Resenhas - A Capitoa

Luiza 12/09/2014

A Capitoa, Bernadette Lyra

Comentários : uma historia interessante de 3 mulheres que deixam Portugal e na época da colonização do Brasil para viver em uma sesmaria, um lugar inóspito rodeado de índios selvagens e colonizado por degredados da pior espécie. Uma dessas mulheres, Luiza, chega a ser a Capitoa do lugar com a morte do marido gerando uma crise nessa pequena e heterogênea sociedade.

Renata 30/04/2014

Maria Bernadette Cunha de Lyra é capixaba de Conceição da Barra, nasceu em 21 de outubro de 1938, filha de Álvaro Lyra e de Maria das Dores Lyra, é escritora e professora universitária brasileira nas áreas de literatura e cinema. Licenciada em Letras pela UFES, é doutora em Artes/Cinema pelaECA/USP e pós-doutora pela Universidade René Descartes, Sorbonne - França, 1989. Foi secretária de Cultura no Espírito Santo e tem trabalhos publicados em revistas e jornais de todo o país. A Capitoa é o segundo livro de uma trilogia cujo primeiro livro é A panelinha de breu, nele a autora fala de Maria Ortiz. Bernadette ainda não divulgou quem é a protagonista do terceiro e último livro da trilogia!
A Capitoa é uma história de ficção, apesar do contexto histórico, ele se passa no século XVI, um pouquinho depois do “descobrimento” do Brasil e conta a história de Luisa Grinaldi e de como ela se tornou uma das primeiras mulheres a comandar um estado brasileiro naquele seculo! Luisa se casou com Vasco Fernandes Coutinho, e tiveram que vim das terras de além mar para as novas terras descobertas! Em outra ocasião e vindas de outro lugar chegaram também Ana, mãe de Vasco e Antônia que viria a se tornar sua amante, visto que Luisa não se adaptava às novas terras, aos novos costumes, às formas de vida daquele povo todo e não conseguia dar filhos a Vasco, que os teve com sua amante! O tempo passa e uma doença acomete mortalmente Vasco Fernandes Coutinho e Luisa é obrigada a assumir a administração de suas terras, se tornando assim, por muito tempo A Capitoa!
A narrativa da Bernadette é muito boa, divertida e me rendeu muito boas gargalhadas! Até o meio do livro, um pouco antes do final a história estava muito interessante, envolvente, mas acho que perdeu um pouco de corpo no final, é como se a história contada até certo ponto tivesse um propósito e a partir daquele ponto não teria mais por que continuar! Senti o final um tanto corrido e pra fim ficou faltando alguma coisa, será que vem no último da trilogia?
“Vicente Suarez – desorelhado: dava fé que ao pé do monte Moxuruara foi achada uma mulher muito velha que trazia, permanentemente , nas partes, uma labareda muito pequena, a qual ela usava para acender gravetos e cozer as papas no lume!” (p. 58)

É uma leitura leve e descontraída, e me rendeu algumas horas de boa distração, o livro é curtinho e dá pra ler em uma tarde, experimente!

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