Eliza 27/10/2015
Um livro existe para um número incontável de coisas; e este, para um número incontável de filmes por assistir, peças para ver, parques para visitar, jogos para testar e mais referências para ler. Já passei por essas experiências de fazer listas, lendo textos abarrotados de referências de cinéfilos ou artigos de colunistas de jornal, mas o mais especial que este livro traz é a lógica na mudança do discurso típico e dominante.
Há mais para uma adaptação do que assumir que o livro é "sempre melhor" do que o filme, ou os quadrinhos omitem parte importante da história ‘original’. Num mundo onde as histórias primeiro se originaram na oralidade, como Walter Bejamin afirma, “Contar histórias sempre foi a arte de contá-las de novo”. Por isso passo do purismo à sensibilidade e reflexão após essa leitura devidamente dialogada com pessoas que a engrandeceram para mim. E sigamos recontando histórias, reassistindo, relendo, recriando, ressignficando-as, pra que não percamos a benjaminiana experiência comunicável de narrar. Lembrando a genial Chimamanda Adichie, “histórias importam”. Recontemo-las.