Arellynda 11/05/2012Amo esse livro, a Nina como costumo chamá-lo. Lembro que quando li pela primeira vez fiquei muito mais revoltada do que já sou, acompanhar a Nina me fez pensar sobre mim mesma e olhar ao redor de um jeito inédito, e às vezes perturbador. Minha mãe e Fatima ficaram até preocupadas comigo. :P
Nina era uma garota moscovita vivendo no regime stalinista, depois de sua morte o diário foi encontrado nos arquivos soviéticos por uma ativista que resolveu publicá-lo. O diário relata a vida cotidiana de Nina, seus sentimentos, sua vontade se ser escritora, sua tristeza em relação ao seu estrabismo, suas fantasias suicidas, seu ódio pelo Partido Comunista da União Soviética e por Stálin.
O NKVD encontrou o diário em 1937, Nina, seu pai, sua mãe e suas duas irmãs foram presos e condenados a cinco anos de trabalhos duro em Kolyma, num campo de extermínio, sendo liberados em 1942.
Acusada de anti-soviética e de ter "intenções terroristas em relação a Stálin", ela foi forçada a assinar uma confissão afirmando ter-se postado diante do Kremlin com uma arma para matar Stálin (no diário ela fala que tem mesmo vontade de matar o Stálin, e alguém deveria fazer isso).