Resenhas - O Que Me Faz Pular

Karina.Kayser 23/02/2024

Primeira e principal crítica, o tradutor do livro fala sobre livros que servem para ajudar as pessoas a entenderem o autismo mas são superficiais, uma vez que não é a própria criança relatando e muitas vezes genéricos pois existe um espectro, cada indivíduo sente e manifesta de uma forma. Tal crítica é realizada mas o livro faz justamente o mesmo, generalizar. ?Quando nós fazemos significa que nós?? nem todos fazem pelo mesmo motivo e nem todos agem da mesma forma. Se o livro tivesse sido construído no singular, seria bom.

A leitura é simples e rápida.

Carolina273 28/01/2024

"Nada sobre nós, sem nós"
Estava vagando pela Tv até que o documentário apareceu na tela e eu, estudante de Psicologia, não poderia deixar de conhecer. Ao terminar o documentário, fui em busca do livro e sem dúvidas conheci mais uma obra que toca no coração. Me emocionei.

Bella 17/01/2024

A mente de um menino
Lendo o livro é possível perceber que ele foi escrito por um menino e isso é muito bom.

Apesar da pouca idade, Naoki se propõe a explicar o que é o autismo e como a mente de pessoas autistas funciona. Claro, ele é limitados pela pouca idade e suas próprias experiências, mas não acredito que esse seja um livro somente para entendermos sobre a condição dele.

Naoki por muitas vezes repete "não desista de nós" ou "tenha paciência" ou até "não fazemos por maldade" e isso revela o medo em seu coração de ser deixado por ser uma "pessoa difícil". É tocante acompanhar suas respostas a perguntas que acredito que ele mesmo se faz e já tão novo consegue articular uma resposta, mesmo que ele não tenha uma definitiva.

O Que Me Faz Pular é um livro para quem quer entender um pouco mais de como o autismo é experienciado por uma pessoa autista e não por seus pais, cuidadores etc., mas deve ser lido com o entendimento que ele não é um "guia definitivo do autismo" e sim as experiências pessoais de um menino dentro do contexto dele.

Camila1856 07/01/2024

O autismo é retratado no livro pela visão de quem consegue entender e busca ser entendido enquanto um jovem atípico, vivendo as características de ser um autista, bastante estigmatizado e com imensa vontade de ter voz no mundo.

O formato do livro conta com perguntas e respostas. As perguntas detém-se bastante às estereotipias do espectro e as respostas parecem um tanto generalizadas, o que, do meu ponto de vista, se lido com singularidade, ajudam a compreender o mundo de Naoki e outros Naokis por aí.

Mas, confesso, que esperava uma abordagem mais singular. As perguntas são clichês e as respostas poderiam render uma narrativa de não ficção diferente, acredito que seria mais gostosinho de ler.

Nem de longe ouso dizer que é um livro ruim ou dispensável. Para quem desconhece o assunto, na verdade, encontrará nessa leitura uma maneira de enxergar os autistas de uma maneira que é narrada por quem tem espaço de fala. Mas destaco que, é importante não generalizar, nem mesmo as estereotipias e encarar cada pessoa como única, ainda que fazendo parte do espectro.

Letícia Pena 11/12/2023

Vi o documentário e resolvi ler o livro pra entender mais. Os dois são um ótimo conjunto e complementam um ao outro. Sempre vemos muitos opiniões sobre autismo mas dificilmente escutamos do ponto de vista deles e essa obra foi muito interessante para trazer essa visão

Deivis Telehen 13/11/2023

O QUE ME FAZ PULAR | RESENHA
Conhecer o outro nos ensina a ter mais respeito e compreensão pelas limitações de cada ser humano. Este livro abre as portas de nossas mentes para acolher os irmãos que veem e sentem o mundo de forma diferente. Não tenho palavras para expressar o quão profundamente fui tocado pela leitura deste livro. Recomendo fervorosamente.
A leitura é obrigatória para as pessoas que convivem com um autista. O livro nos conta sobre como funciona o cognitivo e o emocional de uma pessoa no espectro autista.

Vênus_Alice 15/10/2023

O que me faz pular
O título me remeteu a um tema sobre morte oi o findar da vida, mas o pular aqui se refere ao (s) movimento (s) que comumente os autistas praticam, sendo repetitivos, de girar, pular, da não estatística.
Esse livro já me quebrou na nota de tradução no início, que tem um convite a tirar todas as percepções que temos sobre o tema autismo e trazendo características inerentes à eles. Foi uma forma instigante e desafioadora, ótima para nos tirar do lugar de saber que achamos que temos.
O livro é um relato de um autista de 13 anos, que responde perguntas pertinentes e pontuais sobre pessoas dentro do espectro, ele também traz vivências, percepções e trechos de crônicas que me fez emergir no mundo dele (claro que tenho minhas limitações).
Eu estou no último período do curso de psicologia e nenhuma literatura ou seminário foi mais poderoso que esse livro, a teoria não alcança 100% a prática.
É uma história que me ensinou muito, nunca mais serei a mesma pessoa, consigo ver inúmeros comportamentos com mais empatia.
Foi válido cada minuto aqui!

Erica.Regiani 24/09/2023

É um fato que autistas tem um modo de ser e agir muito peculiar e nós infelizmente estamos bem longe de entendê-los, de acolhê-los.

Esta leitura foi para mim muito reflexiva. Um livro escrito em formato de perguntas e respostas pelo jovem autista severo Naoki Higashida, aos 13 anos, e isso só foi possível porque quando pequeno teve uma mãe e uma professora que se atentaram e se dispuseram a ensiná-lo a usar um "tabuleiro de comunicação não-verbal", no qual ele apontava as letras formando as palavras. E assim que Naoki conseguiu se comunicar e é sensacional visto que ele próprio é enfático ao considerar a comunicação como forma de existir no mundo, e eu só posso dizer que compartilho da mesma opinião.

Nessas 190 páginas, ele explana e esclarece vários aspectos do TEA (Transtorno do Espectro Autista), desde os comportamentos com relação a alimentação, os impulsos, aversão ao toque, padrões de sono, seriações de objetos, dentre outros.

Várias colocações me chamaram a atenção, duas em específico profundamente. A primeira foi quando Naoki conclui que tanto a "escassez emocional" quanto a "aversão de companhia" NÃO são sintomas do TEA e sim consequências dele.
A segunda colocação talvez até fosse óbvia, mas achei interessantíssima, quando ele diz que os autistas percebem primeiro os detalhes e só depois o objeto na sua totalidade.

No decorrer do livro, Naoki, além de exclarecer muitos dos padrões de comportamento, faz um apelo por mais compreensão, empatia, amor e menos abandono por parte de nós todos.?

Nas palavras do próprio Naoki,
"compaixão de verdade significa não pisar na autoestima alheia."

"A partir do momento em que aprendemos a nos amar, não sei bem se faz diferença termos autismo ou não".

Débora 04/08/2023

Interessante
Nada sobre nós sem nós, define o livro. O autismo é um espectro e nem todas as experiências vão ser iguais, mas foi interessante ler sobre o ponto de vista de alguém da minha idade e com um nível de suporte maior. Me identifiquei com algumas coisas, com outras não, mas experiências de vida são muito individuais. Acho que esse livro é bem interessante para pais e cuidadores, principalmente de criancas com dificuldades de comunicação verbal. A mensagem do livro é basicamente: tenham paciência com a gente e fiquem do nosso lado, a gente percebe e entende mais do que vocês imaginam. É uma leitura interessante.

Nai Lima 22/06/2023

Que historia...
Magnífico. Essa é a palavra pra essa leitura q nos permite compreender um pouco melhor essa qhe nao define quem convive com ela

Livrônica 02/06/2023

"Nada sobre nós sem nós" seria um título alternativo para este livro escrito por um garoto japonês autista, na época, com treze anos de idade. Ele nos faz entender o autismo não sob o ponto de vista clínico (se é que posso assim dizer) mas sob a ótica do próprio autista.
O Que Me Faz Pular é escrito de uma maneira bem simples, apropriada para quem quiser dar um passo inicial no assunto.
Indico.

Lurdes 10/05/2023

Naoki Higashida, autor do livro, possui o transtorno do espectro autista, com dificuldade de comunicação através da fala, mas que consegue ae expressar muito bem pela escrita.

Como sabemos, e estamos constantemente descobrindo, não existem características únicas que definam o autismo.

Cada caso é um caso, mas a existência de comportamentos atípicos é senso comum.
E por serem atípicos, muitas vezes fogem ao nosso entendimento.

Para ajudar as pessoas consideradas "normais", o autor, na época com 13 anos, escreveu este livro, respondendo várias perguntas sobre o que sente, como se sente e porque repete comportamentos que parecem estranhos ou inexplicáveis, como porque pular, girar, não gostar de encarar as pessoas, não gostar de mudanças na rotina, o que inclui a alimentação e tantos outros.

Mesmo que os comportamentos das pessoas que possuem o espectro sejam muito variados entre si, as colocações de Naoki nos ajudam a compreender que, mesmo quando sabem que suas atitudes vão causar desconforto nos outros, uma força os induz a repeti-los porque produz sensação de calma e prazer.

Tudo que ele pede é paciência, e que não desistam deles.

Além de responder às perguntas, o autor nos brinda com um conto lindo.
Achei muito interessante ler sobre autismo sob o ponto de vista de quem mais sabe sobre ele.

Anne.rom 15/04/2023

Emocionante
Eu poderia dizer o que achei, mas prefiro deixar registrado as palavras do autor sobre quando perguntado: Por que você pula?

"O que acham que estou sentindo quando fico pulando sem parar e batendo
palmas? Aposto que nesses casos vocês acreditam que eu não estou sentindo nada
além do brilho maníaco de alegria no meu rosto.
Mas, quando pulo, é como se meus sentimentos rumassem em direção ao céu.
Na verdade, minha necessidade de ser engolido pela imensidão lá em cima é
suficiente para estremecer meu coração. Quando estou pulando, posso sentir
melhor as partes do meu corpo ? as pernas saltando, as mãos batendo ?, e isso
me faz muito, muito bem.
Esse é um motivo, e existe outro que descobri há pouco tempo. Pessoas com
autismo têm reações físicas aos sentimentos de alegria e tristeza. Então, quando
acontece algo que me afeta no nível emocional, meu corpo fica tolhido, como se
tivesse sido atingido por um raio.
?Ficar tolhido? não significa exatamente que meus músculos se enrijecem e
imobilizam, mas é como se, de certa forma, eu não estivesse livre para mover
meu corpo da maneira que desejo. Nesse caso, ao pular é como se eu estivesse
me libertando das cordas que me prendem. Quando salto, eu me sinto mais leve.
Acho que o motivo pelo qual meu corpo é atraído para cima é que esse
movimento me faz querer me transformar num pássaro e voar para algum lugar
distante.
Mas, restritos tanto por nós mesmos quanto pelos outros, só podemos piar,
agitar as asas e saltitar pela gaiola. Ah, se ao menos eu pudesse bater as asas e
voar pelo céu azul, por cima das montanhas, para bem longe!"

Marcia Leão 01/04/2023

Gostei
Um livro escrito por um garoto autista, ele vai respondendo algumas questões do porque tem alguns comportamentos na vida.
Gostei pelos capítulos serem curtos, mas ainda assim achei um pouco repetitivo.
Acho um livro interessante para quem deseja ter mais conhecimento e alguma perspectiva sobre a vida de um autista, mas achei a leitura ok, nada de mais.