Revivente

Revivente Ken Grimwood




Resenhas - Revivente


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Thaisa 19/04/2014

Um livro deveras interessante...
O tema desse livro me chamou atenção logo de cara. Gosto de ficção e quando envolve assuntos sobrenaturais ou sem explicação plausível, aí que me deixa mesmo curiosa. Algumas coisas me despertam a atenção e a vontade de ler um livro. Primeiro eu me envolvo com a capa e depois disso vou ler a sinopse. Confesso que acabo lendo muitos livros por indicação de amigos também, enfim… Fui atraída pela capa desse livro (não me pergunte o motivo, pois não sei) e a sinopse me conquistou. Li o livro e estou aqui fazendo a resenha do mesmo pra vocês.

A leitura desse livro foi bem interessante e despertou várias emoções e mim. No início achei o livro monótono e um pouco clichê demais, porém no decorrer da leitura me surpreendi.

Veja a resenha completa no link abaixo:

site: http://minhacontracapa.com.br/2014/04/resenha-revivente-de-ken-grimwood/
Thaisa 09/05/2014minha estante
Leia Matheus, o livro é realmente interessante. Vale a pena ^^




spoiler visualizar
Gustavo 17/12/2022minha estante
Nossa, mimimi


Elizabeth 18/12/2022minha estante
?




Mateus295 18/12/2014

Resenha de Revivente
“Revivente” é um livro que tem uma premissa muito interessante que nos deixa intrigados desde a leitura da sinopse. O livro tem uma escrita fantástica e bastante rica, tendo um vocabulário bem diverso e uma variedade de citações a grandes acontecimentos e tragédias da história mundial. O que acabou me deixando um pouco perdido, já que não sou um conhecedor de tantos acontecimentos assim, além de que a escrita é bem descritiva. O que só fez ficar ainda mais maçante no momento de mostrar tais acontecimentos.

Jeff é o personagem principal, e no começo da narrativa já é apresentado prestes a morrer. E aí começa os ‘replays’ de sua vida, que iniciam com ele aos 18 anos, mas com o conhecimento de todos os anos que viriam até o ano de sua morte, 1988. Com esse conhecimento a seu favor, ele muda sua vida de modo a ter mais conforto. Só que ao chegar o ano de 1988, na mesma data e hora da sua morte passada, ele morre de novo.

Pode-se pensar que isso vai tornar a narrativa bem lenta e entediante, muito pelo contrário. Eu considerei que fosse uma história dentro de outra, a cada nova oportunidade que era dada ao Jeff, ele mudava o seu rumo. Só que, como eu disse antes, a inserção de muitos acontecimentos históricos e a forma com que eles foram apresentados me deu muita vontade de sair pulando, não por serem chatos ou mal colocados na narrativa, mas porque eu não detinha conhecimento deles, e eles eram altamente descritivos, o que acabou piorando.

O final foi muito ‘non sense’ para mim. Ao longo da narrativa eles especulam hipóteses de como aqueles ‘loops’ podem acabar, e depois ainda conseguem uma explicação - um pouco lunática - feita por uma ‘pessoa interessante’. Mas no fim acontece o inesperado, e nem ao menos é explicado o porquê. Pareceu-me que foram jogadas tantas hipóteses ao longo da narrativa que ao chegar ao final não tinha uma igualmente decente e lógica para encerrar a estória. Mas apesar de tudo o livro é fantástico. É um livro adulto, com densidade em algumas situações e gostoso de ler, vale muito à pena ler e depois se questionar: “O que eu faria se eu tivesse uma segunda chance de mudar algo no meu passado, tendo conhecimento do que viria a acontecer?”.

.:O Epílogo denuncia que teria uma continuação, mas o autor (Ken Grimwood) morreu antes de lançá-la.
Adriana.Batista 23/07/2016minha estante
Mais esse livro tem final?


Mateus295 24/07/2016minha estante
Tem. O Epílogo denuncia uma continuação só que com outros personagens.




Vini 14/01/2022

...já vivemos muitas vidas...
O que você faria se tivesse a oportunidade de viver sua vida novamente ? Essa é a premissa do livro. O início é interessante já que é tudo novo nessa nova vida vivida com empolgação pelo personagem principal, mas com o tempo ele começa a desperdiçar sua vida com coisas e pessoas superficiais até aprender que o que importa mesmo é viver da melhor forma possível para você, com as coisas que ama fazer, com as pessoas que ama. Nossa vida é valiosa e tanto Jeff quanto Pamela tiveram que morrer e viver várias vezes para aprender isso . Adorei a referência de Bhagavad-Gita no livro !!! O livro é ótimo, mas o final me decepcionou um pouco .
@90semy 14/01/2022minha estante
Me interessei! Adicionei na lista, obrigada pela resenha.




Bruna 06/07/2020

Favoritado!
Esse livro foi uma bela surpresa. Eu, como fã de ficção científica, fiquei muito satisfeita e com certeza passarei dias pensando nessa história. O mais curioso é que o autor morreu em 2003, aos 59 anos, vítima de ataque cardíaco... Enquanto escrevia a continuação de Revivente... *pensando*
Nara Leão 04/12/2020minha estante
Comecei a ler agora a tarde e corri pro skoob pra "anotar" a leitura, por curiosidade fui olhar a biografia do autor e levei um susto com esse fato dele ter morrido de ataque cardíaco.




Day 02/08/2021

Xoxa, capenga, manca, anêmica, frágil e inconsistente
Nunca vi muitas recomendações desse livro, mas as que vi eram sempre muito positivas. Pois bem, deu ruim.
Não me apeguei nem um pouco ao Jeff, personagem principal, nem gostei da narrativa em 3° pessoa.
Sao 404 páginas (pelo menos no ebook) de um livro que se prolonga desnecessariamente, ao mesmo tempo em que faltam informações. Você não vê acontecer coisas, é apenas dito "tal coisa aconteceu, morreu, voltou", enquanto outras coisas eram EXTREMAMENTE detalhadas sem necessidade.
Até os 43% do livro eu tava sofrendo. A partir desse ponto, apareceu uma pessoa e eu pensei "agora vai", mas não foi. Em 60 e poucos % apareceu outra pessoa e meu "agora vai" morreu antes de ser pronunciado.
É uma pena não ter gostado de um livro que achei que ia gostar, com um tema que muito me interessa. O final é tão morno quanto todo o decorrer do livro e não me fez gostar nem um pouco mais da história.
Comparam muito "revivente" com "as primeiras 15 vidas de Harry August", sempre dizendo que revivente é melhor. Espero discordar de todos novamente quando ler Harry August, pois ainda tenho esperanças nele.
Leite 21/09/2021minha estante
Realmente, o livro não foca em explicar os ocorridos, só vai jogando. Eu comprei a ideia e consegui me divertir demais, mas de fato isso pode pesar. É um livro simples mesmo. Sei que o 15 vidas de Harry August tem um ritmo diferente, baseado em relatos de amigos que leram os 2. Ainda há uma chance! Hahaha




Ruh Dias (Perplexidade e Silêncio) 11/10/2018

Já Li
Muita coisa em "Revivente" é autobiográfica. Assim como o protagonista, Jeff Winston, Ken foi jornalista e estudou no Emory College, uma universidade em Atlanta. Falecido em 2003, este livro, publicado em 1986, continua sendo sua obra mais popular.

No original, o nome deste livro é "Replay", o que faz mais sentido na estória. Jeff Winston, quando alcança o ano de 1988 com 43 anos, morre e renasce em sua época de universitário em Emory. Jeff não sabe se estes replays de sua vida começaram a acontecer de repente ou se ele só adquiriu consciência deles a partir daquele momento. Em 2003, "A Mulher do Viajante no Tempo" de Audrey Niffenegger também usou o conceito de um viajante do tempo que retorna para o passado sempre que completa 43 anos.


Em seu primeiro replay, Jeff resolve investir todas as suas economias em corridas de cavalo e campeonatos de futebol americano. Ele fica milionário, rapidamente, e começa a investir em todas as empresas que ele sabia que, no futuro, seriam promissoras, como IBM e Microsoft por exemplo. Ele também vai atrás de sua esposa, Linda, ainda jovem, mas ela o despreza. É aí que Jeff percebe que as suas várias vidas não serão exatamente iguais e que tanto ele quanto os fatores externos poderão intervir no curso das coisas. No ápice de sua frustração, ele interfere no assassinato de John F. Kennedy, só para "ver o que acontece."

O que acontece é que, ao chegar aos 43 anos, ele morre novamente. Quando Jeff renasce em Emory, ele decide dar uma segunda chance à sua namorada da adolescência, Judy. Eles casam e tem uma filhinha chamada Gretchen. Jeff leva uma vida calma e amorosa e, quando chega aos fatídicos 43 anos, morre outra vez. Este replay o deixa particularmente arrasado, afinal, ele perde uma filha. As memórias de todos os replays se acumulam dentro de Jeff. Quando ele renasce, todas as lembranças das vidas anteriores o acompanham, e a saudade da filha Gretchen irá atormentá-lo em todos os replays.

Até aqui, para mim, a leitura estava cansativa. Achei que Ken Grimwood usou dois clichês de estórias de viagem no tempo: o dinheiro ganho com apostas e investimentos porque o viajante conhece o futuro e as tentativas de relacionamento com todas as namoradas do passado para descobrir como seria o futuro com cada uma delas.

Meu interesse foi resgatado quando Pamela Philips apareceu. Jeff vai ao cinema e assiste a "Starsea", um filme que está fazendo um enorme sucesso por causa das idéias futuristas e progressistas de sua produção e roteiro. Ele consegue contatar a diretora e produtora do filme, Pamela, e logo descobre que ela é uma revivente como ele. Dali em diante, eles se procuram em todos os replays, pois descobrem o amor verdadeiro. E sim, quando apareceu esse lance de "amor verdadeiro" perdi o interesse de novo, afinal, não gosto de histórias de amor melosas.

Segue-se mais um clichê, quando Pamela e Jeff resolvem contar o que são para o mundo e os militares dos Estados Unidos resolvem prendê-los e subjugá-los.

O que manteve minha leitura até o fim foi a curiosidade. A cada replay, tanto Jeff quanto Pamela renascem cada vez mais perto da data de suas mortes. Além disso, eles levam mais tempo para se lembrarem dos outros replays a cada renascimento.

Tempos atrás, li "As Quinze Vidas de Harry August", de Claire North, publicado em 2014. Infelizmente, a similaridade entre as duas obras foi tão grande que acabei perdendo o interesse pelo livro de Ken Grimwood. Embora "As Quinze Vidas de Harry August" tenha sido lançado posteriormente, como o li primeiro, fiquei com a sensação de que "Revivente" era uma cópia cheia de clichês.

E, caso você não queria saber um spoiler sobre o final da estória, sugiro interromper a leitura deste post aqui. Infelizmente, Ken Grimwood não provê maiores explicações sobre os replays e os reviventes, tampouco as consequências do que Pamela e Jeff alteraram na História. Como tudo o que eles fazem é "zerado" a cada replay, a estória fica sem aprofundamento e sem surpresas. Por isso, não é uma leitura que recomendo.

site: https://perplexidadesilencio.blogspot.com/2018/10/ja-li-78-revivente-de-ken-grimwood.html
Sthefanie.Paula 29/12/2020minha estante
Concordo com cada palavra!




DaniM 05/01/2018

Revivente – Ken Grimwood: obra premiadíssima, deu origem ao filme O Feitiço do Tempo, vendeu milhões de cópias e é um sucesso desde seu lançamento em 1988. O personagem principal morre e descobre que tem o poder de reviver. E morre novamente. E revive de novo. Isso acontece inúmeras vezes ao longo do livro. E é de uma chatice sem fim. Repetitivo, cansativo, um personagem principal sem carisma, sem nada de novo a oferecer ao leitor, a não ser uma confusão com relação a tudo que está acontecendo com ele. Um livro que não me acrescentou absolutamente nada, a não ser um tédio infinito.
“Não dava mais para negar o que tinha acontecido; ele não conseguiria racionalizar aquilo de qualquer forma que pudesse parecer outra coisa. Estava morrendo de infarto, e então sobrevivera; estava em seu escritório em 1988 e agora se encontrava...aqui, em Atlanta, 1963”

site: https://www.instagram.com/danimansur/
Sthefanie.Paula 29/12/2020minha estante
O livro poderia ser escrito em umas 150 pág e estava ótimo, eu acho que eu ia gostar mais.




Ariel.Rodrigo 01/03/2017

Incrível
Atual mesmo sendo escrito em 1988. Daria um filme incrível se fosse adaptado fielmente. Um livro sobre o tempo, a vida e arrependimentos. Jeff e Pam são apaixonantes.
Mizael 23/08/2017minha estante
O filme "feitiço do tempo" foi baseado nesse livro, mesmo sendo uma história completamente diferente.




Resenhoteca 08/06/2014

Um livro atual, mesmo escrito em 1988!
Antes de tudo o livro foi vencedor do World Fantasy Award (um conjunto de prêmios anuais, internacionais, concedido a escritores e artistas que tenham apresentado proeminentes realizações no campo da fantasia) dentre outros muitos prêmios no campo de ficção científica. Não é qualquer livro que ganha tantos prêmios assim. Isso tudo na década de 80.

Só a sinopse e as premiações acima me deixaram com vontade de comprar o livro. Não estou acostumado a ler ficções desse gênero e achei a história bem interessante. O livro conta a história de Jeff Winston. Ele é um jornalista sem um grande futuro no ramo e com um casamento fracassado. O livro começa em 18 de Outubro de 1988. Ele está conversando com a esposa e sente uma forte dor no peito. Ele percebe que está morrendo e quando aquilo tudo passa ele acorda sem saber onde está. Acaba descobrindo que está em 1963 e tem 18 anos novamente. Ele se lembra de toda sua outra vida, mas se recusa a acreditar que aquilo está acontecendo e tenta ir atrás da sua antiga vida. Depois de um tempo ele aceita o fato se pergunta o que vai fazer. Ele tem a maturidade da outra vida e todos os acontecimentos futuros, mas o que ele vai fazer? Reviver sua vida ou criar uma nova? Ele não sabe se essa é a ultima vida ou se esse replay irá acontecer pra sempre. No primeiro momento é meio obvio o que ele faz. Acho que todos pensariam dessa maneira e é ai que o livro me ganhou. Com uma leitura bem agradável o autor faz você pensar o que você faria se tivesse essa oportunidade. Ele acaba te surpreendendo em certos momentos e você acaba se envolvendo na história de Jeff e sentindo um pouco do que ele passa em cada momento.

Em uma parte da história aparece outra pessoa que também está vivendo o “replay”, Pamela. Você acaba se envolvendo na trama dos dois personagens e criando várias expectativas. O final do livro não era nada do que eu imaginava. Um final simplesmente muito bom. Porém o que eu mais gostei no livro é que você consegue sentir o amadurecimento dos personagens. Os pensamentos e as atitudes deles mudam ao longe do livro. Isso faz você entrar na história e refletir sobre sua própria vida e suas decisões.

Em 1993 foi feito um filme baseado nessa história. Feitiços do Tempo (Groundhog Day). Nessa história um repórter que cobre o clima é enviado para um cidade e nessa cidade ele acorda sempre no mesmo dia.
O livro foi escrito e publicado em 1988. Mesmo para uma publicação dessa época o livro é bem atual. Ken Grimwood estava escrevendo o segundo livro quando infelizmente morreu em 2003, aos 59 anos, de ataque cardíaco. Será um pena nunca saber a continuação desse livro.


site: http://www.resenhoteca.com/2014/06/resenha-revivente.html
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Norberto 19/06/2014

Ótima leitura
Comecei a ler o livro sem expectativas de uma grande história, pensando que fosse algo "mais ou mesmo" do tipo "De volta para o futuro", alguma coisa assim, só que no passado. Como visões de sua vida ou algo assim. Pelo contrário, Ken Grimwood constrói uma trama cheia de personagens - principais e coadjuvantes - que se destacam cada um por sua personalidade própria, o que dá mais vida ao livro. Dessa maneira, é fácil se envolver com os personagens e entender o que se passa na mente de cada um.

Cada vida revivida por Jeff tem um contexto diferente ou vai tomando um rumo diferente à medida que ele percebe as consequências das suas escolhas de acordo com a vida anterior. Entretanto, ele nunca pensa com dedicação naquilo que está acontecendo com ele, até que encontra Pamela e, a partir daí, a vida dos dois passa a estar ligada pelo mesmo acontecimento.

Em determinado momento, o autor dá a imaginar que a história levará por um rumo, o que na outra página já se mostra ao completamente nada a ver, o que seria uma aberração no meio do livro, na verdade. A história estava muito boa para ser algo do tipo. Essa nova personagem neste momento serviu apenas para isso: deixar essa história sumir assim como apareceu - do nada, só para encher algumas páginas. Mas foi bom, para dar uma breve mudada na direção do pensamento do leitor.

O livro termina como deveria terminar, nesse caso. Depois de tantas vidas vividas, tantas escolhas, acertos e erros, nada mais esperado do que o final como foi e não uma explicação sobrenatural para o enredo.

Infelizmente não haverá uma continuação do mesmo autor para a história.
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Jeniffer Geraldine 08/08/2014

Revivente Ken Grimwood
Às vezes tomamos decisões consideradas erradas na vida que nos fazem querer voltar no tempo e ter a oportunidade de fazer tudo diferente. Reviver determinado dia bom para fazê-lo ainda melhor, ou algum dia ruim para torná-lo bom. É a tal segunda chance sonhada por tantos. Mas para voltar no tempo e fazer diferente seria preciso ter a consciência de que antes as coisas não saíram como o esperado. E o voltar no tempo seria algo consciente? E, outra, reviver a vida seria uma benção ou um fardo?

Jeff Winston, jornalista de rádio, 43 anos, é um revivente no livro do Ken Grimwood, lançando no Brasil pela editora Gutenberg em março de 2014. Vivendo um dos piores momentos da sua vida, casamento em crise, insatisfeito com a profissão, Jeff tem um infarto e volta aos seus 18 anos, em 1963, no seu quarto da época da faculdade. Ele voltou no tempo e estava consciente sobre isso. Tinha a oportunidade de viver uma nova vida, mas com a bagagem daquela vivida antes.

Jeff tinha lembranças não só dos seus dias, mas dos acontecimentos mais marcantes da humanidade para as próximas duas décadas. O ambiente era igual, as pessoas eram familiares, mas parecia que ele tinha a chance de fazer as coisas diferentes dessa vez.

"Em certo sentido, tudo indicava que ele estava revivendo sua vida, como se estivesse revendo um vídeo; mas não parecia que estivesse limitado pelo que de fato acontecera antes, pelo menos não inteiramente. Até onde podia afirmar, ele havia retornado àquele ponto de sua vida repetindo as mesmas circunstâncias de outrora matriculado na Emory, dividindo o quarto com Martin, cursando as mesmas matérias de um quarto de século atrás. Entretanto, nas vinte e quatro horas desde que tinha acordado ali outra vez, ele já tinha começado sutilmente a se desviar dos caminhos que percorrera originalmente." (p. 27)

A partir do seu primeiro replay como o fenômeno é chamado no livro e é, também, título original em inglês nós vamos acompanhar as escolhas de Jeff em fazer sua vida diferente e, como ele queria considerar, melhor. Como sabia de tudo que ia ocorrer nos próximos anos, ele tentou usar tudo a seu favor, principalmente formas de como ganhar dinheiro facilmente e ter uma vida mais cômoda e despreocupada em relação a última que viveu. Apostou em corridas de cavalos, investiu em ações e projetos, afinal sabendo o resultado, ficava fácil demais.

No início me incomodou o fato dele apenas querer levar uma vida boa, se aproveitando do que já conhecia daquele mundo, da vida, das pessoas que o rodeavam. Fiquei pensando: será que ele vai ser tão sacana assim? Apenas buscar ostentação e nada mais? Não vai nem procurar saber o motivo de ser um revivente? Juro, fiquei com raiva.

E como o processo se repetia sempre quando ele ia chegando aos 43 anos, o livro ficou um pouco cansativo para mim. Jeff vivia sempre de uma maneira muito boa, óbvio que nem tudo era igual, principalmente relacionado às mulheres. Em relação a vida amorosa, ele variou e aproveitou cada uma das mulheres que apareceram em sua revidas. Aliás, as escolhas que ele tomava em cada revida eram baseadas na companheira escolhida para aqueles próximos anos. Ele tinha novas oportunidades, mas ainda era muito influenciado pelo ambiente e pelas pessoas.

A primeira revida dele foi uma das mais interessantes para mim. Fiquei motivada para saber até onde ele iria usar seus conhecimentos para se dar bem e juro que fiquei esperando que alguma coisa fugisse do script já conhecido pelo protagonista.

Em certo ponto do livro, eu comecei a perceber que não era a única cansada daqueles replays, mas Jeff também. E isso é o mais interessante na narrativa de Ken, ele nos leva a se cansar de tudo, assim como o personagem principal, só para nos dar um motivo a mais. Para nós, leitores, um motivo para continuar a leitura e para Jeff, o motivo para suportar mais um replay.

Juro que estou em dúvida se coloco ou não aqui o motivo. Mas em nome do bom senso e só para lançar a curiosidade na vida de vocês, não vou contar. Só quero deixar claro, que valeu a pena se sentir cansada.
Ao invés disso, vou falar o que me motivou a ler Revivente. Eu busco na literatura explicações para vida. Ler para mim é um alento. Me desligo do mundo quando estou lendo, mas aí é que eu me ligo ainda mais. Por isso a frase que explica o meu gosto pela leitura é uma de Miguel Sanches Neto: Leio para provar que o tempo é muito mais que o presente, leio porque não me bastam os prazeres de agora.

Revivente me chamou atenção pela ideia de poder reviver a vida e, claro, fazer tudo diferente. Porque, como disse no início do texto, pelo menos uma vez nós já falamos se eu pudesse, faria tudo diferente. Eu queria saber, mesmo que fosse na ficção, como seria a experiência de ser um revivente. A mágica da literatura é essa, experimentar outras vidas, enquanto vivemos a nossa.

E como todo livro que leio, eu tirei uma mensagem. Não adianta pensar no que poderia ter sido ou no que pode ser. O que vale é tentar viver o agora, afinal ainda é impossível ser um revivente.

"Cada vida daquelas tinha sido diferente, assim como cada escolha sempre cria diferenças, com resultados ou efeitos imprevisíveis. E, ainda assim, essas escolhas precisam ser feitas, Jeff pensou. Ele tinha aprendido a aceitar as potenciais perdas, na esperança de que estas fossem sobrepujadas pelos eventuais ganhos. O único fracasso certo, pelo que ele sabia, e o mais grave, seria nunca tentar nada." (p. 314)

site: http://subindonotelhado.com.br/livro-revivente-ken-grimwood.html
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Danielle 23/02/2015

Interessante
Revivente foi o vencedor do The World Fantasy Award de 1988, porém foi lançado apenas em 2014 no Brasil pela editora Gutemberg, antes de ler o livro ainda não sabia dessas informações e isso fez mudar muito minha opinião sobre o livro, pois estava achando que já tinha visto em outras obras algumas coisas retratadas no início da trama.

Viagem no tempo é um tema que já está está super explorado no cinema e literatura, mas mesmo assim eu adoro e sou fascinada pelo tem, também nunca me canso de apreciar uma nova obra.

Revivente no início não me apresentou nada de novo e me fez lembrar muito de Novembro de 63 do Stephen King, o que me fez ficar com um pé atrás (nesse momento não sabia que o livro era de 88), mesmo assim persisti na leitura e não me arrependo pois a trama começou a se desenvolver e ficar bastante intrigante.

Voltando a trama, o livro é narrado pelo ponto de vista do protagonista Jeff, logo no início ele está em uma ligação com a esposa que diz que eles precisam ter uma conversa muito séria sobre o casamento que não vai muito bem, e ele morre no meio da ligação, no ano de 1988 e volta a vida, só que em 1963, quando ainda era uma adolescente na faculdade.

Tudo é muito confuso na cabeça de Jeff até ele se dar conta do que realmente está acontecendo, então resolve aproveitar a vida nova e fazer fortuna com apostas que ele já sabe o resultado e também tenta salvar Kennedy do assassinato. E assim ele vai vivendo sua nova vida sem saber se Deus está concedendo uma nova chance ou se seria um replay. Não quero falar mais sobre a trama pois é muito legal o leitor acompanhar cada surpresa que irá aparecer na vida de Jeff, e posso dizer que tem muita coisa por vir e o leitor vai viver várias aventuras junto de Jeff.

Apesar de ser um ótimo livro algumas vezes ele ficou um pouco cansativo e repetitivo, mas nada que tire a grandiosidade da trama, apenas me fez tirar uma estrelinha na classificação.

O final do livro dá a entender que teria uma continuação,porém o autor morreu sem terminar, e o mais curioso de tudo, ele morreu da mesma forma que o protagonista do seu livro.

O livro inspirou o filme “O Feitiço do Tempo” com Bill Murray lançado em 1993 e parece que os direitos de adaptação foram comprados em 2011 para uma nova adaptação, vamos aguardar.

Recomendo muito a leitura para quem gosta de ficção científica e viagem no tempo.

site: www.facebook.com/minhasresenhasdp
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Felipe 16/04/2015

Muito bom!
Não faz o meu estilo de leitura, prefiro histórias medievais de fantasia, mas me surpreendi. Comecei lendo com o pensamento de "vamos ver, se for ruim eu paro", só que não consegui mais parar até terminar de ler! Achei que fosse mais voltado ao público jovem, mas pela linguagem e os temas tratados, ele se encaixa para um público mais adulto, com frases pesadas do tipo "Ela era uma mulher só pra foder". Eu devo confessar que senti falta de uma continuação, mas disso eu vou falar mais pra frente, vamos ao enredo.

Ele começa morrendo. Sim, acho que logo na primeira página o protagonista, Jeff, sofre um ataque cardíaco, consegue sentir a vida indo embora, o mundo está apagando, então ele acorda, como se estivesse dormindo acordado e levado um susto. Já não está mais onde estava antes, agora está no seu antigo quarto de faculdade. No começo achou que fosse brincadeira de alguém, "me drogaram e me colocaram nesse cenário", mas com o tempo vai percebendo que realmente está de volta. Ainda pensa que é um sonho, mas não consegue acordar. Durante a história várias hipóteses passam por sua cabeça, como se estivesse em coma e estivesse preso nesse mundo, ou se talvez a vida que ele levou até então era só um sonho e ele ainda estava na faculdade.

Já que está revivendo, por quê não ficar rico? Ele já sabia no que apostar nos esportes, ações e etc. E ele fica rico mesmo, faz tudo diferente da primeira vida, só que ao atingir a mesma idade de quando morreu, ele morre novamente. Fica frustrado por ter perdido tudo e recomeça outra vida. Morre novamente e recomeça. Sabendo que vai morrer e voltar, ele começa a experimentar de tudo, desde drogas e mulheres até viagens e livros que nunca leu, cada vida de um jeito mas sempre fazendo aquele pé de meia com apostas certeiras pra poder fazer o que quiser sem se preocupar.

Certa hora ele abusa um pouco das drogas e decide ficar isolado do mundo, já que não tem como conversar com ninguém sobre isso sem parecer maluco, até que um dia vai fazer compras e descobre que um filme está fazendo muito sucesso no mundo todo, um filme que ele nunca ouviu falar na vida, aliás, em nenhuma delas. Decide então assistir o tal filme, realmente sente que é o melhor filme que já viu e descobre que é uma parceria de Steven Spielberg, George Lucas e uma desconhecida até então, uma tal de Pamela Philips... Aí a coisa fica interessante.

Enfim, sobre a continuação, parece que sim, o autor estava mesmo escrevendo uma continuação para este livro, mas, curiosamente, ele sofreu um ataque cardíaco e não terminou o livro, igualzinho ao protagonista. Resta saber se ele está revivendo agora em outra realidade onde ele publicou os livros, ou não publicou, ou ficou rico, ou quem sabe, esta é a realidade onde ele reviveu e publicou um livro sobre sua história, sem parecer muito maluco perante a sociedade...
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