A terra inteira e o céu infinito

A terra inteira e o céu infinito Ruth Ozeki




Resenhas - A Terra Inteira e O Céu Infinito


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Camilla191 27/04/2014

Resenha do Blog | Descafeinadas (Livro Cortesia)
Quando eu comecei a ler esse livro tive a impressão de que ele era longo demais para a história que abordava. Obviamente acabei me enganando. O livro te suga para dentro da história, é tudo envolvente e contagiante.

O enredo começa quanto Ruth, uma romancista, encontra em uma ilha do Canadá um saco de lixo. A principio ela acha que pode ser algo ruim, mas quando abre o saco encontra uma lancheira da Hello Kitty. Então ela encontra o livro "Em Busca do Tempo Perdido" e embora ela goste de ler nunca havia lido tal livro. Ao abrir ela descobre que é um diário.

Tudo já começa profundo, como a maioria dos ensinamentos japoneses são. Ela questiona o leitor sobre conhecer a si mesmo e diz o que é "ser-tempo" que eu não sabia o que era, o livro simplesmente me mostrou.

"Um ser tempo é alguém que existe no tempo, e isso quer dizer você, e eu, e todos nós que estamos aqui, ou já estivemos, ou que um dia estarão"

O engraçado é que o livro não narra apenas Ruth, Naoko ( agarota do diário) também conta sua história, o livro inteiro vai se alternando com a narração delas e as vezes é até um pouco confuso, exceto pelo fato de que Naoko narra em primeira pessoa e Ruth em terceiro.

Naoki vai contar a história da sua vida e principalmente da sua avó que é uma monja budista de 104 anos. Achei ruim que o livro tem várias palavras do dialeto japonês, e algumas delas faz você ter que ficar lendo o rodapé, como li por e-book ficava horrível.

Naoki ou Nao chama avó de Jiko. Ela conta sobre como a avó gosta de ouvir histórias do mundo moderno e de como as coisas mudaram com o passar dos anos. A autora capitou a essência de uma garota escrevendo, é realmente como ler um diário. Não parece que é um livro sobre um garota com um diário, e sim que a garota cedeu material para a história.

O fato de seu diário ser nas páginas brancas do livro "Em Busca do Tempo Perdido" não tem um significado em especial, na verdade foi tudo um grande acaso do destino. O livro é sentimentalista e real.

As palavras descritas são tocantes, é quase como se reviéssemos alguns momentos da Segunda Guerra Mundial, livros que retratam a história tendem a ser chatos mas, não com esse. Ele é um lembrete, um pouco ficcional sobre acontecimentos reais e de grande importância mundial.

Para o ser-tempo, palavras se espalham... Seriam folhas caídas?

Nao conta com tanto amor a história da avó que chega a ser cativante, embora tenha horas em que a personagem fala de mais e torna tudo muito maçante, é o momento em que somos obrigados a pausar a leitura. Não é um livro que lemos e não conseguimos parar, embora a narração seja gostosa as vezes temos que parar e respirar.

O mais recompensador em ler esse livro é que conhecemos muitas coisas da cultura japonesa. Não tenho o costume de ler livros que contem histórias sobre o mundo, sobre acontecimentos mundiais. E conhecer sobre o Japão, foi uma experiencia recompensadora.

O engraçado é como o livro conta a história de alguém que ninguém conhece, uma pessoa comum com uma vida magnifica. É o que Ruth, a romancista, pensa ao ter o diário em suas mãos. A história de Jiko dever ser contada, para o mundo saber que pessoas como ela existem.

O livro é fantástico, uma história comum porém com um brilho escondido. A autora foi fantástica em cada uma das palavras e embora ele tenha partes em que são incrivelmente intragáveis e literalmente chatas. O livro tem uma qualidade e história que nunca li em nenhum outro.

Recomendo a leitura e embarquem nesse livro perfeito.

site: http://descafeinadass.blogspot.com.br/
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pineberry 09/02/2024

Não rolou pra mim. Não me conectei com nada. Algumas partes foram mais interessantes, mas num geral não gostei. As partes da Ruth (mais especificamente do marido dela), bem chatas. Achei tudo muito enrolado e sem focar no que eu achei que focaria devido à sinopse = não tivemos muito sobre a vida da Monja.
Alerta de gatilho sobre ideação suicida e bullying/tortura.
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Silvia Ferreira 13/06/2021

magnífico
o único defeito desse livro é que ele termina
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Mari Pereira 25/01/2023

Sobre ser-tempo...
Este livro me foi muito recomendado e realmente achei bastante interessante.
Aborda diversas questões importantes, como ética, diferenças culturais, depressão, suicídio, espiritualidade, relações sociais etc.
Os personagens são carismáticos e geram muita empatia.

Apesar de eu ter tido um pouco de dificuldade de engatar a leitura no começo, depois que me familiarizei com a trama não consegui mais largar o livro. Queria muito saber o que vinha a seguir.

Em geral gostei do enredo, mas o final descambando pra física quântica, mundos paralelos etc. me entediou um pouco e achei decepcionante.
Ah, essa edição também está meio ruinzinha, com muitos erros gramaticais.
(Vi que saiu recentemente uma edição nova pela Morro Branco, talvez valha mais a pena)
Yasmin O. 26/01/2023minha estante
Que bom que gostou mais do que eu desse livro. Te vi lendo e fiquei quietinha rs. Foi uma leitura bem arrastada pra mim, achei desnecessariamente longo.


Mari Pereira 26/01/2023minha estante
Também achei longo demais... Seria melhor se fosse só o diário da Nao ???
E ele se perde totalmente na última parte... ?
Mas achei a história interessante, apesar de tudo...




Marina 14/04/2021

Este livro foi uma surpresa muito boa pra mim! É muito bem escrito, e a história é muito sensível, reflexiva e envolvente. Tem muitas partes tristes, a vida da Nao, descrita por ela no diário, passa por períodos muito difíceis e deprimentes.
O livro também nos traz muitos aspectos da cultura japonesa, já que a Nao é uma adolescente japonesa, e a Ruth (personagem e escritora) também é filha de japoneses.

É uma obra muito bonita, recomendo a leitura para todos.
Mateus1177 14/04/2021minha estante
Tenho esse livro há anos aaaa preciso ler


Marina 14/04/2021minha estante
Vale a pena, Mateus!!! Também ficou muito tempo na minha estante até eu ler!




Marielle6 17/06/2021

Sem palavras...
Esse livro trás tantas discussões importantes do cotidiano social que vivemos, como: bullying, suicídio, tragédias, guerra. Assim como possui uma reflexão profunda sobre a vida e principalmente sobre a morte.
É um livro que quando acaba nos deixa reflexivos sobre o uso do nosso próprio tempo nesse espaço curto que chamamos de vida.
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gabi 10/09/2020

Um dos melhores livros que já li
Enquanto caminha na praia, Ruth encontra um saco plástico cheio de objetos peculiares e um livro, que logo revela ser um diário escrito por Naoko.
A adolescente japonesa Nao relata sua mudança repetida dos EUA para o Japão, o bullying que sofria, seu pai suicida e sua bisavó budista. Ruth, a leitora, quer desesperadamente ajudar Nao, enquanto lida com seus sentimentos de solidão e isolamento em uma ilha no Canadá.

Ozeki toca em pontos delicados como o luto, a solidão e a depressão, com uma escrita fluida e linda, que emociona do início ao fim.
A história é envolvente e mesmo quando troca de narrador, não deixa de ser bastante imersiva.
Não atoa que foi finalista de um dos principais prêmios de literatura.

Me senti conectada com muitos personagens até a última página e confesso que vou sentir muita falta deles.
Definitivamente um dos melhores livros que já li. Lamento que tenha ficado parado tanto tempo na minha estante.

Recomendo muito!
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maria20274 03/04/2023

Em cima, embaixo, mesma coisa
Esse livro é tanta coisa, mas vou tentar expressar um pouco da minha experiência, de mera ser-tempo.

Você pode ler a sinopse mas ela não vai nem de perto te dar uma pista do que é o livro. E digo isso pq eu comecei o livro sem saber q seria uma leitura tão densa, do tipo q tive q parar algumas vezes pra pensar e dar uma distraída.
Tem muito oq absorver, e também foi difícil pra mim, fiquei desconfortável algumas vezes por conta do ijime (bullying) e etc.

O livro é riquíssimo, aprendi sobre um monte de coisa diferente, mas oq eu mais gostei foi sobre a perspectiva dos japoneses em relação a diversos temas, como suicídio, sobre vergonha e culpa (entrando aqui planos de fundo como a Segunda Guerra Mundial e Manchúria). E a autora traz outros elementos reais na história, como o ataque de 11 de setembro e o tsunami de 11 de março de 2011. Oq torna a história muito real, parecendo q aquilo tudo poderia ser/ter sido real.

A autora literalmente fez uma obra de arte com este livro, tudo amarradinho. Eu, como um mero ser-tempo ainda irei refletir muito sobre, tem muita coisa q é um tanto abstrata pra mim, como sobre o budismo e as reflexões da vida e do tempo, mas sei q com o tempo e uma releitura daqui uns anos eu entenda melhor :?-?)

Não dei 5 estrelas pq teve algumas partes um tanto maçantes, mas nada muito sério. E claro, o final aberto, faz sentido considerando a história (e o gato de Schrodinger), mas deixou aquele final agridoce.

Me surpreendeu muito, fico muito grata por essa leitura. Minha mãe me ouviu sobre toda a jornada da Nao e dos Harukis, rendeu muitos papos e reflexões. Obrigada Ruth Ozeki (e Jiko) pelos ensinamentos.

Menção honrosa: Haruki n°1 , Haruki n°2 e Nao, vocês foram fodas.

"Não era um poema. Era um único ideograma.
?
Cinco pinceladas. Sei. Ikiru. Viver.
Ainda com o pincel na mão, ela olhou para mim e para o meu pai.
- Por ora - disse, dirigindo-se a nós dois. - Enquanto é tempo."
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Gabriel 02/07/2015

Quando você termina um filme , um livro , uma amizade , ou qualquer outra coisa importante , você prefere saber o final ou não-saber?

Saber um fim. Ter um desfecho. É seguro, mas pode desapontar - ao mesmo tempo que pode ser ser um '' felizes para sempre'' ou um ''tudo acabou bem'' - .
Mas o não-saber é , no íntimo , o mais feliz. Pois quando você não sabe o fim, quando algo ficou em aberto para livres interpretações, você escolhe o que quiser que fique como ''um fim'' .Você decide.
E essa mistura de final único e pessoal para cada pessoa,essa ideia que transita entre o singular e o plural da verdade, essa é a forma mais verdadeira de se terminar algo.
Porque isso de : '' Tudo acaba bem , e se não está bem é porque não acabou '' não é verdade. Da mesma forma que '' Tudo que pode dar errado , vai dar errado '' (Citando a honrosa Lei de Murphy) também não é verdade . É estranho , mas na minha concepção , a incerteza é a verdade . Na vida real , muitos '' is'' não tem pingo. Muitas frases não tem ponto final. E eu acho isso lindo. É parte do'' viver'' .
Então a escolha é sua (e minha) e por isso que acredito que a forma aparentemente incerta de algo é também a forma mais verdadeira . Porque tudo e todos são ser-tempo , todos somos seres no tempo, momentos . E o sumo disso, desses momentos, é a incerteza e consequentemente todas as possibilidades que ela traz. E , por isso , essa é a forma mais real de terminar algo. E a mais bonita. Porque , como eu disse , você decide o fim.

'' Para o ser-tempo, a terra inteira e o céu infinito''.
-Dõgen Zenji.

Esse livro me fez refletir sobre coisas que pretendo levar pra toda vida.
Keli 08/07/2015minha estante
Foco bacana que vc deu na sua resenha da vida como ela é ; )


Bekah Abreu 12/08/2016minha estante
adorei sua resenha. estava na duvida se adicionava ou não, mas sua resenha me fez decidir




Geórgia 01/06/2020

O tempo reencontrado.
Uma leitura densa e emocionante. Muitos conhecimentos sobre o zen-budismo, a cultura japonesa, a vida, relação pai e filha, o suicidio e o tempo. O ser-tempo. Tudo muito fascinante, do meio pro fim é impossível de largar e confesso que tive vontade de chorar em várias páginas. Acho que merece uma segunda leitura. Só fica meio viajado quando tenta abordar mecânica quântica no final, mas entendo o propósito disso.
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Pri | @biblio.faga 01/03/2020

De inicio, já devo admitir que “A terra inteira e o céu infinito” foi uma das melhores surpresas literárias do ano de 2019, especialmente, pelo modo despretensioso que iniciei minha leitura, um acaso incrível.

Minha motivação inicial em ler o e-book foi à curiosidade pelo titulo que achei instigante e chamativo, bem como pela belíssima arte da capa que de cara me lembrou dos quadros do pintor japonês Hiroshige.

A principio, a sinopse (não direi simples, mas sim) descomplicada, somado a escrita leve, ágil e acessível de Ruth Ozeki, podem te dar a impressão de banalidade da obra, no entanto, não se deixe enganar por esse livro de “autoficção”, que de comum não tem nada.

Explico.

A autora Ruth coincidentemente (ou não) divide o nome com um das protagonistas do romance, e ambas são americanas e mestiças (com origem japonesa), escritoras de romances, moram em uma ilha no Canadá e são casadas com Oliver.

A história começa quando os destroços do tsunami de 2011 que assolou o Japão chegam à costa do Canadá, permitindo que Ruth encontre a lancheira estampada da Hello Kitty contendo o diário de uma adolescente japonesa, chamada Naoko Yasutani (ou simplesmente Nao) – diário este cuja capa é do “Em Busca do Tempo Perdido” do escritor francês Marcel Proust.

Alternando entre linhas temporais, realidade e ficção, escritos em japonês e francês, passado e presente, bem como dividido entre uma narrativa em primeira pessoa (o diário de Nao) e em terceira pessoa (vida de Ruth), o livro nos presenteia com relatos e ensinamentos que atravessam o tempo.

O livro esmiúça a cultura japonesa, especialmente o seu lado mais obscuro, retratando a forte pressão social e peso do fracasso, mas, também, apresenta uma das mais complexas e completas explicações sobre como é visto o suicídio no ocidente. Traz, ainda, belas e enriquecedoras explicações sobre o zen-budismo e até mesmo sobre física.

Outra dadiva que a obra nos dá é a oportunidade de conhecer personagens inesquecíveis, como um jovem militar japonês, um “kamikaze”, corajoso e apaixonado por filosofia, uma sábia e irreverente monja budista e um pai "fracassado”, cuja dor nos é compartilhada e a existência é marcada por questionamentos morais.

Definitivamente, um livro complexo, incrível e indicado para aqueles que desejam aprender e refletir.

Recomendadíssimo!

site: https://www.instagram.com/biblio.faga/
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Vih Vargas 07/07/2021

De tirar o fôlego
5 meses de uma leitura intensa e muito bem vivida e sentida.
O livro trabalha com duas histórias que parecem serem paralelas mas em determinado momento o leitor tem o choque de que não.
Ruth é uma escritora canadense encontra um diário de uma adolescente japonesa que quer se suicidar.
O livro gira em torno de todas as reflexões que Ruth faz do diário e como ele impacta sua vida pouco agitada.
Naoko (a adolescente japonesa) traz muitas reflexões sobre a vida em seu diário. E por muitas vezes me perguntei como a autora foi capaz de pensar numa história tão complexa, densa e cheia de detalhes cruciais. São tantos detalhes e tanto sofrimento que me pergunto se a história não é baseada em fatos reais.
A escritora criou uma autoficção que nada mais é do pegar a história de vida dela, imaginar algo interessante que poderia acontecer e escrever sobre isso. Achei fantástico e acho que o mundo deveria ler esse livro.
Com certeza sai mais reflexiva e com uma visão completamente diferente sobre a vida e a morte.
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Rodrigo1001 17/03/2017

Leveza de início, densidade do meio ao fim!
A Terra Inteira e o Céu Infinto chegou de mansinho, muito por acaso. Eu estava procurando uma leitura light após ter me decepcionado com o livro anterior, e achei este aqui no Skoob com somente 552 leitores. Decidi apostar, pois meu instinto me dizia que seria uma boa escolha, como aqueles livros que poucas pessoas leem e que chamo carinhosamente de “Santo Graal”.

No começo, a leitura me deu exatamente o que eu queria: leveza. A autora intercala capítulos entre Ruth e Naoko, o que imprime ao livro um ritmo muito gostoso, ao mesmo tempo adolescente e adulto. Elementos da cultura japonesa sobre honra, suicídio, família e tradição também são apresentados no texto e em notas de rodapé, o que deixa tudo muito mais interessante. Há também uns pequenos desenhos feitos por Naoko e algumas analogias muito bem colocadas (“ansiedade é aquela sensação de ter um peixe gelado morrendo na sua barriga. Você tenta se esquecer dele, mas quando está começando a fazer isso, o peixe volta a se debater bem debaixo do seu coração e te faz lembrar que tem algo terrível acontecendo”).

Da metade em diante, porém, o livro não me deu mais o que eu queria. Ele me deu muito mais do que eu esperava! E não foi light, não! Enfim, se revelou o Santo Graal!

Eu explico: a medida que a história se desenrola, Naoko e Ruth criam uma conexão. Ruth não sabe se Naoko está viva ou morta e tudo o que ela tem é o seu diário. Essa conexão entre elas acaba “engolindo” o leitor, de modo que várias passagens do livro pareceram ter sido escritas para mim... a linguagem em primeira pessoa cria esse enredo, arrastando o leitor para dentro do livro, como um tsunami. Como se já não fosse bom o bastante, o livro ainda trás pinceladas de ecologia, filosofias no modo de agir e pensar da avó de Naoko, e física quântica, unindo e misturando as duas narrativas.

Sei que falar em física quântica pode afugentar alguns leitores, mas acredite: ela é explicada de uma maneira tão simples que não há como não enteder o conceito, assim como a sua íntima ligação com um dos núcleos do enredo, que é a distância tempo-espaço entre as protagonistas. É um livro que começa leve, mas vai crescendo e se transforma em leitura densa no fim. Em apoteose.

A experiência que tive com A Terra Inteira e o Céu Infinito foi similar a que tive com Toda Luz que Não Podemos Ver, mas de uma maneira menos romanceada, mais crua, talvez, mas não menos profunda. É um livro que eu recomendaria de olhos fechados para alguém que procura ser transportado para uma viagem entre duas culturas distintas, sequestrado por um livro que fala diretamente com você, que te faz abrir a boca de espanto, que te joga no obscuro e te traz para a luz. Enfim, se eu pudesse abraçar a autora nesse momento, certamente agradeceria pela viagem tão prazerosa da sua obra e por ter despertado em mim pensamentos tão bonitos sobre a vida. Eu amei cada página!
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Isa 22/04/2020

Simplesmente amei!
É um livro não apenas carregado de sentimentalismo pelo próprio shishosetsu da Nao, no que diz respeito à sua nova realidade em Tóquio após a derrocada profissional do pai nos Estados Unidos (país que ela considera sua casa), enfrentando um cotidiano marcado com cruéis situações bullying por ser considerada estrangeira, embora não o seja, humor depressivo, reclusão e suicídio. Momentos estes em que a autora é mordaz em sua escrita.

Neste contexto, a presença repentina da bisavó (uma monja zen budista), surge como um bote em meio a um oceano de angústias repreendidas pela Nao. Este encontro e um verão no templo de morada da bisavó, desencadeiam descobertas acerca de seu histórico familiar, igualmente ou mais, instigantes e sofridas, com uma perspectiva latente do contexto da guerra, aos que nem ao menos desejavam lutar, a partir do relato pungente do soldado do céu.

Este livro apresenta também relevância cultural (não conheço muito sobre a cultura japonesa, portanto diversos aspectos pra mim foram novidades as quais me valeram buscas externas ao livro também) e intelectual (aqui destaco a abrangência de um novo campo ao introduzir a física quântica de forma didática ao leigo, permitindo visualiza-la nas sutilezas de sua obra e fundamentando o desfecho).

A forma que Ozeki entrelaça todos esses pontos na narrativa é muito perspicaz. O livro e um grande diálogo das personagens Ruth e Nao consigo mesmas, entre si e com o leitor, fui a abraçada por essa leitura e me sinto grata por isso!
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