O Deserto dos Tártaros

O Deserto dos Tártaros Dino Buzzati




Resenhas - O Deserto dos Tártaros


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Yvan 23/04/2024

Demorei
A mensagem é bem reflexiva, tempo, como lidar com ele na vida, como dominar o que nos rege? A gente pensa que tem domínio mas somos o dominado .

Demorei para concluir, a leitura não fluiu mas fiz questão de terminar pois a mensagem passada é singular.
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andrids 22/04/2024

Não sei se peguei muito bem a essência do livro, talvez pela distância que sentia do personagem, sem carisma. mas no geral é fácil se colocar nesse ligar impassível e criar analogias. foi como ver um filme de duas horas e meia com praticamente nenhuma fala, todos os cenários falam por si só.
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Pedro HB de Melo 22/04/2024

Tempo vou te fazer um pedido
Quando a gente compra novas coisas e tem pena de utilizar;
Quando a gente tem a melhor roupa e só usa pra lugares especiais;
Quando temos um conjunto de pratos e talhares que só usamos para os dias especiais;

Esperar acontecer é ao mesmo tempo perder.
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@tayrequiao 18/04/2024

A ilusão do tempo.
No compasso etéreo das horas, o tempo dança sua dança silenciosa, tecendo os fios invisíveis que entrelaçam as nossas vidas.

Nascer, crescer, amar, gerar, trabalhar?. Enquanto a vida se desenrola, o tempo trabalha como um ilusionista cruel, que nos embriaga com a ilusão de sua lentidão enquanto secretamente nos conduz a um rápido desfecho.

E ao contemplarmos a finitude, o tempo, tecelão habilidoso, ?um dos deuses mais lindos?, entrelaça o passado, o presente e o futuro para nos questionar: o que fizemos da vida? Com o que consumimos os nossos dias? ??Na história contada por Buzzati, Drogo, um jovem tenente destinado a um posto no afastado forte Bastiani, consome o seu tempo com a espera pelo destino heróico e pelos dias extraordinários que estão por vir. O forte Bastiani, aqui, nada mais que uma metáfora brilhantemente construída pelo autor para representar a zona de conforto que nos aprisiona.

Na vida real, ficamos nós - assim como Drogo que aguardava a chegada dos tártaros para dar significado a sua vida - esperando por eventos significativos que nos complete, projetando esperanças e sonhos em um futuro incerto.

Consumidos por uma rotina vazia, ansiamos pela sexta-feira que chegará para nos libertar. Pela oportunidade perfeita, que transformará a nossa vida. Pelo trabalho novo, que nos fará feliz. Pela viagem programada, que trará finalmente um alívio.

Enquanto isso, ?o tempo não para?, segue tomando posse dos nossos dias, todos eles desperdiçados na espera interminável de um propósito que não se concretiza.

Se você ainda é jovem, talvez as questões levantadas por Buzzati não lhe provoquem grandes reflexões. Mas, se você é uma jovem-senhora 30+, eu indico fortemente que você leia esse livro e que se prepare para repensar toda a sua vida após a leitura.

[ Um pouco além? ]

Como estamos falando sobre o tempo, a brevidade da vida e a inevitabilidade do seu fim, foi impossível não lembrar da obra ?The Voyage of Life?, do Thomas Cole (1842).

Cole criou 04 obras MARAVILHOSAS pra retratar justamente a passagem da vida. Deixei no Instagram (@tayrequiao), vídeos curtinhos explicando cada uma delas. Vale a pena conferir!
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Guilherme 14/04/2024

Razoável
O livro conta a história de um oficial que foi destacado para um forte isolado, ficando a vida toda na espera do combate que justificaria a existência não só do forte mas talvez a sua própria. Eu consigo entender a intenção do autor, e até a mensagem por trás, mas a história é enfadonha. Vale a leitura, porque sempre posso ter lido o livro do jeito errado.
Yvan 23/04/2024minha estante
Tenho opinião parecida




Daniel.Sousa 02/04/2024

A despeito de fortes e desertos.
Uma vida de espera ou a espera pela vida? Em "o deserto dos tártaros" vemos o início, meio e fim da carreira militar de Giovani Drogo. Compartilhamos com o protagonista as expectativas do início em um imponente forte aguardando um inimigo que vem como uma mancha no horizonte e que talvez leve a vida inteira para chegar.

Confesso que abandonei o livro no caminho algumas vezes, a narrativa não me prendeu em todo o tempo porém o terço final do livro suscita muitas reflexões sobre escolhas e suas consequências.

No livro, assim como na vida, em certo ponto percebemos que o inimigo esperado continua como uma mancha disforme e imprecisa no horizonte desértico enquanto batalhas homéricas são travadas no íntimo... uma vida de batalhas interiores, onde as espadas perdem sua serventia e não é necessário dar sequer um tiro.
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Rayssa 31/03/2024

Tenho uma visão diferente
Eu li este livro por todos os comentários positivos e após a apresentação dele, pela edição de bolso, tive a impressão que enfrentaria um livro sobre QUASES.

Mas não foi a impressão que eu tive.

Acredito que esta é uma história sobre a vida. Na vida a gente as vezes é jogado em oportunidades ou na falta delas.

É muita hipocrisia dizer que para você ser milionário sem trabalhar basta querer.

A gente também faz trabalhos maçantes, os quais, de tão iguais, não vamos lembrar cada dia com detalhes.

E é isso.

Nem todo mundo quer e/ou vai conseguir uma profissão legal como TIKTOKER. Vai ter uma pessoa que vai ficar na recepção, outra que vai carimbar coisas ou fazer peças jurídicas. Outras vão ser militares em funções chatas.

A sociedade, nos moldes que temos, funciona assim: com distribuição de tarefas.

O Drogo escolheu e sentiu prazer na vida que levou. Ele até tentou sair para se forçar a se acostumar com o padrão de felicidade e quando não conseguiu não tentou mais. Claro que a escolha teve seus ônus, como toda escolha.

No fim ele deixou uma lição que é, na minha opinião, NÃO sobre QUASES e sim sobre inevitabilidade: a vida vai passar, correr, acontecer e acabar, não importa quão honrado você seja ou quão legal sua profissão é.

Todo mundo, por mais pleno que se sinta vai sentir o peso da idade e da morte.

O fim de ninguém vai ser bom, mas ele estava em paz.

Como eu disse, é um livro sobre a vida que a gente tem e que a gente pode ter. Sobre como a VIDA NOS ATROPELA, nos surpreende e vai nos matar no final.
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@isabellajanis 24/03/2024

Lento como a própria vida do autor, porém reflexivo
?Tudo se esvai, os homens, as estações, as nuvens; e não adianta agarrar-se às pedras, resistir no topo de algum escolho, os dedos cansados se abrem, os braços se afrouxam, inertes, acaba-se arrastado pelo rio, que parece lento, mas não para nunca.?

Não foi uma leitura rápida, fluída e simples. Exigiu paciência, tempo e persistência. Contudo, isso não quer dizer que não tenha valido a pena.

É uma história de ficção qualquer, este livro faz você refletir sobre a sua vida, sobre o seu tempo e suas escolhas. Faz você se questionar sobre os lugares que ocupa na sociedade e sobre a sua inércia.
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Rickson.Ramos 19/03/2024

Gigi
Giovanni Drogo ? após anos de abdicação e estudo ? finalmente alcança o cargo de seus sonhos: o de oficial, e irá assumir seu posto em um forte que resguarda a fronteira de seu país, o que o promete benesses e vantagens em sua promissora carreira militar.

O primeiro choque veio quando Drogo pela primeira vez vê o forte, este parece mais velho e menos imponente do que imaginava, seu equipamento mais puído e antiquado e seus funcionários banais, divididos entre os que se contentaram com suas atividades meramente burocráticas e os que tentavam imprimir nos atos rotineiros maior gravidade e importância. Porém, entremeado a isso tudo havia algo maior, que se sobrepunha às relações e operava como força motriz do mecanismo do forte: A sempre iminente invasão dos tártaros.

As expectativas do protagonista constantemente são frustradas e substituídas por novas, as quais receberão o mesmo destino. Drogo não foi capaz de sentir a felicidade esperada quando nomeado oficial; o forte não tinha a importância que achou que teria; não conquistou prestígio, dinheiro nem belas mulheres. Sua vida foi desperdiçada, seus prazeres e vontades negligenciados em prol de um futuro idealizado e incerto.

O forte e as pessoas que o habitam são materializações desse estado de espírito. Os personagens fazem esforços hercúleos para que suas vidas e, principalmente, seu trabalho tenham algum significado além do de patrulhar uma fronteira inutilizada e irrelevante aguardando a suposta invasão do Norte. Há sempre um porvir grandioso que dará significado a tanta renúncia e trabalho alienado. Com esse fim, lançam mão de ideologias deturpadas e de um código da guarda extremamente rigoroso.

Há um enaltecimento da antítese do memento mori: Drogo se recusa a ?lembrar do momento de sua morte?, não é capaz de viver o presente em sua completude. Vive no ciclo vicioso do desconforto da espera e tédio da conquista.

Os anos passam, e com eles a juventude e suas promessas. Drogo se vê completamente desconectado de suas antigas relações com amigos, familiares e amores, os quais cresceram em prestígio e tomaram rumos completamente distintos dos seus. Os tártaros não vieram. Apesar disso tudo, é incapaz de abandonar o serviço do forte. Sente como se os dias gloriosos ainda estivessem por vir, afinal, foram vistas no deserto dos tártaros luzes suspeitas.

Não foi uma leitura tão prazerosa, e em muitos momentos se mostrou repetitiva e maçante, mas sua reflexão conversou bastante comigo, o que sustentou grande parte da obra para mim.

Afinal, estamos de fato vivendo ou apenas aguardando a ?invasão dos tártaros??
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Rodolfo Mondoni 14/03/2024

Esperando Godot e O Processo
Um livro lento, monótono, mas ainda assim excelente. E esse ritmo da escrita com muitos detalhes combina com o lugar, onde os dias se arrastam, onde há pouca coisa para se fazer, a não ser esperar um inimigo que nunca chega. Essa espera me lembrou da peça de Becket, Esperando Godot.
E nesse forte isolado e silencioso, parado no tempo, há regras e burocracias que me lembraram O Processo do Kafka. Depois li que o autor foi mesmo influenciado pelo escritor alemão e seu surrealismo. Se você gosta de livro rápido, com muita emoção, esse não é um livro para você.
Mas eu amei essa lentidão, quando eu li me sentia desacelerando, contemplando a beleza perpétua das montanhas e o vazio do deserto.
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Ricardo 12/03/2024

O deserto dos tártaros, Dino Buzzati
Um livro sobre o que fazemos com o nosso tempo, sobre as expectativas que criamos, os acontecimentos grandiosos que esperamos.

Nos faz refletir sobre as ilusões que alimentamos, nossas atitudes - ou a falta delas - para alcançar nossos objetivos, sobre encontrar sentido e realmente viver de acordo com ele, todos os dias.

O fundamental é o hoje, o amanhã não existe. Afinal, talvez os tártaros nunca cheguem. Se os tártaros não chegarem, como terá sido a sua vida? Uma vida de espera ou de realizações?
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Marcelo Augusto 08/03/2024

Como perdemos parte de nossas vida sonhando, invés de vivendo.
Caminhando em direção ao que seriam apenas alguns meses de guarda em um forte distante da sociedade, Giovanni Drogo não imagina como os encantamentos de uma velho posto militar e sua monotonia irão mudar sua forma de pensar e viver ao longo dos anos.
Esse livro não trata apenas de como somos facilmente limitados por nós mesmo em sonhos que nos deixam estagnados em lugares que não permitem a boa continuidade de diversos outros aspectos da nossa vida. O livro incomoda, e traz a reflexão se a lutas que travamos hoje realmente valem a pena e serão recompensadoras, ou se nos isolamos em um forte imaginário de conforto onde pensamentos de uma futura glória deixa-nos iludidos e parados.
É um livro lento, melancólico, e perfeito.
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Rafaela1780 20/02/2024

Sensacional
A obra O Deserto dos Tártaros, gera reflexões intrínsecas ao viver humano, “o que é a verdade?”; “o que é o tempo?”; "como nossas vidas podem ser manipuladas e influenciadas por falsas verdades e perspectivas desvirtuadas".

O personagem principal é um jovem militar, Giovanni Drogo, designado para servir numa região desértica e montanhosa, esquecida e isolada (Forte Bastiani). Lá os militares eram destacados para proteger as fronteiras do país contra uma possível invasão dos tártaros, assim, todos os que ali se encontravam precisavam estar preparados para o dia da chegada desses invasores. *No entanto, toda essa expectativa fora criada e manipulada pelo sistema para garantir a presença dos militares numa fortaleza que não tinha uma real função.*

É basicamente a imutabilidade escolhida pelo ser humano. Tal como a frase de Sartre, “o homem nada mais é do que aquilo que ele faz de si mesmo”.

Ótima leitura, só faltou um pouco de descrições mais certeiras (menos confusas kk), mas gostei muito.
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