Schroder

Schroder Amity Gaige




Resenhas - Schroder


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Paulinha - @ladaminhaestante 18/04/2020

Boa leitura
Schroder conta a história de vida de Erick, desde sua infância triste e complicada, numa Alemanha em tempos difíceis e posteriormente, sua vida na América onde, no desejo de deixar para trás toda a vida ruim e ser alguém reconhecido, amado, torna-se Erick Kennedy.

O livro é narrado por Erick, de forma em que tenta contar à ex-mulher, tudo o que devia ser dito e talvez até além, sobre sua vida. E também conta a aventura (e desespero a ponto de tomar decisões indevidas) que tem com sua filha, Meadow, na esperança de poder passar mais tempo com ela, após um período proibido de vê-la. Até que tudo fica ruim. Muito ruim.

A história é bem desenvolvida, alternando entre o passado e o presente de Erick, sua vida na Alemanha, sua vida na América, e de sua devoção ao amor por Laura, mesmo quando nada mais fazia sentido. Tudo escrito de forma que a leitura não se torna monótona, cansativa. Uma premissa diferente, um enredo que não costumamos ver muito nas histórias escritas atualmente.

Uma "leve", por assim dizer. Não é perfeito, mas é bom.
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Etnan 31/12/2020

Leitura Recomendada (LR)
"Estou preso apenas ao exercício do meu livre arbítrio."

Os limites de nossa imaginação residem em nossa capacidade de acreditar. Podemos também criar fantasias e mentiras como princípios com o devido esforço.

Erik Schroder é um imigrante alemão que chega aos Estados Unidos ainda menino, junto a seu pai, com a oportunidade do recomeço. Erik, porém, deseja deixar para trás todos os traços que lhe ligam à sua antiga pátria, buscando aceitação na nova sociedade e, ao seu ver, pouco receptiva a estrangeiros.
Schroder é de personalidade conflitante e imaginativa, assim cria para si uma outra origem, assumindo para si um outro nome, e passa a viver uma outra identidade.

Porém, com sua vida já estabelecida, vivencia o desmoronar de sua identidade e com isso (ou por isso) seu casamento. No entanto ele tenta preservar e agarrar-se à unica parcela valiosa nisso tudo, o relacionamento com sua filha Meadow.

O livro consiste em uma carta de Schroder a Laura, sua ex-esposa, relatando sua verdadeira identidade e os seus motivos pessoais que desencadearam os acontecimento passados durante os dias em que ele e sua filha estiveram desaparecidos.

É uma leitura muito interessante e de ritmo constante, em que você se vê na pele do personagem, sentimento este que o mesmo quis imprimir no leitor. Algo muito interessante são as notas de rodapé deixadas pelo próprio Schroder, dando um certo realismo à narrativa, como em um documento real.

Você não se cansará da leitura se mantiver o foco na pergunta "O que acontece no final dos dias de desaparecimento?".
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Julia G 01/07/2015

Schroder
Comprei Schroder, de Amity Gaige, mais pela capa do que pela promessa da sinopse. Não que a sinopse não fosse boa, mas a capa trouxe consigo um mistério e uma beleza que, por si, superaram qualquer sinopse. Ao adicionar o livro na minha estante no Skoob, porém, percebi que pouquíssimas pessoas chegaram a ler a obra. Como estou me sentido uma criança em razão das perguntas mais tolas que me atiçam a curiosidade - aguçada pelos detalhes aparentemente mais irrelevantes - quis entender o porquê por trás de tudo isso - da capa, da sinopse, das poucas leituras. E terminei Schroder com mais perguntas do que respostas.

Amity Gaige tem uma escrita impecável. A desenvoltura com as palavras é perceptível logo nas primeiras páginas, as quais nos sugam para dentro da história com uma rapidez impressionante. A divisão do livro em capítulos curtos contribui para a celeridade da leitura: com poucas frases, a autora consegue nos contar muitas coisas, fazer reflexões profundas, demonstrar fatos e sentimentos. É concisa, sem ser superficial.

A construção do texto em primeira pessoa só nos permite conhecer Erik - e os outros personagens pelo ponto de vista de Erik. Trata-se de um relato do próprio protagonista tentando explicar os motivos pelos quais fez o que fez, todos sempre relacionados ao sentimento de orgulho, de amor, de medo. Por isso, essa construção nos permite conhecer Erik em todas as suas nuances, entendê-lo no seu desacerto, visualizá-lo no seu desespero e não julgá-lo, por mais equivocado e imoral que seja o seu comportamento. Roubar um carro, sequestrar sua filha e fugir não são as atitudes mais racionais - mas quem falou em racionalidade?

"E ele ainda se pergunta o que teria acontecido se eles tivessem conseguido manter isso, se eles tivessem conseguido ficar apaixonados daquele jeito, talvez pudessem ter ido para uma espécie de casulo, um lugar onde o amor deles encontrasse a permanência. Porque, no fim, as grandes forças antagônicas da nossa existência não são vida versus morte (o noivo acreditava nisso), mas sim amor versus tempo. Na maioria das vezes, o amor não sobrevive à passagem do tempo. Mas, às vezes, sobrevive. Tem que sobreviver, às vezes."

Erik Kennedy nem ao menos se chama Erik Kennedy. Toda a sua vida foi construída com base em uma mentira - uma mentira que inicialmente parecia inocente, pois ele era apenas um garoto que queria pertencer a algum lugar, ser alguém. Só que a mentira tomou tamanha proporção que já não podia ser desfeita, e tudo aquilo que pudesse ameaçá-la tinha de ser mantido longe - inclusive seu próprio pai.

Schroder conseguiu mexer comigo de uma forma que eu talvez não consiga explicar. Porque eu torcia por Erik, queria que ele fosse compreendido, queria que ele pudesse sair do lodo no qual ele parecia se afundar cada vez mais. Só que, a cada passo, ele se comprometia cada vez mais, se perdia cada vez mais. E a minha frustração foi imensa quando eu cheguei na última página e vi que não haveria mais nada depois dela.

Depois de concluir a leitura, li algumas resenhas a respeito do livro. Em uma delas, descobri que a obra é baseada na história real de Clark Rockefeller, e isso trouxe todo o sentido que faltava ao livro. Não cheguei a conferir se havia alguma referência a isso no livro escrito pela autora, mas eu finalmente pude compreender por que o livro terminou da maneira como terminou, visto que, se o caso do próprio Clark não estava definido quando a autora escreveu o livro, como ela poderia decidir o que teria acontecido a Erik?

Schroder é uma leitura fantástica, envolvente e que te faz derrubar preconceitos bastante arraigados sobre lógicas e princípios, especialmente porque, quando se fala de vida e de amor, é difícil impor ao outro o que se concebe ser certo ou errado.



site: http://conjuntodaobra.blogspot.com.br/2015/06/schroder-amity-gaige.html
Ed 15/09/2015minha estante
Eu simplesmente amo esse livro e assim como você também achei a capa maravilhosa.




Zana 04/05/2015

Quase bom!
Na expectativa de melhor se adequar entre os garotos americanos, o adolescente alemão Erik Schroder rompe com seu passado assumindo uma nova identidade, passando, então, a chamar-se Erik Kennedy. Anos depois, já adulto, ao divorciar-se de sua mulher e perder a guarda de sua filha de seis anos, desaparece com a menina sendo declarado fugitivo da polícia. Ao ser preso, Erik Schroder, atendendo a um apelo de seu advogado, escreve um relato a sua ex-mulher contando os detalhes sobre os dias em que desapareceu com Meadow, esclarecendo quem realmente era e porque mentiu para ela.

Toda narrativa do livro gira em torno desta perspectiva: o ponto de vista do protagonista. E é dentro deste viés que se encontra ao mesmo tempo o diferencial e o ponto negativo do livro.

Se por um lado, ao solenizar apenas uma face da história a autora não pecou por falta de dinamismo, ponto positivo para a leveza da narrativa, por outro lado frustrou e produziu efeitos imperdoáveis ao argumento. Um relacionamento humano incide várias facetas emocionais, logo focar todos os ângulos envolvidas é antes de tudo primordial. Passar toda a história sem sequer fazer uma abordagem sobre os sentimentos e visão da ex-mulher de Erik maculou fortemente a proposta da história.

Ponto negativo também para o desfecho e para os traumas de Schroder que não representaram carga emocional satisfatória que o abonasse ou angariasse a devida simpatia. Embora, o protagonista tenha conseguido evoluir seu drama de forma a envolver o leitor numa gama de ajuizamento condizente, não chegou a ganhar torcida, nem aprovação. De tal modo, o livro foi quase bom, ganhou um conceito regular.
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Bianca214 09/04/2020

o que ninguem conta
é que o protagonista do livro é sociopata. não é spoiler. fique ciente que esse livro tem o ponto de vista de um cara egocentrico e estranho.
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karina 24/05/2021

coitada dessa criança KKKKKK
O enredo da troca de identidade é extremamente irreal, como ninguém nunca pegou esse cara?? Apesar de ser algo que agregou bastante para a psiquê do personagem, poderia ter sido construído de forma mais coerente. O inicio não te prende tanto, mas depois que a história começa a andar, tu ficas muito curioso para saber o que vai acontecer com os dois. Também acho que a história do casal deixa um pouco a desejar, pois parece que tudo para de funcionar entre eles do nada, mas acredito que tenha sido representado assim porque o personagem também não entende direito o que aconteceu. No fim, é uma história divertida de ler e que te marca um pouco no final por todos os sentimentos paternos. Mas coitada dessa criança com um pai louco e uma mãe que facilmente praticaria alienação parental ?
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a.bookaholic 13/07/2016

Tudo começou quando um menino de 14 anos, imigrante alemão nos EUA chamado Erik Schroder, fez uma inscrição para o acampamento com o nome de Eric Kennedy, em homenagem ao presidente. Ele precisaria de uma bolsa integral para o acampamento, por isso, sem esperanças, resolveu enviar mais como uma brincadeira. Só que Eric Kennedy foi aceito!

Ninguém conferiu documentos nem nada, aquele tempo não existia tanta burocracia quanto agora. Então, por três anos, ele foi ao acampamento com esse seu nome de mentirinha. Que mal faria, não é mesmo? Só que o que ele não esperava era ser aceito em uma faculdade através desse acampamento. Ou seja, o Eric Kennedy iria para a faculdade.
Com o passar do tempo, isso foi virando uma bola de neve. É verdade que ele nunca fez nada para impedir, já que esse seu novo sobrenome abria muitas portas para ele.

Ele acabou se casando e teve uma filha. Poucos anos depois, sua mulher quis o divórcio. Na luta pela guarda da menina, ele sabia que as chances não estavam boas para ele, por isso teve a ideia “genial” de sequestrar a própria filha.

O livro é narrado como uma explicação dele para a ex-esposa sobre essa babaquice dele, sobre quem ele realmente é, sobre sua vida de verdade.

As partes que gostei foram as que contavam a vida dele na Alemanha Oriental, tipo no capítulo Os Violadores onde conta algumas coisas sobre a história do Muro de Berlim. Também gostei bastante de um estudo que ele faz sobre silêncios. Momentos importante em que não foi dito nada.

A história em si não é grande coisa. Se a sinopse fosse direto ao assunto, provavelmente eu não teria lido. Não gostei tanto da história, mas acabei gostando da escrita.

“Sempre fui fascinado pelas pausas — e sempre me senti incomodado por elas. A minha pesquisa me forçou a entender que as pequenas bolsas de silêncio estavam por toda a parte e que até o som precisa do silêncio para ser som. Há minúsculos silêncios espalhados por esta página. Entre os parágrafos. Entre estas mesmas palavras. Ainda assim, esses silêncios podem ser solitários. Então, de todas as falhas do meu projeto, eu diria que a pior delas é que não me livrei do sentimento de solidão que as pausas causam em mim. Às vezes, ainda desejo que não houvesse nenhum silêncio. E então é com alguma relutância que dou a você esse aqui.”
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skuser02844 21/11/2016

Pai.
Mas a infância não é exatamente isso? Uma aventura involuntária? Um sequestro? Antes de nascer, antes do seu aparecimento específico, o que um anjo lhe perguntou, na luz astral do outro mundo: Com licença, pequena presença, você gostaria de nascer agora? Você gostaria de nascer nesta família ou naquela? Para que tipo de vida? Em que circunstância? Diga-me: quando foi que você aceitou a sua própria vida?
Schroder conta a história de um menininho vindo da Alemanha Oriental para a América com o pai em busca de uma vida melhor.
Erik Schroder tem cinco anos e quer ir a uma tradicional colônia de férias da cidade em que mora. Só que ele acredita que só poderá ir se for americano. Tiver uma família enraizada nos Estados Unidos. Não ter sotaque alemão. E principalmente, não ter o sobrenome Schroder e sim Kennedy. Erik Schroder se transforma em Erik Kennedy.
Único problema é que ele não pensou no futuro. Ao se tornar Erik Kennedy, ele rompe com seu passado e família e quando for reparar o erro, poderá ser tarde demais.
O problema não tem nada a ver com ser alemão. O problema são os países. Que existam países.
Primeiro ponto que devemos apontar aqui é o preconceito que os alemães sofreram naquela época. Erik e seu pai foram em busca de uma vida melhor, já que com a divisão de seu país natal eles eram privados de muita coisa. Ao chegar à América seu pai logo passa a maior parte do tempo em casa, longe da civilização e seu filho, escondido, se torna outra pessoa. Complicado.
Algumas coisas não podem ser explicadas, não mesmo, não importa o quão solidário e pessoalmente comovido seja o ouvinte.
Uma mentira inocente que acabou trazendo vários problemas depois de ficar adulto. O menos pior, em minha opinião, é ele ter criado uma família e ter sustentado essa mentira. Isso se torna público depois que ele vai preso acusado de sequestro de sua filha menor de idade.
E esse ponto é muito interessante. Depois que Erik vai preso, seu advogado pede pra ele escrever toda sua história de vida para sua esposa e para o Júri. A intenção é tentar comover todo mundo com sua história. Então o livro é feito dessa carta que Erik escreveu. Deu muito certo. Ficou ótimo. Assim conseguimos enxergar a infância de Erik e entender o porquê de ele ter pegado sua filha e ter saído para uma viagem.
Eu não consegui ficar contra ele. Se eu fosse membro do Júri, com certeza, eu absolveria Erik de sua sentença. O autor consegue passar todo drama vivido para o leitor. Eu fico do lado de Erik Kennedy ou Erik Schroder.
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Brunno 02/07/2017

Schroder
Quando um garoto alemão tem a ideia de dar um nome americano a si mesmo numa colônia de férias, não pensou que iria seguir toda a sua vida com um pseudônimo, uma pseudovida, até que após sua mulher pedir o divórcio ele decide sequestrar sua própria filha. Mas será um sequestro mesmo, não seria um ato de justiça pelo amor imenso que ele tem por ela?
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Suellen.Nobre 01/08/2017

Há limites para o amor?
Esse livro descreve a linha tênue entre obsessão pelo conceito de amor e o amor em si.
Um homem alemão que criou um nome e uma vida fictícia para si quando vivia em Boston, mas que vê as consequências de suas mentiras anos depois, consequências essas que afetarão seu relacionamento familiar.
Foi uma leitura boa, comovente em algumas partes, bem descrito. Consegui me sentir realmente na pele da personagem, entendi seu ponto de vista acerca da situação mas, infelizmente, depois de tantas reviravoltas e momentos de tensão não me foi apresentado um desfecho para a estória.
Não posso explicar mais sem das spoilers, mas eu precisava que o final fosse tangível, fosse detalhado. Ficou vago, assim como "Caixa de Pássaros".
Juliana 11/07/2018minha estante
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Luana 26/01/2023

Agradável
É uma leitura agradável, superou minhas expectativas, pois o livro é para ser uma carta em relato, porém ele detalha cada episódio que viveu e explica a sua mulher o motivo por tudo que escondeu.
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Viviana Mendonça 05/05/2023

O Enredo era promissor
No começo achei que a história seria mais dramática, foi, mas poderia ter sido mais, começou bem no sentido de nós prender e nos fazer acreditar que as mentiras vividas poderiam causar um caos maior que foi
É um livro bom pra ser lido, mas sem final foi perdendo um pouco a emoção do começo, mas ainda assim indico.
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