O Deserto dos Tártaros

O Deserto dos Tártaros Dino Buzzati




Resenhas - O Deserto dos Tártaros


408 encontrados | exibindo 106 a 121
8 | 9 | 10 | 11 | 12 | 13 | 14 |


Isabelle 13/06/2023

O deserto dos tártaros
?O tempo entretanto corria, marcando cada vez mais precipitadamente a vida com sua batida silenciosa, não se pode parar um segundo sequer, nem mesmo para olhar para trás. ?Pare, pare!?, se desejaria gritar, mas vê-se que é inútil. Tudo se esvai, os homens, as estações, as nuvens; e não adianta agarrar-se às pedras, resistir no topo de algum escolho, os dedos cansados se abrem, os braços se afrouxam, inertes, acaba-se arrastado pelo rio, que parece lento, mas não para nunca.?
comentários(0)comente



Ju Castanheiro 12/06/2023

Entendi o conceito, mas achei chato
É um clássico que fala sobre a passagem do tempo, sonhos e expectativas. Realmente faz o leitor refletir sobre como gastamos o nosso tempo e o que fazemos com a espera. Entendi que tem uma moral, mas não deixa de ser lento e chato de ler.
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



Ludmila 30/05/2023

Nessa história praticamente não acontece nada. E, por mais incrível que possa parecer, é isso que faz esse livro ser tão maravilhoso. Se ficamos parados, apenas aguardando algo acontecer em nossas vidas, podemos nos esquecer num deserto infinito...
comentários(0)comente



Mateus 28/05/2023

Sobre o Tempo
Inicialmente achei a leitura repetitiva, devagar, mas acostumei com a forma que o tempo era narrado, o Drogo é um personagem ótimo que retrata bem essa metáfora da eterna espera, onde a vida se torna uma espera pelo futuro que nunca chega.

Gostei muito do fim do livro, as páginas finais são sensacionais, acredito que irei reler em outro momento da vida e ter novos sentimentos quanto a isso tudo que o livro trouxe para a minha mente, mas repensei muito sobre minha vida e meus planos atuais, minha pressa de viver.
comentários(0)comente



Aladeon 28/05/2023

Reflexivo
Não se trata de um livro militar, mas de uma reflexão sobre a vida, tempo e o que deixamos de fazer enqunato estamos acomodados esperando um grande feito. A espera por algo e o medo da mundança é um dos temas que o livro trata com uma narrativa lenta e reflexiva
comentários(0)comente



Neilson.Medeiros 25/05/2023

Perfeito demais! Narrativa poética e simples, no bom sentido. A gente vai se envolvendo com a história de Giovanni Drogo, nos alimentando com a expectativa do que vem do norte, até começar a entender que não é sobre isso.
comentários(0)comente



Tali 23/05/2023

O Deserto dos Tártaros
Terá tempo, Drogo, de vê-la, ou terá que partir antes? A porta do quarto palpita com um leve estalo. Quem sabe é um sopro de vento, um simples redemoinho de ar dessas inquietas noites de primavera. Quem sabe, ao contrário, tenha sido ela a entrar, com passo silencioso, e agora esteja se aproximando da poltrona de Drogo. Fazendo força, Giovanni endireita um pouco o peito, ajeita com a mão o colete do uniforme, olha ainda pela janela, um brevíssimo olhar para sua última porção de estrelas. Em seguida, no escuro, embora ninguém o veja, sorri.
comentários(0)comente



Laryssa Barros 21/05/2023

Impactante, como o tempo pode moldar nossas vidas.
Eu sabia que esse livro seria bom, mas também sabia que não seria uma leitura rápida, mesmo tendo menos de duzentas páginas. O autor nos conduz através das páginas pelo marasmo que representa o forte na vida desses soldados, que sempre sonharam com a glória das guerras, mas foram destinados à um posto completamente esquecido. "Sabe o que dizem sobre esperança, traz tristeza eterna." Como disse a Spencer de Pretty Little Liars, esse livro vai se desenvolver através da perspectiva desses soldados de que algo finalmente aconteça, e nessa espera, eles vão assistindo os anos passarem e a vida se esvair por entre suas mãos. É triste, é lindo, é poético, mas sobretudo é muito relacionavel.
comentários(0)comente



bardo 20/05/2023

Engana-se quem subestima o relativamente curto romance O Deserto Dos Tártaros de Dino Buzzati, a despeito do número de páginas, a densidade e o peso da obra impressionam. O enredo aparentemente simples; as aventuras de um oficial aos poucos vai adquirindo contornos claustrofóbicos e angustiantes.
Pode-se dizer que quase assume contornos fantásticos ao mesmo tempo em que é dolorosamente factível e similar as experiências dos mais variados leitores. É o tipo de livro que bem pode criar uma crise existencial ou agravar a já existente.
Nosso protagonista lança-se a um ideal, a primeira vista seu objetivo nos parece tolo, fútil, insignificante, o autor todavia concede ao seu personagem tanta verdade, que aos poucos somos contaminados por sua angústia e espera desesperadas. A espera na narrativa adquire características quase que místicas, meio que uma profissão de fé. Tal sensação é confirmada quando um personagem esclarece ao protagonista os fatos que se sucederam à sua chegada ao Forte.
O autor escolhe o microcosmo de um forte e da vida militar, mas o que é tratado claramente pode ser extrapolado para outros contextos. Aliás a narrativa torna-se ainda mais atual em nosso mundo massificado, onde os rituais perdem significado, o próprio tempo torna-se fugidio e a existência tem seu sentido fragilizado.
Quando o leitor já está destroçado, em dado ponto pensa que o autor poderia parar por ali, não, a narrativa avança e o autor faz algo que torna tudo ainda mais doloroso e devastador. Curiosamente o final em si, não é totalmente melancólico, num certo sentido vai reforçar a discussão sobre propósito presente no livro. Em resumo é um livrinho para ser lido e provavelmente relido, tem muito para se pensar aqui.
comentários(0)comente



Anthoni.Brunetto 20/05/2023

Não espere para começar a viver
Um jovem militar é designado para servir no forte Bastiani, uma fortaleza solitária no meio das montanhas, que em remotos tempos foi importante na defesa contra estrangeiros vindos do norte, os Tártaros.

Nesse lugar isolado, a função de todos é vigiar e estarem preparados para o dia em que os Tártaros voltarem, o que acaba sendo um fato notável que justifica a vida solitária dos militares.

O jovem Drogo, de cima das muralhas, examina o deserto imaginando e ansiando pelo dia da batalha, o grande dia em que justificará sua vida e sua espera. Seus olhos se cansam de vasculhar o horizonte e cada mínimo sinal ao longe acende a chama de esperança pela batalha.

Os Tártaros não vêm. O cotidiano transcorre medíocre e repetitivo, militares se aposentam, outros novos chegam, o tempo vai passando mas Drogo não consegue abandonar o forte e recomeçar sua vida na cidade.

Esse romance é muito atual, apesar de escrito em 1940. Quantos de nós vivemos nossas vidas esperando algo para então sermos felizes? Uma promoção? A compra de algum bem? Ficarmos ricos? Só que isso sempre virá adiante. Cada vez mais adiante. Até que um dia nos damos conta de que fizemos a aposta errada.

Os Tártaros não vieram.

Mas existe ainda alguma coisa no fim da linha que virá até nós? Talvez uma vida após a morte, talvez uma chance equivocada de uma morte digna? Será o que resta, depois de passarmos a vida esperando?
comentários(0)comente



Tamara Barros 17/05/2023

O deserto dos tártaros
Livro fala sobre a vida de oficiais num forte e relata de uma forma belíssima a nossa relação com o tempo, com o passar da vida.
comentários(0)comente



mariana113 16/05/2023

Extremamente existencialista
É possível aplicar a esse livro a filosofia de Husserl, a busca de sentido para a vida que é inerente ao ser humano. Giovanni Drogo pode ser definido como alguém que colocou o sentido de sua existência em fatores externos (a espera da guerra contra os tártaros), e nunca o alcançou verdadeiramente. Quando finalmente pensa tê-lo atingido, bateram-se atrás dele os portões, e não mais se tinha tempo de voltar.
O tempo é um rio que passa lentamente, mas que nunca para. É preciso viver o agora.
comentários(0)comente



Almeida 12/05/2023

O "tempo" é desesperador
"Aos poucos a fé é enfraquecida. É difícil acreditar numa coisa quando se está sozinho e não se pode falar com ninguém. Justamente naquela época Drogo deu-se conta de que os homens, ainda que possam se querer bem, permanecem sempre distantes; que, se alguém sofre, a dor é totalmente sua, ninguém pode tomar para si uma mínima parte dela..."

Um livro sucinto, direto, forte, e ao mesmo tempo belo, carregado de uma poesia doce, sonhadora. Mas que no seu corpo, traz uma sensação "desesperadora" no que se refere TEMPO. Tempo aos que nasceram para esperar ou para aqueles que decidiram por "esperar".

Em O deserto dos Tártaros, a austeridade heroica do protagonista, destinado a só ganhar a vida, na hora da morte, depois de gastá-la no limiar fantástico do Deserto dos Tartaros. Lá, o tempo se esvaiu para ele na Fortaleza enorme, estirada de escarpa a escarpa, fechando o mundo numa paragem de pedra antecedida por montanhas e desfiladeiros, cercada de penhascos, sucedida pela estepe. Tudo vazio, tudo segregado, como palco solitário onde se agitam homens possuídos por um impossível sonho de glória. Esta mesma glória que o Tempo não quis findar a espera.
comentários(0)comente



carolsnook 05/05/2023

Leitura difícil, mas valiosa
Recomendaria essa leitura para alguém que não tem problema com textos densos e quer refletir um pouco sobre o rumo que sua própria vida tem seguido. Esse livro mexeu MUITO comigo. A espera de Giovanni pela guerra diz muito sobre como usamos o tempo que nos é dado. Não vou dizer que foi um livro gostoso de ler. Pelo contrário, demorei mais do que esperava pra terminar, mas, com certeza, vale à pena o esforço.
comentários(0)comente



408 encontrados | exibindo 106 a 121
8 | 9 | 10 | 11 | 12 | 13 | 14 |


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR