Iluminadas

Iluminadas Lauren Beukes




Resenhas - Iluminadas


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Henrique 10/05/2014

Se eu acreditasse em demônios, Iluminadas estaria entre os livros mais satânicos que li em minha vida, e não foram poucos. Se eu acreditasse no diabo, Lauren Beukes seria seu sobrenome.
ANÁLISE SEM SPOILERS

Acredito que se queremos nos referir a algo irreal, surreal, podemos recorrer a diversos conceitos, dentre eles, o de "perfeição". Perfeição é uma invenção inalcançável quando estamos falando da vida real, no mundo real. No entanto, Lauren Beukes chegou perigosamente perto do que é pleno.

Enquanto escrevo esta resenha, preciso dominar o impulso de impregná-la de adjetivos. Um pouco constrangido, confesso que esse livro me fez puxar os cabelos meia dúzia de vezes e estagnar a leitura o dobro de vezes, receoso de ler o que viria em seguida ou por estar estupefato com o que essa mulher criou: um livro, acima de tudo, inteligente, com uma complexidade diabólica e psicologicamente destrutivo, perturbador e (naturalmente) divertida. Uma das melhores e mais inteligentes leituras da minha vida. Mereceu o prêmio de melhor livro do ano em seu gênero, recebido em 2013.

A imagem abaixo revela o trabalho, a dedicação e a mente por trás de The Shining Girls (título original) que, dentre outros aspectos, é um livro adulto, repleto de questões da vida adulta, da vida real, nuas e cruas, mesmo com o pano de fundo sobrenatural.
(imagem no blog, não consegui pôr o link aqui)
[http://pilulasliterarias.blogspot.com.br/2014/04/iluminadas-de-lauren-beukes.html]

Uma Importante Ressalva

Alguns leitores vão encontrar dificuldades em situar-se na história, especificamente com relação ao elemento fantástico que permeia toda a história: os saltos no tempo. Eu desejo, com sincera honestidade, que você não seja aquele gênero de leitor que desiste diante do primeiro obstáculo. Que transformam o "eu não estou conseguindo entender isso" em "que trapalhada é essa?". Esteja disposto a vivenciar uma experiência em literatura de fantasia diferente do status quo. Dê um passo mais adiante com a sua mente e seja bem vindo ao mundo dos livros que são como os sete diabos por sua trama bem arquitetada. E, pelo amor de Tolkien, voltem para me dizer se você também foram impulsionados a quase arrancar os cabelos!

Sobre a Obra

Não gosto de incluir sinopses em minhas resenhas. Ultimamente elas tem transformado bons livros em chavões ou 'lugares-comuns' por ressaltarem aspectos que não são relevantes e retirarem a originalidade presente na obra. Assim, na maioria dos casos, faço minha própria adaptação.

1931. Década em que o mundo enfrentou a terrível Grande Depressão.

Harper, um vagabundo doentio, tem uma chave que abre as portas de um casarão abandonado. A 'Casa' que o leva à outras épocas, outros tempos. Ele ouve a Casa, ela o chama.

Harper tem um missão: assassinar brutalmente todas as garotas iluminadas. Sua missão e seu prazer. Ele é bom no que faz. As coisas, no entanto, começam a desandar quando, ao avançar para o ano 1989, Kirby, uma das garotas que ele deveria matar, sobrevive e começa a caçá-lo.*

*Estes elementos compõem a premissa da obra.

Aspectos da Obra a Serem Considerados

+ TRAMA

"Só existe uma certa quantidade de enredos no mundo. É como eles são desenvolvidos que os torna interessantes". - Lauren Beukes, lluminadas

Interessante não é a melhor palavra para transmitir a excelência que essa mulher conseguiu atribuir à sua história, pois sua trama não apenas 'prende' a atenção, como também a 'subjuga', fere, lacera. Quando a Casa entra em cena, sua mente fica presa dentro dela, sedenta de curiosidade, sufocando de tensão. Sair da Casa significa presenciar a morte de garotas pelas mãos de um homem detestável e clinicamente cruel. Tudo se intensifica quando, antes de vê-las morrer, você as conhece, caminha por sua mente, segue seus passos, sabe de seus sonhos, planos, segredos e anseios. É um convite para toda sorte de emoções e sentimentos e o resultado dessa mistura é uma tortura psicológica que beira a histeria.

Lauren Beukes coloca diante de nós pessoas reais, garotas inegavelmente reais, que estão no rastro de um serial killer impiedoso, que sente prazer no ato de matar, que se excita em ferir. Garotas que não fazem ideia de que um andarilho do tempo está caminhando em suas direções.

Os capítulos (e é aqui que reside grande parte da complexidade da trama) são distribuídos sob o ponto vista de alguns personagens, na maioria dos casos envolvendo Harper ou uma de suas vítimas, dentre as quais, a mais abordada é, naturalmente, Kirby. Há diversas tramas secundárias, repletas de ligações entre si e que giram em torno do círculo de assassinatos, que precisa ser fechado. Esses capítulos se passam em diversos momentos do tempo entre 1931 e 1993, repleto de referências históricas e culturais que atribuem uma grande carga de riqueza ao trabalho da Lauren.

Especificamente os capítulos com a Kirby são cheios dos melhores diálogos da trama.

+ ESCRITA

Um elemento que confere a consistência creep à história são seus diálogos mordazes, inteligentes e mórbidos. A escrita de Lauren evoca realidade, é direta, cheia de analogias que esbanjam sagacidade, ironia. Laurem também está ocupada em nos inserir no contexto de cada um de seus personagens, afinal de contas, uma negra que viveu na década de 40 não lida com a mesma realidade que se aplica aos anos 90.

+ ASPECTOS QUE CONSIDERO IMPORTANTES:

--O Sobrenatural--

Iluminadas é um pouco thriller policial, um toque de drama e um escancarado teor sobrenatural, que confere outro aspecto, o de um thriller psicológico.

A Casa é o que nos possibilita transitar entre a vida de pessoas que viveram em diferentes momentos da nossa história. Sua influencia sobre Harper e os eventos que giram em torno dela nos faz sentir a autoridade da natureza do mal, sua mão invisível brincando com vidas dentro do tempo, mudando suas vidas, desenhando suas mortes.

A ideia de um lugar, aparentemente inofensivo, uma casa antiga e caindo aos pedaços, que exerce influencias malignas sobre um indivíduo e que o permite caminhar livremente entre as épocas quando bem entender é perturbadora. Esse elemento fantástico é guiado por Lauren com uma notável maestria. O homem que assassinou uma garota na época da Grande Depressão fez também uma vítima nas vésperas da virada do século, mais de meio século depois. Um psicopata caminhando pelo tempo nas mãos de Lauren é a última pessoa com quem você gostaria de esbarrar um dia.

--Policial--

O peso e a importância do gênero policial ou investigativo está em muitas partes do livro. Temos assassinatos que, apesar de serem cometidos em diferentes momentos do tempo, possuem alguma ligação. Apesar da intervenção da polícia nesses crimes, como não conseguem solucioná-los, ou eles encontram a quem culpar (geralmente gangues) ou arquivam o caso. Logo, teremos personagens que, por estarem envolvidos ou apenas interessados e intrigados com os casos, irão dar uma de detetives. Esse aspecto é bastante animador para mim, pois faz referência ao desejo por justiça e a esperança que precede seu cumprimento.

A quantidade de pesquisas e leituras que a autora realizou para fazer Iluminadas se o que é chega a ser assustadoras. Além disso, o número de apoio que ela recebeu, conselhos, sugestões, dicas, correções e as viagens que ela fez para conseguir informações para sua história só reforçam meu apreço por essa maravilha da ficção.

+ Iluminadas e Sua Aplicação à Vida Real

À parte o seu poder devastador pela tensão e crueza, Iluminadas é um livro sobre a natureza humana. Sobre como somos pequenos e estamos sujeitos à mudanças repentinas e inesperadas. Sobre como a perda pode significar uma vida inteira de solidão, de dor ou de superação, resiliência, aceitação e resignação. Sobre os clichês da humanidade, suas guerras, seus dilemas, seus vícios, seus amores e terrores. Sobre continuar vivendo mesmo quando a morte soprou seu hálito de sangue e excrementos em sua face.

É, também, um retrato da mente cruel, sádica e selvagem que nos recorda do quanto podemos ser perversos. Acredito que todos temos uma versão potencialmente minimizada e, ainda assim, perigosa e destrutiva do "Harper" dentro de nós e que, por vezes, ela se manifesta por meio de palavras, de comentários pejorativos na rede, do desejo insano de agredir alguém, de ver sangue verter. Nossa mente é nossa casa, precisamos mantê-la sob nosso comando.

Por fim...

Gostaria de convencer o mundo a ler esse livro, mas é querer demais. No entanto, espero que tenha feito um ótimo trabalho em convencer você. Penso que você merece ler essa história, todos merecem ler essa história.

Eu estava tentando considerar os aspectos negativos, mas eles devem haver sido tão irrelevantes que me resta apenas citar o ponto facultativo, que é a descrição. Alguns leitores podem achar alguns momentos descritivos acima da conta, o que não torna um livro ruim, já que há outros aspectos que o torna tolerável. Gostei das descrições e as considerei relevantes para contextualizar e familiarizar com o que deveria.

Espero que leia, goste e recomende Iluminadas.

Por Henrique Magalhães

site: http://pilulasliterarias.blogspot.com.br/
Vanessa 29/04/2014minha estante
Sua foi tão boa que me deu medo e curiosidade de ler o livro!! rsrs


Henrique 01/05/2014minha estante
Hey, Mayah!
Torcendo para que você não apenas leia, mas sinta toda a tensão e emoções que a trama e a escrita prometem. Acredito que a Lauren Beuekes fará um ótimo trabalho em "atormentar" o leitor e impressioná-lo ao mesmo tempo. ;-)

Abraços!


Mi Monteiro 01/06/2014minha estante
Cara essa é a resenha mais empolgante e complexa que já li...igual ao livro...adorei ?


Priscila - @entretdsleituras 09/10/2014minha estante
Bom, primeiramente gostaria de dizer que adorei sua resenha, segundo, li o livro, e cara, dei graças a Deus não ter desistido, de a cada capítulo eu ter dado uma chance, até que cheguei ao que realmente é o livro e adorei, e vale ressalta pro demais que realmente não desista no primeiro obstáculo.


Aguero 13/03/2015minha estante
Estou ficando louca lendo esse livro, quando terminar não terei mas neurônios.
Vai dar pane no sistema


Evelyn.Santiago 19/12/2022minha estante
Estou em 15% e estava um pouco triste por não ter me prendido aínda, mas por causa da sua resenha vou continuar, me deu muito mais vontade de ler, é excelente saber que o livros se torna algo surpreendente. Obrigada


Pedro 25/12/2022minha estante
Gente, vi a série mas não pretendo ler o livro. Algumas coisas ficaram sem
Respostas, vocês que leram podem
Me responder, please?

1. Qual era a dos objetos deixados nos corpos, só o radio fez sentido.
2. Qual o
Padrão de escolha das vítimas? Se fossem loiras eu até entenderia, mas elas não seguem um
Padrão.
3. Qual é a do cachorro grendel? Nem era ele que kirby levou pra passear quando foi atacada...




Janaina Edwiges 16/05/2022

Bem fraco!
Minha experiência com Iluminadas foi bem ruim. O livro é extenso e arrastado, sem aquela tensão presente nos bons thrillers, que nos deixam vidrados e ansiosos por devorar a história. Uma narrativa de 400 páginas, mas que não traz desenvolvimento e nem explicações relevantes sobre os temas centrais. O leitor chega ao final do livro completamente carente de respostas. Várias questões poderiam ser melhor exploradas, como a motivação dos assassinatos, a existência das garotas iluminadas e o que realmente representava a casa na trama.

Optei por ler a obra antes de assistir a série, que é protagonizada pela Elisabeth Moss, uma das minhas atrizes favoritas. No entanto, se imaginasse que o livro seria tão fraco, tinha partido direto para a adaptação. Foi um martírio chegar até a última página!
Epha Silva 13/07/2022minha estante
Estava procurando uma resenha que falasse justamente sobre isso, as minhas frustrações são as mesmas.


Janaina Edwiges 13/07/2022minha estante
Exatamente! Frustração é a palavra! Não houve explicação das questões principais trazidas pela história.




Aline MSS 10/06/2022

Achei o seriado melhor q o livro. (Difícil acreditar, RS)
Demorei mto pra resenhar, pois li o livro e logo em seguida assisti ao seriado pra ter uma opinião mais clara.

O livro em si é bom e traz uma história bem inovadora, mas criei altas expectativas e acabei me frustrando. Os 3 temas q mais me atraem é "espionagem", "crimes/ serial killers" e "viagem no tempo". Então qdo vi a chamada do seriado corri pra comprar e ler o livro, já q a história trata dos meus 2 temas favoritos (viagem no tempo/crimes). Criei altas expectativas e acabei me decepcionando com diversas coisas na leitura.

Oq me salvou de não detestar tanto foi ter assistido ao seriado. Elisabeth Moss e Wagner Moura salvaram demais a história. No seriado existem explicações cruciais q o livro NÃO traz e isso é bem difícil de se ver, já q geralmente ocorre o contrário.
Vale a leitura pra quem curte a temática, mas achei q os roteiristas do seriado fizeram um trabalho melhor do q a autora do livro.

Oq temos no livro:
- Serial killer;
- Viagem no tempo com pouquíssimas explicações;
- História NÃO linear;
- Poucas descrições e diálogos curtos;
- Final redondo e não previsível;
- Poucos personagens.

Não indicaria ficar somente na leitura, o seriado é curto e na minha opinião
valeu mais à pena. Não indicaria comprar o livro físico, ter o e-book faz a "frustração"ser menor, hahahahah.
DANILÃO1505 20/06/2022minha estante
Parabéns, ótimo livro

Livro de Artista

Resenha de Artista!




Amanda.Souza 16/04/2021

Enredo foda x final decepcionante
O livro inicia numa boa pegada, as vezes até nos confundimos com os saltos temporais, mas nada demais. -
Acho que a autora quis dar mais enfase para o serial killer e isso foi bom para o enredo porque ele é completamente insano, mas ela enrola demais e a protagonista meio que se perde no meio da historia, a investigação que a protagonista faz fica em pano de fundo. Harper é um psicopata com certeza, já demonstra comportamentos agressivos, mas porra, qual a motivação dele? não tem.
Nada nesse livro é explicado ou minimamente intuído, é só um desenrolar de acontecimentos que leva para um desfecho frustrante.
Ste 12/06/2021minha estante
Senti exatamente o mesmo. Tem muito potencial, mas se perde por conta da falta das explicações. Do porque ele quer as meninas, o que A Casa significa, entre outras mais que não vou citar por conta de spoiler. Lauren deixou muitas pontas soltas.




Dandara 17/11/2022

Poderia ser melhor
Foi criado todo um hype em cima do livro, devido a série, mas achei que o livro "não cheira, nem fede".
A sinopse é interessante, mas o desenvolvimento do livro é cansativo. A escrita é boa, tem cenas impactantes, mas não evolui.
Quando você pensa que o livro está engrenando, ele volta e perde-se todo o ânimo.
Não recomendo criar grandes expectativas com a capa.
Nicolas388 19/03/2023minha estante
"Nem cheira, nem fede" descreve perfeitamente o sentimento desse livro. Nem terminei a leitura e já estou assim.




Beca 15/09/2014

Acho que criei muita espectativa
O livro não é ruim, mas também não conseguiria classifica-lo como bom. É bem escrito , mas os personagens não desceram ficaram presos na garganta. O personagem principal na minha opinião é harper, o psicopata, temos mais informações dele do que a própria "mocinha", que depois do ataque mal sucedido fica delirando e bancando a detetive.
Na minha opinião faltou muito. O que era a casa? um espirito maligno? Por que as tais meninas eram iluminadas?
Acho que a autora tinha que seguir uma linha de raciocínio, ou partia para o sobrenatural ou explicava a psicopatia do personagem, mas acabou não acontecendo nem um nem outro.

Malphus 17/09/2014minha estante
pelo que entendi, o próprio assassino era a Casa! quando ele morre baleado o espirito dele possui a casa. Ele era psicopata. não havia razão especial para matar aquelas mulheres a não ser querer fazer isso. Isso explica porque a casa so vai de 1929 ate 1993. É um Loop infinito. Ele ta tentando fazer diferente, mas ele sempre vai cometer os mesmo erros!




Isadora 22/12/2020

Assustador
No início eu estava com dificuldade de acompanhar o enredo, acabava me confundindo com os saltos no tempo, mas depois que entendi o livro é excelente. Contém cenas fortes de violência que são muito descritas e assustadoras, com um personagem serial Killer nos envolvemos no mistério. Recomendo!
Campos 22/12/2020minha estante
Fiquei curioso




Bebela 27/06/2023

Simplesmente perfeito! Um livro que nos faz amar e odiar o vilão, nos faz amar absurdamente a protagonista e querer entrar no livro pra bater na cara de alguns personagens.
KauaraSantiago 05/07/2023minha estante
amg, podes me dizer sobre oq é o livro? se é um suspense, romance...




A.Paula.Sz 23/01/2023

Muito bom!
Vi um monte de gente reclamando desse livro, porque entraram na leitura procurando respostas para dúvidas q trouxeram da série. Outros acharam muito confuso.
Sinceramente, esse foi um dos melhores thrillers q li recentemente, e na minha opinião, a autora não deixou nada a desejar.

Uma dica pra quem pretende ler: se entregue à leitura sem ficar procurando explicações. A melhor parte é a surpresa!
A.Paula.Sz 24/01/2023minha estante
É no mínimo intrigante que, antes de a série ser lançada, a avaliação desse livro era acima de 4 ?. O povo tem q parar de querer comparar série X livro, são coisas distintas. O próprio nome já diz: "adaptação".




Alice 03/01/2018

Esse é o tipo de livro que vc vê na livraria e quer comprar pq a sinopse é ótima, mas vc acaba ele achando que está faltando história, pelo simples fato que ele te intriga, te deixa com várias dúvidas que simplismente não são sanadas e nem são deixadas subentendidas, o máximo que eu pude extrair do pq o cara faz o que faz é por um acontecimento lá no final que me deixou bem intrigada para saber se é isso msm o que eu achei. Mas uma coisa é certa, a autora sabe prender a atenção nas cenas dos assassinatos.
Aline Lázaro 08/07/2018minha estante
Então me ajuda a entender pq ele fez tudo, pq até agora não entendi...




Mayara 03/03/2016

Quando a morte vem do passado
Harper Curtis tinha uma vida razoavelmente normal, até encontrar uma velha casa em Chicago, nos anos 1930. Sendo impelido pela casa, que funciona como um portal para o futuro, a matar as meninas cujos nomes iluminam as paredes, ele se insere na vida delas, esperando o momento perfeito para matá-las. O plano parece perfeito: viajar através do tempo para assassinar suas vítimas, voltando tranquilamente para sua época, onde está acima de todas as suspeitas. Ou seria perfeito, se não tivesse cometido um erro: deixar uma das vítimas viva.

Kirby Mazrachi gasta todo seu tempo, esforços e dinheiro à procura do homem que, num dia tranquilo, fez com que visse a cor das próprias entranhas. Determinada a fazê-lo pagar por seus crimes, ela começa a trabalhar num jornal, para trabalhar com o ex-repórter policial Dan Velasquez. É com a ajuda dele que ela descobre que a verdade está muito além do que pode imaginar. Afinal, como se vingar de alguém que não vive no mesmo tempo que você?

No começo, a narrativa parece um pouco confusa. São vários ângulos, todos narrados em terceira pessoa, com o nome do protagonista do capítulo e a data em que se passa aquele trecho de narrativa. Achei muito interessante esses distintos focos.

A autora é eficiente em construir a personalidade do Harper. Os conflitos internos, a crueldade, o impulso por matar e causar dor. Kirby, por sua vez, é uma personagem muito interessante. Mesmo depois do que passou, continua tendo uma força e um senso de humor admirável. Não é aqueles justiceiros unidimensionais que só se importa com vingança, tão comuns nos livros por aí. Ela é muitíssimo bem construída, e é divertido acompanhar suas interações com o Dan.

Esse é um livro daqueles que você tem ciúme de emprestar e vai indicar pra todo mundo, porque é muito legal para que só você o leia.
Renata 01/07/2016minha estante
Com tantos elogios, pq só 3 estrelas??? O_o




LissaDaemon 30/03/2024

Isso aqui não foi viagem no tempo, foi viagem na maionese total
Eu adoro esse tema de viagem no tempo, histórias mirabolantes que faz vc pensar, que são complexas etc. Mas isso daqui não tem cabimento. A escrita é totalmente atrapalhada, parece que a autora fez um experimento de escrita nesse livro. A cada capítulo que vc lê ela muda o jeito de escrever e é extremamente irritante pq parece que ela quer q isso faça parte de algum jeito na história, mas não da em nada.
Você não pode escrever os capítulos de forma aleatória e simplesmente montar o livro com os capítulos jogados como se fossem um baralho de cartas e falar que isso é viagem no tempo. Eu juro que me esforcei pra entender a ordem, e quando eu achei que estava entendendo, eu percebi que na verdade a ordem era ridícula e totalmente jogada pra fazer o leitor se sentir burro. Se os capítulos fossem colocados de uma outra forma daria na mesma em relação a história, mas ajudaria MUITO em questão do ritmo, pq convenhamos que esse livro foi um porre de ler. Foi cansativo, chato e previsível.
Sobre os personagens, a principal que é a Kirby, é bem chatinha e realmente não parece que sofreu muito com o ataque. Ela só parece uma repórter que quer abordar um caso e ponto. Ela é uma vítima e nem parece. O Dan é outro que a cada capítulo só fala o quanto ele ta interessado nela (a diferença de idade entre eles não é mencionada mas me pareceu ser muita então achei meio estranho). O Harper que é o cara que fica viajando no tempo, ele tem uma complexidade que a autora parece que não conseguiu dar conta. A forma de viajar no tempo totalmente sem pé nem cabeça, você quer respostas de como funciona? Vai ficar querendo! HAHA Eu sei que tem histórias que não precisa te dar todas as respostas, vc pode imaginar algumas coisas, certos finais em aberto vc pode decidir por conta própria oq aconteceu. Mas isso quando o livro se garante na escrita né? Né? E fora que existem MUITAS vítimas no livro, é até demais. Se tivesse colocado menos gente seria mais rápido de ler, até pq a ordem de uns certos objetos lá não tem também motivo NENHUM. Quem diria.

Inclusive, o motivo do pq eu fui ler esse livro: Só pq eu vi que teria uma série que foi adaptação desta merda, atuado por ninguém mais ninguém menos que ELISABETH MOSS e WAGNER MOURA. Imagina o NÍVEL disso.
Fui ler o livro e é uma bomba, agora a série se vcs forem assistir é completamente diferente. Parece que realmente foi pensado cada coisa pra fazer sentido e te prender como uma história de viagem no tempo deveria fazer. (acho bacana dizer que as mudanças foram colocadas justamente pela Elisabeth Moss, Wagner Moura e pela showrunner da série, até pq a autora mesmo só foi produtora executiva) Não teve muita repercussão a série acho q pelo fato do livro não ter tbm e por estar na apple tv+. Mas quem quiser ver vale a pena até pq nosso Wagnão está incrível
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Dolphin 15/06/2014

Em um estilo que gosto muito, Iluminadas mistura thriller com sobrenatural, é só posso dizer que foi uma leitura extremamente prazerosa.

A premissa já desperta a curiosidade: Um assassino em série que consegue viajar no tempo através de um portal. Suas vítimas são jovens mulheres que vivem em épocas diferentes, sendo que uma delas sobrevive e se torna obcecada com o monstro que quase lhe tirou a vida, e se dedica a descobrir quem ele é, custe o que custar.

De cara o que mais gostei foi a perspectiva feminina que permeia todo o livro. A autora faz uma ode ao feminino e denuncia todas as mazelas que infelizmente carregamos, simplesmente por sermos mulher. Não importa a época em que se vive, ser mulher é ser menos do que qualquer coisa.

Lauren Beukes nos apresenta histórias triste que terminam mais triste ainda. Desde a jovem operária negra, viúva, mãe de quatro filhos, que se mata de trabalhar como soldadora na construção de navios durante a 2ª Guerra, até a protagonista, uma estudante de jornalismo que cresceu em um ambiente nada tradicional. As 'iluminadas" personificam o papel reservado as mulheres ao longo da história da sociedade patriarcal. Através delas, a autora toca em assuntos ainda tabu: racismo, sexualidade, identidade de gênero, aborto e violência contra a mulher.

Na parte da ficção, a história também se sai muito bem. O suspense, típico de um thriller, muitas vezes me fez levar os dedos a boca para roer as unhas. Com uma narrativa em terceira pessoa que ao mesmo tempo mostra o mundo pela perspectiva dos personagens, Iluminadas usa um recurso que gosto muito, mas que desagrada bastante outros leitores, não segue uma linha de tempo linear, indo e vindo conforme o assassino vai e vem das diferentes épocas em que comete os crimes.

Recomendo a leitura. Não é um livro no nível do Mestre Stephen King, mas certamente é muito melhor do que atualmente tem por ai como literatura para jovens adultos.
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Literatura 27/06/2014

Sob as ordens do Mal
Até que ponto um autor é capaz de surpreender? Juro que ainda não sei… E depois que li Iluminadas (Intrínseca, 318 páginas) acho que sei menos ainda. Assim que vi a premissa da obra – assassino do mal que viaja no tempo para matar as suas vítimas – já fiquei com aquele coceirinha na mão, ansioso por ler. Até que fiz a besteira de pegar o danado à unhas e dentes para lê-lo. Algumas páginas depois – porque o começo juro que é meio parado – eu estava com os olhos vidrados, murmurando My precious.

Se você não está entendendo nada e acha que estou surtando, deixa eu te explicar. O livro, cujo título original é The Shining Girls já vem dando o que falar depois de ganhar os prêmios The Crime Writers’ Association Gold Dagger Nominee (2013) e do Goodreads Choice for Mystery & Thriller Nominee (2013) e vinha sendo esperado com certo roer de unhas aqui no Brasil. Eu assumo que não estava entre os desesperados, até que comecei a ler esse trem e ficar puxando os cabelos infinitas vezes de tensão.

O vilão da coisa toda é Harper, um cara verdadeiramente ruim da década de 30, que invade uma casa bem diferente das outras. Nela, um voz do além – provavelmente do Tinhoso – oferece a ele a grande oportunidade de viajar no tempo para matar determinadas mulheres – as Iluminadas no título. Como todo bom louco que se preze, o vilão aceita e começa a viagem como um Doctor Who das Trevas, matando as moças e mudando o curso das histórias em volta delas. Até que uma delas sobrevive, Kirby, que sai em busca da verdade desses crimes mirabolantes junto a um jornalista.

E que verdade…

Confira a resenha completa no site:

site: http://www.literaturadecabeca.com.br/resenhas/resenha-iluminadas-sob-as-ordens-do-mal/#.U638ifldUn4
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Dreeh Leal | @dreehleal 22/10/2014

Iluminadas, Lauren Beukes
Harper Curtis era um cara ferrado na vida, até ele pegar o paletó de tweed que tinha a chave para a sua nova vida, a chave que o levaria a Casa. Olhada de fora, ela parece uma casa a muito abandonada, com tábuas fechando suas portas e janelas. Harper ainda não sabe que a Casa esconde mistérios e mudará sua vida para sempre. Pesadas cortinas penduradas, uma lareira acessa, mobilha de décadas passadas e um cara morto com um pedaço de frango congelado na mão. Isso é oque ele encontra ao passar pela porta. No andar de cima, um quarto misterioso contem os itens que ele precisará para enfrentar suas futuras missões, o resto, vem da sua cabeça. A Casa o intui a fazer o que precisa ser feito e o levará ao tempo em que precisa estar. Seja apenas para conhecer suas iluminadas ou para o momento certo de mata-las.

Ele se torna um serial killer, que tem um ciclo a fechar. Ele normalmente conhece as meninas em sua infância; conversa com elas, as vezes, o suficiente para que elas se lembrem dele no momento certo ou também pode deixar um objeto para ser lembrado. Quando chega o momento certo, ele retorna para mata-las de forma cruel e fria, levando com ele algum objeto particular delas e deixando um objeto de outra vitima. Esses objetos viajam no tempo junto com ele, indo parar em épocas muito a frente ou muito antes de poderem existir. Isso sempre passou despercebido pela policia... Afinal de contas, quem ligaria assassinatos acontecidos em épocas totalmente diferentes?

Ele só não contaria que Kirby sobreviveria e viraria o mundo de cabeça para baixo com o intuito de encontra-lo e faze-lo pagar pelas cicatrizes que deixou em seu corpo e sua vida. Após tentarem assassina-la brutalmente, Kirby passou muito tempo internada na UTI. Ninguém pensou que ela pudesse sobreviver após ter uma facada no pescoço e outra na barriga. Quatro anos e muitas cirurgias plásticas depois, ela se torna estagiária do Chicago Sun-Time para trabalhar com o ex-reporte policial Dan Velasquez. Ele cobriu o seu caso e ela tem esperança de que ele possa lhe ajudar na sua busca. Muito a contra gosto e às vezes até sem quere, ele acaba ajudando-a, mas algumas coisas são demais para ele. Ele que sabe o poder que toda a tristeza e desespero presentes por detrás dos assassinatos pode fazer com uma pessoa... Ele que teve a vida destruída por causa disso!

Ninguém acredita em Kirby, mas ela faz um ótimo trabalho. Algumas provas que estão na frente dela passam despercebidas, mas é tudo tão improvável e difícil de relacionar...

O livro é narrado em terceira pessoa e se intercala entre os personagens. Ele é contado através de passagens no tempo, cronológicas ou não. Em alguns momentos é primordial prestar atenção às datas para não se perder na história, em outros nem tanto. Podemos dizer que o presente começa em 1992 e vai até 1993. Esse é o nicho principal da história, onde Kirby aparece fazendo sua busca pelo seu quase assassino. A autora tem uma escrita envolvente e fluida. Ela descreveu cenas me deixam arrepiadas só de lembrar.

A história criada pela autora é fascinante, um mundo complexo, com personagens complexos e muito reais. Porém eu achei que faltaram explicações fundamentais. A única coisa que eu entendi com relação à Casa, é que se você tivesse a chave para entrar, você conseguiria viajar no tempo ao sair de lá. Mas e as garotas? Como elas são selecionadas, qual a lógica de escolhas... É tudo muito intuitivo. Harper está lá dentro e simplesmente sabe que é hora de matar e sabe quem matar, simples assim.

Eu fiquei presa ao livro até bem depois de sua metade. Era fascinante ir com Harper atrás de suas vitimas e observar suas reações, bem como suas mortes eu não costumo ser mórbida assim gente, mas é um thriller realmente instigante. Da mesma forma que gostei de ver Kitby indo atrás das provas. Tive vontade de entrar no livro e ajudá-la a ver coisas que estavam bem diante de seus olhos, mas que ela parecia não querer ver. O indicio de envolvimento com Dan também me agradou, pois ele foi bem sutil, ocupando assim o seu lugar da trama. Infelizmente, conforme o fim foi se aproximando eu desanimei bastante.

Percebi que a maioria das minhas perguntas não teriam respostas e fui ficando cada vez mais frustrada! Em certo momento da história eu pensei que ele falaria um pouco mais sobre o porquê da forma como ele mata o que parecia ser algo importante -, mas ficou no ar, subentendido. Eu gostei bastante do desfecho da história: justo e plausível, mas o epilogo só serviu para me deixar mais confusa ainda sobre tudo que não foi explicado.

Iluminadas é um thriller aterrorizante, que tinha de tudo para entrar para os favoritos, mas que infelizmente deixou a desejar. Todas as respostas que eu não obtive me deixaram frustrada e foram o motivo de apenas 3 estrelas. Se você não se incomodar com isso, com certeza terá uma ótima leitura!

site: http://www.maisquelivros.com/2014/06/resenha-iluminadas-lauren-beukes.html
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