O Príncipe

O Príncipe Maquiavel




Resenhas - O Príncipe


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Maris 23/11/2009

Irritante. Difícil dizer se o é mais quando Maquiavel erra ou se quando acerta.

Este livro é um exemplo perfeito de como o estudo da história ajuda a entender o presente, mas deixa dúvidas se com esse entendimento é possível fazer um futuro melhor. Afinal, Maquiavel fala de práticas políticas desonestas que acontecem desde séculos antes dele, e que ainda continuam acontecendo séculos depois. Uma obra atemporal, de fato, mas uma das poucas onde esse adjetivo é aplicado com certa tristeza.

Nas páginas deste livro vê-se claramente os acertos de Napoleão, os erros de Hitler, a maneira como se deu a Guerra do Iraque, como Lula construiu sua popularidade, como Vargas conciliou os interesses das elites com os do povo, e milhares de outros casos na política que possuem n'O Príncipe sua anatomia desenhada e explicada, séculos antes, por um gênio inquestionável no assunto.

Seria um excelente livro se o tom fosse crítico. Mas é exatamente o contrário, é um incentivo a essas práticas. Quase quinhentos anos atrás fazia sentido, mas hoje, quando todos lutam por uma nova política, este livro serve apenas para mostrar como ela tem sido feita até hoje, para que com isso planejemos melhor a de amanhã. Se é que é possível mudá-la.
fellipe! 20/06/2011minha estante
Pior que é exatamente assim. Maquiavel(devido a eventos não muito agradáveis que aconteceu a sua pessoa) devia já estar com uma certa desesperança, por isso o tom "frio" de análise, apesar de ter sido escrito querendo dar conselhos ao Médice. Pode ser atemporal, mas tem coisas que são melhor entendidas no contexto de sua época. Apesar de toda a estrutura de seu pensamento ter muito haver com quase todas as políticas ditatoriais que surgiram posteriormente.


Wang Dzak 28/01/2012minha estante
Uma coisa q tive em mente qndo li O principe eh q foi escrito no fim da idade media. Considerar isso implica admitir q nessa epoca os recursos eram limitados para escrever um livro da importancia q tem o principe. Assim, creio q todos ou pelo menos a maioria dos "erros" historicos de maquiavel sao justificaveis.

Praticas politicas desonestas sempre existiram. A politica em si eh uma forma de tentar governar um ser ingovernavel, o homem. Acredito q seja impossivel fazer um individuo com plena consciencia social, politica e economica obedecer facilmente a voz de qlqr uma autoridade, sem o uso de artificios.

O simples fato de Maquiavel dissecar a politica pode ser considerado uma critica. Ele mostrou q a politica eh suja, corrupta, tendenciosa e subordinada aos interesses dos homens, uma ideia contraria a aura sagrada dos governantes e ao epico dos discursos deles. Conhecer esse lado da politica eh o primeiro passo para combater as "praticas desonestas", ainda q, pessoalmente, acredito q pouco mudará.


Gustavo 18/07/2012minha estante
Entendo a sua crítica por ela ser feito com o pensamento pacifistas do mundo moderno, porém como você mesmo disse este livro foi escrito a quase quinhentos anos atrás, portanto acredito que deve ser analisado como se estivéssemos naquele contexto, e assim talvez concordaríamos com certos pensamentos maquiavélicos para o seu determinado período.
-Acredito que livos antigos relacionados à política, devem ser julgados segundo o contexto em que eles foram escritos.


Eric 25/01/2013minha estante
Concordo em parte com o pensamento do amigo, apenas fazendo uma força naquilo que o Gustavo informou.
Essa obra foi escrita a 500 anos, sendo que pelo que se sabe na obra, foi dada diretamente a uma casa que era do interesse de Maquiavel tivesse aquele " manual " se assim pode-se dizer de artimanhas.
Levemos em consideração esse fato com o fato da mente de 500 anos atrás e como as coisas aconteciam naquela época.
Em uma análise fria do pensamento de Maquiavel, podemos coloca-lo sim como um analista nato, porque mais do que analisar o estado, ele colocou exatamente como ELE É, sem firulas, sem rodeios, com facilidade e maestria, porém, volto a lembrar, 500 anos atrás.
O que isso nos deixa de legado é o fato de se algo que foi escrito há 5 séculos ainda deve inspirar-nos, e mais interessante é o fato de perceber que pouco se mudou daquele tempo para ca, principalmente em relação ao povo, que por mais que hoje tenha 100 x mais liberdade para se informar, continua SE DEIXANDO ser manipulado pelos homens que vão do pensamento Maquiavelico de há 500 anos.
Analise Maquiavél, e veremos um homem que naquele tempo ao menos, só almejava o poder, e se analisarmos friamente, quantos eram humanos naquela época ? Isso não justifica claramente, entretanto, é um erro insolúvel, pegar obras como essas de idéias defasadas e ainda transportar para os dias de hoje com o consentimento do povo, com tudo sendo feito de baixo do nosso nariz, como dizem por ai.


Julia 27/03/2013minha estante
O Príncipe foi escrito há 500 anos atrás, mas se fosse escrito hoje as mudanças seriam ínfimas. Como diz o próprio Maquiavel, não se trata de como o a política deve ser, apesar de ser um manual, mas uma análise e conselhos com base no que ela é de fato. E o que é a política em essência? É a dominação, simplesmente. E antes dos regimes democráticos ela era ainda mais brutal, embora hoje seja mais cínica e responsável por não menos mortes e degradações do que dantes.

A política se trata do poder, e o "O Príncipe" em como manter o poder. É natural que seja violento, pois dominações são sempre violentas. Olhando na história da humanidade, o "mal" está sempre buscando poder (ex: Nazismo, EUA, Ditadura Militar, União Soviética, tráfico de drogas, milícias policiais) e o "bem" não busca a troca do poderoso, mas a negação do poder (ex: Revolução Indiana, conquista dos direitos civis dos negros estadunidenses, Jesus Cristo).

A forma extremamente utilitarista com que Maquiavel descreve o povo é perfeitamente compreensível, tanto que aliás pouco ou nada modificou de 500 anos pra cá. "Minorias organizadas dominam maiorias desorganizadas".


Andrêas 02/10/2013minha estante
O Príncipe não é um manual do homem de bem - é um erro tratá-lo como tal.


torinsangria 16/11/2013minha estante
Victor, ótima resenha, concordo com as suas palavras.


Carol 28/05/2014minha estante
os politicos brasileiros usam até hoje


Leo_DWARF 09/01/2015minha estante

Eu não entendi muito bem o seu ponto de vista. Você gostou ou não da obra?
Porque como você mesmo bem observou, ele "incentiva" práticas violentas e "politicamente incorretas", mas porque naquele tempo (1513) fazia sentido. Era dessa forma que os Estados sobreviviam. Hoje de fato há outros meios dos Estados se manterem, pois já não há aquela incidência de guerras constantes entre os Estados, embora muitas daquelas práticas poucos louváveis estejam e continuarão sendo realizadas, como a corrupção e a alienação e a provocação de medo e opressão contra o povo.

O que é indiscutível ao meu ver, é a genialidade de Maquiavel ao escrever de maneira tão bem feita e com uma inteligência e perspicácia peculiares. Sua experiência ao longo de 15 anos de estudos sobre os Estados e seus modos de organização, como ele mesmo declara na carta redigida à Francesco Vettori, o tornam um clássico para se entender, como você mesmo observou, como os Estados ainda hoje operam em diversos aspectos. Mas a leitura dessa obra nos dias atuais, a meu ver, não serve para incentivar aquelas práticas, mas sim para entendê-las naqueles e nestes tempos. De qualquer modo, bom review.


Viinix 10/11/2015minha estante
Eu não diria incentivo. Como eu li na sinopse e nos comentários de uma edição d'O Príncipe, Maquiavel não incentivava o que o seu livro retrata. Na realidade, Maquiavel era funcionário público e, na época em que essa obra foi escrita, se encontrava impedido de retornar a Florença, sua terra-natal. Seu objetivo por meio desse livro era, primariamente, conseguir agradar aos líderes da cidade, para que ele pudesse retornar para ela, e, em segundo ponto, incentivar a unificação italiana, seu principal objetivo perante a escrita desse livro. Por isso não acho válido dizer que ele incentivava, a quantidade de exemplos mostram como trata-se de uma mera descrição, além dos seus reais objetivos, devidamente expressos no final da obra, não concordarem totalmente e diretamente com o que é relatado. De resto ótima resenha, bem direta e fluida. Muito bom, parabéns.


Luiza 06/08/2017minha estante
Gostei bastante da sua análise.
Dei 4 estrelas no livro somente por conseguir enxergar como essa obra é uma ajuda para entender a máquina governamental, pois a apologia àquelas práticas é lamentável.
Maquiavel, enquanto pessoa, mostra um caráter muito questionável, e tem uma parte do livro que me irritou mais que as outras (e me fez voltar atrás na hora de dar 5 estrelas, confesso): "pois a fortuna é mulher, e é necessário, querendo-se mantê-la submissa, golpeá-la e espancá-la". Dispensa comentários.
A defesa que ele faz dessas práticas é um problema, mas ter colocado-as num papel ao menos nos mostra o que os governantes faziam e fazem (e teriam feito, assim como o fazem hoje e o farão amanhã).


Ravena 09/05/2018minha estante
Seu comentário é muito anacrônico.


Gustavo.Hjort 04/06/2018minha estante
Não vejo como se existisse uma velha política ou uma nova política. O política sempre foi a mesma, desde o inicio da civilização. O que Maquiavel fez foi, simplesmente, nos mostrar isso e identificar as regras do "jogo" da política, jogo este com bons e maus jogadores. E os maus jogadores, como Maquiavel mostra, são os que ignoram as regras descritas em O Príncipe.


Pedrones 16/06/2020minha estante
Para mim, parece claro que Maquiavel não escreveu o livro para o mundo. Mas sim, para a Itália. Para servir de inspiração a algum líder, no futuro, que tivesse a intenção de conquistar e unificar a Itália, politicamente.


Guto 02/08/2020minha estante
Pelo visto tu não entendeu a forma pela qual o Estado moderno se organiza, resenha lamentável e preguiçosa, seja sério e dê a mínima busca na própria internet sobre o contexto histórico de Maquiavel e a importância dos seus escritos. Eu não chamaria isso que tu escreveu de resenha.


Leonardo.Borges 10/09/2020minha estante
Discordo completamente. Não existe apologia alguma à práticas absolutistas por parte de Maquiável. O que existe é uma tentativa rebuscada de se conseguir perdão da elite na época.

Mesmo que se aplique no campo de teorias absolutistas, por exemplo, não é o mesmo que Bossuet ou Hobbed fizeram, com apologias descaradas ao exercício tirânico de poder enquanto forma legal de se manter ordem na sociedade.

Seu comentário apenad explicita a já antiga confusão a respeito de "O Príncipe". Obra magnífica, mas mal interpretada que rendeu uma ida ao Index Librorum Prohibitorum após a morte do autor.


debs.lendo. 07/12/2020minha estante
Concordo. Porém é um dos meus livros preferidos, pois me mostrou porque e como as pessoas conseguem as coisas, mudou minha postura e melhorou minha defesa (mental). Não por isso me tornou uma pessoa ruim. Mas sim, tem o poder de fazer isso com alguém.
O ser humano tem gatilhos que ele próprio desconhece e livros como esse podem ajudar na jornada do autoconhecimento.


Camila 16/12/2020minha estante
crítica rasa


Leonardo 18/02/2021minha estante
É pra cair a bunda do cu mesmo. Deu uma nota ruim a um livro, por achar os ensinamentos serem imorais...


Aninha 09/06/2021minha estante
Como ler por aqui?


debs.lendo. 09/06/2021minha estante
O skoob é só para organizar suas leituras.


Rizz 27/03/2022minha estante
Vc quer que o cara critique esses metodos em 1400, no auge das ideias de hobbes, é imcoerente não avaliar tal conjuntura


Gabriel.Soneghet 06/05/2022minha estante
Resenha fraca. Fico impressionado como conseguiu tanta curtida, o que me deixa triste em saber que boa parte dos leitores nem ao menos pesquisou o contexto e a situação de Maquiavel na época em que o livro foi escrito.


Digiovani 31/05/2022minha estante
Mesmo não tendo lido o livro uma pessoa consegue perceber que você tá errado.


Rossanna.Poltronie 14/09/2022minha estante
Sua resenha explica porque comecei e já não estou gostando. A leitura vai ser arrastada...


Rossanna.Poltronie 14/09/2022minha estante
Concordo com você Gabriel.Soneghet, mas pra quem já tem um pensamento formado fica difícil ler no contexto da época, até porque não é porque foi escrito há tantos anos que a escrita deveria ser assim, mas estou só no começo da leitura, vou formar minha opinião depois que terminar de ler, mas já não estou gostando, estava esperando outra coisa. Mas como disse estou só no começo.?


Maris 07/10/2022minha estante
Gente, eu também não sei porque tem tanta curtida, li o livro e escrevi essa resenha em 2009, eu tinha uns 18 anos. Deem palco pra outras resenhas melhores, essa aqui foi de um nerdola adolescente.


Isaias.Silva 17/01/2023minha estante
Caramba, nessa época eu tinha 16 anos... Eu te dou parabéns não pela resenha em si, mas pela tua vontade de interpretação, tua crítica na época. Tendo em vista que algumas opiniões mudam durante o tempo, por causa de vários fatores.


Isaias.Silva 17/01/2023minha estante
E mais,.. isso mostra que você não abandonou a leitura durante esses anos.. e tem que levar em conta que o príncipe de Maquiavel, no meu ponto de vista, é uma obra bastante complexa


LetAciaNaves 16/02/2023minha estante
Simmmm


Bruno931 12/04/2023minha estante
Como faço pra ler livros aqui, me ajudem aí gente.




Welliton.Moreira 01/02/2021

Histórico, complexo, um pouco cruel e realista
MAQUIAVEL, Nicolau. O Príncipe. Ed. Paz e Terra. 1996

Um livro fascinante que me fez antes de tudo com que eu pesquisasse mais sobre a contextualização histórica da época. Maquiavel tem uma maneira sombria de escrever, fato que acredito ser porque ele sofreu na época, foi até mesmo preso já e torturado, não consigo imaginar as coisas que ele tenha passado. Mas sem dúvidas o livro O Principe pode ser considerado hoje um dos mais importantes ensaios sobre política de todos os tempos, sendo estudado em faculdades de Engenharia, Direitos, etc. O objetivo da escrita desse livro desde o início é direcionado a uma pessoa específica, Lorenzo di Piero de' Medeci, que é o governante da cidade de Florença daquela época. Lorenzo era descendente de uma família muito influente de banqueiros e mais ricas da Europa.
Maquiavel descreve muitos governantes e como se sucederam seus governos apontando os principais erros e acertos que podem ter decidido a vitória ou a ruína de cada um. A escrita é bem complexa e percebe-se que Maquiavel levou muito tempo e estudo para reunir uma gama de informações tão rica como se fosse um manual a ser seguido para ser um bem sucedido príncipe amado e respeitado por seu povo e seus súditos.
Eu recomendo o livro porque além de ser um clássico, é uma aula sensacional de história, de liderança, em como os governantes eram em sua maioria cruéis e usavam de artimanhas para se manterem sempre no poder.
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Regis 24/08/2022

Tratado para ser vitorioso em governar
Nicolau Maquiavel nasceu em Florença em 1469, foi um filósofo, historiador, poeta, diplomata e músico.
Foi chanceler em 1507, e após ser preso e sofrer tortura, recolheu-se em sua propriedade rural em San Casciano, com sua esposa e seus seis filhos, passando a se dedicar a estudar e escrever.

Em O Príncipe, Maquiavel fala através de suas experiências e estudos sobre vitórias e derrotas dos grandes príncipes, reis, imperadores do passado e de sua época, para manifestar nesse tratado, como um Príncipes deve proceder para ser um bom e vitorioso governante.
Durante todo o livro, o vemos sempre frisar que o príncipe sem o apoio do povo, dificilmente triunfará apenas com o apoio do exército e dos nobres (tendo em vista que entre esses últimos, sempre haverá opositores e invejosos).
Ele não alvitrava que os governantes tinham que ser nobres mas, que deviam possuir tanto a astúcia da raposa quanto a força do leão, saber empregar essa máxima nos momentos adequados, e que apenas a equanimidade de seus atos tornariam seu reinado vitorioso e respeitado.

Maquiavel utiliza na argumentação fatos ocorridos na Antiguidade grega, na Roma da República ou em episódios contemporâneos, assim como recorre a intérpretes dessas várias épocas, cita exemplos de goverantes que tiveram êxito ou fracassaram, empreendendo de astúcia ou força, ex: Aníbal, Alexandre, Marcos Aurélio, César Bórgia, Luiz XII, Dario, Moisés, Ciro, Teseu, Davi...

O livro complementa muito ricamente as leituras de A Arte da Guerra, de Sun Tzu e O Livro dos Cinco Anéis, de Miyamoto Musashi... mostra como proceder para comandar, se manter no poder e ter um legado que será glorificado no futuro.
Ambos os livros (cada um em seu tempo) foram manuais de como agir e comandar sendo um bom general, espadachim e governante, ensinamentos esses empregados até hoje em grandes empresas e conglomerados.

Gostei de ter pedido fazer essa leitura, achei a escrita agradável e de fácil entendimento, mesmo sendo um clássico tão antigo. Me enriqueceu muito como leitora, e recomendo tanto O Príncipe, quanto os outros dois citados acima.
AnonymousCow 25/08/2022minha estante
Você é a primeira pessoa que ouço falar que a leitura é tranquila. Isso anima muito quem tem curiosidade a ler. Parabéns!


Alex 25/08/2022minha estante
Só acho que se os governantes de hoje aplicassem ainda mais os ensinamentos de Maquiavel, teríamos mais ditadores, menos democracia (que já é atávica), execuções clandestinas e o terror seria a solução para as eleições rsss.

Brincadeiras a parte, excelente livro e resenha.


Regis 25/08/2022minha estante
Tem razão Alex. ?


DANILÃO1505 26/08/2022minha estante
Parabéns, ótimo livro

Livro de Artista

Resenha de Artista!


Regis 26/08/2022minha estante
Obrigada Danilo! ?




stephany :) 17/04/2024

"nunca tente ganhar pela força o que pode ser ganho pelo engano"

"O Príncipe" é uma obra que ultrapassa os limites do tempo, pode ser lido hoje ou em 50 anos e ainda vai ser atual. Maquiavel apresenta um guia prático e astuto sobre como um príncipe deve governar e manter o poder. Ele argumenta que muitas vezes é melhor ser temido do que amado, e desenvolve que um governante deve ser flexível e estar disposto a empregar métodos considerados imorais para garantir estabilidade.

A perspectiva de Maquiavel sobre política é muitas vezes controversa e carente de idealismo. Ele aponta a natureza humana como egoísta e corrupta. No entanto, ele escreveu isso sobre um contexto específico, onde a Itália estava dividida e passava por conflitos turbulentos, e exigia um governante que sacrificasse a moralidade em prol do poder.

Gosto do modo que Maquiavel trás uma visão realista sobre poder e moral, não concordo com muitos dos posicionamentos dele, mas não posso negar que sua análise sobre o ser humano é perspicaz e objetiva.

Essa edição do livro é muito bonita, mas a tradução não é das melhores, se eu fosse recomprar escolheria a edição com as anotações de Napoleão.
Não tem 17/04/2024minha estante
É bom esse livro




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Gininha 15/03/2010

Elogio ou crítica velada?
Quando estava na faculdade, cursando Sociologia e Política, na década de setenta, houve um debate sobre esse livro, na disciplina História do Pensamento Social. A pergunta-chave, a demandar discussão, era: Teria Maquiavel escrito O PRÍNCIPE como um manual para o governante de sua época, ou o objetivo era mais sutil, ou seja, o autor teria usado sua inteligência para apontar os desmandos do Príncipe, só que o fazia através do elogio ao governante, numa época em que ser conselheiro de príncipe ou rei poderia significar glória/benesses ou desgraça/prisão, a depender do humor dos manda-chuva de plantão?
Tatá 03/10/2015minha estante
Mandou muito, Gininha. Rolou uma indagação parecida na minha faculdade também, na aula de Política. Porque o Maquiavel escreveu um outro livro, sobre a República, onde ele faz totalmente o oposto do que fez em O Príncipe. Faria bastante sentido ele usar da perspicácia para fazer uma crítica sutil ao principado.




annacsfraccaro 25/03/2023

Finalmente li esse clássico
Faz tantos anos que ouço falar desse livro, então resolvi finalmente ler.
É um livro bem complexo e com assuntos complicados, o audiobook me ajudou muito a finalizar esse livro.
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nkog.neato 30/04/2022

Um livro muito informativo
Levando em conta o contexto histórico, o livro é incrível. Ele fala como a política é e o que é necessário para ser um bom governante. Maquiavel não trabalha com "o que deve ser", ele trabalha com "o que é". Eu acho que isso deve ser aplicado nas nossas vidas, quantas vezes ficamos só sonhando com a mudança? De qualquer jeito, é um ótimo livro e tem uma linguagem até que fluida. Recomendo para quem gosta de filosofia, sociologia ou política.
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Jorge Luiz da Silva 27/08/2023

Pensador político
O Príncipe é um livro escrito na visão de um pensador político, não de um historiador. Assim dizem alguns críticos...
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flavinhou 08/02/2022

Sla
Não sei se eu que sou muito burro ou se eu n tava muito interessado, mas eu praticamente n entendi nada KKKKKKK. Um dia eu releio, as vezes acontece isso msm
Raqueline 08/02/2022minha estante
a resenha de milhões ahauahuahauahau


flavinhou 13/02/2022minha estante
KKKKKKKK


tortajulia 01/02/2023minha estante
eu tô olhando alguns vídeos de contextualização pra entender melhor enquanto vou lendo! Recomendo o vídeo dessa obra do canal "Parabólica" :))


flavinhou 01/02/2023minha estante
Muuuito obrigado, vou ver esse vídeo :)


tortajulia 02/02/2023minha estante
de nadaaaa! Espero que te ajude também :)




Gabriel Schorr 10/02/2023

Esse livro sempre esteve em minha lista aguardando o dia em que o leria.
Sem dúvida ele representa uma coletânea de ensinamentos para não apenas um "príncipe", mas para todo humano ambicioso e em busca de poder.
Os comentários de Napoleão, além disso, permitem uma segunda grande fonte de ensinamentos e, ao mesmo tempo, de conhecimento sobre a personalidade dessa figura tão importante da história ocidental. Por seus comentários percebe-se seu espírito ambicioso e, ao mesmo tempo, muito seguro de si e prepotente, permitindo ainda avaliar as diferenças de suas linhas de pensamento enquanto cônsul, imperador e exilado.
Indico muito a leitura desse livro, sobretudo com os comentários de Napoleão!
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Rafael1548 09/07/2023

Um Manual
Essa obra demonstra os meios de se consultar e manutenção do poder Estatal. Obra excelente para os estudos de Teoria Geral do Estado.

Basicamente os principados se dividem em 2 Gêneros:

HEREDITÁRIO: linhagem sanguínea.

MISTO: Quando um Estado era anexado à outro por meio de guerras, alianças ou por fortuna e alheios (terceiros o concedem ou o dinheiro lhe traz. Geralmente quando se tem "a sorte" de alguém ser benevolente).

Já a manutenção do Estado ocorre através da vitù (nome dado a expertise de governo) sobre o povo e as forças armadas.

O que chama atenção no governo do povo é que Maquiavel afirma que a fidelidade do povo vem quando o Estado supre alguma necessidade. Dessa forma a necessidade jamais pode ser totalmente erradicada para que a fidelidade se mantenha (parecido com os os PeTralhas fizeram com o Brasil fazendo o povo depender de bolsa esmola).
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Leonardy.Negrini 18/04/2022

Sobre o Estado e o Governo como eles precisam ser
Nicolau Maquiavel, filósofo, historiador, poeta, diplomata e músico de origem florentina, importante figura ligada ao Renascimento, tornou-se uma grande referência por ter se dedicado à escrita sobre o Estado e o governo. Nasceu em 1469 e faleceu no ano de 1527, aos 58 anos.
Interessante salientar que em sua obra "O Príncipe", ele dirige sua obra para a avaliação dos poderes e neste sentido, chega a avaliar o poder da Igreja Católica, utilizando-se das histórias de diversos governantes, para sustentar as suas teses.
Sendo ele um burocrata e um funcionário público, por assim dizer, suas colocações eram tomadas também como sendo fruto de diversas observações e diálogos sobre os processos de governo e dos fundamentos e práticas do Estado, especialmente no seu contato, nos anos de 1502 e 1503, com César Bórgia, filho do papa Alexandre VI.
O livro é bastante rico e merece uma leitura mais pausada e com embasamento filosófico e histórico, mas ali estão e podem ser retiradas frases que, descontextualizadas, parecem sugerir posicionamentos maléficos, por isso o surgimento da palavra "maquiavélico" como referência a um sujeito que não se preocupa com os atos, pérfido, falso.
Literatura recomendada e sem medo, mas não é tão prazerosa quanto se imagina, há outras obras sobre política e Estado bem mais palatáveis.
#lerévida #leitura #nicolaumaquiavel #oprincipe #décimosétimodoano
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Mauricio Gonçalves 17/04/2021

Manual eterno
Livro de leitura muito rápida e objetiva. É realmente um manual político muito bem trabalhado e que aborda diversos assuntos com muita clareza e incontestável retórica.
O livro, do século XVI, descreve os temas de uma forma atemporal, podendo o leitor, com certa facilidade, transpor quase tudo o que é dito para a época atual. Alguns fatos citados, e as próprias "instruções" do manual, são facilmente notados no cenário político recente, fazendo a analogia correta.
É interessante notar, em livros muito antigos, como a sociedade tende a se comportar da mesma maneira. Se enxergar através da modernidade tecnológica, vemos que não evoluímos quase nada como coletivo, cometemos os mesmos erros, temos a mesma opiniao geral e somos manipulados da mesma maneira. Tem uma resenha recente no meu perfil de 'Antígona', escrito há mais de 2000 anos, onde me deparo com o mesmo entendimento.
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Douglas 12/10/2013

O Príncipe
A primeira vez que eu li "O Príncipe", de Maquiavel, eu tinha 15 anos.
Comecei a ler o livro depois de saber que ele era o "livro de cabeceira" do meu político favorito.
O problema é que eu era muito novo e não consegui absorver nada da leitura. Achei a leitura inútil e cansativa.

Voltei a ler com 20 anos. Um pouco mais velho, consegui entender boa parte do texto. Usei, inclusive, alguns dos ensinamentos do livro para "nortear" minha vida profissional. Algumas das minhas decisões profissionais foram baseadas nesses ensinamentos. (Os ensinamentos bons e honestos, obviamente).

Agora, com 28 anos, voltei a ler este livro. Agora, um pouco mais experiente, consegui aprender mais algumas coisas que passaram despercebidas pela minha pouca idade.
Até porque, este livro está longe de ser uma leitura fácil. Você precisa ler um capítulo, parar e refletir sobre o que leu. Que ensinamentos aquele capítulo quer passar.

Uma técnica para aproveitar bem o que está sendo dito: coloque-se no lugar do "príncipe". Leia este livro como se Maquiavel tivesse escrito para você.
Pegue os conselhos e tente "enquadrá-lo" em sua realidade de vida.
Você vai perceber que, do livro, vão sair bons conselhos para você, não só sobre política, mas conselhos sobre administração e porque não, conselhos de vida.

Por isso eu afirmo: "O príncipe", é um livro "riquíssimo" em ensinamentos e extremamente atual, mesmo tendo quase 500 anos de idade, porém é preciso que você leia, interprete e reflita.
Difícil? Sim. Cansativo? Bastante. Mas muito proveitoso.

Um abraço e meu respeito a todos.
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