Um teto todo seu

Um teto todo seu Virginia Woolf




Resenhas - Um Teto Todo Seu


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julrc 26/11/2023

Um texto atemporal
Quase 100 anos depois e Virgínia Woolf não erra no que ela fala sobre o papel das mulheres na sociedade moderna e capitalista. O resumo é simples: mulheres precisam de dinheiro e de um espaço seu para se dedicarem àquilo que elas querem se dedicar. O texto insinua que pode ser qualquer coisa: a escrita, a pintura, as ciências, etc. Qualquer que seja a área que as mulheres querem se dedicar, elas precisam de suporte financeiro e de um local para isso.

Virgínia não é boba e sabe muito bem como o mundo capitalista funciona e o quanto as mulheres são massacradas no processo (e sempre foram ao longo da História).

Achei bem interessante ela destacar seu lugar de fala: mulheres brancas de classe média. Ela não fala sobre mulheres negras, asiáticas, e etc. Ela fala da perspectiva de uma mulher branca, classe média, européia. Ao mesmo tempo que isso exclui uma parcela muito grande da sociedade, parece respeitoso a forma como ela trata isso. Como se esse assunto não fosse da alçada dela, já que ela não faz parte, então ela só pode falar do local que ela está.

Livro 10/10.
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Agda.Marielly 24/11/2023

Em amor a Virginia woolf
É muito bom esse livro para pensar mais sobre o ser feminino, tenta ser mais ser mais autêntica e ser auto suficiente em resolver seus conflitos internos, sem olhar muito ou considera muito os outros.
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Ailauany 18/11/2023

"A liberdade intelectual depende de coisas materiais. A poesia depende da liberdade intelectual. E as mulheres sempre foram pobres, não apenas nos últimos duzentos anos, mas desde o começo dos tempos. As mulheres têm tido menos liberdade intelectual do que os filhos dos escravos atenienses. As mulheres, portanto, não têm tido a mínima chance de escrever poesia. Foi por isso que coloquei tanta ênfase no dinheiro e num quarto próprio."
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Avyla 11/11/2023

Muito bom.
A autora neste livro analisa a mulher enquanto produtora de obras de ficção.
É maravilhosa a forma como ela aborda a condição da mulher na sociedade e o preconceito de séculos em relação a mulher como escritora
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nay.gba 09/11/2023

Audiolivro Audible
Hoje em dia, avançamos, a disparidade diminuiu, mas ainda estamos longe de equiparar os papeis entre os gêneros.

Não há o recorte de raça, uma única citação no início, mas é a narrativa é pragmática e o disparate histórico e ficcional entre sexos gera indignação.

Mulheres, leiam! Mulheres, leiam mulheres!
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Ingridy38 31/10/2023

Reflexivo
Um livro muito bom. Apesar de o início ser lento e difícil de continuar, observa-se que quando engata, as reflexões são incríveis. Os pensamentos são surpreendentes e perspicazes. Com certeza, recomendo
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FlorCavalcanti 29/10/2023

Sorte a nossa que tivemos algumas mulheres corajosas ao longo do tempo que decidiram, em épocas que não era permitido a elas decidir, escrever e buscarem ser lidas. Essas mulheres despertaram e ainda despertam em nós o desejo de ir em frente, pois se elas conseguiram em tempos mais difíceis, hoje nós podemos.
????????????????
?Seja qual for o seu uso nas sociedades civilizadas, os espelhos são essenciais para todas as ações violentas e heroicas. É por isso que tanto Napoleão quanto Mussolini insistiam tão enfaticamente na inferioridade das mulheres, pois, se elas não fossem inferiores, eles deixariam de crescer. Isso explica, em parte, a necessidade que as mulheres representam para os homens. E serve para explicar como eles ficam incomodados com as críticas delas; como é impossível para elas dizerem que tal livro é ruim, tal quadro é medíocre, ou o que quer que seja, sem infligir muito mais tormento  e despertar muito mais raiva do que um homem teria causado ao fazer a mesma crítica. Pois se ela resolver falar a verdade, a figura no espelho diminuirá. Como ele continuará a fazer julgamentos, civilizar nativos, criar leis, escrever livros, vestir-se bem e discursar em banquetes, a menos que consiga ver a si mesmo no café da manhã e no jantar com pelo menos o dobro do tamanho que realmente tem?? (p. 55) 
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malumema 25/10/2023

Livro de 1928 mas contemporâneo em 2023.
Esse livro foi escrito em 1928, após Woolf ser convidada para ofertar duas palestras em universidades femininas na Inglaterra, nas quais ela reflete sobre as mulheres e a ficção.
Mas ela não veio para falar sobre a genialidade de Jane Austen ou a ousadia das Brontë. Ela fala sobre a precariedade da representação feminina nas obras masculinas, a falta de testemunhos e bibliografia sobre a vida de mulheres e as poucas escritoras mulheres e suas raríssimas obras.
Ela tbm fala sobre rivalidade feminina, mercado de trabalho feminino, opiniões masculinas acerca de mulheres e a necessidade urgente de se ter um quarto para se escrever e quinhentas libras para subsidiar o ofício.
No entanto, ela comete alguns deslizes que são vícios de sua época, como uma visão colonialista (que perpetua até hj nos círculos europeus) e classista sobre a sociedade. Porém, isso não desvalida a obra e a sua qualidade, mostrando que, mesmo com esses "erros", ela ainda é necessária, atual e certeira.
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livrosmortificados 18/10/2023

Ensaio é o melhor gênero textual
Demorei para conseguir falar sobre esse livro, finalizei ele a alguns dias e as vezez me pego revisando.
as vezes sinto que a não ficção (apesar desse livro ser um pouco fictício) da virginia consegue me atravessar, mexer comigo de um jeito que a ficção dela não consegue.
esse livro, apesar de antigo e muitas coisas que são abordadas aqui ja mudaram e melhoraram muito, é um livro para se refletir, virginia apenas coloca a semente ali e ao longo do tempo ela vai brotando na sua mente.
um livro que foi importante para o feminismo, mas eu vejo que vai muito além, temos questões classes sociais muito presente aqui.

"O pensamento ? para usar uma palavra mais solene do que ele merecia ? havia baixado sua linha na correnteza. Ficou boiando, minuto após minuto, balançando para lá e para cá entre os reflexos e as algas, deixando que a água o erguesse e o afundasse"
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Laisa 07/09/2023

Obrigada, Virgínia!
Um livro onde Virgínia pensa na questão da mulher escrevendo ficção, sobre como existem poucas mulheres através dos séculos e no tempo em que não havia nenhuma.
Virgínia mostra como ter "um teto todo seu" é extremamente importante para poder escrever. Às mulheres da época, não foi dado um teto, não foi dado a oportunidade, não foi dado condições. Se não eram livres para ter sua própria renda, seu próprio teto, e a própria LIBERDADE, como poderiam escrever ?
Por isso agradeço Virgínia, por ter trazido a tona essa pensamento em uma época em que ninguém pensava sobre isso, nem ao menos se importava com isso.
De verdade, obrigada, Virgínia.
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Valerya insta @leslivres_ 07/09/2023

A irmã de Shakespeare.
"Pois bem, minha crença é que essa poetisa que nunca escreveu uma palavra é que foi enterrada numa encruzilhada ainda vive. Ela vive em vocês e em mim, e em muitas outras mulheres que não estão aqui esta noite, porque estão lavando a louça e pondo o filho os filhos para dormir. "
Mas essa poetisa vive e cabe a todas nós mulheres, não deixarmos que suas palavras e poesias morram efetivamente.
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Ana Paula 06/09/2023

De 1929, poderia ser de 2023
“Vocês têm ideia de quantos livros são escritos sobre as mulheres no decorrer de um ano? Vocês têm ideia de quantos deles são escritos por homens? Têm consciência de que somos provavelmente o animal mais discutido do universo?”

Virginia Woolf compõe esse ensaio baseado em duas palestras que deu em faculdades para mulheres em 1928 sobre o tema "Mulheres e Ficção". O tema, por si só, seria muito amplo e teriam diversas abordagens possíveis, porém o modo como Woolf o desenvolve é uma arte a parte.
Essa foi uma escolha de última hora para o projeto de 100 Anos em Livros (ainda estava/estou um pouco assustada para encarar O Som e a Fúria, eu acho, mas vem aí a qualquer momento), porém foi uma escolha extremamente acertada. Essencialmente porque encontrei a frase que sumariza perfeitamente meu propósito com esse projeto pessoal de leitura: "Pois os livros são continuações uns dos outros, apesar do nosso hábito de julgá-los em separado".
De qualquer forma, de volta para o livro. Virginia Woolf pega o tema da discussão de mulheres e ficção e, no lugar de discutir sobre ficções escritas por mulheres ou mulheres escritas em ficções, ela discute o porquê mulheres tinham tanta dificuldade em estar nessa posição. E então, uma conclusão simples: uma pessoa precisa de dinheiro e um lugar próprio para conseguir exercer sua criatividade.
Apesar de o conteúdo em si ser muito relevante para a época e ainda continuar dessa forma, o mais interessante, como em qualquer obra da Virginia que já li, é a forma como ela escolhe contar essa história. As personagens que a permitem ter mais liberdade para dizer exatamente o que ela quer dizer, a irmã de Shakespeare (lembranças de Hamnet, saudades), as reflexões sobre uma obra de ficção fictícia!
É incrível, é fluido, é uma leitura incrível.
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