Capão Pecado

Capão Pecado Ferréz




Resenhas - Capão Pecado


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Eric Luiz 15/07/2022

Bom, porém...
O livro é bom, mas não "bateu" como outros do gênero.

No desfecho do livro a escrita ficou um tanto corrida, como se o autor quisesse acabar logo com a história. Personagens fortes tiveram desfechos abruptos, com um parágrafo, enfim... Acho que faltou algo.
Regis 26/08/2022minha estante
Concordo que faltou algo, e o livro realmente merecia um encerramento melhor.




Nado 07/10/2021

Livro nacional que foi um divisor de águas na época de seu lançamento, sendo uma das obras mais comentadas da literatura marginal.
Para contar a rotina no bairro do Capão, o autor escolheu Rael como personagem principal. Ele é um adolescente que se mostra um filho exemplar na família, fazendo de tudo para ter e manter um bom emprego. Tudo seguia normal, quando acontece algo inesperado que mudará para sempre a sua vida e de algumas pessoas a sua volta.
Rael se apaixona perdidamente por Paula, a namorada de seu melhor amigo. Essa paixão fará com que o jovem tenha grandes descobertas e passará, na companhia dela ou por conta dela, por situações que nunca imaginou antes. Em meio a tantas narrativas e tantos personagens, que têm seus destinos alterados repentinamente (ou já estavam traçados?), o pior as vezes acontece de uma forma tão crua e tão ?natural?.
O leitor encontrará nessa obra um retrato fiel de uma sociedade desigual, na qual o machismo reina e a crueldade é quem comanda tudo. Com certeza, quem o ler, ficará mexido com a história e com a realidade de um Brasil tão pouco retratado.
A escrita coloquial utilizada pelo autor imprime ainda mais realidade na narrativa, e é possível sentir os diálogos conversarem com você. Algumas histórias secundárias têm também o poder de imergir o leitor a um cenário tão cruel, que por muitas vezes é o oposto daquele que há na maioria das obras que ocupam os primeiros lugares de livros mais vendidos no Brasil, os quais, por muitas vezes são dominados por autores estrangeiros.
Essa minha pontuação sobre autores internacionais ocupando os primeiros lugares dos mais vendidos, não é uma crítica. Apenas quero deixar registrado que é triste a constatação de que autores nacionais, tão bons, sejam esquecidos pelo grande público.
Literatura marginal são obras de autores que circulam fora do meio comercial das grandes editoras. A principal característica é retratar o oposto das tendências literárias, nela, os autores expõem as suas ideias, pensamentos, experiências e realidades através da escrita.
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Marlonbsan 14/11/2023

Capão Pecado
Rael é um jovem que deseja sair do meio atroz de violência onde cresceu, se esforça para ter um bom emprego, ajudar em casa e construir o seu. Mas o destino é incontrolável e inconstante, cruza vidas e tira outras de lá.

O livro é narrado em terceira pessoa e acompanhamos alguns dos personagens, mas especialmente Rael. A linguagem é simples e fluída, mas precisa de atenção para não se perder.

Livros que retratam a vida das pessoas que moram na periferia são essenciais, tanto para mostrar a brutalidade quanto para nos fazer entender melhor tudo que envolve a vida e as lutas de quem ali sobrevive. A pobreza, a violência, a generosidade, a malandragem, a falta de oportunidades ou os oportunistas, todos juntos.

Mas partindo para o aspecto narrativo, tem algo que que não é tanto do meu agrado, que está no fato da progressão da história se mostrar um pouco confusa, uma hora o foco está no Rael, outra em outros personagens e nem sempre há uma divisão tão acentuada, há muitos nomes, apelidos e é bem fácil se perder.

Fora isso, a história pode ser a mesma de várias pessoas periféricas, que precisa se desdobrar para conseguir o mínimo, que aprende logo cedo que a vida não é fácil e, quanto mais o tempo passa, mais difícil se torna fugir e quando parece que algo está se acertando, a vida vem e mostra que tudo muda. A brutalidade, as perdas, a violência, viram banalidades.

A linguagem crua e ágil torna a leitura mais impactante, além de todos os aspectos que corroboram para que tenhamos uma experiência de conhecimento sobre a vida, as dificuldades e escancara as diferenças sociais, bem como entender o privilégio de quem não passou por isso.
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Allisson 28/01/2021

Capão Pecado, por Ferréz.
Resenha
Obra: Capão Pecado
Autor: Ferréz
N. Páginas: 144
Editora: Companhia de Bolso- Companhia das letras
Edição 1ª (2020)

Gabriel Garcia Marquez termina seu mais conhecido livro afirmando que ?as estirpes condenadas a cem anos de solidão não tinham uma segunda oportunidade sobre a terra?.
33 anos depois Ferréz lança uma obra que sem metáforas escancara o que GGM quis dizer. Capão Redondo é o cenário onde sua única chance tem prazo de validade diário. O maior risco é viver.
Quando você pensa na periferia de São Paulo, o que você à sua mente? Polícia? Vielas? Datena? Casas de madeira, igrejas, falta de saneamento, pessoas morrendo e traficantes armados? Em Capão Pecado, Ferréz te mostra que tem tudo isso sim, mas também tem o café, os bailes, a música, o desopilar, o ônibus lotado, o trabalhador, o cara que só quer viver em paz. A vida lá é essa dicotomia universal e uma guerra sem escapatória fácil, interna, de sobrevivência, e de fora também, com o Estado que quer eliminá-los. Caros, não é estereótipo, é descaso extravasado em realidade.
A narrativa é construída de maneira a te proporcionar ao máximo a inserção no Capão Redondo, distribuindo isto além da descrição detalhada do ambiente, mas também nos diálogos paulistanos e nos apelidos, que Férrez especialmente os descortina, elucidando a ressignificação que eles nos dá. Cada um passa a ser uma característica personificada, a marca que mais chama a atenção nela, a coisificação das pessoas. Há o valor social maior em Bru do que Chocolate? Em Ludi do que Tampa? Kah do que Panetone?
Há personagens que analisando criteriosamente acabamos vendo-os como dispensáveis, sem algo a contribuir especificamente, sem impacto nenhum, não obstante, é sobre isso que o livro trata, pessoas que mesmo com uma trama intricada, não tem impacto para o Capão. Ferréz quer te passar que mesmo um alcoólatra que brevemente aparece sujo, tem uma história que merece ser conhecida e valorizada, nem que seja o descrevendo somente como um homem deitado no chão com os pés sujos cheirando a cachaça. Os livros não tem que ser igual a nossa ?justiça?.
Capão Pecado compõe um marco da chamada literatura marginal, que é mais brasileira que muitas outras.
O posfácio do Marcelino Freire é uma obra à parte que nos contextualiza sobre a história de Capão pecado bem ao estilo Freire, gostei muito.
Capão Pecado é certeiro, mordaz, real, impactante e brasileiro. Foram vinte anos desde a primeira edição. Ao ligar a televisão em certos canais à tarde ficamos com a impressão de que quase nada mudou, mas não sei. Prefiro acreditar em um Capão Pecado 2, se tiver.
Vale a pena. Valorizem a literatura nacional.
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Gigi 02/12/2021

Um retrato do inferno
Ferréz escreve, de maneira cruel, porém realista, o cotidiano do inferno batizado Capão Redondo, região que por um bom tempo era conhecida como a zona mais perigosa da capital de SP. Conforme você vai lendo, pensa se há alguma esperança, alguma chance daquelas personagens, ao menos uma delas, conseguirem algo bom, mas não. A tragédia é predominante, presente até mesmo nos raríssimos bons momentos presentes no livro.
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Mumu 23/05/2011

A tal da literatura Marginal
Se fala muito ultimamente de literatura marginal, confesso que eu mesmo anos atrás tive muito preconceito com ela.

Este livro é pra quem quer perder esse preconceito. Pra quem quer entrar dentro de uma favela, de um bairro pobre de verdade e ver, sentir o que realmente essas pessoas vivem e passam. Sem mais nem menos.

O livro é cru, seco e adulto. Ele coloca um cotidiano que foge da avenida paulista, dos jardins, é um cotidiano periférico, sofrido mas de muita luta, muita honestidade, vontade de vencer e tambem muito violento. Ele mostra o extremo contrário da vida de novela.

Personagens deveras cativantes, um triangulo amoroso perfeitamente bem narrado que culmina com um fim esperadamente inexperado. Parece dificil ser assim, mas é. Ele coloca o personagem principal em uma situação jamais imaginada, chocante, mas muito coerente com o cotidiano expressado no livro.

As pequenas histórias que rodeam a história principal são muito verídicas e muito fortes, deixando o livro com um ar muito denso e adulto.

Eu fiquei 3 dias, digerindo o livro após ter lido, na verdade ainda estou digerindo o livro.

Se vc é de periferia como eu, vai se ver em muitas partes da história, se você nao for, vai entender perfeitamente como se vive nesse lugar e verá que não é o que a globo mostra.

Regina 27/03/2012minha estante
Esse livro mostra São Paulo de verdade. Realidade visceral. Ácida como é a realidade fora da TV. São Paulo não é a Avenida Paulista, é o Capão!


Mumu 28/03/2012minha estante
Estevão,

Desculpe, mas não vejo essa panfletagem que você cita, muito pelo contrário, a interpretação do certo e do errado acaba sendo nossa, pois em muitas vezes somos questionados a pensar porque o autor (Ferréz) não conclui, ele questiona, sendo assim acredito que o que você diz ser uma literatura menor eu chamo de direta e ser direto não significa ser simples.

Agora se o Ferréz não for "da periferia mesmo", não sei quem é. Acredito que só serei convencido neste aspecto caso você cite nomes e exemplos, caso contrário essa é o maior engano no seu comentário.

São Paulo é o Capão e a periferia, concordo com a Regina.


SERGIO 11/09/2014minha estante
Um livro difícil de ler. Bem negativo, focando em personagens que não traz nada de útil, incentiva a não ter esperança.

Literatura nacional contemporânea é isso mesmo.....desgraça vende. Não ter dinheiro é uma questão temporária, pobreza é estado de espirito. E o autor deve ser bem pobre por dentro.


Renata 30/09/2014minha estante
Olá William,

Também achei os personagens cativantes e gostei da expressão que utilizou para definir a conclusão do livro: "com um fim esperadamente inexperado". Foi exatamente a sensação que tive ao ler.





Karol 03/07/2021

"Capão, por mais que queiram, ninguém dizimou"
O livro conta a história de amigos que são moradores do Capão Redondo, gostei mais da narrativa de uns que de outros. No geral acho que o livro se sobressai quando descreve o Capão pelo cotidiano e vivência dos personagens. É cruel, violento e muito bom.
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Fernanda Taniz 01/07/2021

Literatura Marginal
O tipo de livro que você começa triste e termina pior. Pôxa, eu não sei expressar o que senti em algumas partes, identifiquei alguns aspectos terríveis, mas que muitos brasileiros puderam ver de perto e até passar por eles. A história/escrita é frenética, assim como é para as personagens. No final achei um pouco corrido, tudo jogado na nossa cara de vez, sendo impossível aguentar tantas coisas de uma só vez. Arrepia! Pode ser que tenha sido proposital, acredito muito que sim. Leiam!!
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Reinaldo Valdez 16/07/2021

(Mais) um livro ruim superestimado
Minha expectativa era enorme em relação a esse livro, mas a decepção foi grande. Achei a escrita muito precária. Alguns trechos são mal desenvolvidos, apresentam soluções muito infantis. A sensação é de que os eventos e as personagens foram sendo acrescentados à narrativa sem nenhum critério que não fosse o de disparar quinhentas gírias por parágrafo. Em suma, estão ali somente para "encher linguiça". Enfim, (mais) um livro ruim superestimado.
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Mali 25/02/2022

Muito bom
o livro mostra o retrato da vida das pessoas que moram em bairros periféricos, mesmo 20 anos depois de ser publicado, é difícil ver e sentir que mudou alguma coisa
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Nathalie.Murcia 21/03/2021

Realidade nua e crua da periferia
Trata-se de um clássico da "literatura marginal". É um retrato fidedigno da vida na periferia, um local repleto de humanidade e desumanidade. O Capão Redondo, segundo a crença popular, já era um local predestinado às desgraças, mas, na verdade, os problemas vivenciados são fruto do descaso social, político, e de um ciclo vicioso marcado por violência e exploração, difícil de ser quebrado.

O autor, que foi um morador de lá, conseguiu escapar desse destino por intermédio da literatura, e usou o seu dia à dia na periferia como base das histórias relatadas, por intermédio do protagonista e narrador, Rael.

É um livro difícil de ser digerido, permeado de violência e infortúnios, potencializados pelo uso imoderado de drogas e bebidas. Não há hipérboles nem fantasia, mas somente a realidade nua e crua.

Recomendo a leitura para quem quiser saber mais sobre essa realidade e sair de dentro da bolha.
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Ana 26/09/2020

Vale a pena ler. Me emocionei em várias partes, linguagem informal que facilita a leitura dos jovens.
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Lucão 12/06/2021

"capão pecado" tem 20 anos de idade e é um livro essencial para conhecer um pouco sobre o que pensam, sentem, vivem e sofrem as diversas (no sentido de diversidade mesmo) pessoas moradoras das favelas. podia facilmente se chamar "bom jardim pecado", "lagamar pecado", "boa sorte pecado", "piteiras pecado". continua atual e relevante.
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rafa 02/01/2023

"e o futuro fica mais pra frente, bem mais pra frente daqui"
O desfecho foi bem apressado. Ferréz encerrou o ciclo de personagens importantes da obra sem muito trabalho, seco, com pouca descrição, sem o cuidado que, na minha opinião, eles mereciam. Todos ali tiveram um final triste e brutal, mas ainda sim poderia ter sido melhor finalizado.

Contudo, é uma história que todos devem ler! Mas, é claro, nem todos vão compreender e sentir.
Capão Pecado conta uma realidade de muitos do nosso país.
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Bu 31/01/2021

Visceral...
Mesmo não conhecendo a região o autor nós joga elementos mesclados na história que nos faz se encontra dentro dela, mesmo algumas vezes dando vários detalhes de ruas e tudo mais.

Um gênio dos diálogos, sacadas rápidas, envolventes e mostrando a realidade nua e crua, e como é crua viu, bem explícito em todas ações correntes na passagens, vocabulário pesado, é denso o bastante pra você sentir mau estar quando é necessário, se sentir feliz, se é que tem como ter esse sentimento vendo tudo que ocorre, é um tapa na cara de muitos neginhos sim, toca na ferida sim, incomoda pra caraí e comovente no mesmo tom.

Altamente indicado, mas com ressalvas para quem é sensível, tem vários gatilhos. Essa edição está muito boa.
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