Camille 11/08/2014Curiosidade de criança é sempre uma delícia. - Beletristas.comQuando recebi A Menina de Nome Enfeitado, não sabia exatamente o que esperar. E aqui, admito, falo como leiga porque não costumo ler e avaliar livros infantis - mas era Míriam Leitão e tinha essa capa... Claro que fiquei curiosa!
Nos aspectos visíveis, é impossível não apreciar as ilustrações de Alexandre Rampazo. Admiro quem faz esse tipo de trabalho e acho irresistível quando vão para um lado menos perfeccionista, mas mantendo uma linha sutil e delicada.
Alexandre faz isso, seja com as personagens, seja com a paisagem. O passarinho, por sinal, ficou muito fofo e teve um aspecto um tanto curioso para a broa de milho.
A qualidade do papel utilizado dispensa qualquer elogio, ainda que seja importante citar. A Rocco não mediu esforços para dar ao livro o melhor possível em qualidade. Adorei a tipologia usada na capa e, como deveria ser, se encaixa muito bem na história.
Chegando finalmente ao trabalho escrito de Míriam Leitão... Como resistir à essa história? A menina Nathália foi visitar a tia e chegou logo com uma pegadinha: qual a importância do "h"?
No nome dela não fazia sentido, porque não alterava a forma como ele era dito - por que ele estava ali? Então sua tia explica como algumas palavras precisam do "h" para terem significado. Tipo "passarinho", "ninho" e "sobrinha", caso contrário seriam meros "passarino", "nino" e "sobrina", que nem parecem estar em português.
Vamos deixar de fora o lado de ser ou não da mesma língua e nos focar na brincadeira simples que chamou atenção da menina e foi o suficiente para explicar. Mas, Míriam, eu realmente queria saber a sua explicação para o "h" da palavra "hora"...
Simples, delicado e indicado - fiquei imaginando como brincar de palavras pode realmente ajudar uma criança a aprender a ler.
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