Snow Like Ashes

Snow Like Ashes Sara Raasch




Resenhas - Snow Like Ashes


9 encontrados | exibindo 1 a 9


bia prado 27/10/2020

“Someday we will be more than words in the dark.”
Então… Eu realmente gostei desse livro muito mais do que fantasias famosinhas por ai (Falling Kingdoms, Queen Of Tearling, Throne of Glass, Kiss of Deception, pra dar alguns exemplos [acho péssima a execução dessas séries {pelo menos o primeiro livro, que foi só o que eu li antes de abandonar}]). E queria ter lido isso uns anos atrás, certeza que teria aproveitado bastante!

Pra resumir, achei a execução muito bem feita, tanto o mundo fantastico criado, como os personagens. Aqui não temos personagens secundários planos, há um vilão que realmente é ameaçador (me lembrou o Jafar na real kkk) e as relações da protagonista com cada um é bem interessante (amei o Sir!!!). Você se importa com eles conforme vai lendo e fazia tempo que não sentia isso por um YA de fantasia (li umas coisinhas bem ruins, sinceramente).

A protagonista é adolescente e faz algumas coisas impulsivas, sim, mas há um crescimento de personagem aqui muito claro e que eu adorei acompanhar.

O plot é totalmente inovador? Não. São diversos reinos e tem umas tretas de poder e de mágica e influência e o plot twist não é difícil de adivinhar, entretanto, é como eu sempre digo, execução é tudo. A mais básica das ideias pode ser fantástica, dependendo de como o autor decide elaborar.

Além disso, em alguns momentos há assuntos pesados tratados que eu não esperava num YA, como escravidão e tentativa de estupro.

A única coisa que ficou um pouco nebulosa pra mim foi a magia. Como exatamente ela é manipulada? Pelo pensamento? Essa relação entre o condutor e magia não ficou tão clara pra mim. E as regras dessa mágica são quebradas em alguns momentos pro plot fazer sentido e ser explicado. Por exemplo: as coisas são X, mas se estiver na situação Y, elas mudam. Quero ler mais sobre isso no segundo livro.

Ah e tem um triângulo amoroso, mas o que eu poderia esperar de uma trilogia YA de 2014? kkkkk isso era basicamente um padrão na época.

E eu amei amei um certo túnel nesse livro. É uma parte emocionante e adoro quando falam da importância da memória coletiva pra nação (cof cof).
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



Lauraa Machado 07/05/2018

Que livro ótimo!
Vou admitir que só comecei a ler esse livro pela culpa de tê-lo na minha estante por tempo demais sem ler (três meses!) e que não estava especialmente animada para a sua história. Eu o tinha colocado na minha lista e comprado, porque duas das pessoas em quem mais confio tinham dado pelo menos quatro estrelas (e elas praticamente nunca dão cinco, então quatro significa que é um livro ótimo), mas antes de dar uma chance à Neve e Cinzas, fui ler The Kiss of Deception, que é no mesmo estilo, e me decepcionei completamente.

Ou seja, estava sem muita vontade de ler outro livro com praticamente o mesmo tema. Honestamente, acredito que, se eu já não estivesse cansada do gênero, teria gostado ainda mais; mas o fato de toda a base da história ser teoricamente algo que não estava me agradando fez tudo ser ainda mais surpreendente. Não só consegui superar isso, como estou extremamente feliz de ter lido e não deixado séries piores me fazerem desistir dessa.

E essa é a parte mais importante da minha resenha: se você leu The Kiss of Deception e amou, vai amar esse. Se leu e odiou, vai finalmente encontrar um livro no mesmo estilo que é realmente bom. Melhor ainda, porque este daqui tem mais enredo do que As Crônicas do Amor e Ódio têm em todos os seus livros, e olha que (na edição que eu li) tem só 416 páginas.

Neve e Cinzas não teve muito hype, seu mapa é simples e os livros não são tão populares quanto merecem. Mas tem uma protagonista humana, com vulnerabilidades e forças, que se desenvolve e tem relações complexas com outros personagens. Tem também um enredo cheio de acontecimentos, com o maior número de reviravoltas que eu já vi em um livro (sem começar a ficar apelação), além de uma criação de mundo impecável, apesar dos nomes dos reinos serem um pouco caricatos. Tem uma escrita linda também, com frases inspiradoras. E tem um triângulo amoroso, que conseguiu inacreditavelmente me fazer ficar em muita dúvida entre os dois caras, de tão bem que foi trabalhado.

Honestamente, eu tenho só duas pequenas críticas a fazer, tão pequenas que não conseguiram ganhar do quanto eu gostei do livro - e acabei dando cinco estrelas mesmo assim. A primeira é que o enredo é realmente rápido, cheio de ação e acontecimentos, e em alguns momentos, só em alguns mesmos, senti que podia estar um pouco rápido demais. A outra crítica é para o começo do livro, apesar de que isso acontece - ainda que mais esporadicamente - por pelo menos 150 páginas: muita coisa é explicada mais do que deveria. Não chega a ser realmente um infodump, mas foram coisas repetidas mais do que o necessário, como se a autora tivesse medo do leitor não estar acompanhando todos os detalhes. Talvez seja melhor pecar por informação demais do que de menos, mas o editor poderia ter percebido que estava começando a ficar um pouco repetitivo.

Mas isso mal importa, já que o livro é muito dinâmico e tem uma leitura extremamente viciante! Achei difícil parar de ler, - li em duas sentadas! - sempre me prometia que ia parar e acabava lendo mais umas cinquenta páginas. Se você gosta de histórias de alta fantasia com magia, reinos e lutas de espadas, além de uma protagonista forte e incrível que se descobre no meio de uma guerra, o que está esperando para ler? Vai com fé que você não vai se decepcionar!
comentários(0)comente



Luiza Helena (@balaiodebabados) 07/06/2016

Originalmente postada em http://balaiodebabados.blogspot.com.br/
Sabe quando uma criança ganha um brinquedo e só quer brincar com ele? Assim fui eu quando ganhei meu Kobo. Sai adicionando tanto livro que alguns acabaram se perdendo dentro dele. Um deles foi Snow Like Ashes.

Meira é uma garota órfã que, juntamente com mais algumas poucas pessoas, conseguiram fugir de Winter quando Spring atacou. Dezesseis anos depois, Angra - rei de Spring - ainda os caça pois quer a magia da linhagem de Winter para si.

Meira faz de tudo para se sentir importante e participar da retomada de Winter. Mal sabe ela que o destino lhe reserva um jogo que envolve política e magia.

"Mesmo as nevascas mais fortes começam com um único floco de neve*"

Confesso que achei o começo bem confuso e demorei a pegar o tranco na história. Até eu entender todo o mundo, a leitura estava arrastada. Um resuminho básico sobre esse mundo então.

Previously in Snow Like Ashes...

Existem 8 reinos divididos entre Seasons e Rhythms. Os reinos Seasons - Winter, Spring, Autumn e Summer - tem esses nomes devido à estação que está sempre presente. Por exemplo, em Winter é sempre inverno e por aí vai. Isso acontece porque eles se localizam em cima de um tipo de camada geológica mágica. Essa fonte mágica podia ser acessada milhões de anos atrás, mas, hoje em dia, se encontra fechada e sua possível entrada se encontra em algum dos reinos Seasons. Os outros 4 reinos - Cordell, Ventralli, Yakim e Paisly - são os chamados de Rhythms porque são ditos “normais”, ou seja, não tem uma estação definitiva forevermente no seu reino.

Em cada reino, há uma linhagem herdeira da magia. Alguns reinos, a magia passa para as mulheres e em outros, passa para os homens. Essa magia fica “guardada” dentro de um objeto que eles chamam de conduit, que é uma espécie de condutor de magia. A partir desse conduit, eles podem “estender” a característica mais marcante da magia para os habitantes do seu reino. Quem leu/assistiu Amanhecer, lembram quando a Bella “estendia” sua espécie de campo de força naquela luta fubeca contra os Volturi? Então, é assim que funciona essa extensão da magia que o governante que possui o conduit faz.

Fissurado por esse babado de magia e tals, Angra - rei de Spring - teimou que a entrada da fonte mágica estava em Winter e por isso invadiu o reino. Quando ele invadiu, algumas pessoas, entre elas Meira e o futuro rei - Mather -, conseguiram fugir. E é nesse ponto que começa a história.


Dificilmente eu viro fã de mocinhas de YA porque ou se acham a louca das galáxias com desejo de morte (vide Tris) ou se acham fracas demais ou são bem arrogantes e mimizentas (vide Mare) ou só ficam reclamando da vida e não fazem nada e por aí vai. O que me fez gostar de Meira foi o fato dela se achar forte e fraca ao mesmo tempo. Ela sabe que pode ajudar a retomar seu reino, mas ao mesmo tempo, sabe que é fraca em alguns aspectos e que precisa da ajuda de algumas pessoas. Sim, ela tem a característica de ser geniosa, cabeça-dura, teimosa e se meter em burradas, mas também sabe ser leal e corajosa quando necessário. Ela não fica esperando as coisas acontecerem; ela vai lá e faz e fim de papo. No caso, ela é a montanha que vai a Maomé.

"Você não sabe de nada, Meira, e me desculpa se isso... é difícil para você aceitar, mas vai acontecer. Você não queria ser importante para Winter? É assim que Winter precisa de você"*

Quase no final do livro, eu já havia sacado qual o papel de Meira nessa história toda, mas ainda assim é um plot twist que te deixa de queixo caído, devido tudo que ocorreu até chegar ali.

Como todo YA, tem de haver um triângulo amoroso, mas, graças a God e a todos os seres que vivem nessa terra, nem chegou a fechar as pontas porque a terceira pessoa é quicada para fora no desenrolar da história. É PRA GLORIFICAR DE PÉ, ASSEMBLEIA! Maaaaas, não se enganem que esse “romancezinho” tira o foco de Meira.

O que gostei dela e que acho que falta em outras personagens de YA é pararem de se importar com o carinha durante o quebra-pau. O carinha pode ser o amor da tua vida, mas vamos ter foco no que importa: sair viva do quebra-pau e não ficar se preocupando se vão ter o felizes para sempre. Eu precisava fazer esse desabafo.

Voltando, teve alguns aspectos que me incomodaram, como o fato de baixar a Xena na Meira e ela sair jogando o seu chakram por aí e acertando TUDO (só faltou dar o gritinho). Até o começo da história, a guria não sabia se esquivar de uma espada de pau e agora tem a precisão de um sniper? Mas, são detalhes que, comparado com todo o livro, não prejudica o fato que a história é boa. Também houve alguns personagens que poderiam ter sido mais desenvolvidos e espero que isso aconteça no livro seguinte

"Algum dia, seremos mais que palavras no escuro.*"

Agora algo que praticamente encobre esse pequeno detalhe acima é a igualdade entre sexos estabelecida aqui. Geralmente, os que mandam nos reinos, países, whatever que seja nas histórias, são homens. Aqui temos homens E mulheres governando. Como falei lá no começo, em alguns dos reinos, como Winter e Autumn, a linhagem do governo que recebe a magia e o conduit é a mulher. Esses reinos tem uma rainha não porque casou com um rei, mas sim por direito e ter sido escolhida. Isso eu achei legal porque, apesar da maioria dos YAs serem escritos por mulheres, poucos eu encontrei onde uma mulher comanda o babado.

"Logo ele saberá que a nevasca começou comigo*"

Esse livro está com previsão de lançamento aqui no Brasil no dia 16 de junho pela HarperCollins e se chamará Neve e Cinzas. Eu curti que eles mantiveram a capa - que é bafônica btw - e o contexto do título. A única coisa que me incomodou foi a divulgação dizendo que os fãs de Game of Thrones deviam conhecer a história. Gente, não tem nada a ver com Game of Thrones. Eu creio que comentaram isso por conta dos reinos e tals. Então, se você está procurando algo no estilo GoT aqui, saiba que não vai encontrar.

O livro seguinte se chama Ice Like Fire e o terceiro - e último - se chamará Frost Like Night, com lançamento previsto para setembro desse ano.

Quem gostou de Trono de Vidro, The Kiss of Deception e A Rainha Vermelha, com certeza vai gostar desse livro. E quem não conhece os anteriores ou não gostaram, também.

PS: hoje é aniversário do meu pai, então... Parabéns, papis!!!

*Traduções feitas por mim

Leia mais resenhas em http://balaiodebabados.blogspot.com.br/

site: http://balaiodebabados.blogspot.com.br/2016/06/resenha-61-snow-like-ashes.html
comentários(0)comente



Livros e Citações 20/02/2016

"Mesmo as mais fortes nevascas começaram com um único floco de neve."
Autora: Sara Raasch
Editora: Balzer + Bray
Páginas: 416
Classificação: 5/5 estrelas

http://www.livrosecitacoes.com/?p=149988

Uma menina com um coração quebrado. Um guerreiro feroz. Um herói em construção. Há dezesseis anos atrás, o Reino de Inverno foi conquistado e os seus cidadãos escravizados, deixando-os sem magia ou um monarca. Agora, a única esperança de libertação dos Winterianos são os oito sobreviventes que escaparam e que esperam pela oportunidade de roubar de volta a magia de Inverno e reconstruir o seu reino desde então.

"Algum dia, seremos mais do que palavras na escuridão."

Órfão ainda criança durante a derrota de inverno, Meira viveu toda a sua vida como refugiada, criada pelo General dos Winterianos Sir.. Treinando para ser um guerreiro e perdidamente apaixonada por seu melhor amigo, e futuro rei, Mather — disposta a tudo para ajudar o seu rei a recuperar de volta o poder. Então, quando exploradores descobrem a localização do medalhão antigo que pode restaurar a magia de Inverno, Meira decide ir atrás ela mesma. Finalmente, ela está escalando torres, lutando contra soldados inimigos, e servindo o seu reino, assim como ela sempre sonhara. Mas a missão não saiu como planejada, e Meira logo se vê presa em um mundo de magia negra e política perigosa, e basicamente, percebe que o seu destino não é e nunca foi seu.

"Não importa o que aconteça, não importa o que gira ao meu redor, não importa o que o poder que ele acha que tem sobre mim, ainda sou eu. Eu sempre serei eu."

Isto foi absolutamente ÉPICO! Minha nossa senhora das mocinhas órfãs! Eu amo Meira! Ela é a mistura entre força e fraqueza, mas de acordo com o que ela mesma diz: ela é forte o suficiente por si só e ainda assim muito fraca, mas isso não a impede um momento sequer nesse livro!

E as batalhas descritas e narradas nessa fantasia são de proporções épicas, a autora tem um enorme poder de escrita criativa, o mundo criado em Snow like Ashes é poético, é mítico e intenso, e tem um detalhe muito interessante nesse livro: há uma ausência de sexismo aqui, fato extremamente comum nas fantasias! As coisas são equilibradas, tanto no que diz respeito aos personagens quanto a construção do mundo. (Viva a igualdade dos sexos)

Eu sei que há coisas que você não está me dizendo. Grandes coisas… Sir, e eu vou descobrir. Só espero que o motivo seja bom o suficiente para que eu possa perdoá-lo.
Porém, preciso destacar dois pontos: aqui nada é o que parece, fiquem atentos aos detalhes, pois Sara escondeu algumas surpresas que vão te deixar de queixo caído. E existe um romance nesse livro e sim é um triângulo, mas acredite em mim, ele fica tão em segundo plano, que você nem se lembra de que há um luta por afeições *risos*. As ações se sobrepõem ao romance, eu garanto!

Os mocinhos dessa trama são absolutamente iguais e assim mesmo tão diferentes… Um protege demais, já o outro estimula e incentiva e, sim, eu tenho meu preferido! *suspira*

A ação e a tensão são constantes, o final é fechado e a batalha final é FANTÁSTICA por conta de uma grande revelação que nem eu soube de onde veio aquilo! Mas a explicação ficou tão perfeita e coesa que me vi parabenizando a autora mentalmente! Isso é só um pouco do que fez Snow like Ashes um dos três melhores livros que li em 2015. Sara, você me surpreendeu e eu recomendo muito o seu livro.

"Mesmo as mais fortes nevascas começaram com um único floco de neve."

Resenha por: Emeraude

site: http://www.livrosecitacoes.com/
comentários(0)comente



neo 30/03/2015

Eu não estava esperando muito de desse livro. Se isso influenciou meu nível de satisfação eu não sei, mas uma coisa é certa: eu gostei bastante de Snow Like Ashes.

O mundo onde o livro se passa é no mínimo interessante. Existem oito reinos, sendo eles quatro Seasons e quatro Rhythms. Os reinos Season possuem apenas uma única estação e são nomeados de acordo com ela, ou seja, são eles Summer, Winter, Spring e Autumn (aka Verão, Inverno, Primavera e Outono). Já os reinos Rhythm são "normais" e possuem as quatro estações. Essa diferença se deve ao fato de que os reinos Season estão meio que em cima da fonte de magia do mundo - fonte essa, aliás, que até alguns séculos atrás podia ser acessada, mas que hoje em dia jaz soterrada em algum lugar dos reinos Season.

Como diz na sinopse, o reino de Winter foi conquistado por Spring e quase todos os seus habitantes foram escravizados. Apenas 25 escaparam, mas depois de anos no exílio apenas 8 sobrevivem, e entre esses sobreviventes está Mather, o herdeiro do trono, e a protagonista, Meira. Para restaurar Winter eles precisam de magia, mas a) só membros das famílias reais dos reinos, Season ou Rhythm, podem usar magia e o fazem através de objetos que receberam o poder da fonte perdida que mencionei ali em cima, b) o objeto da família real de Winter - um medalhão - foi dividido em dois pelo rei de Spring e eles precisam achar ambos os pedaços e c) dos oito reinos, quatro possuem objetos de condução de magia que só podem ser usados por homens da família real e os outros quatro só funcionam com mulheres - e Winter é um deles.

Ou seja, eles não só precisam recuperar as duas partes do medalhão pingente como precisam também manter Mather vivo até que ele tenha uma filha e então esperar até ela crescer para poder usar a magia de Winter. Considerando isso tudo, não é surpresa alguma que os sobreviventes não sejam lá um grupo muito animado.

O motivo de eu não ter esperado muito de Snow Like Ashes é bem simples: o plot twist é estupidamente óbvio (se você não o percebeu até agora se considere sortudo, já que provavelmente aproveitará esse livro bem mais do que eu o fiz) e, seguindo a tradição dos livros YA, há um triângulo amoroso. Meus medos só pioraram quando já nas primeiras páginas temos a Meira suspirando pelo Mather de um jeito tão cliché e tão previsível que eu tive que pausar a leitura para contemplar o lugar da humanidade nesse universo infinito aka suspirei fundo e perguntei por quê? para o teto do meu quarto. Mas, para minha alegria, a história se desenrolou muito bem depois dessa cena.

O que mais me surpreendeu em Snow Like Ashes foi o fato de que eu gostei de verdade da Meira. Tipo, muito. Eu nem lembro se já gostei de uma protagonista YA (tem a Rose de Vampire Academy, mas lá pelo livro 3 eu já a odiava, então né), mas Meira tem praticamente tudo que eu possa querer em uma protagonista: ela tem defeitos de verdade (aka não é temperamental ou desajeitada apenas para que o(s) cara(s) interessado(s) nela a ache(m) engraçadinha/fofinha/adorável) e defeitos esses que impactam o plot (!) e que ela acaba reconhecendo (!!); ela tem objetivos claros que não envolvem garotos (amém, irmãos)*; ela não é nem um pouco passiva. Se tem uma coisa que Meira não faz é ficar parada esperando as coisas acontecerem à sua volta.

O relação entre Meira e Sir, o líder dos sobreviventes e quem conseguiu salvar Mather (e o resto deles, praticamente), é muito bem desenvolvida também. Apesar de ele meio que não concordar, Meira o vê como um pai (afinal, ele a criou, né), mas ambos são personagens complicados e graças a isso, bem, shit happens. Foi ótimo ver uma protagonista YA com relacionamentos complexos que não são sobre romance.

Os outros personagens não são tão desenvolvidos quanto Meira e Sir, mas não chegam a ser unidimensionais. Mather e Theron (a outra ponta do triângulo) são okay e eu até conseguir simpatizar com eles, principalmente porque o triângulo amoroso cai por terra durante o livro (amém). Isso não me impediu de rir como uma hiena quando eles brigaram indiretamente pela Meira (in)felizmente (bem indiretamente, mas sério, coloque dois caras brigando - literalmente - por uma guria em /qualquer/ coisa e eu estarei rindo o tempo todo porque nope. Não. É ridículo demais, sorry). Also, nem preciso dizer que gostei mais do pobre coitado que fica forever alone, né? Pois é (Dedo Podre™).

De qualquer modo, espero que a autora dê mais profundidade aos demais personagens no próximo livro. Não houve nenhum oco demais a ponto de me irritar, mas né, personagens bem construídos sempre colocam a história em outro nível.

Anyway, a escrita de Snow Like Ashes é ótima. Não me lembro de momento algum em que a senti contando demais ao invés de mostrando e no geral ela é fácil de se ler. O ritmo é mais lento do que o da maioria dos YAs, mas pra mim isso não é problema, já que adoro livros assim.

Com o triângulo amoroso fora do caminho (amém de novo, só pra constar) e sem o plot twist óbvio, acho que acabarei gostando de Ice Like Fire, o segundo livro, bem mais do que gostei do primeiro. Mas isso apenas se a autora conseguir manter o worldbuilding eficiente e a Meira como uma personagem interessante. 4.0 estrelas para Snow Like Ashes.

*O objetivo da Meira é basicamente ser útil de alguma forma para Winter, reino que ela jamais conheceu. Resolvi falar um pouco disso porque achei que a autora abordou esse aspecto da história - uma sobrevivente de um reino destruído que sequer se lembra do tempo que passou lá - de modo bem hábil. Meira só conhece Winter através do que os outros sobreviventes lhe contaram e boa parte de seu desejo de ser útil para o reino vem de ela querer fazer parte dele de alguma forma, já que ela não se lembra de nada e por isso se sente quase como uma forasteira. Ver ela tentando pertencer e ajudar Winter a todo instante me pareceu bem real e me fez lembrar de Tigana, que trata de algo parecido, mas que não me convenceu justamente por não ser nem um pingo realista.

site: http://chimeriane.blogspot.com.br/
comentários(0)comente



Leca 01/03/2015

Snow Like Ashes
Acho que fui com muita expectativa e me decepcionei um pouco.
O começo é bem lento e a história muito vaga. Os acontecimentos do início do livro não tem um aprofundamento e isso colaborou para que eu não me conectasse com os personagens. A Meira é chata e "mimizenta" (estou cansada desse tipo de personagem).
A leitura é rápida, mas tem muitos altos e baixos. Começa chato, aí quando você acha que a história vai seguir um caminho, a autora muda tudo e fica chato de novo. E aquele "aprofundamento" que você espera desde o início acontece nas últimas 100 páginas.
Espero que a continuação seja melhor trabalhada.
comentários(0)comente



Desi Gusson 28/01/2015

From Zero To Hero
É difícil me surpreender com um livro depois de um começo previsível, vocês também tem essa sensação? A estória começa tão morna, sem uma ambientação forte, focando só num personagem que é, sem querer desmerecer ninguém, igual a um monte de outros que você pensa se foi uma boa ideia mesmo ter escolhido aquele livro.

Foi bem assim que começou meu relacionamento com Snow Like Ashes. Nas primeiras 80 páginas eu não conseguia prestar atenção, até bula de remédio parecia mais interessante e as repetições de palavras que a autora tanto fez estavam me dando nos nervos. Sem contar que a mitologia/realidade são bem únicas e só aconteceram tentativas de esclarecer as coisas. A impressão que tenho é que o manuscrito não passou por uma revisão homogênea, que a autora escreveu e revisou tudo em épocas diferentes na sua vida e o responsável pela revisão, pelo menos na primeira parte está de parabéns, sqn.

Mas daí baixou o Ezio Auditore na Meira e ela começou a pular e fazer acrobacias e atirar um chakran, tipo a Xena mesmo, louca da vida.

Como não prestar atenção depois disso?

Como num passe de mágica a estória sofreu uma reviravolta e entrou em pleno galope! Tudo o que podia acontecer aconteceu e eu fiquei com o coração na boca várias vezes xingando, chorando, amando os personagens.

O ponto central na trama é a perda de Inverno, um reino antigamente governado por uma rainha justa com poderes mágicos, para Primavera, liderada por um rei podre de ruim… e também com poderes mágicos. O que mais me marcou durante a leitura foi a abordagem do sentimento dos Invernianos sobreviventes, que tiveram suas casas e suas vidas arrancadas sem esperanças deixadas em troca. Foi muito real, muito visceral, dificilmente conseguimos ter essa visão tão clara do que é perder a pátria e a identidade, apesar de acontecer relativamente bastante na literatura fantástica. Vamos usar meu exemplo preferido de todos os tempos, os anões de Thorin Escudo de Carvalho sendo exilados da Montanha.

Gostei muito dos personagens, a forma como foram construídos. Principalmente a Meira e a forma como ela encara a vida nada pouco fácil que leva. Você esperaria que a menina órfã que nunca conheceu seu reino, é caçada desde a infância, perde amigos igualmente sofredores como quem perde elásticos de cabelo e que ainda por cima é apaixonada pelo próprio rei, que é tipo, o cara mais inaccessível do planeta fique assim, não é? Toda cabisbaixa.

Mas ela dá uma verdadeira banana pra qualquer um que queira dizer o que ela pode ou não fazer. Gosto muito disso pois cada vez mais vejo mocinhas que simplesmente seguem no mantra Ó Céus, Ó Vida, reclamando que tudo que acontece em suas vidas e não fazendo ABSOLUTAMENTE NA-DA para mudar isso. Particularmente acho que mau gosto e um péssimo exemplo.

Depois de um começo om uma escrita infantil, cheia de palavras repetidas que me matam um pouco por dentro, esse livro teve uma densidade tão inesperada da metade pro fim, eu senti tanto o que estava acontecendo com a vida da Meira e de todos os Invernianos que fiquei surpresa, maravilhada e precisando da continuação em minha vida. Recomendo fortemente Snow Like Ashes pra quem gosta de fantasia bem feita e de reviravoltas surpreendentes!

Para conferir essa e outras resenhas na íntegra, não deixe de acessar o blog.
Sério, vai lá, é legal!

site: www.desigusson.wordpress.com
comentários(0)comente



9 encontrados | exibindo 1 a 9


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR