A guerra começou, onde está a guerra?

A guerra começou, onde está a guerra? Albert Camus




Resenhas - A Guerra Começou, Onde Está a Guerra?


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Peleteiro 24/04/2020

Apesar de eventuais pérolas, no geral, me pareceu o mais desinteressante dos diálogos, se comparado com os anteriores e o diário de viagem. Ainda assim, constitui uma agradável leitura, de onde se pode extrair diversas reflexões. O excelente apêndice se destaca.
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Edu 29/05/2022

Concluída a leitura do terceiro volume dos Cadernos de Albert Camus(1913 - 1960). O livro em questão recebeu o título por conta do contexto histórico e por conta de uma reflexão registrada por Camus em Setembro de 1939:

"A guerra começou. Onde está a guerra? Fora das notícias em que se deve acreditar e dos anúncios que se deve ler, onde encontrar os sinais do absurdo evento?[...] Queremos acreditar nela. Procuramos seu rosto e ela nos recusa. Somente o mundo é rei e seus rostos magníficos.
Ter vivido no ódio dessa besta, tê-la diante de si e não saber reconhecê-la. Tão poucas coisas mudaram. Mais tarde, sem dúvida, surgirão a lama, o sangue, a imensa repugnância. Mas por hoje provamos que o início das guerras é parecido com os princípios da paz: o mundo e o coração os ignoram"(p.19).

Nos registros de Camus, conseguimos ver diversas referências ao sentimento de estrangeirismo, por suas constantes mudanças entre Paris (França) e Orã (Argélia).
Essas idas e vindas se justificam pela crise financeira vivida pelo pensador franco-argelino, devido ao fechamento dos jornais que trabalhou com seu amigo Pierre Durant (1903-1979) conhecido como Pascal Pia e também por conta da tuberculose, doença que sempre o acompanhou impedindo que ele seguisse carreira acadêmica.

Dentre tantas informações importantes contidas nesse volume, vemos o registro da conclusão do Tríptico (alguns preferem ciclo) do Absurdo em 21 de Fevereiro de 1941.

" Terminado Sísifo. Os três Absurdos estão terminados. Prelúdios da Liberdade"(p.77)

Esse conjunto de obras é formado por um romance (O estrangeiro) publicado em Junho de 1942, um ensaio ( O Mito de Sísifo) publicado em outubro de 1942 e uma peça teatral (Calígula) que só foi estreada em 1945.

Camus lutou a guerra de uma forma diferente, com idéias, como diz Cláudia Amigo Pino autora do Apêndice da edição em português:
"Ele não trabalharia nunca como soldado, jamais carregaria um fuzil, mas ele seria o redator-chefe de um jornal clandestino - Combat! Em que, a partir da analise dos fatos e das projeções, ele criava novas redes de sociabilidade, que reforçariam a oposição ao regime nazista"(p.121).
Roberta 29/05/2022minha estante
Parece um excelente livro!




Michele Soares 03/04/2021

A necessidade de ser dois
Esse foi o caderno que mais me despertou interesse. Ao lado do primeiro volume "A Esperança do Mundo" esses parecem ser os cadernos mais 'íntimos', o que não faz do segundo volume especialmente ruim ou algo do tipo, mas um excelente salto para a exploração de outros propósitos ? a filosofia do absurdo em formação e o mergulho nas produção literária, filosófica e jornalística de Camus.

Esse também é o caderno que acompanha a maturação de algumas das obras mais famosas ? "O Estrangeiro" e a "A peste" ? de modo que, como de costume, trechos, ideias e esquemas se alternam com fragmentos de vida e experiência. Entre Orã ? cidade argeliana e terra natal de sua noiva ? e Paris, entre a guerra e a exploração dos absurdos, Camus também mergulha em muitas leituras sobre a Grécia.

Já o posfácio da Claudia Pino é um excelente encerramento tanto para esse volume, quanto para toda a série de cadernos do autor.
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suy 19/10/2019

"É preciso pagar e se sujar com o abjeto sofrimento humano. O sujo, repugnante e viscoso universo da dor".
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