Ana 17/06/2011Todo mundo com quem falei, que leu esse livro, tem sensação parecida: identificação imediata! E não importa a idade. Imperdível, e para ler a cada década (apesar de que acho difícil esquecer. Depois da primeira leitura, a mensagem está dada ...). Será que todo mundo se sente em seu Forte Bastiani particular?
Talvez a diferença de leitura em fases diferentes da vida sejam os trechos mais impactantes. Por um lado, ao observar Drogo jovem (e sendo mais velha), um certo ar de "espere e verá". Depois, ao ver Drogo envelhecer e começar a perceber o que se passa (ou não se passa), a identificação ...
"Assim, Drogo sobe mais uma vez o vale do forte e tem quinze anos a menos para viver. Infelizmente ele não se sente muito mudado, o tempo passou tão veloz que a alma não conseguiu envelhecer. E, mesmo que a angústia obscura das horas que passam se torne cada dia maior, Drogo persiste na ilusão de que o importante ainda está para começar. Giovanni aguarda, paciente, a sua hora que nunca chegou, não pensa que o futuro se reduziu terrivelmente, não é mais como antes, quando o tempo vindouro podia parecer-lhe um período imenso, uma riqueza inexaurível que ele não corria nenhum risco em esbanjar." (p. 187)