A Mulher Silenciosa

A Mulher Silenciosa A.S.A. Harrison




Resenhas - A Mulher Silenciosa


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Sergio 26/05/2014

Duas Caras
Ganhei meu exemplar através de um sorteio feito no Twitter da editora, e logo que ele chegou me apaixonei pela capa. A partir daí, senti muita curiosidade (pois amo livros com suspense) e decidi colocá-lo como minha próxima leitura. Vou logo alertando: este é um livro de duas faces.

Todd é um empreiteiro de meia-idade e Jodi, sua mulher, uma psicoterapeuta. Como sou daqueles que não gosta de ler a sinopse, simplesmente tive a impressão de que eles eram mais um casal feliz de classe média alta que morava em um belo apartamento de frente para um lago em Chicago. Estava completamente enganado! Durante a leitura, tive a infelicidade de fugir da minha rota e acabei por ler a sinopse. Fiquei muito chateado ao descobrir que todo o enredo está resumido ali, já que praticamente nada fica de fora.

A autora nos mostra, em capítulos alternados (perspectiva dele, perspectiva dela) como anda o relacionamento que eles sustentam há mais de vinte anos. Todd é o tipo de homem que ama a sua mulher, mas que não resiste à outras. Perplexo define meu estado ao saber que Jodi sabia disso, mas que era totalmente "passiva" quanto à esta questão. Ela se sente tão autoconfiante que prefere sucumbir à autonegação. Mesmo quando descobre que ele está com outra e que irá morar com ela, Jodi se mostra abalada, mas "indiferente", como se ele fosse desistir desse caso sórdido e voltar para seus braços em breve.

Todd é cafajeste e fingido. Sempre se vitimizando, como se "não soubesse o que está fazendo", o personagem consegue enganar o leitor nas primeiras páginas, passando uma ideia de que ele não é tão mau quanto parece. Porém, ao compactuar com os ideais de Natasha (sua amante, mas que em breve será sua nova mulher), ele se mostra um personagem egocêntrico, inescrupuloso e mesquinho. Em poucos capítulos, ele já tem mandado uma ordem de despejo para Jodi, cancelado seus cartões e feito coisas que nenhum homem de verdade faria com uma mulher na qual passou metade de sua vida junto.

O grande X da questão é que em nenhum momento vemos que Jodi é vingativa. Sua vida está desmoronando, mas ela continua de pé. Até mesmo na hora do assassinato, ela se mostra totalmente calma, como se aquela fosse a única maneira de manter seu estado atual, e que então ela o faria sem problema algum. Tudo é premeditado, mas nada é comprovado pela polícia. Ela não estava no local, muito menos na hora. Sendo ainda a única beneficiária dos bens de Todd, Jodi herda tudo que um dia ele quis tirar dela e um pouco mais.

Sendo um thriller puramente psicológico, A Mulher Silenciosa não possui nenhuma ou quase nenhuma ação, além de não haver muitos diálogos, o que deixa o enredo um tanto quanto monótono. Posso até me contradizer falando isto, mas mesmo já sabendo o que vai acontecer, acabamos nos prendendo muito à leitura. Relação de amor e ódio, sabe?

Sem mais delongas, o livro consegue ser perfeito, mas ao mesmo tempo um desastre. O enredo em si não é grande coisa, mas os personagens (que no fundo são todos perversos) nos prendem de uma forma jamais vista. Se você gosta de um livro que mexe com sua cabeça e com seus conceitos, eu te indico este. Mas, se sua praia é ação, brigas, revoltas, assassinatos impensados e coisas do gênero, te digo uma coisa: este não é o livro para você.

Até mais,
Sérgio H

site: www.decaranasletras.blogspot.com
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Eliane443 06/06/2021

Monótono
Nas primeiras páginas do livro, imaginei que seria um romance mesclado com thriller psicológico. Antes da metade do livro a história ficou monótona e cansativa.
Decepcionante.
Persisti na leitura até o fim.
Não recomendo.
Thai 06/06/2021minha estante
Muito chato mesmo


Eliane443 06/06/2021minha estante
Decepcionante.?


Cami ð 18/05/2022minha estante
Foi uma péssima leitura, concordo totaaaal com tua resenha aaa




@_leandropaixao 04/02/2023

Bom para sair de um ressaca literária.
Jodi é casada com Todd um empresário de muito sucesso e rico a muitos anos, mas para sua infelicidade e surpresa, ela vem notando ao longo dos últimos anos que ele estava com algumas atitudes diferentes do cotidiano, o que levou a crer que ele estava traindo-a, mas como diria o velho ditado "O que os olhos não veem o coração não sente" porque ela nunca se dispôs a descobrir se de fato isso ocorria, até quem em um desses casos de aventuras de seu esposo ele se envolve com a filha de seu melhor amigo e acaba se entregando demais ao caso. Como se já não bastante após se maltratada e humilhado por seu marido, Jodi se vê desvalorizada e sem ânimo para essa relação.
A essa altura pensar em um assassinato já faz parte dos seus planos para botar um ponto final em toda essa história.

Um thriller bem interessante e apesar do gênero não te exige muito na leitura e acabada sendo uma ótima distração.
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Fabiane.Pereira 01/11/2021

É legal, mas dá para perceber que é um livro de estréia
É interessante, prende a atenção, e se passa totalmente na mente dos personagens principais, Jodi e Todd. Para gostar do livro, é necessário estar disposto a aceitar o estilo da escrita, que não é tão fluida quanto um thriller psicológico "normal". Os problemas de ritmo se explicam quando descobrimos que foi o livro de estréia da autora nesse gênero. É bacana, vale a leitura, mas não é Gillian Flynn. Lamento a morte da autora, dá para ver que tinha potencial para criar outras excelentes histórias.
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Bia 25/09/2020

Não é o que eu esperava...
Quando eu comecei a ler achei que ia ser um suspense, mais de suspense não tem nada kkk ( me enganei) .

Porém mesmo assim eu gostei! Uma leitura fluída , terminei em dois dias .

Até agora ainda estou pensando no que aconteceu , com certeza vou levar um tempo pra digerir tudo.
Deni Cruela 25/09/2020minha estante
Eu pisco e você termina um livro kkkk


Bia 25/09/2020minha estante
Não acho kkkkk. Sempre quero ler mais .


Deni Cruela 25/09/2020minha estante
Também quero, se eu pudesse era um livro por dia kkkk


Bia 26/09/2020minha estante
Duas kkk




Ana 28/04/2021

Primeiro que esse livro de thriller não tem nada, está mais para uma suspense psicólogico. E não me impressionou muito. Tem uma enredo sombrio, mas em alguns momentos é tão descritivo que chega a ser cansativo de acompanhar...
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Telma 17/08/2014

Esplêndido! Encantador! Magistralmente Escrito.

Comprei esse livro na Quinta-feira (dia 14) num passeio com uma amiga à Livraria Cultura.

Depois de ter comprado, vi algumas críticas negativas no Skoob, mas, enfim, já era tarde.

Comecei a ler sem grandes perspectivas e fui sugada para dentro do livro.
Seduzida pela escrita impecável de A.S.A Harrison, em seu primeiro romance ficção e decepcionada ao saber que ela trabalhava em um novo thrilher psicológico, quando morreu em 2013.

Agora, após o término da leitura, posso afirmar com 100% de certeza: eu leria até as receitas culinárias dessa mulher se ela tivesse escrito.

Ela é aquilo que eu amaria ser: alguém com uma complexidade intelectual totalmente passível de ser reconhecida em cada linha de sua escrita. Tanto pela bem intrincada trama, quanto pelo vocabulário e gramática, excelentes.

Este livro é contra indicado para quem procura uma leitura fácil e rasa... na mesma proporção que é a cura para quem está em busca de uma leitura cheia de suspense e reflexão.

Comecei a ler na Sexta a noite e terminei agora (às 17h20 do Domingo). Quis ter lido mais devagar mas me foi impossível largar.

Quem interessa-se por Psicologia, vai amar algumas comparações do cotidiano com afirmações de Freud, Jung e Adler. Comparações totalmente pertinentes. Há também o reconhecimento, tanto na protagonista, quanto no antagonista.

Jodi é uma psicoterapeuta, com um casamento de 20 anos. Sua felicidade maior consistia em cozinhar para o marido e passar as noites com ele. Sabia da infidelidade constante do marido, mas considerava isso aceitável. Isso era parte do caráter dele: um homem sexualmente super ativo, dado às fugidinhas extra conjugais mas, que sempre retornava a noite para a família que tinha (ela).

Considerava-se uma pessoa sem problemas. Até onde se lembrava, tivera uma infância feliz.

Toda a tinta desse quadro bem pintado começa a derreter quando seu marido, num arroubo de crise de meia idade, apaixona-se por uma jovenzinha com menos da metade dela e decide sair de casa para viver esse "amor".
Esse é só o começo da desgraça que acontece na vida arrumadinha de Jodi e é a partir de então que ela, em meio ao desespero, começa a revelar (inclusive para si mesma) um lado ainda não conhecido e a arquitetar um assassinato.

O livro todo é recheados de passagens que eu adoraria deixar aqui... Deixo um quote de alguém no exato instante de sua morte, para que vocês vejam a acuidade da escrita dessa mulher por quem me apaixonei:

"Não é verdade o que dirão: que ele não o viu chegar, que nunca soube o que o atingiu. Ainda assim, acontece muito rápido. Imagens fugazes explodem em sua tela mental; isso é tudo o que os moribundos têm tempo de registrar. (...) Se ele tivesse a opção de ficar, faria isso por ela. Mas não lhe restam opções agora. O tempo paira, suspenso, embora esteja prestes a ter um fim. A morte deveria ser uma sedução, não um estupro. Tivesse mais um minuto ele poderia fazer tanta coisa... Até mesmo os criminosos são autorizados a dar um telefonema, enviar uma mensagem. Quão vivo ele se sente, quão imensamente ele brilha, como um pavio aceso, um fogo de artifício prestes a explodir. O que ele não daria por mais um minuto, u mero minuto cruelmente pregado no fim de sua vida."

Recebe não apenas 5 estrelas, mas também entra para a lista de meus livros favoritos.


site: http://surtosliterarios.blogspot.com.br/
Ana Rebeca 17/08/2014minha estante
Gostei demais da sua resenha, despertou meu interesse em lê-lo, o mais rápido possível.


Sueli 28/05/2016minha estante
Adorei a resenha, Telma.
Fiquei impressionada como esse livro nos aprisionada desde o primeiro parágrafo, com sua atmosfera densa e sombria.
Você é a minha blogueira top 10!
Beijão, querida,




BANNWART 11/11/2020

Razoável!
A leitura é boa, interessante ver os pontos de vista de cada personagem separadamente, porém em algumas partes a leitura se torna um pouco cansativa, principalmente quando Jodi divaga sobre psicilologia. Mas vale a leitura sim!
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Daiany 19/01/2023

Leitura surpreendente
Cativante. Um thriller psicológico que prende a atenção em todas as páginas. Os personagens parecem muito autênticos, com diálogos fluídos.
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Marina 01/03/2023

Não recomendo e renego.
Sou persistente nas causas erradas: que livro chato, escrita lenta, maçante. Deveria ter desistido ao perceber que, a cada 2 páginas que lia, independente do cansaço, caia no sono rapidamente. Quem gostou me desculpe e parabéns pelo gosto apurado, não é pra mim, só a fofoca e esperança de melhorar me forçaram ao final pra me arrepender.
Maria Lucia 01/03/2023minha estante
Ruim, bem ruim... terminei mas não recomendo


Lm87 15/04/2023minha estante
"Não recomendo e renego" kkkkkkk a bicha bota torando nas resenhas, amo




Marcela.Sanchez 24/05/2022

Bem fraquinho
Nossa, depois que eu comecei a ler esse livro, fui ler as resenhas do povo. Só comentário falando mal e agora eu entendo o por que. Quando eu li a sinopse dele fiquei doida pra ler. Mas a construção dele foi bem difícil.

Até a metade do livro teve MTA enrolação, diálogos fracos e achei bem confuso. Como detesto largar leitura, fui até o fim. Mas olha, foi sofrido pq foi indo de mal a pior. Achei o desfecho péssimo, bem forçado e ficou com pontas soltas. Além de ainda rolar em paralelo uns dramas familiares bem nada a ver também. Eu não recomendo. Só dei duas estrelas (e ainda fui bem generosa) pela sinopse kkkkk única coisa que teve de bom nesse livro. Não recomendo esse livro.
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Nathália 13/05/2020

????
Até agora estou sem entender o que eu acabei de ler.

Quando comecei a leitura, acreditei que estivesse meio ruim por ser o começo de um livro, e nem sempre os começos são os mais interessantes, porém, continuei a leitura e só foi piorando.

Pela sinopse, o livro te leva a crer em algo voltado para um thriller psicólogo, mas não se enganem, o livro não tem nada disso.

Uma mistura de histórias desconexas do começo ao fim, intercaladas pelo marido e pela esposa. Quando você acha que a história começará a fluir, que algo de interessante vai acontecer, começam as histórias desconexas e baboseiras familiares que não tem nada a ver com o contexto do livro, e você só fica mais confuso a cada página lida.

Terminei o livro da mesma forma que o comecei, entendiada e sem entender absolutamente nada direito. E o que mais me choca é saber que o USA Today indicou o livro com uma comparação a "Garota Exemplar". Será que quem fez essa comparação realmente leu o livro?

Só dei duas estrelas por conta dos diálogos. A autora soube fazer fluir os diálogos muito bem, a única coisa que me fez continuar a leitura até o fim.
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dami 07/06/2014

Não é bom.
Contem Spoilers!
Uma mulher que tem dois mestrados e um doutorado,é terapeuta,ao que parece por passatempo porque é totalmente dependente financeiramente do "marido".Ela não se importa com os chifres,ela sabe e ele sabe que ela sabe e vivem a vida normalmente.De repente uma garota engravida dele e ele resolve que vai casar. Ela se vê desesperada por que aí quem é que vai sustentar a madame?Ela mesma fala,"ele tem que me sustentar,esse era nosso acordo".E no fim ainda tenho que ler que o Dean é o machista que quis proteger a filha?E ela não é machista,gente?Li achando que no mínimo no final ia acontecer alguma reviravolta,algum detalhe surpreendente seria revelado,mas nem isso.Nem o assassinato dele,que é já dito no começo e até na capa do livro é interessante.Fazia tempo que eu não lia um livro tão vazio,tão sem substância,tão fútil.Tenho pena de quem lê e gosta porque essas pessoas não tem o mínimo de senso.Ainda bem que essa autora já morreu.
Kamila 04/09/2014minha estante
Nossa, eu esperava bem mais dele. Passei dias pra terminar de ler. Tudo muito monótono e sem graça.


Kamila 04/09/2014minha estante
Não sei como as pessoas comparam ele com Garota Exemplar


Juliana 14/12/2014minha estante
''ainda bem que essa autora já morreu'' - credo! Eu gostei do livro. Acho que ele tem substância sim, mas pode ser porque eu curto muito psicologia. O final é inexato. O conflito com o irmão mais velho da personagem é revelado, e porque ela era controladora em relação ao irmão mais novo - Ryan. A realidade criada pode moldar situações perturbadoras, e quando essa realidade é desfeita tudo entra nos conformes novamente. Mas seria a Allison que deu um golpe na personagem ou ela mesma que deu um golpe em Dean? Achei interessante, sério kkk


Ingrid.Nascimento 26/04/2015minha estante
Querida simplesmente tenho em mente que vc não usou a sua inteligencia, se é que possui alguma ao ler este livro.
Posso até compreender que vc não gostou do livro, ja que o mesmo é um livro de leitura "duas caras" e possivelmente não faça parte do seu mundo o livro de cultura culta em psicologia.
Mas, depreciar o livro e até a autora, tenho pena de vc.


Barbara 12/09/2015minha estante
Ainda bem que essa autora já morreu? Sério isso? Comentário cruel e sem propósito nenhum. Ninguém entra no skoob pra ler esse tipo de comentário, pode ter certeza. Tenha um pouco mais de bondade no coração, vai te fazer bem.


Caroline 01/03/2016minha estante
Cada é livre para ler e gostar do que quiser. Sua opinião é muito bem vinda mas, pode ter gente que goste mulher! Credo, por por não gostar do livro já gostou do fato da autora ter morrido???? menos menos girl shuahsuahsuahushauhsuahsuahus


Lu 26/09/2017minha estante
E eu tenho pena de pessoas que subestimam a leitura alheia por considerar que as suas impressões (diga-se de passagem bastante limitada) é a única correta. Quem gostou certamente encontrou detalhes que você desprezou, não sei se te contaram querida mas a leitura é múltipla e depende mais da bagagem do leitor do que necessariamente do autor. O livro é rico pra quem sabe ler nas entrelinhas. Mas é preciso um certo esforço e a maioria prefere ficar na superfície É muito bom quando há discordância desde que com uma certa dose de respeito, mas o seu comentário final "ainda bem que essa autora já morreu" diz muito sobre o tipo de leitora e ser humano que você parece ser.


dami 18/10/2017minha estante
Gente, tá, cruel eu comentar isso da autora, me perdoem se ficaram ofendidos. Mas o livro é ruim que dói, eu tenho pena de quem se deleita nesse tipo de leitura. Bjos




Queria Estar Lendo 21/04/2015

Resenha: A Mulher Silenciosa
Passando longe de ser o meu tipo de leitura, A Mulher Silenciosa acabou se tornando um bom livro. Não acho que eu repetiria a dose, mas pode ser um livro bastante interessante para quem gosta, especialmente, de se aprofundar nos personagens. Porque é tudo que ele é: um grande compilado sobre a personalidade de seus personagens e como isso dirigiu suas atitudes e ações durante toda a história.

Mas não acho que poderia ser diferente, vindo de uma história onde a personagem principal é uma psicóloga. O livro nos apresenta um casal, Jodi e seu "marido" Todd. Juntos há mais de 20 anos, Jodi e Todd desfrutam de uma vida tranquila e confortável, em um relacionamento cômodo que há algum tempo perdeu seu fogo.

A história segue uma rotina do inevitável. Logo no começo do primeiro capítulo já somos apresentados a verdade essencial do livro, Jodi se tornaria uma assassina e Todd, sua vítima. A partir dai constrói-se a base para tal ato: a incapacidade de Jodi de iniciar conflitos e expressão seus sentimentos e a índole traidora de Todd, que não acredita em monogamia.

Unindo os dois fatos há 20 anos de ressentimentos, negação e violência emocional velada, a história desenvolve-se em pouco mais de 200 páginas e leva a um inevitável fim - embora com uma reviravolta que me deixou com gosto de vitória.

Mesmo com Todd sentado no assento da vítima, em nenhum momento senti pena pelo seu fim ou empatia por sua jornada. Todd era um traidor com desculpas ridículas que serviam apenas para massagear seu ego, não saberia dizer não para salvar sua própria vida e não conseguia enfrentar as mulheres em sua vida porque tinha muitos mommy issues. Para mim, Todda era covarde, fraco e medroso e senti raiva de Jodi por ter, a vida inteira, maquiado essa realidade e deixado ele acreditar que era, parafraseando a Denise, o pica das galáxias como pessoa, marido e homem.

Então acho que fica bem claro o quanto eu simpatizei com a Jodi e esperava que tudo desse certo para ela no final, certo? Eu ainda não sei o que isso quer dizer sobre mim.

Enquanto lia o livro eu não conseguia entender como uma psicóloga tão consciente de si mesma poderia perder os pontos que indicavam sobre como ela - e seu casamento - se tornava cada vez mais sua mãe - e o casamento de seus pais - quanto mais tentava fugir disso e tive que me lembrar constantemente do provérbio "Casa de ferreiro, espeto de pau."

Jodi narra constantemente suas sessões de terapia quando estava cursando a faculdade e as analises que fez de Todd durante toda a sua vida, e isso me deixava agoniada já que ela não parecia perceber que a vida inteira dela estava se caminhando para aquele final. Os sinais estavam todos ali, ela estava me contando e nem percebia isso.

E esse é um dos grandes motivos de A Mulher Silenciosa não ser o meu tipo de leitura: o livro é curto e me deixou agoniada e ansiosa, porque me disse qual seria o final, mas eu não tinha ideia de como chegaríamos lá ou o que poderíamos encontrar no caminho.

Confesso que foi um prato cheio para mim, que gosto de poder analisar os personagens. O livro fez grande parte de trabalho e, no fim, você só pode sorrir e falar: está tudo ali, cada fragmento da vida da Jodi indicava a capacidade - ou falta dela - de cometer um assassinato.

O livro é bom e não deixou nada a desejar em suas páginas, colocou exatamente o que precisávamos saber e nada mais. Foi uma leitura um tanto quanto arrastada para mim, no início, mas acho que é porque eu realmente não costumo ler thrillers psicológicos. Não foi a melhor leitura e nem um livro favorito, mas foi bom. Tenho certeza que vai se tornar o favorito de muitos amantes do gênero.

Link original da resenha: http://migre.me/pz2JX
Paula 13/12/2015minha estante
Acho que ela detalhou demais as coisas, como objetos, pensamentos e afins, mas confesso que não consegui sentir pena de Todd, e sim uma sensação de triunfo, que aquela raiva que eu sentia por ele e que a própria Jodi não sentia foi vingada. Senti muita raiva da Natasha, ela foi culpada, sendo culpada por participar da destruição da vida tão confortável de Jodi, mas fiquei pensando que apesar disso eu não posso julgá-la pois só a vimos a partir da percepção vaga de Jodi, e do panaca do Todd, que no fim das contas não serve para dizer se ela era algoz ou não. O que fica claro é que era nem de longe ela era vítima ou inocente, compactuando e sendo uma víbora com Jodi, com total falta de consideração. Jodi ajudar ela em relação o filho seria um tapa na cara. Se pensarmos, Jodi também tem culpa, por ter se silenciado, por ter permitido isso tudo ter ido tão longe, e ainda sim, simpatizei com ela desde o início, pegando um ódio velado por todos que queriam ou ajudavam a construir sua ruína.




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