O Deserto dos Tártaros

O Deserto dos Tártaros Dino Buzzati




Resenhas - O Deserto dos Tártaros


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Guilherme.Stonas 12/05/2021

Clássico Imperdível
O livro é de uma beleza única, pelo fato de tratar de tempo,convivência humana, e morte temas eternos da existência humana, o torna um clássico ao meu ver. O livro é de uma beleza ímpar e final dele é simplesmente um soco no estômago. Fiquei com a cena na memória alguns dias.
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Daniel Andrade 26/03/2021

Uma bela jornada
Que livro bonito, gente. Li rápido, mas enquanto não estava lendo fiquei remoendo a história em minha cabeça. Com certeza será relido um dia. Inclusive gostaria de ter lido uns anos atrás, precisava de certos ""ensinamentos"" que encontrei aqui. O final é muito angustiante, fiquei mal pelo Drogo.
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AleixoItalo 18/01/2021

Uma viagem à uma paragem exótica e um convite a reflexão sobre o que queremos de fato da vida. O que fazemos com o pouco tempo que nos é dado?

Aqui vemos a história de Giovanni Drogo, um oficial destacado para servir em um forte isolado, onde esperando perpetuamente por uma guerra que nunca chega, os militares se deparam com a própria insignificância de suas funções, em meio ao tédio e uma rotina regida por regras incompreensíveis.

O 'Deserto dos Tártaros' é uma obra introspectiva. Com caráter quase minimalista ele nos leva a contemplar não só a paisagem inóspita, mas também a voraz passagem do tempo, a medida que as oportunidades e promessas de conquistas para aqueles ali confinados, vão se esvaindo como areia numa ampulheta.

Com um quê de "surreal", acompanhamos o dia a dia do forte e alguns eventos singulares que não trazem retorno algum: jornadas rumo à montanhas inalcançáveis, rondas desnecessárias, memorização de senhas inúteis, a espera de um inimigo que não existe... Tudo isso através dos olhos e pensamentos de Drogo, que debate consigo mesmo seu objetivo na vida, enquanto se distancia completamente do mundo real e de seus habitantes.

Com um estilo bem filosófico, 'O Deserto dos Tártaros' lembra muito 'Terra dos Homens' do Antoine St-Exupéry, mais enquanto esse divaga sobre o amadurecimento, os momentos mágicos que compõe nossa existência e sobre liberdade, Buzzati foca justamente no contrário: o sacrifício que fazemos de nossas próprias vidas, abrindo mão de preciosos anos a troco de nada, enquanto somos aprisionados por um objetivo nebuloso.

É uma obra para refletir, todos nós somos destinados para nossos próprios fortes: faculdade, emprego, especializações, amores platônicos... e esperamos por uma conquista que, como tal guerra, pode nunca chegar ou pior, chegar quando já for tarde demais! A questão é, quanto do nosso precioso tempo nos podemos dar ao luxo de sacrificar?
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Mario Miranda 19/05/2020

A Fria Região Nordeste Italiana foi palco de nascimento de dois grandes autores italianos: Italo Svevo, que publicaria a obra clássica "A Consciência de Zeno" em 1923, e Dino Buzzati, com "O Deserto dos Tártaros" em 1940.

Se em Zeno vemos a influência direta de Freud no desenvolvimento literário de Svevo, em Buzzati temos claros ecos de Franz Kafka, que publicara algumas de suas obras pouco mais de 15 anos antes do escritor italiano.
Buzzati é um autor na vanguarda da escrita de trabalhos existenciais, em um período que o próprio Sartre e Camus ainda estavam escrevendo suas primeiras obras.

O Deserto dos Tártaros narra a apática saga militar de Drogo, Tenente enviado após a conclusão dos seus estudos para fazer parte da guarnição do forte Bastiani. O forte, há muito sem participação em qualquer exercício militar, vive a eterna expectativa de uma invasão do "norte" - ou dos que sucederam historicamente os Tártaros. Entretanto, a invasão não ocorre, e o Forte passa a existir apenas por sua própria existência: manobras militares são feitas sem discussões, apenas pela manutenção do regimento; soldados são alvejados simplesmente por não saberem a Senha de Entrada, apesar de terem sido reconhecidos.

E neste cenário gélido Drogo, que chegara para ficar apenas 04 meses, acaba passando 30 anos de sua carreira confinado a esperada de algo que justificasse a sua própria existência. E quando esta justificativa, um possível embate militar, finalmente chega as proximidades do Forte Batisti, Drogo já é uma pessoa de razoável idade, saúde debilitada, que é expulsa do forte para dar espaço para novos oficiais.

Tal qual O Processo de Kafka, onde o indivíduo deparar-se com o absurdo de um processo sem sequer saber o motivo, O Deserto dos Tártaros escancara o absurdo dos que buscam grandes sentidos em suas vidas sem sequer direcioná-las para este atingimento, é um reexame Existencial crítico àqueles que vivem de determinada maneira simplesmente porque espera-se que vivam assim, pois foi daquela maneira que o Regulamento foi prescrito em um período distante.
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Ediane.Siqueira 24/04/2022

Tino consegue nos segurar do início ao fim do livro amarrados na mesma expectativa de Giovanni Drogo, vi o personagem como vejo alguns amigos ou como vejo muitas vezes, a melhor resenha está na contracapa o livro não é sobre a guerra é sobre a vida de todos nós.
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Sandro A.B. 01/08/2021

Um Livro Sobre o Tempo
Li o último capítulo duas vezes, o qual entrega ao leitor a sensação do livro inteiro.

Esperar o tempo, aguardar no tempo, deixar o tempo passar, mudanças não são fáceis, mas esperar o seu transcurso pode ser ainda mais perigoso.

A chama acesa de uma eterna esperança, embora propicie calor não esquenta a alma, assim cada leitor vislumbra em si seu próprio deserto, e se coloca como seu próprio tártaro.
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Marianne.Azevedo 18/11/2021

Excelente!
Muitas vezes achei que estava lendo um poema? o livro fala sobre como esperamos que aconteça lá no futuro algo extraordinário, e aguardamos, não agimos, deixamos o tempo passar. O capítulo VI tem trechos lindos. O XXIV também: - O tempo entretanto corria, marcando cada vez mais precipitadamente a vida com sua batida silenciosa, não se pode parar um segundo sequer, nem mesmo para olhar para trás (?) Tudo se esvai, os homens, as estações, as nuvens; (?), acaba-se arrastado pelo rio, que parece lento, mas não para nunca - e noutro trecho: - que, se alguém sofre, a dor é totalmente sua, ninguém mais pode tomar para si uma mínima parte dela; que, se alguém sofre, os outros não vão sofrer por isso, ainda que o amor seja grande, e é isso o que causa a solidão da vida -
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Rittes 20/04/2022

Triste condição
Um clássico que envelheceu pouco, apesar de sua aparente lentidão. Aparente, porque intencional. No escoar do tempo, a relatividade de sua passagem e da nossa condição de seres finitos fica bem clara ao longo de todo o livro. Na triste história de Giovanni Drogo está cada um de nós que abandona sonhos, anseios e espera eternamente por algo que talvez não venha. Já a morte, certeza absoluta, sempre vem. O que fazemos entre nascer e morrer é que pode fazer toda a diferença. Só não dou 5 estrelas porque a edição da Nova Fronteira é bem meia boca.
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arthur966 17/08/2022

que triste engano, pensou drogo, talvez tudo seja assim; acreditamos que ao redor haja criaturas semelhantes a nós e, ao contrário, só há gelo, pedras que falam uma língua estrangeira; preparamo-nos para cumprimentar o amigo, mas o braço recai inerte, o sorriso se apaga, porque percebemos que estamos completamente sós.
Michelly 18/08/2022minha estante
Adoro esse livro


arthur966 18/08/2022minha estante
bom demais a escrita do buzzati é a coisa mais linda




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Amadeu.Paes 04/06/2013

Somente minha opinião
Esse foi o tipo de livro que veio parar em minhas mãos, sei lá como. Ficou encostado um bom na estante e num belo dia resolvi li e me xinguei por não ter lido antes.

Tudo começa quando um jovem militar, cheio de esperanças tem sua primeira missão fazer guarda no Forte Bastiani. Chegando lá, ele descobre que um pequeno forte de fronteira nos cafundós do Judas e do outro lado da fronteira há um lendário deserto que dizia que mil anos atrás os tártaros havia invadido a Itália.

É só ele ficar dois anos que na ficha constaria quatro e era uma promoção automática. Esses dois anos se transformam em dez, em vinte e finalmente numa vida inteira. Sempre a espera de que os tártaros ataquem.

Na verdade essa espera é uma alegoria de nossas vidas rotineiras. Sempre estamos à espera de que algo fantástico que vai acontecer, mas não fazemos nada para que isso aconteça, sempre deixando pra amanhã e quando se vê a morte nos bate a porta. E na trama, a vida sempre dá oportunidades para reviravoltas, mas o medo e a insegurança, nos impede de fazermos as mudanças e preferimos a doce e segura rotina.

O livro trata exatamente disso. É impossível você não se identificar com as personagem e mesmo com as personagens coadjuvantes, temos um pouquinho de cada um deles.

Sinceramente, um dos melhores livros que li na minha vida.
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Heley 23/12/2022

"Viram-se as páginas, passam-se os anos"
Giovanni Drogo é convocado a servir e anseia pela glória militar. É designado ao Forte Bastiani, que fica no deserto. O tédio impera no forte, isolado do país, e Drogo não demora para ser engolido pela rotina. A narrativa acompanha o cotidiano dos oficiais nesse posto de defesa, mostrando suas rotinas entediantes.
A sensação é de uma leitura demorada, empacada, que não flui, nas quais nada acontece, e acredito que isso é proposital. O livro entra nas vidas monótonas dos oficiais no Bastiani, em suas existências estagnadas, sempre à espera da fatídica guerra com os Tártaros. A história não me prendeu tanto, achei tediosa, mas a mensagem do livro é muito boa, onde todos nós estamos presos as nossas escolhas, rotinas, esperando que o melhor aconteça, e muitas vezes esse melhor não vem!
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Fernanda 10/07/2021

O deserto dos Tártaros.
"Não é sobre a vida militar que fala o livro, é sobre a vida de todos nós". Em busca de uma ínfima esperança de mudança, se perde todo o tempo útil da vida, a juventude passa rápido, tão rápido como um piscar de olhos. Miragens, alucinações, expectativa de dias melhores, de novos acontecimentos, dia após dia, e nada mudar? Então vale a pena trocar de estrada, de rumo, de caminho. Mude-se, você não é uma árvore! Mude-se antes que seja tarde demais.
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Laryssa Barros 21/05/2023

Impactante, como o tempo pode moldar nossas vidas.
Eu sabia que esse livro seria bom, mas também sabia que não seria uma leitura rápida, mesmo tendo menos de duzentas páginas. O autor nos conduz através das páginas pelo marasmo que representa o forte na vida desses soldados, que sempre sonharam com a glória das guerras, mas foram destinados à um posto completamente esquecido. "Sabe o que dizem sobre esperança, traz tristeza eterna." Como disse a Spencer de Pretty Little Liars, esse livro vai se desenvolver através da perspectiva desses soldados de que algo finalmente aconteça, e nessa espera, eles vão assistindo os anos passarem e a vida se esvair por entre suas mãos. É triste, é lindo, é poético, mas sobretudo é muito relacionavel.
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Ana Bruno 12/09/2020

Incrível
O Deserto dos Tártaros, de Dino Buzzati.
Não é um livro óbvio. Mas é um livro incrível!! Me deixou muitas reflexões.
Aqui temos uma escrita poética e sensível sobre o tempo, expectativas e arrependimentos. O que fazemos de nossas vidas? Estamos sempre esperando o melhor que virá... e nos acomodamos nessa espera. Esse livro nos põe a pensar. E o carregamos por um tempo ao terminarmos de ler.
E tem um dos finais de livro mais lindos que já li!!!
Douglas 14/09/2020minha estante
Às vezes não chega a nós, nem o melhor, nem o pior. Essa inércia também gera muito sofrimento.




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