Lia 31/12/2023
Grata surpresa
Em cada página, personagens fantasticamente reais incorporam-se: a irmã morta, que era a mais viva entre todos; a avó, comedida em tudo, menos na imaginação; a família que precisou de uma perna fantasma para andar no novo mundo; as tias que viravam flores para não murchar. Como repórter, escritora e documentarista, Eliane Brum sempre indagou sobre como cada um inventa uma vida, cria sentido para seus dias, com tão pouco. Em meus desacontecimentos, conta como ela mesma se arrancou do silêncio para virar narrativa. (livrariaarquipelago.com.br)
@brumelianebrum é de uma sinceridade nas páginas desse livro que move e comove por dentro. O capítulo sobre o índio Pedemar Maraguara Poram ainda me comove e tenho a sensação que algo se acomodou em um lugar diferente. O Jardim Selvagem, um refúgio de liberdade. As fantasias que permeiam a imaginação de uma crianca e transformam-se em sentimentos, verdades, dores.
Não conhecia a obra dessa escritora. Comecei a ler sem saber nada sobre o livro. Escolhi pelo título e pela capa. Grata surpresa.