O Rei Amarelo

O Rei Amarelo Robert W. Chambers
Tiago P. Zanetic
Airton Marinho
Raphael Salimena




Resenhas - O Rei de Amarelo


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giuliaruas 18/03/2024

Um Livro Venenoso
"Não era por acaso que o pecado, a doença e a arte moderna tinham a mesma cor: importados para a Inglaterra, os livros dos autores decadentes franceses vinham encadernados em amarelo".

"O Rei de Amarelo" pode ser considerado, sem dúvidas, como um dos melhores livros de contos "decadentes" que podemos encontrar para leitura. Baseado em um livro "venenoso" (como diria Oscar Wilde), o enredo dos quatro primeiros contos gira em torno de uma peça fictícia de mesmo nome, que traz a desgraça e a decadência àqueles que ousam ler o seu conteúdo.

Os meus contos favoritos foram "A Máscara" e "O Reparador de Reputações", motivado, principalmente, pelo final inesperado que cada um deles carregou. "No Pátio do Dragão", "O Emblema Amarelo", "A Demoiselle d'Ys" e "A Rua dos Quatro Ventos" também possuem suas características marcantes: com uma leitura fácil e rápida para aqueles que já estão acostumados com o estilo de escrita de Chambers.

O único ponto negativo do livro, como muitos outros já citaram, é a existência de contos que não são totalmente relacionados ao Rei de Amarelo, como ocorre no caso de "A Demoiselle d'Ys", "O Paraíso do Profeta", "A Rua dos Quatro Ventos", "A Rua da Primeira Bomba", "A Rua de Nossa Senhora dos Campos" e "Rue Barrée". Estes últimos, especificamente, me aparentaram ser muitíssimo chatos; —e não me arrependo de ter pulado a leitura já que nada acrescentariam à minha experiência quanto a trama do Rei de Amarelo. O motivo deles estarem ali é desconhecido; e acabei retirando um estrela de minha avaliação por achar que eles estão ali, aleatoriamente, apenas para adicionar um volume de páginas ao livro.

Como li no formato e-book, ainda pretendo adquirir a edição da Darkside para guardar como recordação de uma leitura excelente.
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Hadlla.H 06/03/2024

Uma coletânea para quem quer se aventurar pelo terror em HQs
É uma boa coletânea de histórias em quadrinhos, mas devo confessar que o roteiro de pelo menos metade das histórias foi algo bem abaixo das minhas expectativas.

Graficamente essa HQ não tem erros, mas o roteiro tornou a história muito decepcionante. Vamos aos pontos, cada história (exceto por três ou quatro) não possuem uma introdução que nos deixem a par do que de fato está acontecendo, e apesar de que era pra ser uma intenção boa, deixar os efeitos posteriores do contato com a "entidade" de forma subentendida, essa idéia só deixou a história mais confusa.

Vamos ao ponto de vista de cada história.

Fantasmas na máquina:
"Fantasmas na Máquina" em uma clara referência ao local onde a entidade será encontrada nessa trama, é a primeira história apresentada na adaptação em quadrinhos de "O Rei Amarelo". Inicia com uma introdução que tangencia a crítica social, mas infelizmente, seu desenvolvimento se perde em uma narrativa confusa, assim como seu desfecho. A personagem central, Tessie, evidencia distúrbios alimentares e um vício preocupante em redes sociais, aspectos que, inicialmente, são bem explorados na trama, mas acabam se diluindo ao longo das páginas. Outro ponto negativo é a escrita, que parece automatizada em certos momentos. Porém, as ilustrações merecem destaque: caricatas de forma quase desconfortável, capturam uma essência que o roteiro não alcança. Elas oferecem um jogo visual impressionante, incentivando a leitura das próximas histórias.


A boneca:
"A Boneca" é o segundo conto apresentado nesta HQ. Ele se inicia com uma introdução que prontamente estabelece a trama central, e ao contrário da primeira história, essa introdução não é negligenciada ao longo das páginas. A construção do roteiro desta história pareceu meticulosa, criando uma crescente sensação de suspense. As ilustrações possuem um estilo bastante interessante, especialmente ao observar o uso marcante da cor amarela, que ressalta todos os problemas da trama. O desfecho deixou-me curiosa e impactada, tornando esta história uma das minhas favoritas.


A rainha de amarelo:
A terceira história, "A Rainha de Amarelo", revela-se como uma das mais complexas, porém, lamentavelmente, também uma das mais confusas. A introdução, embora tente estabelecer uma conexão entre a entidade e o misterioso Autômato escritor, não se harmoniza adequadamente com a trama central do conto. Além disso, a escolha de Edgar Allan Poe como figura principal nesta narrativa parece deslocada, apesar da tentativa de justificá-la através do conceito do "Autômato escritor". No entanto, a execução dessa ideia revela-se confusa e estranha, deixando o leitor sem uma compreensão clara do propósito por trás dessa escolha narrativa.
Apesar do roteiro manter um ritmo satisfatório, infelizmente não consegue estabelecer correlações coerentes entre os eventos apresentados. As ilustrações, embora de qualidade, não alcançam o mesmo nível enigmático presente nas outras histórias. Quanto ao desfecho, este se revela confuso e decepcionante, falhando em compensar as lacunas deixadas pelo início e meio da narrativa. A intenção de deixar certos aspectos implícitos é compreensível, porém, a falta de um motivo concreto para as reviravoltas finais deixa uma sensação de vazio e frustração. Toda a representação do horror cósmico, cuidadosamente estabelecida ao longo da história, parece dissipar-se de forma abrupta, sem uma justificativa plausível. Em resumo, "A Rainha de Amarelo" se destaca como uma história que, apesar de seu potencial, falha em cumprir suas promessas, deixando o leitor com uma sensação de insatisfação e perplexidade.

Maldita rotina:
"Maldita Rotina" se revela como a quarta história dentro da HQ, e apesar de questionar se o título realmente se alinha ao enredo, este conto oferece uma experiência satisfatória. A introdução não sutilmente nos antecipa o "mal" que se desdobrará ao longo da trama, inicialmente envolvendo-se em uma aparente lenda urbana, levando-nos a presumir que o pior está por vir. O ritmo do roteiro é bem construído, delineando os eventos de forma sólida, embora não tão enigmática quanto outros contos, ainda assim, consegue surpreender e agradar (embora seja recomendado cautela para aqueles sensíveis ao sofrimento animal). A inclusão do quadro do menino chorando é uma das nuances mais cativantes desta narrativa, pois desde o princípio o foco amarelo se concentra neste objeto (apesar da presença do caderno). A arte desta história é notavelmente equilibrada, não excessivamente elaborada, nem excessivamente simples, alcançando um ponto ideal para complementar o conteúdo apresentado pelo roteiro. As páginas finais proporcionam uma conclusão satisfatória para este conto.

Caninos:
"Caninos" emerge como a quinta história e destaca-se como uma das mais impressionantes dentro da coleção. Desde sua introdução, a narrativa exibe uma inteligente utilização de metáforas, habilmente conectadas aos eventos subsequentes da trama. O roteiro é excepcional, oferecendo diálogos perspicazes que não apenas esclarecem os acontecimentos da história, mas também lançam luz sobre o passado intricado das personagens principais.
Entretanto, apesar dos méritos do enredo, a parte gráfica desta história apresenta algumas deficiências notáveis. A falta de expressividade das personagens em certas situações compromete a capacidade de transmitir emoções complexas, muitas vezes deixando-as com uma aparência neutra diante de eventos que deveriam evocar reações mais intensas. Essa falha pode diminuir o impacto emocional da narrativa em certos momentos.
Embora o desfecho de "Caninos" não seja particularmente surpreendente, ainda assim é satisfatório. O enredo é habilmente tecido, oferecendo uma série de motivos e pistas ao longo da história que culminam em uma conclusão coerente. Além disso, a narrativa sugere a presença de motivos ocultos, adicionando uma camada adicional de profundidade à trama.

O rei dos ratos:
A sexta história, "Rei dos Ratos" apresenta uma premissa inicialmente intrigante, evocando a expectativa de uma narrativa inspirada na lenda do flautista de Hamelin. No entanto, ao longo das 20 páginas, a história se desdobra de maneira confusa, deixando o leitor com uma sensação de desorientação. O roteiro, embora tenha pontos positivos, carece de clareza e parece seguir um plano de sequência exato, sem muitas nuances ou surpresas.
Um aspecto notável da parte gráfica é a escolha de tonalidade amarelada, que contribui para criar uma atmosfera distinta e coerente com o título da história. Os personagens, embora caricatos, possuem uma expressividade peculiar que adiciona um certo charme à narrativa.
No entanto, apesar desses méritos, o final da história deixa a desejar. É confuso e deixa muitas pontas soltas, resultando em uma conclusão subentendida que pode deixar os leitores insatisfeitos e buscando por mais resoluções.

Taxidermia anímica :
A sétima história, "Taxidermia Anímica", apresenta uma narrativa intrigante, com elementos que despertam interesse ao longo da leitura. Uma das características mais marcantes é a representação da taxidermia, que oferece momentos cativantes, especialmente pela sua peculiaridade e a maneira como é entrelaçada com a obsessão do personagem principal por uma profissão inatingível.
O roteiro demonstra solidez na construção da trama, oferecendo um ritmo agradável de leitura. No entanto, algumas metáforas e subentendidos poderiam ter sido explorados de forma mais cativante, acrescentando camadas adicionais à narrativa.
A parte gráfica se destaca pela sua estilização habilidosa, com uma paleta de tons amarelos que cresce em intensidade ao longo da história, contribuindo para uma imersão mais profunda na atmosfera envolvente. Essa escolha de cores cria uma experiência visual marcante para o leitor.
Embora o final da história possa parecer um tanto confuso à primeira vista, uma compreensão completa da narrativa desde o início ajuda a desvendar sua complexidade. A referência à taxidermia e às quimeras, juntamente com os insights sobre atuação, torna o desfecho intuitivo para aqueles que acompanharam atentamente a história.

Medíocre:
A última história da HQ "O Rei Amarelo", intitulada "Medíocre", oferece uma abordagem refrescante e sarcástica que beira a crítica social. Com um ritmo excelente, o roteiro não se prende apenas ao aspecto místico ou filosófico frequentemente explorado em histórias semelhantes. Em vez disso, mergulha diretamente nas questões rotineiras, destacando a crítica social através de um personagem principal que se considera um crítico perfeito, mas cujas críticas são mais uma forma de menosprezar do que de construir.
O roteiro apresenta uma alternância inteligente entre questões do dia a dia e críticas sociais, muitas vezes apresentadas de forma sarcástica. Isso é evidente na maneira como o personagem principal menospreza aquilo que ele não gosta, refletindo a própria essência do título da história.
A parte gráfica não busca detalhes elaborados, optando por um estilo mais caricato que se encaixa perfeitamente com o tom sarcástico da narrativa. As expressões dos personagens são vívidas e definidas, acrescentando camadas adicionais à história.
O uso gradual do tom de amarelo ao longo da história adiciona um elemento visual cativante, tornando a leitura ainda mais agradável. E o final, longe de deixar questões em aberto, oferece uma conclusão definitiva que, para alguns leitores, remete a uma crítica social sutil, mas poderosa.
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Diego.Rates 03/03/2024

Uma interessante coletânea de contos macabros!
Quando um material se torna inspiração para tantas grandes obras posteriores, naturalmente ele irá criar uma certa mística ao redor dele. E sim, esse é o caso desse livro.

Com diversos contos levemente interconectados em termos de narrativa, mas muito interconectados em termos de temática, o autor especialmente consegue criar histórias muito envolventes e dramáticas, em especial na primeira parte desse livro, que é assombrosa (de forma positiva). A segunda parte segue por um outro lado, que confesso que achei menos interessante, mas ainda assim, é uma leitura que vale muito a pena pra quem gosta do horror cósmico de Lovecraft, das histórias de Stephen King ou Neil Gaiman, da série True Detective, que pega inspiração para partes de sua trama nessa folclórica obra. Recomendo!
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Corquiola 29/02/2024

É uma pena que o autor não tenha mais obras deste tipo, os 4 contos situados na trama do Rei de amarelo, são muito bons e tirando os dois últimos que gostei pouco... um livro que deixa um gosto de quero mais...
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jvictor.rc 26/02/2024

Alucinante, atemporal, e maçante...
Ler a primeira metade de "O Rei de Amarelo" foi como ter um sonho febril e intrigante, uma prisão bem efetiva e sem sentido, uma atmosfera perturbadora e ao mesmo tempo... aconchegante? É difícil explicar em palavras o quanto me agradou. A escrita de Chambers açoita os sentidos dormentes e desperta reflexões sombrias, e como amo isso. Mas a frustração veio em uma proporção dobrada ao chegar na segunda metade.
Quando os contos saem de fato da atmosfera de Hastur tudo fica muito chato e cansativo, não tem mais sentido em ler os romances de época, não depois do que foi apresentado. De fato, a obra poderia ter metade do número de páginas. Queria muito dar 5 estrelas, mas acho que 4 é muita generosidade.
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Saturnino 18/02/2024

Um bom livro
O modo como os contos vai ao pouco mostrado como a loucura vai se formando é incrível. Nessa edição teve os quatro contos sendo "A máscara" e "O símbolo amarelo",os que mais me cativaram;nessa mesma edição teve outros quatro contos de autores diversos que entram na mesma temática dos outros dois, a loucura e o desejo.
O livro é bom e nada além, não será uma leitura que terei novamente.
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Cachamorra 15/02/2024

Metade muito bom, metade tédio
Temos aqui uma edição muito bem cuidada pela intrínseca, mas a edição mais recente lançada pela Darkside é muito superior. Esse é um daqueles livros que você coloca na estante como decoração, mas avisa para a visita que é chato.

Dito isso, toda a primeira parte do livro, que faz referência a Rei de Amarelo, é bem legal, mais ainda se você já viu a primeira têm de True Detective ou qualquer outra referência moderna/contemporânea. Todo o mistério cósmico (ou horror) é bem apresentado. Infelizmente, o resto do livro é um tédio só. Uma série de referências a burguesia estadunidense ou aristocracia francesa e suas relações, sem muito a contribuir com o 'mythos' dessa história. Basicamente, é um romance morno. Esse é um daqueles livros que mais teve marketing do que de fato é algo.

Se você quer tédio, você terá aqui. ?
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srlucast 08/02/2024

Podia ser melhor editado
A canção de Cassilda + introdução
?????
Tomo I ? O reparador de reputações
?????
Tomo II ? A Máscara
?????
Tomo III ? Na travessa do dragão
?????
Tomo IV ? O SIGILO AMARELO
?????
Tomo V ? A Demoiselle D'ys
???
Tomo VI ? O paraíso do profeta
?????
Tomo VII ? A Rua dos Quatro Ventos
???
Tomo VIII ? A rua da primeira bomba
???
Tomo IX ? A rua de N S dos Campos
?
Tomo X ? Rue Barrée
?

Média de avaliação dos contos, sendo 1-5?
4.1 ?????

A pergunta que eu me faço é precisava esses 10 contos? Não. O rei de amarelo é na verdade só os 4 primeiros contos, eu fecharia no quinto conto como um bonus que faz sentido. os 4 primeiros contos são excelentes e prendem realmente no universo do livro. A Demoiselle D'ys e O paraíso do profeta seriam mais que excelentes bonus para o livro que se fecha nos quatro primeiros contos, o restante do livro só serve pra deixar cair a bola e decepcionar. Principalmente quando essas coleções de contos o perigo é começar muito bom e depois vir só com contos mais fracos pra encher de linguiça o leitor. É um livro muito bom que podia ter sido melhor editado. Menos é mais. Os dois últimos contos foram um sofrimento de ler, chatinhos e não acabavam nunca nunca. Aplausos pra edição física da Darkside, a qualidade artística e material impecável, simulando a edição original é sensacional, só pecou mesmo na edição dos textos, que podia poupar o leitor dos dois últimos contos, principalmente.
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Lucy 30/01/2024

O que tem em volta cativa mais
Eu tenho ficado interessada no rei de amarelo por conta de obras que se utilizam do universo cósmico dele.
Mas ao ler esse livro fiquei meio entediada, mas n tiro seu mérito, a questao é bem parecida com "O homem da areia" e "her", por exemplo, tem suas importâncias em seus tempos e seus tempos suas moralidades e desgastadas tais moralidades, parecem poucas com o tempo, mas isso pq eu já vi muito sobre necrofilia, por exemplo.
Berenice e aquele poema do romantico nacional, aquele lá, acho que colocamos todos juntos fazem um bom conjunto com o da gatinha, pq se são de mal gosto tb deixam a gente afetado e aí é o que há.
Vou ler hanna arendt agora. Bjs
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Carolina Hahn 27/01/2024

Tenha em mente que são dois temas completamente diferentes nesses contos.
Gostei muito da primeira parte que gira em torno do horror da peça que da nome ao livro, já a segunda parte tende a ser mais romântica e não é ruim, mas não tem o carisma e riqueza da primeira. Contos muito bem escritos, compensa a leitura!
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Nena 27/01/2024

Leitura interessante
Gostei do trabalho que a leitura faz de induzir o leitor a procurar um fio condutor que una todas as histórias em torno do livro "O Rei de Amarelo", objeto tema do livro. Também gostei de me perceber questionando se esse fio condutor realmente existe.
Os contos têm várias nuances. Vou dizer que os mais direcionados ao terror foram os que me pegaram mais. Os contos do final acabaram deixando a leitura mais lenta pelo tamanho deles com relação ao ritmo do livro no todo. Mas no geral gostei de ter lido.
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criswest 19/01/2024

Amo o fato de cada conto ter uma arte diferente, apesar de ter alguns temas muito pesados e artes bem explícitas, eu gostei muito
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Coquidré 17/01/2024

Os contos que envolvem O Rei de Amarelo são fenomenais. Uma escrita que te envolve em cada linha e te deixa tenso a cada acontecimento. Infelizmente os outros contos não seguem uma linha parecida.
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