Resenhas - Diário de Classe: A Verdade

Bruno Rodrigues 11/06/2022

Um livro inspirador
Já era fã da Isadora, gostei muito de conhecer mais afundo toda a história por trás do Diário de Classe, é impressionante como mesmo lutando pelo bem de todos e pelo que é certo, ainda se levantaram tantas pessoas para atacar a Isadora, até mesmo ao ponto de agredirem fisicamente a avó dela. Lutar pelos nossos direitos pode ser um caminho muito tortuoso mas como diria Einstein: ?O mundo não será destruído pelo mal, mas por aqueles que os olham e não fazem nada.?

Taynara.Barreto 16/12/2015

'A palavra de uma criança, embora honesta e verdadeira, não tem valor para aqueles que não sabem mais ouvir.' Dumbledore.
Você provavelmente já deve ter ouvido falar da Isadora Faber, se não ouviu, digo desde já que essa menina é realmente inspiradora! Pois bem, a Isa criou uma página no facebook chamada Diário de Classe quando tinha 13 anos de idade com o objetivo de fazer uma denúncia sobre o que realmente acontecia dentro das escolas públicas brasileiras, tomando apenas como exemplo a escola dela. Mas o que essa menina descobriu, e as consequências que teve de sofrer por acreditar, e buscar, uma educação melhor para o seu país foram realmente difíceis, para dizer o mínimo.

O livro é tipo um diário que conta a história dela, principalmente no período das aulas, desde a criação da página, e com isso as represálias que sofreu dos professores, funcionários e colegas de estudo - afinal, estavam todos muito acostumados com o sistema, mas a Isadora sabia que estava em busca de um direito e de um futuro digno, que não podia simplesmente cruzar os braços e se conformar como a maioria - até recentemente quando ela realmente fez algo grandioso pela educação brasileira, que foi a criação da ONG Isadora Faber, como todos vocês já devem ter visto nas notícias.

Durante a leitura, a Isa denuncia a falta de preparação dos professores, funcionários, alunos e até mesmo dos pais em relação à escola. Sim, eu disse essa galera toda mesmo. A situação na comunidade em que ela vivia estava tão intrínseca que se tornou comum achar que tudo aquilo era o certo, e que a Isadora é que estava errada, que era uma "mal agradecida" e que precisava de uma "lição". Mas não é porque a escola é pública que precisa ser ruim, afinal, pagamos por ela com nossos impostos, e se pagamos também outra particular para os nossos filhos, estamos pagando dobrado. É isso que ela vai tentar nos passar durante a leitura.

É necessário ressaltar que ameaças de alunos, de desconhecidos, processos, - entre outras situações ditas no livro, pois não quero dar spoiler, leiam e descubram Hahahah - não seriam suficientes para calar Isadora. Foi justamente isso que achei realmente fantástico nesse livro, a determinação de uma pessoa de tão pouca idade, assim como também a força que ela demonstrou em todas as situações. E como recompensa, ela conseguiu chamar atenção da imprensa nacional e estrangeira, assim como a da população brasileira, no que se refere aos seus direitos, à política e a administração pública, além de ter ganhado vários prêmios, e ter aprendido muito, não somente em relação à educação do país, mas sobre o ser humano e sua astúcia.

A Isadora expõe que a pressão sobre as coisas erradas nesse país podem fazê-lo melhorar, e apresenta como exemplos as melhorias que conseguiu para sua escola e as manifestações que ocorreram em 2013, assim como também critica o conformismo da sociedade, afinal, de que adianta reclamação sem ação? Exatamente, nada. E por esse motivo ela apresenta ideias que vão de encontro a inércia da sociedade que prefere permanecer na ignorância do que sair da sua zona de conforto. A Isa quer ver a mudança acontecer. E talvez por conta disso mesmo tenha decidido cursar Direito e Jornalismo, para saber o que é certo e mostrar os fatos. Bem, do meu ponto de vista, jornalista ela já é, afinal, buscou as informações de que precisava para ver o que deveria acontecer - sem não descansar enquanto não as teve - e mostrou para a sociedade mundial o que realmente estava acontecendo.

Além disso, a Isadora entende que o problema da educação no Brasil não é a falta de verba, como muitos pensam, porque verba tem, o que tá faltando é gente com competência (entenda "capacidade") de administrá-la, gente com vontade de trabalhar realmente, gente para reivindicar seus direitos quando os mesmos estiverem sendo prejudicados, e incentivo às crianças. Um verdadeiro tapa na cara, porém necessário.

Manu 24/05/2014

Menina Incrível!!!
Da gosto de ler! Menininha querida e incrível! Precisamos de mais crianças assim no Brasil. Lutando, sem medo, pelo seu ideal! Parabéns!

Nat 24/04/2020

Encontrei esse literalmente por pura sorte. Eu já tinha outros autores em mente de indicações que peguei, mas encontrei esse e tive que deixar os outros de lado. Depois que vi que ele tinha uma boa pontuação no skoob, fiquei mais curiosa ainda. Achei o máximo uma garota de 13 anos simplesmente colocar a boca no trombone sobre tudo que via de errado em sua escola. Melhor ainda quando conseguiu visualização tanto aqui dentro quanto lá fora (porque parece que a coisa só toma jeito depois que cai nas mãos da imprensa, isso é triste). Também achei muito bacana o posicionamento dos pais dela, que a apoiaram em tudo. Valeu muito a pena essa leitura, serve como reflexão para o que nós andamos fazendo (nos acomodamos ou nos mexemos para conseguir as mudanças que queremos?). Completamente indicado.

site: https://ofantasticomundodaleitura.blogspot.com/2020/04/lendo-o-brasil-santa-catarina-diario-de.html

Nathy.Braganca 21/12/2022

Tapa na cara
Esse livro é fantástico e ao mesmo tempo um soco no estômago, pois ele ressalta o que a gente deveria fazer quando algo não vai bem com um serviço que nos é prestado.
O problema nós, brasileiros, nunca fazemos isso. Somos altamente acomodados.

Dessa 25/02/2015

RESENHA: Diário de Classe - A verdade
Há uns tempos eu andava de olho nos alertas e denúncias que a Isadora fazia em sua fanpage sobre sua escola pública. Essa fanpage ganhou visibilidade mundial, conseguindo assim dar o impulso para criação de sua ONG, com projetos que incentivam uma educação pública de qualidade, e acabou resultando nesse livro fantástico.

No livro, a Isadora narra a trajetória do Diário de Classe desde o início, quando ele era uma voz gritando sozinha, e intercala com sua vida pessoal e como ela foi afetada a partir do momento em que ele, uma garota de apenas 13 anos na época, ousou fazer o que ninguém teve coragem de fazer. Sua atuação é conhecida como "ativismo cibernético". Poucos acreditaram que o "ativismo de sofá" (como muitos chamam) pudesse ter algum resultado de fato.

No entanto, com a ajuda do facebook, a menina que se inspirou na escocesa Martha Payne, obteve resultados que muitos duvidaram e até desencorajaram: melhorias reais na estrutura de sua escola.

Isadora é daquelas que não têm medo de cutucar a ferida. Aliás, como ela bem argumenta, a escola pública não é de graça, pois todos pagam com seus impostos. Quando pensamos que o Brasil é o país com os impostos mais altos do mundo, nada justo - e lógico - do que cobrar excelência dos serviços públicos que são prestados, certo?

Por isso, chega a parecer irônico que alguém poderia se opor a essa iniciativa. Mas isso aconteceu e foi dentro da própria escola dela. Acostumados a mamar nas tetas do ineficiente sistema burocrático de ensino público, os funcionários da escola (professores, substitutos, merendeiras etc) não gostaram da atitude de Isadora.

Isadora merece nota 10 e este livro que merece 5 estrelas, pois não foi escrito apenas para contar uma história com um final legal em belas palavras. É um livro de teor crítico, que dá uma lição de cidadania e iniciativa. Saber que temos brasileiros dispostos a mudar o status quo é retificar a importância de dar o suporte que eles precisam desde cedo, através de um ensino de qualidade e excelência.

Abaixo estão dois links para você conhecer mais do que a Isadora está fazendo pela educação pública brasileira.

site: http://leiagarotaleia.blogspot.com.br/2015/01/ong-autora-isadora-faber-editora.html

Lari 23/07/2020

O valor da educação no Brasil
Eu não conhecia a história da Isadora Faber, me deparei com ela aleatoriamente quando fui procurar algo para ler. Devo dizer que me surpreendeu muito sua história.
Com apenas 13 anos ela conseguiu mobilizar pessoas para o descaso da educação pública no Brasil, reivindicando seus direitos como estudante e cidadã em uma fanpage do Facebook.
Fico orgulhosa de poder dizer que temos pessoas lutando pela educação de forma tão dedicada como ela.
Com certeza é um livro que indico para todos os estudantes do mundo todo.

marcuss 08/05/2016

O Diário de Classe - a verdade mostra situações conhecidas por boa parte da população brasileira: o sucateamento das escolas públicas, o descaso no uso do dinheiro público e o despreparo dos funcionários/servidores públicos.
Não é necessário dizer que o livro em si é inocente, afinal a autora tem 14 anos, mas quando ela iniciou essa luta por uma escola melhor, ela desconhecia metade dos mistérios de como a coisa pública funciona e ao descobrir muitos deles ela percebeu o quanto precisa ser feito e tudo o que ainda pode ser feito. Entretanto, a inocência dela é reforçada, por exemplo, com as atitudes tomadas diante dos posts em sua página, como no caso da reforma em tempo recorde de sua escola que somente serviu como tentativa de silenciá-la e não de atendê-la, ou mesmo com o crescimento absurdo de sua rede de contatos que de uma forma ou de outra pegaram carona em sua repentina fama e exposição nas redes sociais.
De uma certa maneira, ela acaba expondo muitos lugares comuns dos problemas educacionais e em algumas vezes até os reforça, como no caso da comparação da escola pública com a privada e a não percepção da diferença entre um negócio que visa lucro (e não representa nem 20% das instituições de ensino no país) e uma instituição pública que deveria ter em sua base a ideia de formação integral do cidadão. Um outro lugar comum está no fato dela escolher uma escola particular como única forma de poder entrar em uma universidade pública.
Não pretendo julgar se a atitude da autora ao expor os problemas visíveis da escola é certa ou errada, porque ela simplesmente está exercendo seu poder de cidadania, mas é preciso julgar as atitudes da escola e seus representantes na tentativa de intimidar a aluna. A escola pública é ou não é o lugar para formar um cidadão? Ao invés de somente tentar acabar com a fanpage, seria necessário levar essa discussão para dentro das salas de aula e democraticamente resolver essas e outras questões.
A leitura desde livro vale a pena, não somente por alunos e jovens, mas também por gestores e professores, uma vez que nos permite refletir sobre nossas atitudes diante de casos como esse que se tornarão cada vez mais frequentes.

Luiz__Guilherme 28/05/2014

Uma aula de cidadania
Não há mais espaço para uma visão ingênua acerca das redes sociais. Das manifestações populares no Egito à barbárie em Guarujá (litoral de São Paulo), comprovações não faltam de que, para o bem ou para o mal, as redes sociais estão em nosso cotidiano atuando em informações, ideias e boatos. A adolescente Isadora Faber viveu essa afirmativa da melhor e da pior maneira. Tudo começou quando, inconformada com os problemas de ensino e de infraestrutura da sua escola, a garota criou uma página numa rede social chamada “Diário de Classe” para denunciar as negligências. A iniciativa chamou a atenção da imprensa e de milhares de internautas. No entanto, ela sofreu ameaças e perseguições. A saga agridoce da estudante é contada em detalhes na autobiografia “Diário de Classe – A verdade: a história da menina que está ajudando a mudar a educação no Brasil” (editora Gutenberg, 2014, 272 páginas).

(...)

Resenha completa no meu blog (link abaixo).

site: http://blocodoluiz.wordpress.com/2014/05/28/uma-aula-de-cidadania/

Arlindo Barata 15/07/2014

Isadora Faber, indignada com os problemas que via em seu colégio resolveu, aos 13 anos, criar uma página no Facebook, o Diário de Classe, com o objetivo de tornar público todas as situações que se passava em seu colégio, sendo boas ou más. Com o tempo, as verdades que a Isadora postava em sua página começou a incomodar aqueles que preferem o comodismo à melhora. E assim ela sofreu represálias, críticas, processos e até agressões, mas nada deixou abalar a força que a Isadora tinha em lutar por algo que seria melhor para todos.
Hoje com um público de mais de 635 mil seguidores no facebook, a sua luta por uma educação brasileira continua. Participante de vários eventos, palestras e premiações, fundou a ONG Isadora Faber, para conseguir com que educação se torne melhor por todo o Brasil.

site: http://macaliteraria.blogspot.com.br/2014/07/resenha-sorteio-diario-de-classe-verdade.html

Claudia.Marcia 17/01/2023

Uma leitura inspiradora! Conheci a luta,da Isadora Faber na época pelos veículos de comunicação e já achava corajosa diante tanta  coisa que passou. Alguns anos atrás em uma prova foi citado um trecho do seu livro, foi aí que despertou mais ainda interesse de conhecê -la  mais, anotei o livro na minha lista.
E com a leitura livro puder relembrar coisas nem me recordava mais. No livro você ver o quanto à educação pública fica no descaso, quanto as pessoas se acomodam em relação o serviço de mal qualidade e prestado à população e não reclamam. A Isadora muito nova com sua fan page, foi corajosa e trouxe melhorias e que me deixa triste e a sua comunidade escolar não apoiava a causa que não era só dela, era em pró a todos. Tirando a falta de apoio, sofreu represálias mesmo assim seguiu em frente . Isadora nos faz lembrar que devemos sempre lutar por uma educação digna, cobrar transparência das contas da máquina pública, exigir que os gestores façam melhorias... 
Uma leitura que recomendo pois é inspiração para todos!

Carolina.Inthurn 11/08/2014

Inspiração!
"Mas o que essas pessoas esquecem é que educação não é brincadeira. Não dá pra ficar como está. É um assunto muito sério."

O livro da Isadora é considerado uma biografia, mas eu o considero uma afronta, além de outros adjetivos. Provavelmente alguns de vocês devem conhecer a Isadora e sua página do facebook, Diário de Classe, que hoje conta com mais de 650 mil curtidores. Foi criado com o objetivo de "desabafo" diante os problemas técnicos e particulares de sua escola pública. Logo, se tornou sucesso no Brasil e apesar das ameaças, processos e denúncias, nada fazia com que Isadora deixasse de lado seu sonho: Mudar a educação brasileira.

Nesse livro ela nos conta como foi desde o início a repercussão e o barulho do Diário até os dias de hoje, com a criação de uma ONG em prol da educação. É impossível não sentir a sinceridade e a vontade de lutar da pequena Isadora. Muitas vezes nós nos calamos diante o governo achando que seremos punidos... Lendo o exemplo de uma garota de 13 anos, todo esse "receio' some, pelo menos parcialmente.

É surpreendente mesmo ver o quanto de pessoas hoje em dia se preocupam com a educação. Como a jovem Isa nos conta nos seus relatos, é uma das coisas mais importantes de um país. Hoje, nossa sociedade forma "alienados", que não reclamam de nada, que aceitam e não protestam. E pessoas como a Isadora vem para nos mostrar que nem tudo está perdido, definitivamente.

Seu livro serviu de estímulo, e acima de tudo, base e inspiração. Não necessariamente precisamos usar isso voltados pra "educação", mas pra algum sonho nosso que está lá guardado pra um dia sobrar coragem e realizar. Quando se quer algo, se luta, bota a cara a tapa, você consegue. A regra aqui é não desistir, e o aprendizado, persistir.

"Nós precisamos lutar pelos nossos direitos, todo mundo que trabalha paga impostos. E esse dinheiro precisa ser bem usado. E, como eu já disse, todo mundo tem direito a uma educação de qualidade."

site: http://www.estantedasfadas.com.br/

Paula 09/09/2014

"Aos 13 anos, Isadora Faber, uma estudante de escola pública de Florianópolis (SC), indignada com os problemas de ensino e infraestrutura de seu colégio resolveu criar uma página no Facebook, o Diário de Classe, para denunciá-los. Chamou a atenção da imprensa nacional e internacional, mobilizou milhares de seguidores e conseguiu as mudanças que reivindicou. Sua jornada, no entanto, foi árdua: sofreu críticas, ameaças, represálias, agressões e processos. Porém, não desistiu, e hoje tem mais de 625 mil seguidores, inspirou a criação de mais de cem Diários de Classe, já participou de inúmeras palestras e eventos, ganhou prêmios e fundou a ONG Isadora Faber, com a qual continua seu trabalho por uma educação pública de qualidade no Brasil. Mais que um relato de coragem e do poder do webativismo, este livro é um retrato perturbador da situação da educação e dos serviços públicos brasileiros, que grita por cidadania e por transformações urgentes."

Arca Literária 11/10/2014

Leia a resenha em nosso site http://www.arcaliteraria.com.br/diario-de-classe-a-verdade-isadora-faber-2/

site: http://www.arcaliteraria.com.br/diario-de-classe-a-verdade-isadora-faber-2/

Gabriela Amoroso 03/12/2014

Leitura obrigatória!
É impossível terminar de ler Diário de Classe – A Verdade sem ficar sedento por mudanças na educação e no Brasil. Eu sempre tive vontade de fazer alguma coisa pelo próximo e, como a maioria das pessoas, acabei deixando para depois. Para quando eu for independente, para quando eu tiver dinheiro sobrando, para quando der. Se você, assim como eu, está esperando o momento certo chegar, saiba que esse momento não existe. E o Diário de Classe prova isso.

Isadora tinha 13 anos quando se cansou das injustiças. Inspirada por uma garota escocesa que criou um blog para denunciar a péssima qualidade da merenda escolar, Isadora conversou com os pais e resolveu criar uma página no facebook para divulgar e denunciar o descaso com a escola e com os alunos.

Ela só não imaginava que depois de pouco tempo a página iria começar a repercutir de forma gigantesca. Do dia para a noite apareceram repórteres e jornalistas interessados na história da escola, querendo entender o porquê das denuncias e ajudando a divulgar para o mundo inteiro a página da menina.

É interessante e um pouco assustador ver como isso modificou a atitude das pessoas envolvidas na escola. Desde o começo da página, Isadora era repreendida por um ou outro, mas nenhuma melhoria era feita. Quando o assunto ganhou destaque na imprensa, algumas melhorias começaram a aparecer, mas as represálias ficaram muito, muito piores. Chegaram a jogar pedras (PEDRAS!) na casa da garota.

E, para deixar a situação ainda mais surreal, a maioria dos alunos estava CONTRA a Isadora. Gente, a garota está reivindicando melhorias que vão ser aproveitadas por toda a comunidade escolar e as pessoas se opõem a isso. Não tem sentido. Alguns alunos, que apoiavam em segredo o Diário de Classe, não se manifestavam na escola por medo. Pode isso?

Eu até entendo, de verdade, a atitude das pessoas (tanto dos responsáveis pela escola, quanto dos alunos) em um primeiro momento. Não é fácil mudar, sair do comodismo e fazer todas as coisas de maneira correta. Porém, quando há incentivo e as mudanças tem condições de acontecer, é preciso deixar o medo e o comodismo de lado e mudar. É confortável ficar em um emprego ou em uma escola que não cobra nada, nem do funcionário, nem do aluno. Não ter metas para cumprir, passar de ano direto e “tapar o sol com a peneira” são práticas comuns em muitas escolas do país. Isadora mostrou que, se todo mundo fizesse a sua parte, cumprisse seus horários e trabalhasse com vontade, preservasse e desse valor ao patrimônio público e estudasse visando uma vida melhor, o Brasil poderia sim ter uma educação de qualidade.

Vale ressaltar que a diagramação do livro está super dinâmica. Foram incluídos prints e fotos da trajetória de Isadora, assim como trechos das postagens da página. Conforme os capítulos vão passando, vamos sendo informados do aumento no número de curtidas.

Isadora também nos conta como foi participar de programas de televisão e palestrar para centenas de pessoas. Ela também explica um pouquinho do processo de criação da sua ONG, que, entre outras atividades, realiza projetos educacionais.

Por fim, a maior lição que tirei de Diário de Classe - A Verdade é que quando algo não vai bem, não podemos simplesmente nos conformar e repetir o velho jargão “isso nunca vai mudar”. Muda sim! Depende de mim, de você, de todos nós. Se metade das pessoas que presenciam injustiça, corrupção, descaso e negligência denunciassem e cobrassem os seus direitos, a mudança seria significativa. Porque, como mostrou Isadora, recursos e empresas interessadas em ajudar não faltam.

site: http://www.pitadadecultura.com/