Homens Difíceis

Homens Difíceis Brett Martin




Resenhas - Homens Difíceis


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Luciano 23/02/2024

Um obra sobre criadores e criaturas
Homens difíceis foi uma leitura que começei a encarar no final de 2022, despretenciosamente enquanto seguia uma viagem de ônibus.

Por ser uma obra sobre series que nem todas vi no seu teor, achei que teria dificuldades a me identificar com o tema. E confesso que tive em alguns momentos. Mas a forma como Brett descreve principalmente sobre o processo criativo de Sopranos e de The Wire, foram o que mais me chamaram a atenção. Porque como disse é uma obra sobre como a visão do criador reflete na sua obra e vemos muito dos Davids nas obras que escrever.

E uma obra sobre como lidar com a sua criação, e com todos os percalços que é ser um showrunner, e ser um roteirista.

Mas, definitivamente é uma leitura sobre apego a sua criação.
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Juliana Amaro 01/12/2022

Bom livro.
'Homens difíceis' não se limita às tramas dos seriados. Mais do que isso, conduz o leitor pelos caminhos da produção, acompanhando as importantes decisões, propostas, jogadas de sorte e coincidências que levaram à gênese e ao desenrolar dos programas que marcaram as últimas duas décadas.
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Cesar Garcia 12/06/2022

Sobre homens que construíram a TV moderna
O livro fala mais sobre os produtores de grandes séries da TV e outras nem tanto.
As partes que o livro aborda sobre Os Sopranos, Mad Men e Braking Bad são boas, mas o restante do livro é bem arrastado e às vezes descartável.
Vale a leitura apenas por algumas curiosidades sobre o processo criativo de algumas séries de sucesso.
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Matheus Nunes 02/06/2022

Leave the other tv shows, Take the cannoli!
Tem uma coisa que me irrita demais em algumas leituras, principalmente se tratando de não-ficção, que é quando o autor se propõe a fazer algo e termina fugindo completamente do prometido. Nesse caso, este livro tem duas grandes ambições: falar dos Homens Difíceis (na historia da tv) e "Os Bastidores do Processo Criativo de Breaking Bad, Família Soprano, Mad Men e Outras Séries", supostamente.
O autor Brett Martin se atém em cerca de 75% desse livro a comentar a historia de David Chase e sua criação The Sopranos. O foco e o centro desse livro SEMPRE vai ser o David Chase e The Sopranos! Sempre! Ele pode tá lá no melhor capitulo falando sobre The Shild, mas ele vai dar um jeito de voltar a The Sopranos, alias, a maioria dos capítulos ou começa com um titulo de referencia a essa serie ou já começa falando de David Chase. Temos um favorito aqui e não é segredo de ninguém.
Todas as outras series (inclusive as prometidas nos começos dos capítulos) são relegadas a comentários marginais, e outras caem no esquecimento do autor e segue a leitura. Ele comenta também bastante a serie The Wire, cerca de 10% do livro, mas o grande problema é que ele perde umas 40 paginas só com anedotas infames sobre as primeiras criações de David Simon e um monte de coisas completamente desinteressantes, como por exemplo: o dia em que David Simon ficou bravo no estúdio e começou a chutar uma lixeira e coisas do tipo... ???? e isso nem foi no processo criativo de The Wire! Enfim...

Series incriveis como True Blood, Six Feet Under, Breaking Bad, Carnivale, Homeland, Roma e varias outras dividem os cerca de 15% restante do livro. Como eu comentei acima, é um espaço bem marginal, como se não fossem grandes coisas dignas de mais atenção, ou de uma atenção "igualitária" do autor. Houve um prejuízo enorme nesse livro pela falta de uma direção editorial mais rigorosa, muita coisa aqui poderia ter sido simplesmente cortada, não ia fazer diferença. Chegou no final do livro e eu notei que não houve nenhum acréscimo ao conteúdo e proposito do livro eu saber o que o elenco de The Wire fazia nas ruas de Baltimore as 3 da manhã após as gravações. O Tema Homens Difíceis só vale neste livro para David Chase (criador de The Sopranos), Matthew Weiner (criador de Mad Men) e Chris Albrecht, o poderoso chefão da HBO na época. O centro desse livro é esse, todo o resto é uma grande colcha de retalhos com anedotas infames, momentos de curiosidades sobre alguns canais e só.

Este livro se vende de forma muito errada. Todos os 'blurbs' na capa interna desse livro para mim são uma grande mentira, tudo coisa comprada. Qualquer pessoa que se atenha ao que o livro promete no TITULO e no SUBTITULO deve ter uma noção (nem que seja mínima, vai) de que tem algo de muito errado nesse livro. Se isso aqui fosse uma monografia sobre The Sopranos e seus processos criativos e suas influencias na TV o Brett Martin teria sido muito bem sucedido, mas não é sobre isso.

É um livro bem mais ou menos e nada mais.
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Maria.Jose 14/04/2022

Essencial para quem pretende escrever roteiros de séries ou para amantes das narrativas serializadas contemporâneas
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Hellen Joyce 17/12/2021

Me surpreendeu!
Ao iniciar a leitura desse livro, alguns anos atrás, me deparei com uma narrativa nova, que me fez parar a leitura e deixá-la na estante por muito tempo. Esse ano de 2021, foi quando decidi que queria terminar a leitura, principalmente depois de ver que muitas pessoas avaliaram muito bem o livro, e assim o fiz. E então entendi o que todas as avaliações positivas queriam dizer.
Essa obra inclui uma narrativa sobre a Terceira Era de Ouro da Televisão, com entrevistas e arquivos de fontes seguras, fala como foi o processo criativo de séries que mudaram o que as pessoas conheciam como TV. Começando com Família Soprano ( The Sopranos) mostra a realidade por trás da criação da série que alterou o rumo da HBO. Mostrando também a dinâmica de interação entre o showrunner e criador David Chase com todos os roteiristas e a equipe de produção.
Esse modelo de narrativa perdura durante todo o livro, passando por séries como The Wire, Mad Men e Breaking Bad, além de algumas outras, trazendo ao leitor uma imersão em um mundo que está longe, mas também tão perto, e deixo uma admiração a como o autor soube realizar a transição de uma série para outra, enquanto falava sobre David Chase, ele começou a inserir outro showrunner na história, mencionando algumas semelhanças com o criador da série em discussão, para então, no capítulo seguinte começar a falar efetivamente sobre o roteirista em questão.
Foram séries que mudaram a narrativa da história, sendo que algumas ideias salvaram o rumo que suas emissoras estavam tomando, trazendo-as para debaixo dos holofotes da época, holofotes estes que perduram até os dias atuais, onde tais obras são usadas como exemplos, estudos e admiradas pela crítica e pelo público.
Para mim, como leitora e cineasta, foi uma experiência ainda maior, devido ao fato de que não assisti e nenhuma dessas séries, assim, quando assim o fizer, terei um outro olhar sobre a produção, sabendo, por exemplo, que o episódio 405 de Breaking Bad, teve uma determinada cena que durou vários dias para ser criada, e teve 82 segundos em tela. Isso é cinema, isso é TV. É necessário uma grande equipe para dar vida a determinada ideia, como diz um termo muito usado: ?It Takes a Village!?
A realidade é que o mundo do cinema e TV apesar de serem muito próximos, também são muito distantes, e esse livro mostra os dois lados dessa moeda, falando sobre como em uma época de poucas oportunidades no cinema, foi a TV quem abriu portas para muitos profissionais.
Essa foi uma leitura que fiquei muito feliz de ter concluído, o conhecimento transborda das palavras do autor, conhecimento sobre o assunto pautado, e sobre a forma de transmiti-los, além de ter também algumas dicas de escrita ao longo da narrativa, que com certeza grifei! Esse livro me surpreendeu positivamente, e com certeza se tornou uma das melhores leituras do ano!
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Lavinia 17/02/2019

"Homens Difíceis", Brett Martin
Em "Homens Difíceis", Brett Martin faz um relato minucioso sobre o início e o auge da chamada Terceira Era de Ouro da televisão, quando séries de TV passaram a ser levadas a sério pela crítica e a apresentar tramas e personagens complexos que desafiam o seu público.

Assim, somos apresentados a como a HBO começou a investir na produção de séries originais, como "Oz" e "Sex and the City", até chegar na revolucionária "Família Soprano", que abriu as portas para diversas produções de drama que trazem "homens difíceis" pelos quais o público se vê desafiado a torcer.

O livro é viciante e uma experiência incrível para quem é fã de séries, apresentando todo o panorama da televisão americana da época, além de contar histórias sobre os bastidores e o processo de criação de séries, como "Família Soprano", "A Sete Palmos", "The Wire", "Deadwood", "The Shield", "Mad Men" e "Breaking Bad".

Assim, a obra apresenta os showrunners por trás dessas produções, que com as suas peculiaridades também se enquadram como “homens difíceis”. Além disso, no final há um ótimo epílogo escrito por Vince Gilligan, criador de "Breaking Bad".

site: @sobrepaginas (instagram)
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Lamboglia (@estantedotibas) 25/07/2017

"A Revolução está sendo televisionada".

Autor: Brett Martin
Ano: 2014
Páginas: 368
Ed: Aleph

Para quem gosta de séries e tem curiosidades sobre os bastidores, este livro tem como obrigatório a sua leitura. "Homens Difíceis - Os Bastidores do Processo Criativo de Breaking Bad, Família Soprano, Mad Men e Outras Séries Revolucionárias" é um livro de Brett Martin que trabalhou muito por anos para ir o mais fundo possível para obter cada detalhe das principais séries que foram divisores de águas na história do entretenimento mundial. Dividido em três partes "Homens Difíceis" não conta com esse título à toa. Showrunners, co-criadores, executivos e até mesmo os astros são elementos essenciais para a construção do tema.

Na primeira parte: “Anteriormente no Ar”, temos uma narrativa bastante clara e didática dos primórdios da televisão até a grande mudança trazida pela HBO, que começou a produzir conteúdos originais e com temas arrojados.

Na segunda parte: “A Fera que Há Nele”, Martin vai mais fundo e nos revela um pouco mais sobre o conceito dos protagonistas recheados de falhas e características. Que é o que vemos e muito hoje na televisão.

E pra finalizar a terceira parte: “Os Herdeiros” narra em especial, a criação de novos canais como o FX, a Showtime e a AMC.

Aqui, os destaques ficam por conta de Mad Men e de Breaking Bad, produções que seguiram o legado de trazer personagens complexos para a telinha fora dos limites da HBO, ao mesmo tempo que buscava obter qualidade e "entretenimento".
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Celso 29/06/2017

Homens difíceis - o inferno humano nas séries americanas
É fato que a tevê estadunidense passou por uma verdadeira transformação nas últimas décadas, chamada Terceira Onda dos Anos Dourados, e é este o tema central do livro Homens Difíceis — Os Bastidores do Processo Criativo de Breaking Bad, Família Soprano, Mad Men e outras séries revolucionárias, de Brett Martin, editora Aleph.

Homens Difíceis está dividido em três partes. Começa trazendo um relato histórico dos primórdios da tevê americana, antecedendo essa Terceira Onda. Assim é possível acompanhar o trajeto, por exemplo, da HBO que se transformou de uma pequena transmissora de filmes nos Estados Unidos em um padrão de qualidade e produção de conteúdo nos dias atuais.

A segunda parte de Homens Difíceis mergulha na trajetória dos showrunners. Enquanto no cinema quem manda é o diretor, nessas grandes séries a palavra final é desses showrunners, normalmente roteiristas de formação. E uma longa trajetória de David Chase, criador de Família Soprano, é apresentada, contando todos os percursos para se chegar ao grande sucesso que deu início a essa Terceira Onda.

Ainda fica o destaque para algumas séries que apareceram nesse período, liderada por outros grandes showrunners, tais como, Six Feet Under (A Sete Palmos), The Wire (A Escuta), Dexter, Damages e muitos outros.

Depois de certa pavimentação deste universo composto por séries com homens e mulheres difíceis, com questões morais e éticas questionáveis, nascem séries como Breaking Bad e Mad Man, finalizando a última parte do livro.

Homens Difíceis é um livro minucioso e, algumas vezes, o excesso de detalhes com nomes, fatos e acontecimentos usados para mostrar a qualidade da pesquisa feita gera um cansaço ao leitor. Parece que o grande problema da versão brasileira esteja na tradução, faltando um melhor acabamento literário, a fim de deixar menos confuso.

Dois paradigmas são claramente expostos para mostrar o poder dessas séries e de seus showrunners na tevê e no mercado de consumo de massa e entretenimento. O primeiro é a alteração do entendimento que produção de qualidade não está apenas no cinema, mas é possível também encontrar na televisão. Isso é perceptível na migração de grandes atores para esse mercado.

E ainda, a mudança do tipo de personagem apresentado nessas séries, ou seja, homens e mulheres que passam a ter o papel de quase anti-heróis diante de suas complexidades pessoais, familiares e profissionais. Basta assistir a primeira temporada, mais especificamente o terceiro episódio de Breaking Bad, para entender como o protagonista pode fritar um traficante com ácido na banheira sem afugentar sua rede de telespectadores.

É verdade que a arte, realidade, cultura de massa, entretenimento não são coisas isoladas e não podem ser julgadas como melhores ou piores. Todas elas são (re)construídas a todo momento pelo movimento da sociedade, dialeticamente (para ser bem acadêmico!)

Esse novo universo, então, composto de personagens cada vez mais humanizados, com várias camadas e vertentes, torna Homens Difíceis um leitura válida. Isso para quem gosta de boas histórias, se interessa por televisão e quer entender como tais níveis de audiência podem revelar a sociedade (sua arte, realidade, cultura de massa, etc) nos dias atuais. E ai, vale dizer que não se limita a compreender apenas o mercado americano, mas sem dúvida o brasileiro que é consumidor deste produto de entretenimento.

Boa leitura.

site: http://www.eurbanidade.blog.br
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vortexcultural 09/08/2016

Por Pablo Grilo
Entre o final do século XX e o início do XXI, um seleto grupo de séries televisivas dramáticas revolucionou não só o meio, mas mudou completamente a forma como assistimos à televisão nos dias de hoje. Brett Martin, colaborador de diversas revistas e jornais, conseguiu entrevistar os criadores das séries, roteiristas, elenco, equipes de filmagem e executivos, e conseguiu documentar este momento único no livro Difficult Men: Behind the Scenes of a Creative Revolution, From The Sopranos and The Wire to Mad Men and Breaking Bad – traduzido e lançado no Brasil pela editora Aleph sob o título Homens Difíceis – Os Bastidores do Processo Criativo de Breaking Bad, Família Soprano, Mad Men e Outras Séries Revolucionárias.

Começando por The Sopranos (1999), Six Feet Under (2001 – review aqui), The Wire (2002 – review aqui) e Deadwood (2004 – review aqui) da HBO, passando por The Shield (2002) do FX e terminando em Mad Men (2007) e Breaking Bad (2008) da AMC, Difficult Men analisa os bastidores destas séries para tentar entender como ocorreu a revolução que mudou a forma como apreciamos um programa televisivo atualmente.

Não é preciso dizer que existem spoilers das séries durante a análise do livro, por isso recomenda-se assisti-las antes, inclusive para acompanhar melhor o raciocínio do autor. Segundo Brett Martin, estamos vivendo uma terceira Era de Ouro dentro da história da televisão moderna. O livro começa analisando as outras duas eras de ouro da televisão, uma logo no seu início, nos anos 50, quando os roteiristas tiveram mais liberdade para criar, pois estavam explorando os primeiros anos do novo meio, e a segunda no início dos anos 80, com a explosão do videocassete, fazendo com que a demanda de programas e telefilmes aumentasse não só em quantidade, mas em qualidade. Já a terceira era de ouro, segundo Martin, vai desde The Sopranos, 1999 até 2013, ano do lançamento do livro, e termina como uma junção dessas duas: a explosão dos DVDs no final dos anos 90 e o streaming no meio dos anos 2000, permitindo que as histórias seriadas, feitas por roteiristas com liberdade criativa, pudessem ser acompanhadas com mais facilidade.

Leia a crítica completa no Vortex Cultural.

site: http://www.vortexcultural.com.br/literatura/resenha-homens-dificeis-brett-martin/
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Marcelo Santana 27/01/2015

Anteriormente em...
O livro ‘Homens Difíceis Os Bastidores do Processo Criativo de Breaking Bad, Família Soprano, Mad Men e Outras Séries Revolucionárias’, escrito por Brett Martin, foca nos bastidores de grandes produções da tevê americana que, de alguma forma, são consideradas revolucionárias.
A linha do tempo do livro vai de 1997 até o fim 2013, divididos em três partes com grande foco nos roteiros das séries descriminadas, os cérebros por trás das câmeras, considerados showrunners.
O livro foca muito nas séries produzidas pela HBO, principalmente em Família Soprano e The Wire (considero esse livro um prato cheio para os fãs dessas séries). Sim, foca também em Mad Men e também Breaking Bad, mas poderia ter mais ênfase nessas duas e em também em outas séries que foram lançadas nesse período, mas que não tiveram um estudo por parte do autor, como Game of Thrones, Homeland, The Walking Dead e por aí vai.
No mais, o livro é muito bom, dentro da linha do tempo dele, é possível acompanhar a evolução das séries, com protagonistas complexos (homens difíceis) e também o legado que essas produções vão deixar por muito tempo.
Curtam: https://www.facebook.com/sugestoesdelivrosbr


site: https://www.facebook.com/sugestoesdelivrosbr
danilomoisesper 31/01/2016minha estante
The Walking Dead? O livro trata de séries inovadoras.


Marcelo Santana 09/06/2016minha estante
Claro, por que não seria?




Kely 13/01/2015

3 - Homens Difíceis

De uns anos para cá eu tenho percebido que o interesse pelas séries cresceu de maneira que eu nunca antes tinha visto. Eu fiz e faço parte dessa geração "louca das séries" e esse livro faz uma análise bem interessante desse período que o autor chama de Terceira Era de Ouro, que é esse boom de produções que fogem do convencional e que por vezes nem parece TV (pelo menos o tipo de TV da forma como conhecíamos até então).
Eu gostei bastante das descrições da criação, do sistema de produção e dos bastidores dessas séries revolucionárias. É bem interessante se dar conta de que a TV acabou por se tornar o palco do roteirista, com a implantação da figura do showrunner, assim como também é interessante perceber que a televisão agora está cada vez mais perpassada por homens. Lendo este livro, acabei me lembrando de minha séries preferidas e me dei conta de que todas essas grandes produções giram em torno de homens brancose são feitos por homens brancos (ao menos em sua maioria), no qual as mulheres quando não são meras submissas, são consideradas as megeras da trama.
O fato é, gostei do livro, no entanto por vezes acho que ele foca e alisa demais a HBO (apesar de eu amá-la) e a Família Soprano, eu entendo que na visão do autor essa foi a história que deu início a toda essa "revolução", mas creio que nas escolhas da escrita, faltou análises mais aprofundadas sobre outras produções e sob outros ângulos de visão. Mas eu recomendo!
Marcelo Santana 27/01/2015minha estante
Faço das tuas, as minhas palavras, Kely. Parabéns pela resenha. Boas leituras.




Babi 12/12/2014

Previously on...
"No meio da madrugada nas primeiras horas da manhã de segunda-feira, os teclados estariam funcionando para gerar heroicas peças de prosa, desnudar cada nuance, crucificar cada inconsistência e especular sobre o que viria a seguir..."

Minha vida acima depois do Lost :)

O livro em si é muito bom, eu comecei a ver Sopranos logo que terminei o livro e não me arrependi. A forma como David Chase conseguiu criar essa série é incrível, mesmo ele sendo uma pessoa difícil de se lidar. Já na parte do The Wire eu acho que foi muito arrastado, teve uma hora que o autor foi linkar uma historia do jornalista ao presenciar um assassino sendo preso que foi muito desgastante.

A terceira era de ouro da TV, tem muitas séries boas, eu estava presente pra ver Breaking Bad em real time, eu fui atrás desse livro porque achei que seria realmente os bastidores de todas as séries mencionadas... o livro tem apenas algumas páginas dedicadas ao BB, poucas para Mad Men... algumas outras séries sequer foram mencionadas.

Fiquei meio frustada... mas recomendo pra quem curte muito Sopranos e The Wire... não espere muito foco em outras.
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Leandro Matos 10/11/2014

Homens Difíceis | Livro detalha os bastidores e o processo criativo das principais séries dramáticas dos últimos anos
Os últimos 20 anos, foram essenciais para a construção de um novo padrão da televisão americana. Quem acompanha alguma série, deve ter se deparado em algum momento, seja através de amigos ou pela internet, sobre alguma série considerada cult, conceituada como percussora de um gênero ou de um formato. Basta procurar pelas famigeradas e polêmicas listas das maiores e melhores séries de todos os tempos. É possível fazer breves associações, entre algumas das principais séries dos últimos anos, encontrado ao menos alguma coisa em comum entre elas, como por exemplo, antes de Fringe houve Arquivo-X. Antes de How I Met your Mother, havia Friends e antes de Friends, por sua vez Seinfeld. Antes de American Horror Story – Freak Show existiu Carnivàle. Antes de Prison Break, Oz. E antes de Breaking Bad, havia Os Sopranos. E assim é possível seguir sucessivamente…

Tendo em comum um personagem multifacetado, politicamente incorreto e em constante construção e destruição da sua persona, estas últimas duas séries, são os principais objetos da narrativa do excelente livro Homens Difíceis – Os bastidores do processo criativo de Breaking Bad, Família Soprano, Mad Men e outras séries revolucionárias, lançado pela Editora Aleph. Além de detalhar inúmeras curiosidades sobre a produção destas já citadas séries, o autor (e jornalista) Brett Martin, estrutura o livro como se fosse um roteiro, onde cada capítulo constrói e elenca o próximo, deixando a iminência do ápice para o final. Aliás, roteiro, é o tema central do livro, pois a proposta do mesmo é identificar quem são as cabeças pensantes (os showrunners), por trás desses grandes programas.

Brett por muito tempo foi escritor em revistas (de gastronomia!?), porém em 2007, o autor se empenhou em escrever uma matéria para a revista americana “GQ” e todo empenho e dedicação para esse trabalho mais tarde lhe renderia um fruto, pois à convite da HBO, o autor escreveu um livro que detalha os bastidores d’A Família Soprano. Ele que nunca foi crítico de televisão, mas sempre acompanhava os principais programas, resolveu se dedicar a construir um livro mais abrangente, não tão segmentado a somente uma série, um livro que se propusesse dar destaque as histórias, aos roteiros, os criadores e principalmente, aos personagens, aos homens difíceis das principais séries dramáticas. O livro que demorou três anos para ser concluído, também detalha alguns dos percalços percorridos para um projeto obter sua produção concretizada nas principais emissoras americanas.

Apesar de mencionar sobre tantas outras séries, Brett direciona o livro para programas focados no personagem e no roteiro, de canais fechados e de produção independente, dessa forma o livro basicamente é focado em Breaking Bad, The Sopranos, The Wire e Mad Men. Não só essas, mas Game of Thrones, Dexter, Son of Anarchy, Deadwood, Carnivàle, Roma, Six Feet Under, Nip/Tuck, Boardwalk Empire, tiveram sua relevância de alguma forma dentro dessa formatação televisiva. Canais como HBO, Fox, AMC, Showtime, dentre outros, apostaram e desistiram de programas que fizeram história, ao apresentar algo novo e original e também estão presentes de alguma forma no livro.

Uma das excelências de destaque na leitura, fica por conta dos detalhes e curiosidades apontadas pelo autor entre criadores e criaturas. É delicioso como admirador desses programas, conhecer o que há em Walter White de Vicent Gilligan e em Tony Soprano de David Chase. Além de reconhecer também que não há só homens difíceis, mas mulheres também. Como é o caso de Glenn Close em Damages e da linda Claire Danes de Homeland.

Orson Welles, diretor do clássico Cidadão Kane, afirmou “detesto televisão, tanto quanto de amendoim. Mas não consigo para de comer amendoim.” É bem verdade que atualmente, a TV disputa e na sua grande maioria já perdeu espaço para os serviços de streaming, mas o que importa para o (tel)espectador é o produto, é o entretenimento e a execução de uma mídia que te prenda diante da tela de uma TV, tablet, celular ou de um desktop.

“TODO GRANDE PROGRAMA DE TV CONTA SUA HISTÓRIA INTEIRA NO PILOTO. EM GERAL, USANDO APENAS UMA LINHA.”

Mesmo com o final de Mad Men, programado para 2015 e com o fim de Breaking Bad, poucos meses antes do lançamento do livro nos EUA, o livro não ficou datado a períodos, pois o autor acredita que desde que o primeiro episódio de Os Sopranos, foi ar pela primeira vez em 10 de Janeiro de 1999, a série serviu para estabelecer um certo padrão bem presente nos programas atuais. Fugindo dos estereótipos de galãs e heróis, as séries dramáticas atualmente prezam por edificar um personagem complexo, emocionalmente falho, onde não há tanto apelo estético, mas sim uma entrega de grande carga artística e dramática em apresentar e construir um personagem humano.

Walter White, Tony Soprano, Don Draper, Nucky Thompson, Francis Underwood e tantos outros são os amados e odiados os anti-heróis.

Brett Martin estabelece que a Terceira Era de Ouro da Televisão, o período que vai do fim dos anos 90 até meados dos anos 2000 não findou. O resultado das transgressões cometidas por essas séries ainda está vigente. O telespectador atual quer ser surpreendido de alguma forma. Não há mais concessões para mocinhos e vilões, todos podem transitar na fina linha que os separa e os define em questão de minutos (ou de episódios). Para mim, o exemplo máximo disso está nos 40min de exibição de ‘Ozymandias’, de longe o melhor e mais surpreendente episódio de Breaking Bad.

Em Homens Difíceis, encontramos uma leitura detalhista e inteligente, que combinada a uma pesquisa e análise cultural e até mesmo histórica, estabelece seu texto pautado pela descrição clara, coesa e original, como toda boa estória/roteiro deveria ser.

site: http://nerdpride.com.br/homens-dificeis/
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