Dezoito de Escorpião

Dezoito de Escorpião Alexey Dodsworth




Resenhas - Dezoito de escorpião


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Jefferson Nóbrega 10/10/2023

"Não existe magia, apenas ciência desconhecida"
L
Na constelação de Escorpião há uma estrela, 18 Scorpii, também conhecida como HR 6060, uma gêmea do nosso sol e, apesar de essa ser uma resenha sobra uma obra de ficção científica, isso é um fato. É a descoberta dessa estrela que dá vida a história que veremos na obra. Aliás, a mistura do real com o ficcional é parte integrante da história, o próprio autor já alerta e convida nas primeiras páginas:

?...Se eu fosse você, pesquisaria no Google todas as curiosidades aqui contidas? Você descobrirá que a realidade é mais mágica que a mais bizarra das fantasias?.

É com essa mistura, transitando entre a ficção e a ciência que Alexey vai nos brindando com mais uma empolgante história. Nela dois personagens fulguram como protagonistas, os misteriosos Ravi e o jovem Arthur. Ravi é a mente poderosa e Arthur o jovem com curiosidade científica suficiente para contestar o que parece incontestável.

Dezoito de Escorpião é a história de pessoas que possuem uma condição rara de sensibilidade a campos eletromagnéticos o que faz com que desenvolva uma espécie de superpoderes. Em meio a explicações de física, química, astronomia, os personagens vão passando por todos os problemas da sociedade e tratando e capacitismo, racismo, machismo e diversos outros problemas que compõem a sociedade moderna. E a história que parece uma crônica vai ganhando guinadas que te levam ao espaço, planetas diferentes, inteligência artificial e vida alienígena.

Outros personagens profundos e importantes vão surgindo na história, inclusive o famoso serial killer, Dahmer, que foi inserido de uma forma muito interessante e nova na trama.

A obra termina como uma parábola gato de schrödinger onde enquanto as páginas não avançarem o final pode ser dois diferentes.

É complicado falar sobre uma obra tão rica sem spoiler, o que posso adiantar é que vale muito a pena cada página e que Alexy com certeza já é um dos melhores nomes da ficção científica nacional.

Aliás será mesmo ficção? Para o Dr. Ravi: ?Não existe magia, apenas ciência desconhecida?.
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Claudia Cordeiro 08/08/2023

Muito bem escrito, fui até quase a metade, parei pq li resenha com spoiler, não curto ficção científica e já vi o rumo que a história ia tomar. Talvez devesse ter terminado.
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Michele Alberton 03/06/2023

Achei o livro bom. Bem escrito, intrigante, que me fez querer ler mais pra saber o final... Mas mesmo sendo fã de ficção científica, esse aqui não me encantou tanto. Não sei se foi a mistura enorme de elementos ou se li depois de ter concluído "O Esplendor" do mesmo autor, mas o fato é que esse último me encantou muito mais...
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Raphael Santos 14/04/2022

Curioso, mas longo e repetitivo
A história sobre adolescentes e adultos com super poderes que aparecem subitamente foi tentada inúmeras vezes por diversos autores.

O autor busca mudar a nossa visão da história ao todo tempo, com um pouco de pretensão a provar uma tese, finaliza a obra com uma brincadeira e usa do final para falar muito e não dizer nada.

Senti como se fosse preciso ler o outro livro, O Esplendor para entender melhor o universo, o que acho falho e nada interessante.

Acho que quem gosta de ficção científica clássica, pode virar a cara, mas quem está mais aberto as novas interpretações, pode aproveitar mais este livro do autor.
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highbythem00n 13/04/2021

Recomendo demais
Amei a não linearidade temporal, amei a introdução de cada personagem e como tudo foi se encaixando e desabrochando perfeitamente. Ótimos plots tb!
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Carol 24/03/2021

Descobrindo autores brasileiros
Conheço poucos autores nacionais que escrevam ficção científica, então essa foi uma grata surpresa. De leitura fácil, sem capítulos longos, é uma ótima história sobre o futuro, tecnologia e vida em outros planetas. O autor mistura alguns elementos misteriosos que prendem o leitor na narrativa e se utilizou de uma técnica muito inovadora em se tratando do "vilão" da história, fiquei de queixo caído.
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Davenir - Diário de Anarres 29/05/2019

Ficção Científica com propriedade que só os clássicos possuem!
Dezoito de Escorpião de Alexey Dodsworth é um romance de Ficção Científica brasileira, vencedor do prêmio Argos 2015. A obra consegue combinar tanto uma obra de ficção clássica com uma ambientação no Brasil de forma muito sólida.

Na história, acompanhamos vários personagens que invariavelmente sofrem com a sensibilidade eletromagnética alem de seus próprios contextos sociais, sendo os principais: Arthur, Laura, Lionel e Martin. Todos acabam sendo convidados pelo misterioso Dr. Ravi Chandrasehkar para habitar a Vila de Mahipu, um vilarejo indígena onde a organização secreta Areté abriga vários "Eleitos" portadores da sensibilidade para estudos. A história remonta diversos momentos do tempo, dos anos 1920 até 2070, passando pela descoberta de uma estrela gêmea do sol, a 18ª estrela em brilho da constelação de escorpião até pela busca de novas forma de vida inteligente no universo.

O que chama a atenção é a desenvoltura em criar uma ficção científica brasileira em que não se pauta no que acontece nos Estados Unidos, o que é bem vindo pois o complexo de vira-latas torna isso tudo mais inusitado que deveria. Outra qualidade bem vinda são as histórias dos protagonistas antes de se cruzarem, sem muito moralismo contam histórias tristes e pesadas e muito bem trabalhadas. Contudo, a história em si não desenvolve de forma conclusiva e isso se justifica pela continuação que se molda a medida que o livro vai terminando.

Acreditava que o livro terminaria em si, pois estava com planos de terminar as sequencias de obras já lidas e não de iniciar mais outra. Isso vai ter que ficar com o próximo livro, mas este vai ficar na minha mente por um tempo. Recomendo a leitura e muito!

site: http://wilburdcontos.blogspot.com/2019/04/resenha-81-dezoito-de-escorpiao-alexey.html
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davidplmatias 21/10/2018

Ótimo autor nacional, apresenta um futurismo recente abordando paranormalidade, algo menos comum no cenário scifi. O começo do livro é bem característico brasileiro, com cenas pesadas de erotização, pode afugentar os mais sensíveis. O final o autor exagera muito no abstrato, extrapolando o limite da descrença (limite esse que ele mesmo comenta no posfacio do livro). No todo é um livro bom, vai te prender a atenção.
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Paulo 06/10/2018

A boa e velha história sobre adolescentes e adultos com super poderes que aparecem subitamente já foi tentada inúmeras vezes por diversos autores. Mas, como todo e qualquer clichê, não é o tema em si que importa, mas a maneira como o autor se apropria dele para criar algo único. E, mais uma vez, Alexey Dodsworth consegue me encantar com uma história da mais pura ficção científica feita corretamente e instigando o leitor a prosseguir em suas páginas.

Desde o ano passado que eu curti demais O Esplendor, o trabalho de Dodsworth entrou no meu radar. Isso porque já se tornou raro no Brasil autores que se dedicam a escrever esse tipo de gênero. Não apenas isso, mas escrever boas histórias de ficção científica. Alguns podem ficar intimidados diante da escrita bem cientifica do autor que confunde em um primeiro momento. Porém, a minha sugestão é: persista na narrativa. A escrita dele é bem abrangente e explicativa, nem sempre explicando da maneira mais simples, mas sempre expondo de uma maneira elucidativa o que ele pretende realizar na história. Hard Scifi, ou ficção científica dura, é assim: desafia o leitor a queimar um pouco os neurônios para contar uma boa história. Com uma narrativa feita em terceira pessoa, o autor vai e volta na narrativa de forma a nos apresentar todos os ângulos daquilo que está acontecendo. Então é bem comum os flashforwards e flashbacks, onde elementos narrativos são expostos pouco a pouco ao leitor permitindo que ele vá construindo os blocos que compõem a história principal.

Temos três partes distintas e bem delineadas em O Dezoito de Escorpião. Na primeira parte, o autor vai nos apresentando o mundo em que ele vai colocar sua história e os diversos personagens que a compõem. Como alguns capítulos são bem curtinhos, esse primeiro trecho se parece com uma sequência de vignettes, onde as cenas se passam e em como o doutor Ravi é o elemento comum em todas elas. A segunda parte é um pouco mais expositiva onde vemos o lugar onde os Eleitos ficam e como Artur vai se acostumar à sua nova condição. Os capítulos são um pouco mais longos e vários trechos são bem descritivos. Acho que é na segunda parte onde a gente começa a enxergar qual é o objetivo final do autor. Já na terceira parte somos colocados diante de um conflito que os personagens acabam precisando resolver. Temos o surgimento de um "vilão" que nem chega a ser um "vilão" e um encaminhamento para uma resolução dos conflitos.

"Quando um cientista distinto, mas idoso, declara que algo é possível, ele quase certamente tem razão; quando ele afirma que algo é impossível, é bem provável que ele esteja errado."

O Dezoito de Escorpião tem algumas conexões com O Esplendor e é muito bacana para os leitores explorarem os dois trabalhos sem seguir nenhuma ordem em particular. Aliás, não é sequer obrigatório que vocês leiam os dois trabalhos já que eles são auto-contidos em si. Os detalhes de narrativa são bem sutis como os sonhos de Laura, a presença de um Chandrasekhar e a própria ideia de quem é Ravi são explorados em ambos os trabalhos. Isso demonstra o quanto o autor imaginou o seu universo como interligado sem ser algo forçado. Asimov fazia isso em sua série Fundação e em sua série Os Robôs. E ninguém dispôs uma ordem dracônica de leitura.

Podemos falar em dois personagens básicos que comandam temas principais na história: Ravi e Artur. Ravi deseja proteger os seus Eleitos de todas as maneiras possíveis. Seu ideal é o do absoluto controle, imaginando todos os cenários possíveis e tomando todas as medidas para alcançar aquele que será o melhor. Entretanto, sabemos que um ideal de controle absoluto não passa de uma prisão disfarçada de boas intenções. Se perguntarmos aos dirigentes do mundo em 1984, de George Orwell, eles dirão que suas intenções são as melhores. No entanto, a ausência de liberdade está premente ali. Além disso, determinados melhores cenários nem sempre são alcançados através de uma linha reta. Em alguns casos, o caos é um pouco necessário para se chegar a um lugar melhor. E o caos não pode ser previsto. Ele acontece. É como tentar prever um cenário apocalíptico que só aconteceria em 0,00001% dos casos... e ele de repente acontece. Quando Ravi se dá conta de o quanto suas projeções não dariam certo é tarde demais para tentar algo diferente.

Já Artur é um homem curioso por natureza. Como todo bom historiador e sociólogo, ele busca respostas para perguntas que quase sempre levam a buracos na argumentação de pessoas ditas "perfeitas demais". O mundo de Artur fica de cabeça para baixo quando uma tragédia acontece e Ravi aparece com uma solução a seu problema. Mas, a curiosidade de Artur acaba levando-o a questionar o status quo. Vemos que no fundo, Artur é um homem altruísta. E é esse altruísmo que não se encaixa dentro dos dados precisos de Ravi. Para este, os fins justificam os meios empregados. Mesmo que algumas tragédias aconteçam de forma a alcançar um fim melhor. Já Artur não pensa dessa forma. Essa discordância de filosofias vai nos levar até a terceira parte onde as duas mentes entram em conflito.

"A única maneira de descobrir os limites do possível é se aventurar um pouco adiante do impossível."

Esta é apenas a ponta do iceberg de temas presentes em O Dezoito de Escorpião. Eu sequer toquei no sofrimento vivido por Laura, na psicose de Lionel. O livro é riquíssimo em temáticas e daria para realizarmos diversas discussões a respeito dele. A narrativa misturando fatos reais com as pitadas de ficção científica criadas por Dodsworth tornam tudo ainda melhor. Tenho certeza que muitos de vocês vão querer pesquisar algumas das informações repassadas pelo autor. O assassino Dahmer, as informações sobre pesquisas de manipulação da mente entre outras. Achei que o autor foi muito feliz ao realizar essa mescla. Dá um ar de "realismo" e pés no chão a uma história de ficção científica. Como Andy Weir faz em Perdido em Marte. Existe um charme nesse tipo de histórias.

Minha discordância em relação à narrativa é fruto muito mais de uma preferência em relação ao que eu li do que a uma falha. Os trechos de flashback do Lionel eu teria introduzido na segunda parte ao invés de na terceira. Isso porque seria possível criar uma tensão ou uma antecipação quanto ao que Lionel poderia causar naquela comunidade. Já alguns trechos mais expositivos no final da segunda parte poderiam ser deslocados mais para a frente sem causar prejuízo.

Mais um livro lido de Dodsworth, mais um título sensacional. É bom saber que ainda temos boas histórias de ficção científica sendo produzidas no Brasil. Esse é mais um daqueles títulos obrigatórios para quem é verdadeiramente fã do gênero. E já se tornou quase obrigatório para mim ler um título dele todos os anos para que ele possa sempre entrar na minha lista de melhores do ano.

site: www.ficcoeshumanas.com
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Rosi 30/12/2017

Dezoito de escorpião
Um dos melhores livros de ficção científica que li!!!
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Aninha de Tróia 29/12/2017

Gostei. O livro é surpreendente, com um final bem instigante. Com exceção do Artur, gostei de todos os personagens. A carta do autor no final do livro me deixou curiosa para ler o Esplendor, o outro livro do autor.
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El Tiburón 23/07/2016

X-Man + Star Trek Insurrection + Carrie, a Estranha
Adquiri este livro de sci-fi com muita expectativa, todavia, sua leitura foi uma extrema decepção, não cumpriu em nada as recomendações que me deram, incluindo as da presente página no Skoob.

Mas ninguém precisa ler o texto que se segue para entender porque achei este livro muito chato. Basta dizer que o mesmo é uma história “chupinhada” de três outras histórias muito famosas: o grupo de mutantes X-Man da Marvel, Star Trek Insurrection e Carrie, a Estranha.

O livro começa com um personagem chamado Ravi recrutando pessoas com dotes especiais telecinéticos para um programa misterioso, ficando evidente que tal personagem exerce o mesmo papel do Professor Xavier do grupo de mutantes X-Man.

Pelo menos um terço do livro, então, nada mais é do que uma descrição dos “mutantes” recrutados pelo “Professor X”. Nesse ínterim, algumas cenas desconexas vão intercalando a descrição de cada mutante, fatos que são apresentados com diferentes datas, ou seja, se passam em diferentes momentos do tempo. Achei péssima essa abordagem, pois quem presta atenção em datas? Fica-se totalmente perdido no tempo sem entender nada. Tudo bem, pois se espera que no final da história as coisas passem a fazer sentido.

Quando finalmente Ravi termina de recrutar seus “mutantes” e eles enfim se mudam para a “escola do Professor X”, no caso, uma instalação que se acredita ser no meio da floresta amazônica, mas, ao invés da história avançar, recomeça uma nova descrição de cada personagem com mais profundidade e nada acontece. Inclusive, a própria construção das personagens e a relação entre os mesmos é um tanto quanto apelativa, como se o autor quisesse criar uma história para adultos com cenas de sexo e bullying entre sua interminável descrição dos personagens e que pouco ou nada agregam ao que se espera de um livro classificado como ficção-científica. Tão longa que é difícil memorizar, tomando dois terços da obra sem que nada aconteça que não sejam os fatos desconexos embaralhados conforme dissemos. Ainda assim, o leitor que chega até aqui, como eu, prossegue na leitura crente que algo sensacional irá acontecer e finalmente todos os fatos desconexos vão ser costurados no final.

Pra resumir, quando finalmente algo acontece, se descobre que a tal escola de mutantes do professor Xavier não é na Terra, e sim em outro planeta. Foram todos abduzidos e levados para outro mundo sem que soubessem. Ora, essa nada mais é que a mesma ideia de abdução vista no filme “Star Trek: Insurrection”, nesse instante um dos “mutantes” perde o controle e destrói tudo e a todos exatamente como acontece com a personagem Carrie do famoso livro de Stephen King. Além desse final banal e clichê, muitos daqueles fatos desconexos, e até alguns personagens, narrados ao longo da obra ficam assim, sem conexão com o final da trama. Uma decepção.

Realmente, não dá para entender como as pessoas elogiam esse livro como se fosse uma obra prima. Ou até dá, basta um pouco de perspicácia para perceber de onde e de quem partem tais elogios. Talvez seja essa a mensagem subliminar contida nesse livro, que, se de uma estrela bem distante virá uma realidade virtual capaz de nos abduzir sem nos darmos conta, aqui na Terra hoje se abduz o público com dinheiro e publicidade. Pague para dizerem ao povo que algo é bom e ele acreditará.

Uma história bem medíocre que, por isso mesmo, agrada um público bem mediano.
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El Tiburón 23/07/2016

X-Man + Star Trek Insurrection + Carrie, a Estranha
Adquiri este livro de sci-fi com muita expectativa, todavia, sua leitura foi uma extrema decepção, não cumpriu em nada as recomendações que me deram, incluindo as da presente página no Skoob.

Mas ninguém precisa ler o texto que se segue para entender porque achei este livro muito chato. Basta dizer que o mesmo é uma história “chupinhada” de três outras histórias muito famosas: o grupo de mutantes X-Man da Marvel, Star Trek Insurrection e Carrie, a Estranha.

O livro começa com um personagem chamado Ravi recrutando pessoas com dotes especiais telecinéticos para um programa misterioso, ficando evidente que tal personagem exerce o mesmo papel do Professor Xavier do grupo de mutantes X-Man.

Pelo menos um terço do livro, então, nada mais é do que uma descrição dos “mutantes” recrutados pelo “Professor X”. Nesse ínterim, algumas cenas desconexas vão intercalando a descrição de cada mutante, fatos que são apresentados com diferentes datas, ou seja, se passam em diferentes momentos do tempo. Achei péssima essa abordagem, pois quem presta atenção em datas? Fica-se totalmente perdido no tempo sem entender nada. Tudo bem, pois se espera que no final da história as coisas passem a fazer sentido.

Quando finalmente Ravi termina de recrutar seus “mutantes” e eles enfim se mudam para a “escola do Professor X”, no caso, uma instalação que se acredita ser no meio da floresta amazônica, mas, ao invés da história avançar, recomeça uma nova descrição de cada personagem com mais profundidade e nada acontece. Inclusive, a própria construção das personagens e a relação entre os mesmos é um tanto quanto apelativa, como se o autor quisesse criar uma história para adultos com cenas de sexo e bullying entre sua interminável descrição dos personagens e que pouco ou nada agregam ao que se espera de um livro classificado como ficção-científica. Tão longa que é difícil memorizar, tomando dois terços da obra sem que nada aconteça que não sejam os fatos desconexos embaralhados conforme dissemos. Ainda assim, o leitor que chega até aqui, como eu, prossegue na leitura crente que algo sensacional irá acontecer e finalmente todos os fatos desconexos vão ser costurados no final.

Pra resumir, quando finalmente algo acontece, se descobre que a tal escola de mutantes do professor Xavier não é na Terra, e sim em outro planeta. Foram todos abduzidos e levados para outro mundo sem que soubessem. Ora, essa nada mais é que a mesma ideia de abdução vista no filme “Star Trek: Insurrection”, nesse instante um dos “mutantes” perde o controle e destrói tudo e a todos exatamente como acontece com a personagem Carrie do famoso livro de Stephen King. Além desse final banal e clichê, muitos daqueles fatos desconexos, e até alguns personagens, narrados ao longo da obra ficam assim, sem conexão com o final da trama. Uma decepção.

Realmente, não dá para entender como as pessoas elogiam esse livro como se fosse uma obra prima. Ou até dá, basta um pouco de perspicácia para perceber de onde e de quem partem tais elogios. Talvez seja essa a mensagem subliminar contida nesse livro, que, se de uma estrela bem distante virá uma realidade virtual capaz de nos abduzir sem nos darmos conta, aqui na Terra hoje se abduz o público com dinheiro e publicidade. Pague para dizerem ao povo que algo é bom e ele acreditará.

Uma história bem medíocre que, por isso mesmo, agrada um público bem mediano.
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Ana Paula 11/07/2016

Exercicio de realidade
Não sou nenhuma NERD, ao contrário da recomendação da leitura... por outro lado, me considero uma leitora bastante eclética, várias coisas me interessam.... (assim, não foi diferente quando me deparei com a sinopse deste livro- Dezoito de Escorpião.

A curiosidade foi imediatamente despertada por uma das minhas paixões, a astrologia, e me fez querer saber mais sobre o assunto...O que era? O que afinal havia nesta tal estrela da constelação de escorpião tão parecida com o nosso SOL....*(fato que desconhecia). Aprendi muitas coisas novas, me deparei com situações importantes sobre o comportamento humano e o livre-arbitrio (relativo), reforcei a certeza de quanto somos interligados nesse universo sem fim. E apenas por desconhecermos (ainda) , não significa que não exista. A vida tem um valor e significado muito maiores do que ainda somos capazes de compreender. Ao longo da leitura, surgiram coisas novas, outras nem tanto, mas tudo muito bem embasado e cheio de informações precisas, convincentes e “reais” naquele contexto.

O que eu não esperava, e isso sim me surpreendeu sobremaneira, era me deparar com um texto redondo, bem escrito, extremanente cuidadoso nos detalhes enriquecendo o conteúdo a cada linha, a cada palavra escolhida com maestria para a situação. Gerando uma sensação agradável, uma completude, durante a leitura.

Definitivamente é um grande prazer ler Alexey!!!

Os acontecimentos do livro a cada novo capitulo, situam o leitor no tempo/espaço. A história se passa em tempos diferentes, dão saltos e retrocessos, visando alimentar o leitor com informações pertinentes para a correta compreensão e avaliação da história - mas afinal de contas, como bem sabemos, o tempo é uma convenção e nem mesmo é linear...
Como podemos dizer que não é tudo ao mesmo tempo?

“Na verdade as realidades coexistem....e às vezes até colidem.”

Uma coisa é certa: o nosso poder criativo é infinito. Estamos em construção e constante evolução...A história deixou um gostinho de “quero mais”...merece uma continuação.
Um livro onde a imaginação é ampliada e somos convidados a VOAR rumo a novas possibilidades!

Sem duvida nenhuma, super recomendo!

Boa leitura!
Bjs ANA PAULA



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