Dayane 24/08/2011
Amor Selvagem
Eu recebi este em e-book há muito tempo de uma amiga, mas levada por críticas, nunca me interessei em lê-lo, mas depois de uma campanha a favor dele no Adoro Romances, resolvi ler para ter minha opinião, e agora preciso compartilhá-la e tirar do meu peito todas as emoções que a leitura me trouxe.
Até que ponto uma pessoa consegue descer para manter-se viva? Quantas pessoas são tão dignas de alma e coração que mesmo toda a degradação de seu corpo não as tornarão secas e vazias?
Conheçam Ginny Brandon, uma mulher admirável, que faz todas as outras parecerem fracas e fúteis, tamanha é sua capacidade de reinventar-se e adaptar-se.
Em um mesmo livro ela foi uma menina curiosa sobre o primeiro beijo, protegida da maldade em um castelo francês, uma mulher feita arrebatando corações e promessas de casamento na alta sociedade americana, um bode expiatório do próprio pai, servindo de cortina de fumaça para levar ouro em uma caravana, uma vítima de sequestro, percorrendo o México em plena revolução com um homem apaixonante, seu amor e seu algoz... uma mulher apaixonada capaz de negociar seu corpo pela vida de quem ama, uma soldadera acompanhando homens rudes em caravanas, uma alta cortesã, desejada por toda a corte do México, uma cigana... uma dançarina... uma menina nos braços do único homem que ela ama.
Eu chorei, sofri por ela, na sua trajetória, me emocionei com ela ao descobrir que seu amor estava vivo, chorei com cada rejeição imerecida, torci desesperadamente para que ela se apaixonasse pelo Conde, o lindo Michel e pudesse deixar seu sofrimento para trás, mas... sua vida já pertencia a Steve Morgan.
Ele, que não era americano, nem mexicano, um expatriado onde quer que estivesse, um espião, um mercenário, um latinfundiário, um homem com ideais tão nobres que matava e morria por eles, e deixava em seu caminho sangue para provar do que era capaz. Um homem de muitas mulheres, mas capaz de apenas um único e verdadeiro amor...
Ele que mesmo sendo açoitado em praça pública, sendo obrigado a gritar para que parassem com a tortura, foi capaz de bradar: Viva la revolucion, esquecia de tudo, deixava tudo para trás, apenas para voltar para os braços dela.
Um amor verdadeiramente selvagem, escrito com palavrões, brigas intermináveis, com Steve batendo nela, com Ginny esfaqueando ao Steve, com uma paixão desenfreada sucedendo estes momentos.
Fiquei sem ar tantas vezes durante a leitura, simplesmente porque não conseguia lembrar de respirar, tamanha a tensão em determinados momentos... "Ginny... sangre de mi corazón..." ou ainda... "ela podia fechar os olhos e fingir que ele era Steve... steve..."
Não é uma leitura fácil, há fatos difíceis de digerir, há todo tipo de violência, há dor, mas inegavelmente, como eu li em poucos romances há um amor que é a toda prova. Só um amor muito grande sobreviveria ao que este dois passarm até finalmente ficarem juntos.
Desnude-se de todo o seu preconceito e leia acreditando que ás vezes os atos mais sujos, são motivados pelo desejo de estar vivo e pela esperança de Deus dar uma segunda chance.
Lindo. Divino. Sublime.