Paula 30/11/2020Seria um livro muito melhor sem o ThomasOk, agradável, leve, dá pro gasto, mas.... Sejamos realistas: quem quer ler sobre casal apaixonadinho trocando carinho e juras de amor procura qualquer estilo de livro, menos sagas distópicas, né! A presença do Thomas atrapalha mais que agrega ao livro. A Cia, por si só, é uma personagem interessante. É uma adolescente de 16 anos que não sabe o que quer da vida, apenas sabe que quer ir para a Universidade, mas por viver em uma sociedade opressora, ela não sabe do que terá que abrir mão para conquistar seu objetivo.
É fácil gostar da Cia, que, por si só, seria muito mais interessante no livro se não se envolvesse em um relacionamento amoroso e não passasse a agir de forma passional, contrariando a única dica recebida: "não confiar em ninguém". Há momentos de desconfiança, mas, no geral, Cia fica cega por esse amor totalmente fora de propósito.
Diferente de outras sagas, como Jogos Vorazes e Divergente, nesse primeiro volume ainda não somos apresentados, de verdade, aos motivos que levaram aqueles governantes a fazerem aquilo. Há momentos onde o lado vilanesco torna-se evidente, mas ainda assim Thomas faz Cia se questionar disso ao longo da prova da travessia - e ela, trouxa, cai na dele, apesar de ser mais realista.
É um livro gostosinho de ler, mas apenas isso. Devo ler os seguintes porque tenho o box, mas não fiquei ansiosa aguardando por mais.