A obra de arte na época de sua reprodutibilidade técnica

A obra de arte na época de sua reprodutibilidade técnica Walter Benjamin




Resenhas - A obra de arte na época de sua reprodutibilidade técnica


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Fabio Shiva 24/06/2023

A arte sem aura da linha de montagem na apoteose da Inteligência Artificial
Há muitos anos que eu queria ler esse pequeno grande livro, verdadeiro divisor de águas da filosofia contemporânea. Ao encontrar um exemplar no Cantinho dos Livros (espaço para doação e troca de livros no Mercado Municipal de Itapuã), fiquei tão empolgado que dali a dez minutos já estava lendo! E logo no início já fui surpreendido por essa incrível profecia de Paul Valéry:

“Tal como a água, o gás e a corrente elétrica vêm de longe para as nossas casas, atender às nossas necessidades por meio de um esforço quase nulo, assim seremos alimentados de imagens visuais e auditivas, passíveis de surgir e desaparecer ao menor gesto, quase que a um sinal.”

Considerando que essa citação data de 1936 (mesmo ano em que o ensaio de Walter Benjamin foi publicado pela primeira vez), é de fato assombroso que Valéry tenha conseguido vislumbrar com tanta antecedência nossa atual realidade de instagrams e tik toks...

E isso é apenas um detalhe a mais para abrilhantar esse ensaio de Walter Benjamin, no qual ele formula uma interessante (e até hoje relevante) teoria a respeito da arte, considerando o contexto da sociedade tecnológica que possibilita fabricar reproduções em série de uma obra de arte:

“Na época das técnicas de reprodução, o que é atingido na obra de arte é sua aura.”

Crucial para essa teoria é o conceito de “aura”, que é assim definido por Benjamin:

“A única aparição de uma realidade longínqua, por mais próxima que ela esteja.”

O que nos leva ao termo hic et nunc [aqui e agora], igualmente importante na teoria desenvolvida por Benjamin:

“À mais perfeita reprodução falta sempre algo: o hic et nunc da obra de arte, a unidade de sua presença no próprio local onde se encontra.”

Dizendo isso em termos mais simples, vamos considerar a célebre pintura da “Mona Lisa”, de Leonardo da Vinci. A obra original é uma pintura a óleo de 1503, concebida e executada com extrema habilidade. Justamente por conta de sua fama, contudo, a figura da Mona Lisa já passou por incontáveis reproduções, releituras etc. Na época em que da Vinci pintou sua obra-prima, a única maneira de ver a Mona Lisa seria ir até onde o quadro estava. Hoje, você pode ter uma camiseta ou uma caneca estampada com a Mona Lisa, para não mencionar a infinidade de imagens disponíveis na Internet. Isso tudo acaba gerando um esvaziamento da “aura” da Mona Lisa.

Vamos pensar em outro exemplo, mais próximo de minha própria vivência. Se você vivesse na Idade Média, a única maneira de ouvir música seria ir até onde ela estivesse sendo tocada naquele momento (muito provavelmente em uma igreja). Contudo a partir da invenção do fonógrafo por Thomas Edison, em 1877, tornou-se possível ouvir qualquer música gravada no conforto de sua casa. O interessante é que a tecnologia que possibilita a reprodução das obras de arte não para de evoluir: do fonógrafo passamos para o vinil, deste para o CD e daí para a música que dispensa um meio material de reprodução, disponível na Internet. No decorrer de minha curta vida humana, vivenciei uma intensa perda da “aura” da música em nossa sociedade. Durante minha adolescência, os amigos se reuniam para ouvir juntos LPs raros, que eram compartilhados como verdadeiros tesouros. Hoje toda a música produzida pela humanidade está disponível a um clique no Google ou no YouTube, mas, paradoxalmente, o entusiasmo em ouvir música parece diminuir mais a cada dia.

É como se algo essencial a respeito da arte estivesse faltando. Isso foi diagnosticado lá atrás por Walter Benjamin:

“Desde que o critério de autenticidade não é mais aplicável à produção artística, toda a função da arte fica subvertida.”

Uma das partes mais fascinantes desse livro é a reconstituição histórica da função da arte na sociedade, desde os tempos da caverna até a modernidade – e além:

“Sabe-se que as obras de arte mais antigas nasceram a serviço de um ritual, primeiro mágico, depois religioso. Então, trata-se de um fato de importância decisiva a perda necessária de sua aura, quando, na obra de arte, não resta mais nenhum vestígio de sua função ritualística.”

“A produção artística inicia-se mediante imagens que servem ao culto. Pode-se admitir que a própria presença dessas imagens tem mais importância do que o fato de serem vistas. O alce que o homem figura sobre as paredes de uma gruta, na idade da pedra, consiste num instrumento mágico.”

“Na medida em que as obras de arte se emancipam do seu uso ritual, as ocasiões de serem expostas tornam-se mais numerosas.”

“Com a fotografia, o valor de exibição começa a empurrar o valor de culto – em todos os sentidos – para o segundo plano.”

“A massa é matriz de onde emana, no momento atual, todo um conjunto de atitudes novas com relação à arte. A quantidade tornou-se qualidade.”

“Sempre foi uma das tarefas essenciais da arte a de suscitar determinada indagação num tempo ainda não maduro para que se recebesse plena resposta.”

“Segundo André Breton, a obra de arte só tem valor na medida em que agita os reflexos do futuro.”

O futuro da arte, hoje, nos parece chegar através do cérebro positrônico de uma Inteligência Artificial. É possível existir aura em uma obra de arte criada por um ser desprovido de alma? Veremos muito em breve.

Quase no final do livro, temos um contraponto à precisa profecia de Paul Valéry, que aparece na forma dessa dura e equivocada crítica de Georges Duhamel ao cinema:

“Trata-se de uma diversão de párias, um passatempo para analfabetos, de pessoas miseráveis, aturdidas por seu trabalho e suas preocupações... um espetáculo que não requer nenhum esforço, que não pressupõe nenhuma implicação de ideias, não levanta nenhuma indagação, que não aborda seriamente qualquer problema, não ilumina paixão alguma, não desperta nenhuma luz no fundo dos corações, que não excita qualquer esperança a não ser aquela, ridícula de, um dia, virar star em Los Angeles.”

O cinema acabou se revelando capaz de ir bem mais longe que o previsto por Duhamel. Chega a ser reconfortante, em meio a tantas previsões tão sombrias e tão precisas, ver que alguma coisa de imprevisto ainda nos reserva o porvir.

https://comunidaderesenhasliterarias.blogspot.com/2023/06/a-arte-sem-aura-da-linha-de-montagem-na.html


site: https://www.instagram.com/prosaepoesiadefabioshiva/
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fellipe! 06/05/2012

:)
Como o autor parece exaltar, parece que a aceitação da fotografia como meio artístico é mais difícil do que a indiferença que a mesma poderia ter da arte por causa das mudanças que provoca nela: o fato é que, com esses novos meios de reprodução, que se permitem atingir um tanto maior de público, a arte parecia estar passando por uma passagem e, embora fosse algo deveras revolucionário, a novidade acabou por criar um impasse com conceitos tradicionais e, até então, inabaláveis. Em palavras do próprio autor: “ Nem a matéria, nem o espaço, nem o tempo, ainda são [...] o que eles sempre foram”. O que acontece é que essa evolução que se passa, acaba por mudar tanto os modos de reprodução, como o de se enxergar a arte, fazendo com que nossas noções tradicionais acabem por serem abaladas.
Desde sempre, as obras foram reprodutíveis, artistas antigos reproduziam obras de seus mestres, e até havia os falsários que as copiavam para extrair certo proveito... Já as técnicas de reprodução são um fenômeno mais recente, tendo uma evolução até veloz, só que intercalada por alguns momentos de pouca espera: Os gregos já utilizavam técnicas como fundição ou cunhagem, reproduziam moedas, por exemplo. Teve o advento da xilogravura e mais posteriormente a litogravura, que se mostrou um enorme progresso devido à fidelidade na impressão. Foi a partir dessa técnica que os artistas puderam se entregar ao comércio das reproduções em série; só que, passado algumas dezenas de anos, a fiel técnica “parceira da imprensa” acaba por ser substituída por uma outra técnica mais eficaz na captação: a fotografia. Com o advento desta a mão encontrou-se demitida de tal fardo, já que foi substituída pelo olho fixo sobre a objetiva. Não quero dizer, no caso, que a fotografia é superior que a pintura como forma de reproduzir a realidade, não estou querendo sugerir isso. Só estou afirmando que a primeira é mais eficaz em captar eventos momentâneos, o que vem bem a calhar em imagens que queiram ter um caráter social, informativo às massas.
Outro fato a se questionar é a respeito do valor de uma reprodução, tanto manual como técnica. A primeira terá caráter de falsificação, a segunda tem como vantagem – em certos casos- ressaltar aspectos da imagem que escapam o olho ou ainda observar a obra de ângulos a qual não poderíamos, graças a métodos como ampliação ou desaceleração, ignoradas pela visão natural. Porém, há algo de místico numa obra original que se perde em sua reprodução: a aura. Essa noção de “aqui e agora” da obra de arte se perde na reprodução, foge-se de sua autenticidade, que comumente está ligada à sua própria história. Vou aproveitar para transcrever o conceito de aura por parte do próprio autor, muito eficaz por sinal: “ Poder-se-ia defini-la como a única aparição de uma realidade longínqua, por mais próximo que esteja.”
Dá para perceber que a sociedade atual quer tudo próximo, mesmo que para isso tenham que ignorar fatos através da própria reprodutibilidade: tais quais as relações de culto da obra. Há de se lembrar que as primeiras obras de artes surgiram por base de um ritual- e isso fica mais que claro vendo as cavernas de Lascaux, por exemplo – nasceram por base de uma espécie de culto e adoração a ídolos. Era de se perceber que tais obras nunca se distanciavam de um caráter religioso, esses elementos teológicos eram parte essencial para a criação e apreciação; já a arte do modo que se encontra, com esses novos meios de reprodução, acabam por emancipar-se de sua existência feita para rituais, e acaba por adquirir um caráter social nisso tudo.
O autor, em seguida, cria duas definições que resumem a arte atualmente: a arte de culto e de exposição. Um bom exemplo para exprimir os conceitos dessas definições seria no que diz respeito à crise da arte, com base na antagonia da pintura com a fotografia. Na primeira, o autor tinha uma visão autoral grande e apresentava sua obra para um determinado grupo, quase restrito, criando algo próprio e seguido por cultuadores; já o segundo cria com a idéia de um vasto público- e isso também vale para o cinema- o que convém pensar de um modo mais expositivo, já que com o alargamento do público atual, até pintores acabam por mudar sua concepção, acabando por criar algo que envolvam ingênua exposição e deveras distração. A perca do hic et nunc* por parte do cinema se dá pelo fato da performance ser absorvida por um mecanismo e não pelo público, fazendo com que o autor defina o ator cinematográfico como uma espécie de “artista exilado”, excluindo, assim, sua aura. Essa transmutação de valores é o que marca essa mudança quase definitiva das noções artísticas. Se nem a vida comum é indissociável aos conceitos tecnológicos atuais, como a arte poderia? Perdeu-se aquela noção de entidade física única, já que podemos acessar uma cópia fiel sua a qualquer momento pelos atuais métodos de comunicação em massa.
No final de toda essa reflexão que nos atentamos sobre o que realmente melhorou ou piorou nessa evolução a qual a arte passou, Walter Benjamin tenta elucidar a questão com perspectivas muito coerentes, e há de enxergá-lo em seu contexto histórico também, já que a sociedade estava passando por mudanças não só artísticas, mas de transformações também políticas e econômicas. Mostrando a arte em meio a transformações visionárias por parte de Marx, a respeito de um capitalismo ainda embrionário e onde, refugiado em Paris, o mesmo vivia a repressão causada pela perseguição do regime nazista; o autor, assim, se mostrou à altura das necessidades intelectuais de sua época, registrando um ensaio lúcido e esclarecedor.
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Maree 23/03/2023

Faculdade
Mais um livro lido, a pedido de professor na faculdade? achei meio difícil de ler mas eu gostei, achei muito importante a história é a importância de uma Aura, que cinema e fotografia estava sendo discutido se poderia ser considerado como arte? muito bom
Filippe 23/03/2023minha estante
Faculdade de que?


Maree 23/03/2023minha estante
Publicidade e propaganda




Samael 12/05/2021

Walter Benjamin é genial. Estou estudando ele para um trabalho da faculdade, talvez eu escreva algo mais aprofundado sobre ele
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osaif 04/03/2024

Complexo
Leitura extremamente, extremamente dificil. Empaquei em muitos momentos e devo admitir que não compreendi nem 60% do livro.
Ainda assim, Walter Benjamin traz questões muito importantes e é possível compreendê-las sem seguir 100% da sua linha de raciocínio.
É um livro muito rico, e que definitivamnte não serve para ser lido apenas uma vez.
Li, irei buscar orientação, interpretações e afins, e pretendo ler novamente!
Recomendo! Leitura marxista sempre vale a pena dar uma olhada ;)
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Luciano 24/08/2021

Um novo modo de se pensar arte
Eu nunca tinha lido um livro sobre arte tirando os didáticos da escola (que apesar de apresentarem não ensinam nada sobre arte), então tudo foi muito novo e achei interessante descobrir alguns conceitos novos mas isso é o de menos.
O livro se propõe a introduzir na teoria da arte conceitos que ?se diferenciam-se dos demais concorrentes por serem completamente inutilizáveis para os fins do fascismo. Como um bom frankfurtiano, durante suas análises sobre a reprodutibilidade artística ele alerta o perigo contingente que já existia em sua época e hoje podemos ver com clareza: ?O comportamento mais reacionário - diante de um Picasso, por exemplo - torna-se altamente progressista na face de um Chaplin?. A alienação que somos submetidos quando ?forçados? industrialmente um produto, ainda mais um completamente montável e reprodutivo (como o do cinema). O problema da aparelhagem como fonte única de forma de expressão encontra na representação ?uma aplicação altamente produtiva para a autoalienação do ser humano? e acaba tornando oq já tinha um fortíssima capacidade de construção de ideologia na forma de arte mais pervertida, como já diria Zizek.
No começo estava sendo contrário ao livro pois falava muito contrário ao cinema sem considerá-lo historicamente posicionado, porém acabou tomando consciência dessa posição histórica que existe nessa questão e se redimiu com grandeza, me fazendo entender de forma tardia aquilo que já tinha sido dito. Livro essencial parar se pensar arte não somente enquanto forma de expressão mas também enquanto modo de produção, considerar arte como qualquer coisa e nunca duvidarmos de preceitos que parecem tão óbvios é a pior coisa que poderia acontecer, afinal, como já diria Adorno (apesar de que vou alterar um pouco o foco da frase para ficar bonita a conclusão) ?Normalidade significa morte?
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Refugios das Letras 14/07/2020

De tempos em tempos as mudanças de paradigmas exigem dos pensadores uma ressignificação dos conceitos. Talvez o maior alvo desse fenômeno seja a arte, assim como as transformações políticas do início do século XX. Esse ensaio aborda os dois, e por isso se mantém relevante até hoje, apesar de seu escopo já ser, quase cem anos depois da publicação, muito superado.

O tema principal, após uma breve introdução em marxismo e história da arte, é a disseminação das então novas artes reprodutíveis pelas massas, como o cinema, em especial pelos movimentos fascistas. Diversos exemplos de como a coletivização da arte pode ser um instrumento de controle são apresentados e, na parte final, explica-se como a politização da arte é o contra-ataque ideal para o comunismo. Nada muito profundo, mas certamente serviu de base para outros estudos posteriores.

Reconheço que tenho uma grande dificuldade, dada minha posição no futuro, de aceitar o conceito de originalidade do autor, e fico mais perplexo ainda de saber que pessoas ainda se prendem a tal noção. A obra foi escrita ainda na fase larval da sétima arte, e simplesmente não teria como captar todos os desdobramentos e evoluções que hoje em dia consideramos banais e que em muitos pontos contradizem o que está escrito. Isso para não falar nas evoluções das obras que se encaixam no conceito de "originais" e que, em um olhar mais atento ao presente, estaria em um limbo da definição. O mesmo se aplica na parte política, e quem quiser utilizar essa obra para "conhecer o passado para não repeti-lo" vai estar na verdade preso em uma visão muito limitada frente aos desafios atuais.




site: https://refugiosdasletras.blogspot.com/2020/07/a-obra-de-arte-na-epoca-da.html
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graziiffraga 17/10/2021

Abre mentes
Muita gente reflete sobre a arte como algo mutável de acordo com o tempo que se passa e as tecnologias que vão surgindo. Mas esse texto explodiu minha cabeça, principalmente a parte dos valores de culto e expositivos, em que ele também explica e compara os modos de fazer arte.
Clássica leitura pra quem se interessa pela área da arte ou da comunicação
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TalesVR 16/07/2019

Curto e denso
Esse primeiro ensaio de Walter Benjamin é bem curto mas profundamente denso em suas palavras.Situado em um contexto de ''nascimento'' do cinema, Benjamin questiona o papel e função da arte durante o pré-guerra.De fato não somos mais como os gregos, nossas obras de arte são passageiras, enquanto as deles eram eternas, e essa constante necessidade de produzir arte (reprodutibilidade técnica) retira dela a sua aura e magia. Na Pré-História o homem das cavernas desenhava o alce nas paredes e aquilo possuía uma aura mágica; os filmes não possuem essa aura, os atores de cinema não possuem essa aura; eis a reprodutibilidade técnica.

O homem entrou num processo de auto-alienação a partir da arte, se essa for feita por fazer (dadaísmo), ao qual Benjamin responde que é preciso politizar a arte para atingir fins específicos.

Destaque para o bruto discurso apresentado por algum italiano fascista no capítulo sobre a guerra. Sugiro também o documentário ''A Arquitetura da Destruição'', um estudo da estética da guerra nazista, que Benjamin já havia alertado aqui como aconteceria.
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Curumin 22/09/2021

É um livro super importante. Não é dificil de ler. Não se assuste que será um livro impossível de compreender. Pelo contrário. Obviamente nao é uma leitura que se faz como se lê o romance. Precisa de dedicação, lapidação, mas vai fazer total sentido. Porque a reflexão que esta neste ensaio é tão atual ainda. É a maneira como vivemos a arte atualmente e como ja fomos ensinados. É meio opaco pra gente. Então se lembra daquele meme das luzes invadindo o cerebro haha.

Vale a leitura.
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Camila.Grilli 10/01/2022

Ótimo
É muito bom, adoro as teorias do Benjamin. Estudei apenas superficialmente na escola e estou lendo para a faculdade. Concordo demais com tudo o que o autor fala, acho particularmente interessante a questão da massificação da arte após a modernidade.
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yas 03/04/2022

Livro de suma importância para entender as diversas facetas que a arte tomou em nossa sociedade, bem como ter um olhar crítico da mudança de seus propósitos, motivos de existir. De fácil leitura, apresentando argumentos inteligentes para refletir como nós consumimos e enxergamos a arte.
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Filino 06/01/2023

Olhar crítico sobre as artes - e principalmente o cinema
Benjamin escreveu um texto precioso sobre a nova configuração (e consequências) da arte com o advento de duas realidades que provocaram enorme impacto sobretudo na virada do século XIX para o XX: a fotografia e o cinema. Este último merece detida atenção do autor, que não deixa de elencar as particularidades que cercam a sétima arte: o ator desempenha seu papel diante de uma aparelhagem e de modo fragmentário (diferentemente do que ocorre com o ator de teatro); o filme é uma obra "em aberto". E não deixa de mencionar as possibilidades políticas que isso comporta, relacionando-o às massas. Mas também não deixa de evocar de que modo o fascismo pode tomar conta disso. Esses elementos e muito mais compõem esse valioso escrito.

A edição traz, pela primeira vez em língua portuguesa, as várias versões desse texto. Ainda estão presentes diversas notas e escritos de Benjamin a ele relacionadas, bem como uma missiva de Adorno, tratando da obra. Para os estudos benjaminianos e os que se interessam em arte, é um escrito indispensável.
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isab0l@da 21/04/2024

Talvez seja prepotente da minha parte dizer que eu esperava mais. Benjamin traz diversas reflexões importantes sobre a relação do fascismo com a arte e sobre o cinema enquanto arte. Senti falta de um aprofundamento, talvez porque esteja acostumada com textos filosóficos bastante profundos como os da Butler. Mas o texto não deixa de ter seu valor. Talvez a leitura de outros textos para apoio auxiliem na compreensão mais aprofundada.
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