podem negar os fatos, nem mesmo negar as atrocidades e as barbáries que eram realizadas na época da ditadura, como por exemplo: pau da arara, choques elétricos, afogamentos, agressões físicas, palmatória, mutilações, entre outros tipos de torturas praticadas. Neste livro o autor leva-nos a reflexão de que é impossível tentar camuflar as inúmeras “cicatrizes” que permanecem até os dias atuais, fruto das repressões e das consequencias catastróficas da ditadura militar no Brasil, entre os anos de 1964 – 1985. Após a leitura resta uma reflexão: “Estaríamos nós, brasileiros, caminhando para uma possível ditadura? Não soubemos lidar com a democracia e com a liberdade?” Só espero que quando o “Gigante” acordar não seja tarde demais... Livro mais do que recomendado!
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