O Deserto dos Tártaros

O Deserto dos Tártaros Dino Buzzati




Resenhas - O Deserto dos Tártaros


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Ramon 08/12/2021

A vida
Giovani Drogo, um jovem tenente designado à missão no forte Bastiani, sente-se alegre com a perspectiva de iniciar ali sua gloriosa carreira militar. Embora pretende-se permanecer por um curto período de tempo no forte, por diversas situações seu tempo ali vai se prolongando e com ela aumenta cada vez mais a expectativa por uma invasão inimiga ao forte, tornando-se essa a razão para sua vida.

Uma grande reflexão sobre nossos anseios e a energia que nos carrega durante a juventude, vislumbrando um caminho longo e incerto onde esperamos atingir o ápice de nossa vida.

Somos o que somos ou aquilo que buscamos? Viver em função daquilo que pode ou não acontecer é mesmo viver ou apenas esperar?

Um excelente livro, rápido, porém cheio de reflexões e verdades.
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Elton.Oliveira 13/02/2023

A brevidade da vida
Livro com bastante significados, porém achei um pouco cansativo !

É um clássico do autor italiano Dino Buzzati, nos faz pensar se realmente estamos progredindo ou procrastinando tudo , apenas deixando o tempo passar com uma desculpa de que amanhã vai ser diferente , q um dia acontecerá aquela situação q fará tudo ser melhor, diferente !

O personagem foi jogado nessas situações e não teve força nem ímpeto para mudar sua vida .... Final triste e dramático como foi desenhado desde o início !

Achei muito legal a abordagem e as várias situações q o livros nos mostra .... Bastante reflexivo !
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Etiene ~ @antologiapessoal 12/04/2020

Os tártaros não vieram.
Eu decidi ler esse livro pelo título. Há títulos que me compelem, e este é um deles. A sonoridade, a sugestão de mistério, de perigo... Na obra mais famosa de Dino Buzzati, encontramos a história de Giovanni Drogo: um soldado, designado ao serviço num forte distante, que alimenta incansavelmente o sonho de um destino militar glorioso, a combater inimigos, aqui chamados de tártaros.

Acredito que escutar histórias despertam os mais diferentes sentimentos em nós. Ler O deserto dos tártaros provocou em mim sentimentos estranhíssimos. O protagonista me desafiava a cada página. Senti uma raiva absoluta; uma revolta extrema frente ao comodismo, à ilusão alimentada por tantos anos, à esperança sem causa; me senti solidária ao Drogo, à seus sonhos e seu caráter obstinado; busquei entender as motivações de sua vida, e quem sabe inclusive reconhecer as minhas próprias nas dele.

De leitura inquietante, senti como se necessitasse de dar conselhos ao Drogo a todo momento: o homem deve projetar seus sonhos mas, definitivamente, apenas as projeções não nos podem governar. Giovanni parece enfeitiçado - ou amaldiçoado? - com a visão do horizonte ao chegar no sombrio local, com a visão do que estar-por-vir em sua existência, e, inerte, se entrega à passagem do tempo de modo injustificado. Para mim, o forte Bastiani é a personificação do nosso coração, da nossa mente e suas engrenagens: muitas vezes nos fechamos ali e nada nos tira.

O término do livro é profundamente triste, de uma injustiça chocante, eu diria. Não quero escrever demais aqui e acabar entregando a obra, mas precisei de dias para conseguir aceitar este fim. Pensando bem, será que o aceitei? E os tártaros não vieram. Após uma vida de espera por um inimigo que nunca chega, a esperança morre no pedestal do desfiladeiro. Drogo sonhou com mil passados e não viveu nenhum futuro. Eu pergunto: o que, como os tártaros, não veio pra você?

"Parecia ontem, entretanto o tempo se consumira com seu ritmo imóvel, idêntico para todos os homens, nem mais lento para quem é feliz nem mais veloz para os desventurados."
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Bel 01/04/2023

Neste clássico italiano vemos um Drogo jovem, cheio de sonhos e ambições, se apegar a um "talvez" que nunca chega. Após dezenas de anos lá está Drogo, exatamente no mesmo lugar. Só que agora é tarde demais. Enquanto perdeu seu tempo esperando o melhor momento, também perdeu tudo que traz sentido à vida.
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Luiz Miranda 09/09/2023

"and then one day you find, ten years have got behind you.."
Publicado no início da 2 guerra mundial (1940), mas devidamente distribuído após o fim dela, este romance do italiano Dino Buzzati acabou por atingir o status de clássico da literatura mundial ao longo dos anos, aparecendo em listas do Le Monde, El Pais, Bravo Magazine, etc.

A fama é merecida, trata-se de uma bela reflexão sobre tédio, obsessão e passagem do tempo, sentido do vida, de um modo geral. O cerne da questão é onipresente: que diabos estamos fazendo nesse mundo?

Narrado em terceira pessoa, conta a história de um jovem militar destacado para assumir um posto num forte de fronteira. Passada a rejeição inicial, o protagonista começa a desenvolver um angustiante elo com o local. Escrito com brilho e firmeza, além de um sóbrio asceno poético, é daqueles livros que você não esquece fácil, uma alegoria sobre os objetivos que nos movem e o quanto de ilusão eles carregam.

Com certeza figurará no meu top 10 deste ano. Experimente.

4 estrelas
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Jessé 06/02/2022

Sinceramente??..
Achei um livro apenas bom e ponto. Não vi nada demais pra ser tão elogiado como é.

O texto é bem cadenciado, e acho que isso foi feito de propósito pra combinar com a morosidade da vida que o personagem leva no forte, então é um ponto bem interessante.

Mas sinceramente??? acho a história do livro comum, e pelo menos para mim, as reflexões do livro são óbvias ainda mais nos dias de hoje.
Não é como se vc nunca tivesse parado um momento da sua vida pra refletir sobre isso.

Enfim, tem que ache maravilhoso. Pra mim foi apenas ok e não leria de novo.
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Cleane 04/04/2020

Aquele livrinho pra fazer você parar e pensar em como tem levado a vida, uma história com várias reflexões explícitas ou escondidas nas entrelinhas.

Na rotina diária, nas grandes renúncias, no achar que somos jovens e temos tanto futuro, esquecemos da finitude da vida, não percebemos a passagem do tempo, não sentimos a vida escorrendo feito areia pelos nossos dedos.

O autor nos coloca, a todo momento, a pensar sobre o verdadeiro sentido que damos às nossas vidas.

Senti uma forte relação com "A morte de Ivan Ilitch" do Tolstói, principalmente no grande despertar pra vida do personagem.
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Guilherme.Monteiro 29/01/2022

O tempo que passa e o tempo sem volta
A metáfora que o livro traz sobre o tempo e a vida é o que tem de mais interessante e o que é melhor trabalhado ao longo da história. Principalmente, no que fazemos naquele tempo em que você gasta para esperar algo, algo que você mesmo sente que nunca irá acontecer. E aos poucos, vai se tomando a melancolia na jornada do protagonista, o que faz o livro ter um ritmo mais lento mas que é proposital para gerar esse desconforto do "esperar algo inutilmente". E há capítulos que essa sensação melancólica são escritos de forma poética, e aí a escrita de Dino Buzzati alcança o ápice, são passagens belíssimas. Mas não me importei o suficiente com os personagens, apesar de serem bons personagens e serem bem escritos, acho que faltou mais empatia (pelo menos da minha parte) para se importar com o que poderia acontecer com cada um deles.
É um ótimo livro e que pretendo reler daqui um tempo, pois tem bastante coisa que dá pra tirar nessa leitura e uma leitura só não da conta.
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Matheus 29/08/2023

Ah, o tempo?
Uma leitura magnífica, que desencadeia profundas reflexões sobre vida, tempo e morte. Giovanni Drogo nos convida a questionar como temos moldado o tempo que nos foi concedido. Será que contemplamos a vida, seus momentos e seres queridos, ou permitimos que ele escorra como água por entre nossos dedos?

"O Deserto dos Tártaros" a obra-prima de Dino Buzzati, mergulha nas complexidades da espera, da monotonia e das aspirações humanas. Através da jornada do protagonista Giovanni Drogo, o autor explora temas como a passagem do tempo, a busca por um propósito e a confrontação com a própria mortalidade.

A história se desenrola em uma fortaleza remota e desolada, onde Drogo é designado para servir e aguardar uma possível invasão dos nômades tártaros. Essa espera interminável e monótona torna-se uma metáfora poderosa para a natureza efêmera da vida humana. O desejo de Drogo de encontrar um significado em sua existência é o cerne da narrativa, refletindo a busca universal por um propósito diante do inevitável passar do tempo.

A ambientação desolada do deserto e a atmosfera opressiva da fortaleza contribuem para a sensação de isolamento e impotência que permeia a obra. As descrições vívidas e detalhadas criam uma simbiose entre o ambiente e os estados emocionais dos personagens, aprofundando a compreensão do leitor sobre as complexidades psicológicas deles.

A metáfora do inimigo invisível, os tártaros, simboliza as preocupações que muitas vezes nos aprisionam, impedindo-nos de viver plenamente o presente. Drogo, ao fixar sua atenção em uma ameaça que pode nunca chegar, negligencia oportunidades, relacionamentos e experiências que poderiam preencher sua vida.

"O Deserto dos Tártaros" nos convida a refletir sobre a importância de viver o momento presente, encontrar significado nas pequenas coisas e enfrentar os próprios medos e inseguranças. A obra ressoa como um lembrete atemporal sobre a fragilidade da vida e a necessidade de abraçar cada instante com gratidão e coragem.
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Marta Skoober 29/04/2020

Então eu li "O deserto dos tártaros", de Dino Buzzati. Foi uma leitura lenta, mas uma boa leitura.
É claramente, "para mim", uma obra prima. Muitos acharão, ou acharam, que não acontece nada, mas nessa aparente quietude a vida pulsa, há uma riqueza na vida interior, nos relacionamentos cotidianos. Em tempos de quarentena quantos de nós não se sentem de algum modo identificados com Giovanni Drogo?

Grifos:
"Antigamente o forte Bastiani era uma honra, agora parece quase uma punição."

"Desejos turbilhonavam dentro dele, juntamente com medos insensatos".

"A existência de Drogo, ao contrário, tinha como que parado."

"Justamente naquela época Drogo deu- se conta de que os homens, ainda que possam se querer bem, permanecem sempre distantes; que, se alguém sofre, a dor é totalmente sua, ninguém mais pode tomar para si uma mínima parte dela; que, se alguém sofre, os outros não vão sofrer por isso, ainda que o amor seja grande, e é isso o que causa a solidão da vida."
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Guilherme.Stonas 12/05/2021

Clássico Imperdível
O livro é de uma beleza única, pelo fato de tratar de tempo,convivência humana, e morte temas eternos da existência humana, o torna um clássico ao meu ver. O livro é de uma beleza ímpar e final dele é simplesmente um soco no estômago. Fiquei com a cena na memória alguns dias.
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Rodolfo Vilar 17/07/2022

A leitura deste livro me pegou num momento bem delicado da minha vida. Há algum tempo já havia lido o livro "O amor" do Dino Buzzati, onde o autor trata sobre as perspectivas de um personagem a respeito da concepção da construção de uma relação, tudo isso mesclado a rotina viva e dinâmica da Itália de décadas passadas. Aqui em "Deserto dos Tártaros " temos o NADA, mas é um nada também dinâmico, bem plástico aos olhos do escritor, onde a inspiração desse nada nos abre os olhos para as mais complexas reflexões sobre a vida.
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Giovani Drogo, personagem principal do livro, acaba de chegar ao Forte Bastiani para exercer a sua missão, e o que ele pensa que será algo de apenas meses, se extende por longos anos e ao mesmo tempo curtos pela nossa percepção. A missão do forte é resguardar as terras que poderiam um dia serem atacadas pela volta iminente dos Tártaros, mas uma cogitação que perambula por todos os oficiais, mas que realmente nunca se concretizou. Um dia poderá acontecer? Alimentados por essa possibilidade Drogo e seus companheiros vivem os anos de eterna solidão, da vida de uma rotina que se repete que se transforma em conforto até um ponto em que quebrá-la é algo inevitável. O tempo torna-se elástico, difícil de mesurar e ao mesmo tempo concreto, onde exerce poder na percepção, nas causas e nos pensamentos de vários, tornando o livro uma grande metáfora sobre a "espera pelo que ainda não aconteceu".
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Quem nunca esperou pelo futuro? Quem nunca fez planos na espera pelo amanhã que nunca aconteceu? O livro é uma grande mensagem sobre a espera pelo que ainda não aconteceu, a grande expectativa pelo NADA. Nos sentimos na pele dos personagens assim como os personagens se sentem na pele daqueles que chegam ao forte, como uma sincronia sem fim pelo ciclo da espera. Nos questionamos sobre "estamos vivendo o agora ou esperando pelo que não pode acontecer?". Ler "Deserto dos Tártaros" foi acionar esse gatilho emocional para a percepção desse pensamento, foi acionar angústias enterradas que só deveriam ser despertas futuramente, mas que nos motiva a pensar e sair um pouco da inércia da vida pela longa espera... e praticar a ação, por menor que seja.
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Livro pra vida!
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Land Souza 26/09/2023

Minha experiência com 'O Deserto dos Tártaros', de Dino Buzzati, foi profundamente marcante. A obra me impressionou pela maneira incrivelmente sutil com que aborda a analogia entre a brevidade da vida humana e a espera incessante por algo melhor no horizonte.

O autor habilmente ilustra como nossas ações, ou a falta delas, podem transformar nossa existência em algo penoso, ou até mesmo inútil. O protagonista, Giovanni Drogo, representa aqueles que passam a vida em uma espera ansiosa, sempre acreditando que o ápice está prestes a chegar, e nesse processo, esquecem de viver o presente com a intensidade que ele merece.

A fortaleza distante e fria, onde se desenrola a história torna-se uma metáfora poderosa para as armadilhas da procrastinação e da espera. O local é um símbolo da espera interminável e, ao mesmo tempo, da prisão que criamos para nós mesmos quando adiamos ações significativas.

A narrativa me fez refletir profundamente sobre a importância de equilibrar sonhos e realidade. Às vezes, é vital abandonar um ideal ilusório e abraçar a realidade, enxergando-a em toda a sua complexidade. Isso me levou a pensar que devemos viver o momento presente com a atenção que ele merece, ao invés de ficar presos à ilusão do amanhã perfeito.

Por fim, 'O Deserto dos Tártaros' é uma obra incrível que nos convida a questionar nossas próprias esperas intermináveis e nos lembra da importância de viver plenamente o hoje, encontrando significado e propósito em nossa realidade presente. Está entre os meus top 10 livros mais incríveis que já li, estou impressionada, não consigo parar de pensar na profundidade dessa história.
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Dani 17/10/2021

Um livro sobre a ação e a espera
Grande livro!
Eu li o livro de duas formas:

1) vejo o Homem, um ser violento por natureza ou por moldes sociais, sedentos por ação e por guerras. A paz é tediosa. A vontade de ação é tão grande q erros são cometidos em prol de alguma agitação.

2) o livro é tbm sobre o tempo, sobre a espera?
De viver uma vida cheia de aventuras e felicidade plena, quando a vida é uma rotina cheia de tédios maravilhosos ou não.
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Cesar Garcia 15/03/2023

Reflexivo
Um livro que fala sobre espera, sobre sonhos não realizados, sobre frustração, medo, apatia, esperança e sobre o valor que damos a nossa vida.
Poético, muito bem escrito e que leva a uma profunda reflexão sobre as escolhas que fazemos na nossa vida.
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