O Rei de Amarelo

O Rei de Amarelo Robert W. Chambers
Tiago P. Zanetic
Airton Marinho
Raphael Salimena




Resenhas - O Rei de Amarelo


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Henrique 19/04/2014

"Depois de uma leitura como O Rei de Amarelo, as únicas alternativas eram o cano de uma arma ou o pé da cruz.

Esperei, com ansiedade potencialmente irrequieta, que O Rei de Amarelo fosse lançado por essas terras, com uma edição digna e uma tradução, na medida do possível, fiel ao original. Por isso, quando o tive em mãos, nem pensei duas vezes antes de pausar a releitura que estava a fazer de Game of Thrones. Como que respondendo a um desejo já antigo, a Editora Intrínseca nos agracia com a publicação de um clássico bem traduzido, com uma bela capa, esbanjando originalidade. O revisor, Carlos Orsi, escritor e jornalista a respeito de quem, até então, não havia lido nada a respeito, preenche de notas cada conto da coletânea, lançando luz sobre aspectos que acabariam por passar desapercebidos, até mesmo para o leitor mais experiente.

Curiosamente, há outras editoras que pretendem publicar suas próprias edições do livro O Rei de Amarelo. Acredito que isso deve-se ao grande sucesso da série True Dectetive (uma série complexa a qual recomendo a todos os que estão em busca de trabalhos bem feitos), que estreou em 12 de janeiro e é exibida pela HBO e que recebeu boas críticas, especialmente pelo enredo, consistência dos personagens e pelas atuação dos atores. Um dos personagens da trama denomina-se O Rei Amarelo, uma clara alusão à obra de Chambers, que inspirou e inspira grandes nomes da literatura, como a minha muito amada Marion Zimmer Bradley, mais conhecida pela quadrilogia As Brumas de Avalon e a extensa e bem sucedida série Darkover, o adorado e reconhecido H.P. Lovecraft, mais conhecido pela terrível e assustadora mitologia do Cthulhu, E. Raymond Chandler, que escreveu um conto policial intitulado O rei de amarelo, os incríveis e respeitados Terry Pratchett e Neil Gaiman, que juntos escreveram Belas Maldições, Stephen King, reconhecido como o prolífico e atual rei da Literatura de Horror, entre outros.

Uma Ressalva

O Rei de Amarelo é uma leitura difícil, complexa, com escrita rebuscada e um texto que precisa ser devidamente interpretado para que não se perca a atmosfera que sua leitura proporciona. O livro faz muitas referências que facilmente passarão despercebidas ao leitor desatento (portanto, foco!). As notas deixadas pelo revisor do texto acabam por tornarem-se mais que valiosas, pois além das referências que Chambers faz a elementos e fenômenos da realidade, da cultura e da Histórias, há também referências que ligam um conto ao outro, ainda que implicitamente. Existem, ainda, muitos mistérios em torno da Mitologia Amarela de Chambers, alguns dos quais jamais poderão ser desvendados, dando margem para diversas suposições. A própria natureza de O Rei de Amarelo, um livro em forma de peça teatral presente em alguns dos contos, é um mistério proposital, e o pouco que é revelado, já nos fornece muito para pensar.

Sobre a Obra

Robert William Chambers (1865-1933) publica, em 1895, um peculiar volume de contos, contendo dez histórias sendo que quatro delas giram em torno de uma peça de teatro intitulada O Rei de Amarelo.

Em sua obra, Chambers nos fornece apenas vislumbres do que seja ou do que esteja contido nessa peça de teatro (que á, na verdade, um livro, ao estilo de Shakespeare). Na obra, após os personagens lerem O Rei de Amarelo, eles experimentam o que pode ser denominado uma nova emoção ou sensação, tão radical, que a própria beleza do texto se converte em uma maldição para quem o lê, como salienta Carlos Orsi. São essas reações, por parte dos personagens que leem o livro, que inserem o horror na obra, pois elas são acompanhadas por uma espécie de revelação, em que os personagens já não enxergam as coisas como as outras pessoas enxergam e, em seu íntimo, estão sempre perturbadas pelas revelações que a leitura do livro lhes proporcionara. É como se lhe fossem contadas verdades enlouquecedoras. Um trecho que descreve bem é o que segue:

Seu olhar caiu sobre o livro amarelo que Lorde Henry lhe enviara. O que seria isso, perguntou-se (...) após alguns minutos, estava absorto. Era o livro mais estranho que já havia lido. Parecia que, em vestes refinadas, e ao som delicado de flautas, os pecados do mundo desfilavam, em silêncio, diante dele. Coisas com que havia sonhado de modo vago tornavam-se reais para ele. Coisas que jamais imaginara eram-lhe reveladas. - O retrato de Dorian Gray, Oscar Wilde (1854-1900)

Desfechos Dúbios

Os quatro primeiros contos, que fazem referência direta à peça O Rei de Amarelo, possuem desfechos dúbios, que nos levam a parar um pouco e repensar a trama para atribuir uma explicação razoável que nos permita compreender o que se passou. No entanto, essa busca pela compreensão pode se converter em frustração, pois, como já citei, os mistérios presentes na obra são profundos e escuros, pois giram em torno do tão misterioso livro Rei de Amarelo e sua mitologia, cujas informações nos são dadas parcamente.

Acredito que muitos leitores terão a sensação, ao chegar ao desfecho de um conto, de que o autor foi impedido de continuar a escrever, como ocorrem nas obras incompletas, como os contos da Cantuária, em que o autor morre antes de concluir a escrita. Essa sensação não deve dar margem para frustração, mas para a reflexão.

Você Precisa Saber Antes de Ler

Já me referi à dificuldade pertinente à leitura do livro, por sua escrita e por sua trama. No entanto, essa é uma ótima oportunidade para dar passos mais ousados na sua experiência de leitura, pois ela exigirá muito de seu raciocínio, de sua memória e de seu vocabulário. Espero que esse aspecto não o prive de ler essa preciosidade.

Outro aspecto relevante é a natureza dos dez contos presentes na coletânea. Quatro deles se passam em uma realidade na qual existe a peça O Rei de Amarelo, que exerce influências sinistras naquele que a lê. Dois contos, ainda contendo elementos fantásticos, não citam a peça, mas parecem possuir ligação com os outros contos. Já os quatro últimos contos são de caráter completamente realistas e como nos outros dois, a peça sinistra não é citada. No entanto, como as notas nos permitem confirmar, Chambers parece ter inserido em outros contos, referências e elementos comuns aos contos que mencionam o Rei. Para o leitor que busca as experiências do horror ou do fantástico da leitura dos contos, esse últimos jamais irão conceder nem mesmo a sombra da sombra de tais experiências. Eles devem ser lidos sem qualquer expectativa, para evitar desencantos com a obra. Tratam-se de contos românticos envolvendo jovens boêmios que vivem em Paris e que também possuem algumas ligações entre si e referências implícitas ao Rei de Amarelo.

Pessoalmente, não vi como essas referências poderiam ser úteis na compreensão de aspectos da Mitologia Amarela e aconselho que sejam lidos como contos à parte, sem expectativa alguma de encontrar informações consistentes sobre o Rei. O desejo de encontrar tais informações é quase inevitável, do meu ponto de vista, por se tratar de uma trama misteriosa na qual temos no enredo um livro maldito que amaldiçoa aquele que o lê, é despertado em nós um interesse bastante natural acerca do que está contido no livro maldito e do que exatamente são os elementos que os personagens que o leram acabam por revelar, como por exemplo, Carcosa, onde os sóis gêmeos afundam sob o lago e as sombras se alongam, onde o manto em retalhos do Rei se agita, onde estrelas negras sobem e estranhas luas o céu percorrem...

Por fim...

Nas análises que faço dos livros que leio, tenho por regra sempre discorrer sobre os aspectos morais retratados, temas que são abordados nos quais podemos refletir, reflexões a respeito desse ou daquele personagem, dessa ou daquela afirmação, entre outros. No entanto, cada um dos dez contos presentes nessa coletânea merece atenção particular, de modo que se fosse discorrer sobre cada um deles, eu precisaria de muitas e muitas linhas. Por isso, vou considerar a possibilidade de trabalha-los de modo singular. Dentre os contos, os que mais me foram caros são O Reparador de Reputações, tanto pelos personagens e trama quanto pelo fato de haver sido o primeiro contato que mantive com O Rei de Amarelo, o conto O Emblema Amarelo, pois foi o que mais me transmitiu horror e o conto Rua de Nossa Senhora dos Campos, pela moral que ele contém e pelo ótimo teor cômico.

Para aqueles que pretendem ler O Rei de Amarelo (de minha parte, eu mais que recomendo), estejam preparados para uma leitura que inspirou grandes nomes.

Visite meu blog

site: http://pilulasliterarias.blogspot.com.br/
yurigreen 20/04/2014minha estante
Que análise portentosa! É a resenha mais bem feita que já li nesta rede. Estava ansiosíssimo pra ler a obra após terminar True Detective, baixei algumas amostras em inglês pelo Kindle e desde o lançamento da tradução aguardava uma avaliação assim. Ao final da sua crítica, fiquei com mais vontade de ler, não só a obra, mas outras resenhas suas.
Parabéns, abraço. To te adicionando por aqui hein!


Henrique 25/04/2014minha estante
Hey, Yuri!
Bom saber que fui útil, um saber duplamente bom: sempre bom quando incentivamos alguém a ler um livro que figura entre nossos favoritos.

Abraços! Desfrute da leitura ;-)


Carolina 28/04/2014minha estante
Excelente resenha, Henrique! Acabo de encomendar o livro - mal posso esperar para tê-lo em mãos e mergulhar nessas histórias tão intrigantes.


Henrique 29/04/2014minha estante
Hey, Carolina!
Que sua leitura seja tão intensa quanto foi a minha. A Intrínseca fez um ótimo trabalho de revisão de texto. Agora é deixar o Chambers fazer a parte dele. ;-)


Tatiana 04/05/2014minha estante
Pronto! Adoeci!!! Peguei ele na livraria e terminei não comprando!!! Por que eu fiz isso?


Lígia Colares 15/05/2014minha estante
Adorei a sua resenha, foi a primeira q li, e com certeza nao vou precisar ler outras haha! a estou acompanhando seu blog também! Parabens pelo trabalho, e o livro ja esta na lista para ser comprado com urgencia haha


Matheus Cunha 16/05/2014minha estante
Gostei tanto da tua resenha quanto do livro escrito pelo Chambers.
Parabéns.


Wesley 19/06/2014minha estante
Que baita resenha! Na qualidade e no seu tamanho rs! Realmente o True dectetive meio que me apresentou a obra (acho que fez isso com meio mundo de curiosos). Ela entrou em uma fila de títulos que preciso adquirir $$ e o hiato de espera seria grande não fosse sua resenha. Digamos que o livro pulou vários da fila. Parabéns pela resenha!


Flávia 12/09/2014minha estante
Parabéns pela resenha. Acabei de adquirir o livro em uma visita despretensiosa a Nobel. Por um acaso encontrei e por algo que não sei explicar, precisei comprar. Curiosamente acabei de iniciar True Detective e não sabia que o livro era mencionado.


Gabriela M. 26/02/2015minha estante
Henrique! Parabéns pela resenha! Já li o livro por curiosidade, e como foi o primeiro contato com literatura fantástica, não consegui apreciar muito, mas com as tuas informações e teu entusiasmo com o livro, já vejo ele com outros olhos :)


Nenna Amori 24/01/2017minha estante
Que resenha excelente! Descreveu tudo que eu pensei sobre a obra de uma forma infinitamente melhor, achei o livro maravilhoso.


Animal Noturno 01/04/2024minha estante
Parabéns pela super análise, isso é mais que uma resenha, é uma aula ??????




Ro 01/03/2018

Amarelônico
Olá, amigo leitor. Tudo bom??
Gostaria de começar a minha resenha explicitando um pouco da minha frustração. Não sei se aconteceu com vocês, ou se foi apenas fruto do meu despreparo para ler esta obra, mas sofri da desilusão de não encontrar aqui a história d'O rei de amarelo. Prefiro acreditar que foi por puro descuido, ou ingenuidade minha, que deixei passar todas as informações que tive acerca do livro, pois me faltaram meios de recuperar tão preciosos dados que me guiariam a outro tipo de leitura.
Assim como nos é apresentado nos contos, temos em cada texto as desventuras que acometeram às pessoas que tiverem contato com a peça teatral que deu título ao livro. O que temos aqui, é um compilado de histórias que nos faz buscar a conexão que há entre elas, pois da forma como dispôs o autor – repetindo nomes de personagens, ruas e locais, tal como o Quartier Latin – nos faz questionar o que tal “casualidade” pretendeu significar. Seriam todas as personagens figuras de um universo paralelo, vivendo várias histórias simultâneas? Fica a dúvida.
O livro está dividido em duas partes; na primeira delas estão localizados contos menores, nos quais a presença do Rei de Amarelo se faz mais marcante. Na segunda parte, temos um apanhado de contos maiores em que se precisa fechar os olhos para enxergar a presença da entidade amarela. Não o bastante, fica nesta segunda metade os trabalhos mais carregados de cunho autobiográfico, pois o Chambers utiliza da sua escrita para retratar a vida de jovens pintores americanos em Paris. Fato que ocorreu, também, na sua juventude.
Outro ponto que quero explicitar, e que me deixou bastante chateada na composição do livro em si, foi a forma como que as notas de rodapé foram alocadas no corpo do livro. É um tanto quanto desconfortável ter de consulta-las, na medida em que se localizam ao fim de cada conto. Caso você queira acompanhar a leitura de forma a compreender algumas retomadas e citações do Chambers, será necessário ficar indo e vindo entre as páginas, ou então optar por ler as tais notas ao termino de cada conto.
Por fim, gostaria de desejar a todos uma ótima leitura. E tenham cuidado, pois O rei de amarelo pode chegar a você pela sua biblioteca.
Karol 27/03/2018minha estante
Também passei pela mesma experiência kkk me decepcionei muito!


Karol 27/03/2018minha estante
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Ro 28/03/2018minha estante
A presença do Rei é muito sutil. Confesso que fiquei bastante perdida kkk.


Karol 28/03/2018minha estante
Terminei o livro agora, os contos depois são bem cansativos e os quatro primeiros realmente, tem uma presença muito sutil e vi que em todos retratam um lirico de loucura e morte certa, além desse rei de amarelo parecer tipo um deus, mas ao mesmo tempo a morte em si... Bom, tbm achei confuso kkkk Me decepcionei mesmo, depois de tantas resenhas falando tao bem do livro kkkk




Sabrina - @linhaposlinha 25/12/2018

A leitura valeu a pena só até a página 129. Depois disso começam os contos de ambientação mais realista e, ao meu ver, mais românticos. Os primeiros contos são realmente bons. No entanto, todo o resto eu acabei empurrando com a barriga. Foi um livro bem razoável.

site: https://www.instagram.com/linhaposlinha
Zé Torres 14/02/2019minha estante
Ia fazer essa mesma resenha. Os dois últimos contos então, chegam a ser irritantes. Intragavél ficar lendo sobre a vida boêmia de estudante de arte e o questionamento moral da época. Os contos sobre a mitologia amarela são bem melhores.


Luiz Felipe 28/11/2019minha estante
Eu já discordo. No livro há cinco contos ótimos (todos os contos que envolvem o Rei de Amarelo e o conto A Demoseylle D'Ys), dois contos bons (Paraíso do Profeta e Rua dos Quatro Ventos) e três contos medianos (os três últimos). Nenhum realmente ruim.


Luiz Felipe 28/11/2019minha estante
Eu já discordo. Há 5 contos ótimos (os cinco primeiros), dois bons (o sexto e o sétimo) e três medianos (os três últimos). Nenhum realmente ruim. No fim das contas, o saldo é positivo.




Renata Mofatti 29/11/2016

Um clássico desclassificado
Uma dica para essa leitura: leia apenas os quatro primeiros contos. Um livro sem propósito intitulado como clássico. Desclassificado é tudo o que li. Se eu pudesse resumir livro ruim em uma frase seria: "O Rei de Amarelo".
DSaes 05/01/2017minha estante
O último conto também é bonitinho.


MARCEL 11/03/2017minha estante
por enquanto li apenas o primeiro e achei uma porcaria bem grande

história com mais moralismo do autor do que relação com o rei de amarelo


Alline 19/03/2017minha estante
Também não estou gostando. Nada interessante.




Lethycia Dias 23/11/2022

Desperdício de tempo
Esse livro me foi apresentado como um clássico do terror, que supostamente teria influenciado vários autores influentes nos gêneros de terror e fantasia. Lembro de ter comprado influenciada por isso, mas a leitura me fez questionar todos os elogios a esse livro que eu já tinha visto, inclusive os blurbs da capa. Pra começar pelo fato de que a suposta "influência" do autor das obras de escritores que vieram depois é sustentada apenas por referências pontuais, como nomes de personagens e menções a lugares que são citados nesse livro, e que supostamente também são citações misteriosas de outras obras. Falarei sobre isso mais abaixo.
Uma boa parte dos contos desse livro é protagonizada por jovens artistas, o que a princípio pode parecer que constitui uma unidade temática, mas me pareceu apenas um recurso preguiçoso e pouco criativo. Várias das histórias contém cenas compostas pelo protagonista pintando ou mostrando sua obra para alguém, e várias vezes, durante a leitura, eu tive a impressão de estar relendo a mesma história.
O título "O rei de amarelo" se refere a um livro fictício criado para o universo narrativo do autor, que supostamente seria o responsável por despertar maldade e desgraças, trazendo coisas ruins para a vida de quem o lê. Isso por si só já me deixava muito curiosa, mas assim como no caso da profissão dos personagens, foi usado de forma preguiçosa. O livro é citado em várias das histórias como uma coisa terrível, uma peça odiosa com a qual seus personagens nunca deveriam ter tido contato, mas em nenhum momento se diz o que os personagens leram nesse livro ou por que isso é tão ruim e nem de que forma causou coisas tão horríveis nas vidas deles - e nem sabemos que coisas horríveis foram essas. Depois de duas repetições, disso, eu já estava cansada.
O livro é repleto de menções a nomes e lugares cuja compreensão escapa ao leitor e, segundo as notas de rodapé, poderiam ser referências a outros livros e textos, às quais se pode atribuir um ou outro significado que serviria como chave interpretativa para as histórias. Li as notas com atenção a cada menção de tais nomes, mas mesmo assim, ficava difícil atribuir os significados sugeridos. A ideia de funcionar como um quebra-cabeça que o leitor deveria decifrar aos poucos através de referências incompreensíveis pra qualquer pessoa que não tenha vivido no mesmo tempo que o autor e nem conhecido as mesmas pessoas que ele e consumido as mesmas obras que ele (nem todas elas sobrevivem como clássicos) ai ficando cada vez mais mal executada com o passar das páginas. Depois de chegar à metade do livro, eu já não via como uma coletânea de contos complexos e misteriosos, mas sim um conjunto histórias sem ritmo ou lógica e sem nenhum atrativo para conquistar a curiosidade ou a simpatia do leitor, com uma infinita repetição de nomes. Sim, porque além das referências misteriosas, o livro também repete nomes de personagens. Vários dos contos, embora se passem em lugares e tempos diferentes, têm personagens com os mesmos nomes, e as notas sugerem que podem ser as mesmas pessoas em diferentes fases da vida ou "diferentes universos". Ridículo. Era só preguiça mesmo.
Larguei esse livro em pouco mais de 60% e digo que foi uma perda de tempo. Nem sequer deveria ser considerado relevante.

site: https://amzn.to/3Vi2qe1
Bruno.Polimeni 03/12/2022minha estante
Concordo muito com a sua analise, li 3 contos e pensando em desistir da leitura


Videl 02/04/2023minha estante
Achei que só eu estava tendo problemas com as notas de rodapé, que não ajudam em quase nada... faltam 2 contos e certamente vou terminar a leitura na força do ódio




herbert.goncalves 19/03/2021

isso é brasil, porra!!!
hq 100% brasileira com vários talentos dissecando a obra do chambers. macabro, lindo e com imagens perturbadoras. minhas expectativas foram supridas, vale demais dar uma lida nessa maravilha.

site: https://filmow.com/usuario/herbert_
Laryssa.Rabelo 19/03/2021minha estante
Não conhecia, agora quero ler


herbert.goncalves 19/03/2021minha estante
recomendo hein, e aproveita também "o despertar de cthulhu", é melhor ainda.




Lucas.Wijk 19/02/2015

Superior a outros clássicos do gênero!
Como sou fã do gênero terror, já inicio esta resenha admitindo que não tive paciência para ler os contos das quatro ruas. Li somente a Rua dos Quatro Ventos e o início da Rua das Quatro Bombas e depois desisti. São contos mais realistas, sem relações com o terror, que não me interessaram e não conseguiram prender minha atenção.

Meu foco, portanto, será somente nos quatro primeiros contos, que tratam justamente do universo do Rei de Amarelo. Os contos de transição (A Demoiselle d'Ys e O Paraíso do Profeta) são muito interessantes e vale a pena a leitura, apesar de não terem traços de terror.

Robert W. Chambers é um autor não muito conhecido no Brasil, que chamou minha atenção apenas por causa da menção do Rei de Amarelo na série de TV True Detective. Fui ler o livro sem grandes expectativas e posso dizer que me impressionei.

O autor, assim como fez Lovecraft com os Mitos de Cthulhu e o Necronomicon, criou uma mitologia própria ao redor da obra fictícia O Rei de Amarelo e da misteriosa e sombria Carcosa. Fiquei frustrado ao saber que apenas quatro contos giram ao redor dessa mitologia fantástica, que ouso dizer ser quase superior àquela criada por Lovecraft.

Todos os quatro contos iniciais giram em torno dessa obra fictícia, que foi proibida, tendo em vista a loucura que ela causava em todos aqueles que a liam. As personagens de cada um dos contos, de alguma forma, acabam entrando em contato com um exemplar d'O Rei de Amarelo, dando um passo em direção à insanidade.

Chambers, ao contrário de Lovecraft, tem uma narrativa mais romanceada, sendo bem mais fácil de ser lido. Esse foi um dos aspectos que me impressionou no livro, já que eu imaginava uma narrativa no formato de relato, o que considero bastante entediante.

O autor tem uma habilidade fantástica de fazer descrições de coisas comuns, tornando-as assustadoras, e é justamente nesse ponto que o considero melhor do que Lovecraft, já que não existe apelo para um horror monstruoso, mas sim um terror mais psicológico e surreal.

Além disso, é impressionante como o autor faz diversas referências nos seus contos, interligando-os. Essas referências são destacadas pelas notas de rodapé da edição, e é muito interessante prestar atenção em cada uma delas, pois fica demonstrado o caráter insano e surreal até mesmo nas formas como os contos são interligados.

Faço menção especial aos dois últimos contos, No Pátio do Dragão e O Emblema Amarelo. Em minha opinião, esses são os dois contos mais assustadores do autor, que me fizeram sentir a loucura das personagens em minha própria pele. A narração é quase onírica, e eu me senti dentro de um sonho, ou melhor, de um pesadelo.

Eu não me espantaria se descobrisse que David Lynch tomou Chambers como inspiração para alguns de seus filmes, afinal, a narração do autor pareceu me jogar dentro de um filme desse diretor.

Enfim, para todos aqueles que, assim como eu, gostam do terror fantástico, que traz mais perguntas do que respostas e focam no aspecto psicológico das personagens, O Rei de Amarelo é uma obra indispensável. É difícil não fazer comparações com Allan Poe ou, principalmente, com Lovecraft, tendo em vista a semelhança entre eles, mas posso dizer que Chambers se supera por fazer uma narração muito mais simples e, ao mesmo tempo, mais assustadora. Uma pena que não seja tão conhecido como os outros.

Para mais dicas e comentários sobre livros, filmes e jogos, clique no link abaixo e acompanhe nosso blog!

site: https://pausandoblog.wordpress.com/2015/02/19/o-rei-de-amarelo-robert-w-chambers/
Vick 19/02/2015minha estante
Eu também fiquei com o mesmo sentimento martelando - é melhor que Lovecraft.

Eu li o livro inteiro e é, é meio chatinho o mundo realista na segunda parte, mas mesmo assim as histórias são boas. Se um dia estiver de bobeira, esperando na fila do dentista, tente. Não vai se decepcionar.

Quanto à serem só quatro, é triste mesmo. Vou consumir as referências mundo afora e me contentar com isso. :(


Lucas.Wijk 24/02/2015minha estante
Pois é! Eu acho que Chambers escreveu outros contos de terror, mas nenhum com relação ao universo do Rei de Amarelo.
Depois vou procurar saber mais...




Luiz Eduardo 31/12/2016

O rei de amarelo
Chambers inaugurou um gênero que influenciou vários autores. Um gênero dito fantástico e de terror para a época que dou escrito. Este é o principal ponto: a época no qual foi escrito. Ali sim, ele teve ter surpreendido. Hoje, na minha humilde opinião, é fraco; até cansativo. Os contos acabam e você fica com a sensação de que ficou faltando mais informação.
Natalie Lagedo 31/12/2016minha estante
Luiz, minha opinião é idêntica.


l. r. Silva 03/01/2017minha estante
Gosto do Chambers, mas concordo contigo quanto a esta obra, e acredito que você provavelmente gostaria mais de Ambrose Bierce ou Clark Ashton Smith.




Natália Tomazeli 29/01/2021

Horror Insano
"Camilla: O senhor deveria tirar a máscara.
Estranho: É mesmo?
Cassilda: É mesmo, está na hora.
Todos tiramos nossos disfarces, menos o senhor.
Estranho: Eu não estou de máscara.
Camilla: (Horrorizada, em particular para Cassilda.) Não é máscara!"

Eu já tinha esse livro aqui em casa fazia muito tempo. Comprei por ser bem aclamado como um grande clássico do horror e como grande admiradora de tudo que o Poe escreve (pra mim a maior referência do gênero) achei que ia gostar de uma leitura que se assemelhasse um pouco a isso.

Bom, aqui temos uma coletânea de contos onde a maioria se interliga por um elo em comum: "O Rei de Amarelo", um livro em formato de peça teatral que quando lido deixa as pessoas totalmente insanas. Nesse universo, ele foi censurado em diversos países inclusive. Além disso, o autor conecta personagens e acontecimentos entre os contos de maneiras diversas e por mais que em muitos contos não seja mencionado o livro/peca fica subentendido que o que tá rolando é por influências dela. 

No início, já percebi que a leitura não ia ser fácil. O autor tem uma escrita super rebuscada e os próprios acontecimentos que vão sendo descritos me deixavam perdida e confusa. Fiz aqui o que nunca faço, que é ficar lendo várias vezes o mesmo trecho pra ver se eu captava mesmo o que tava ali. Eu não sei, esse livro é aberto a no mínimo umas mil interpretações diferentes, mas me pareceu que o autor queria era mesmo fazer com que o leitor ficasse questionando sua sanidade também, porque foi o que eu fiz! Diversas vezes me peguei pensando se eu tava lendo direito, qual era meu problema, isso principalmente nos contos de relação com a peça, mas principalmente se eu tava preparada pra ler esse livro e se tinha bagagem literária suficiente. Bom, certeza que não tenho, afinal muita coisa mesmo só fui entender minimamente com as notas de rodapé que tem na edição da intrínseca. No geral, não gosto dessas notas porque a maioria acaba sendo inútil, mas nesse caso OBRIGADA porque sem elas eu acho que não chegaria a conclusões que cheguei e não captaria muita coisa essencial para tirar o mínimo de proveito da leitura. Mas mesmo assim já adianto que não dá pra captar tudo numa lida só, nem para aqueles que já tem uma certa bagagem literária, porque é um livro muito cheio de elementos e referências. Pra vocês terem uma ideia, toda essa "Mitologia Amarela" do Chambers serviu de grande inspiração para a "Mitologia de Cthulhu" do H.P. Lovecraft, entre outros simbolismos usados por outros autores (até bem mais contemporâneos). Por isso que ele é clássico né? 
 
A única coisa que tirou a intensidade do livro para mim foram os contos que não envolvem a peça (os 4 últimos) que já sozinhos são bem monótonos, mas que comparados com o que eu tinha acabado de ler, pareciam totalmente sem graça. Se não fosse toda a adrenalina dos outros contos, acho que eu nem teria conseguido ler os dois últimos. 

Essa é uma leitura intensa e indispensável para quem admira horror, mas que deve ser feita com atenção e consciência de que esse é um livro complexo. 
Craotchky 29/01/2021minha estante
Que trecho esse que você destacou no início.
Sempre tive um pé atrás com esse livro por ouvir falar que ele é irregular.
Gostei da parte em que você relata suas impressões e sobre os questionamentos quanto a sanidade.


Natália Tomazeli 31/01/2021minha estante
Ele é irregular também! Mas vale muito a pena pra quem gosta do gênero
Valeu pelo feedback!




Aninha 07/01/2015

Não sou chegada a estilo horror. Quando a editora lançou O Rei de Amarelo fui logo comprando e ver se realmente a coletânea de contos vale a pena, por ser considerado um clássico. E eh ai que dou uma dica antes de você comprar o livro se você não eh leitor assíduo desse gênero (para que não pareca uma leitura normal) : pesquise, procure e leia as referencias sobre Howard Philips Lovecraft ou mesmo Stephen King. Parece besteira, mas esses autores foram influenciados pela obra de Chambers. Por causa disso, estou as voltas de procurar os livros de Lovecraft e de King para retornar a leitura do gênero horror. Em resumo o livro gira em torno da figura misteriosa que da titulo a obra. Os personagens dos contos que entram em contato com o livro O Rei de Amarelo estranhamente são envolvidos em eventos trágicos e ate mesmos sobrenaturais que levam a loucura. Confesso que gostei mais da primeira metade do livro. Os contos são curtos, mas carregados de significado. Depois de efetuar minhas leituras sobre Lovecraft e reler KIng quero retornar a leitura de O Rei de Amarelo e ter uma visão melhor da obra.
Vivi Martins 07/01/2015minha estante
Nunca me interessei por filmes de terror, deve ser por isso que nunca li nada deste estilo. Mas quem sabe um dia possa me surpreender com esse tipo de leitura.


Vivi Martins 07/01/2015minha estante
Nunca me interessei por filmes de terror, deve ser por isso que nunca li nada deste estilo. Mas quem sabe um dia eu me surpreenda com esse tipo de leitura.




Alex666Messias 29/06/2016

Sublime...
Poucos entenderão a forma sublime em que os contos são apresentados.
vicki4you 23/02/2021minha estante
Olá ,
como você está? Meu nome é Srta. Vicki Dickson, vi seu perfil hoje e me interessei por você, quero que me envie um e-mail para meu endereço de e-mail privado (vickidickson100@gmail.com) porque tenho um assunto importante que quero compartilhar com você




Igor Gabriel 25/03/2017

Preto (e amarelo) no branco
O Rei de Amarelo é uma antologia de histórias curtas com o tema central O Rei de Amarelo.
Uma junção de roteiristas e quadrinistas brasileiros com bastante inspiração e talento, O Rei Amarelo em Quadrinhos é aconselhado para quem já leu e gostou dos contos do Rei de Amarelo de Robert Chambers ou aprecia os mitos de Cthulhu, por conter referências aos contos originais, trazendo certa confusão para quem não conhece a obra.

A parte gráfica da obra está impecável, as cores utilizadas em todas as histórias são preto, branco e amarelo para denotar influência ou presença do Rei de Amarelo. Os traços são bem característicos e únicos para cada desenhista, casando bem, na maioria das vezes, o roteiro com o traço.

Contos:

- Fantasma na máquina: A melhor história da coletânea, além de trazer uma crítica social ao uso da tecnologia para mascarar uma aparência de falsa felicidade, mostra o pior lado da humanidade por trás da proteção do anonimato que as redes sociais nos proporcionam.
Traço: 5
Roteiro: 5

- A Boneca: Esse conto não traz a sutileza que a influência insana do Rei de Amarelo possui na obra original, sem pé nem cabeça, parece não ter sido inspirado na obra original. As motivações do protagonista para fazer o que faz não tem muito sentido.
Traço: 3
Roteiro: 1

- A Rainha de Amarelo: Esse conto traz como personagem principal nada mais nada menos que Edgar Allan Poe, em busca de inspiração para escrever suas obras se vê em meio a mistérios nos quais descobre mais tarde que seria melhor não ter cogitado buscar.
Traço: 4
Roteiro: 5

- Maldita Rotina: Conta a história de um homem que lê anotações estranhas num livro de notas de uma empresa falida, e passa a agir agressivamente quando tentam atrapalhar sua meta de conceber o Rei de Amarelo ao mundo real. Ambientado no Brasil, a obra usa de linguagem bem atual e brinca com situações "realistas" ao descrever possíveis comportamentos reais de pessoas encaram a súbita e inimaginável loucura.
Traço: 5
Roteiro: 5

- Caninos: Conta a história de duas irmãs que precisam entregar uma cesta de alimentos para sua avó doente passando em meio a uma floresta deserta e claustrofóbica, clara referência a Chapeuzinho Vermelho mas escrita com caneta amarela. Esse conto obscuro é bastante perturbador pois não entrega as intrigas dos personagens de bandeja, todas as motivações ficam nas entrelinhas para serem pescadas pelo leitor atento às feições e gestos desenhados.
Traço: 5
Roteiro: 5

- O Rei dos Ratos: Conta a história de um jovem que é mandado para explorar um navio que chegou ao porto misteriosamente, repleto de ratos, ele vai aos poucos descobrindo o porquê do navio não ter tripulação. Se você pegar esse conto, remover e colocar em qualquer outra coletânea de terror vai funcionar, pois o mesmo parece não se inspirar nos mitos amarelos, a história é bem feita, com traços que conversam bem com o roteiro, não é ruim, mas não tem muito do Rei de Amarelo ali.
Traço: 4
Roteiro: 4

- Taxidermia Anímica: Bem misterioso e sombrio, esse conto traz a verdadeira loucura para aqueles que são corajosos ou ignorantes o suficiente para lerem a peça O Rei de Amarelo. Um aprendiz de taxidermista em busca de se tornar um ator famoso vê a oportunidade de sucesso quando um amigo lhe oferece um papel para atuar na desconhecida peça teatral O Rei de Amarelo.
Traço: 5
Roteiro: 5

- Medíocre: Conta a história de um influente crítico literário que se vê perdido em sua sanidade quando o fenômeno literário O Rei de Amarelo é lido pela maioria das pessoas, que faz com que as mesmas passem a agir de maneira louca. Quando decide então ler a obra para fazer sua crítica percebe a mediocridade de sua alma. Esse Conto não possui também aquela sutileza característica da loucura daqueles que lêem O Rei de Amarelo, dando a entender que as pessoas viram debeis mentais apenas ao ler, bem fraco.
Traço: 3
Roteiro: 2

Nota Geral: 4,5
Ismael 16/09/2017minha estante
Você comentou na página de resenhas do livro "O Rei de Amarelo", não na página da adaptação para os quadrinhos




Tipo Coelhos 18/05/2016

O rei de amarelo é uma coletânea de contos que fala sobre “O rei de amarelo”. Este é um livro de uma peça que tão logo as pessoas lêem, ficam amaldiçoadas podendo chegar a loucura.
O tema é um grande tabu e o misticismo em cima da obra é grande. Em momento algum a gente lê a obra, vemos apenas pequenos trechos, distribuídos nos contos, o que atiça ainda mais a curiosidade.
O editor do livro foi fantástico, dando informações relevantes sobre os nomes citados no livro e o vínculo com obras de outros autores da época (1800).Pra mim, que nunca li nada deste gênero e desta época, foi super bacana e deu umas dicas do que ler em seguida. O editor também fez os links entre algo falado em um conto e qual a relação com o outro. Para os leitores mais distraídos (eu nesse livro) é super válido.
A escrita é bem fácil pra época em que foi escrito – 1895 mas houve, do meu ponto de vista, um problema:
O livro, vendido como “Obra gótica americana” e “terror cósmico” seria excelente se seguisse apenas essa linha. Os quatro primeiros contos são assustadores, não de forma explícita, mas te deixa com aquela pulga atrás da orelha, aquela ansiedade para saber mais sobre o que aconteceu e sobre Carcossa – que foi o motivo que me levou a ler este livro. A referência feita à Carcossa e ao Rei Amarelo que vemos na primeira série True Detective. – E sobre os seus mistérios.
O problema é que os próximos 4 contos são completamente diferentes. Não tem nada de assustador, tenso, ou sobre o Rei de Amarelo. Ele é outra coisa, outro gênero.
São os pintores da “Belle Époque” do Quartier Latin na França. Pintores boêmios e seus causos.
Seria super bacana se fosse isso que eu tivesse me proposto a ler desde o começo, mas essa mudança abrupta de estilos me incomodou. A impressão que deu é: vamos colocar mais conteúdos pra fazer um livro maior que “venda mais” ou qualquer coisa assim. Tenho certeza que haveria leitores para dois livros dos contos em separado, mas...
Não que não sejam bons contos, mas como eu disse...eu ainda estava com aquela expectativa de algo tenebroso e o que estava sendo falado era sobre boemia.
Demorei demais pra ler um livro pequeno. Acabou me cansando.
Então vamos lá:
Para os 4 primeiros contos eu dou 3,5. Era a vibe que eu estava e o que eu procurava. Nem de longe é ruim, mas acho que fui com muita sede ao pote e esperava algo mais sinistro.
Para os demais contos...2,5. Também não são ruins. Mas como eu senti como um conteúdo que me foi forçado que fugiu totalmente do tema que o livro se vende, me cansou e desanimou.
A média da nota: 3 de 5.

Vou ler algo de H.P. Lovecraft. É bastante mencionado.
Se for na mesma linha, eu saberei que eu que fui com a cabeça totalmente errada para ler esse livro, se não....Chambers que me desculpe. Rsrs
Volto a falar ;)


site: www.tipocoelhos13.blogspot.com.br
Mauricio (Vespeiro) 15/09/2017minha estante
Gostei do livro, mas não chega aos pés de um Lovecraft.




Tauami 24/06/2016

A redescoberta ilustrada de Chambers.
O potencial nacional para o desenvolvimento de trabalhos de excepcional qualidade, em quaisquer ramos, muitas vezes é visto de modo receoso. O leitor brasileiro titubeia em pegar das prateleiras de uma livraria, locadora ou comic shop, composições pátrias. Uma possível justificativa para isso, seria o atraso das terras tupiniquins em chegar com trabalhos significativos em certas mídias. Coisa que, graças ao advento da internet, seu gigantesco poder de busca e sua capacidade de horizontalizar o conhecimento, tem sido remediada com a eclosão de excepcionais trabalhos artísticos criados, produzidos e finalizados por empresas brasileiras de diferentes portes.

Não posso dizer que também não vivencie essa parva dúvida à cerca do que se produz no Brasil. Mas esse pensamento tem se mostrado cada vez mais destoante da realidade. Realidade essa que me acariciou há pouco tempo com a HQ O Rei Amarelo em Quadrinhos, feita pela exponencial Editora Draco.

Sendo finalizada no final de 2015, O Rei Amarelo em Quadrinhos traz a redescoberta dos aterradores trabalhos de Robert W. Chambers, que envolvem uma misteriosa peça de teatro capaz de desencadear percepções além-mundo naqueles que a leem. Em 164 páginas, atravessamos oito histórias dotadas de uma originalidade que eu há muito não via. Todas muito bem casadas com uma arte sem igual. As releituras que esse quadrinho traz das obras de Chambers mesclam um terror crítico social e um horror cósmico.

Como exemplos das adaptações que veem em nosso cotidiano a matéria-prima do medo, temos “Fantasmas na Máquina”, uma narrativa onde acompanhamos uma modelo dependente de suas relações virtuais que em meio a sua rotina, transmitida quase em tempo real através de selfies e fotos de suas refeições, é convidada a participar de um gerenciador de redes sociais, a Carcosa-in. Logo adiante, “Maldita Rotina” conta a macabra desventura de um homem que, ao cuidar da falência de uma empresa, encontra um livro que quebra sua mente. Ainda nessa linha, na tragicomédia “Medíocre” presenciamos um crítico de literatura vislumbrar a sanidade das pessoas vir abaixo depois da leitura de uma inexpressível peça teatro.


Nos enredos voltados a pura forma do terror, encontramos em “A boneca” uma comunidade Amish, que tem seu líder aliciado a realizar um crime inominável, pelo bem de seu povo. Seguindo, passamos por “A Rainha de Amarelo”, que tem como protagonista ninguém menos que Edgar Allan Poe, sendo forçado a enfrentar seus temores mais profundos, desencadeando consequências impossíveis. “Caninos” tratará de uma conturbada relação entre duas irmãs, seus traumas causados pelo padrasto e seus vínculos com um culto misterioso. Por fim, tanto em “O Rei dos Ratos” como em “Taxidermia Anímica”, vemos como um abominável mundo ocre, visível apenas para os sensíveis a ele, influência o universo artístico humano.

As ilustrações de TODAS as histórias são excepcionais. Elas vão de traços precisos que distorcem a anatomia humana mediante o humor do enredo, passam pela complexidade das hachuras e do realismo para terminarem em um estilo cartunesco.

Concluindo, posso dizer que fui surpreendido por essa HQ e pelo potencial artístico brasileiro nos quadrinhos. Cada uma das oito histórias são como pequenos tesouros que esbanjam originalidade e estilo. Elas traduzem para os quadrinhos com perfeição a atmosfera aterrorizante que vemos na obra literária original “O Rei de Amarelo”. Mesmo que Robert W. Chambers tenha se bandeado para o lado comercial da literatura no auge de sua carreira, ele olha de Carcosa para essa obra e sorri, satisfeito, um sorriso amarelo.

site: https://101horrormovies.com
Matheus.Bueno 10/11/2016minha estante
Obrigado pela resenha, estou lendo o livro e gostaria de obter a HQ.

O Rei de Amarelo é uma redescoberta fascinante e os mistérios que o cercam tornam a leitura ainda mais envolvente. Estou até pensando em traçar conexões entre as diversas obras que abordam, direta e indiretamente, a "Mitologia Amarela".




barbara felipe 28/05/2016

Decepcionante
Comprei este livro baseado nas resenhas e recomendações que li na internet, mas não encontrei do que tanto falaram. Gostei de ou ou outro conto, mas no geral é quase entediante. Fraco.
Alvin Rodrigues 03/11/2016minha estante
Você não entendeu o livro pelo que me parece.




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