Cássio Costa 07/07/2020
Vivendo a serviço de Deus
Toda vez que leio um livro biográfico, sinto-me inútil, incapaz de fazer o que eles fizeram, sei que esse pensamento é errado, todavia não há como não comparar minha vida com a do biografado, e a sensação de inutilidade aumenta quando são vários os personagens, como é o caso desse livro que relata a vida de alguns dos servos de Deus. Franklin não se demora muito em cada personagem, ao todo são mais de 30 biografias e ainda ficou de fora muitos outros, entretanto a leitura é agradável e principalmente muito reflexiva e pertinente aos nossos dias, sendo de grande valia para o povo de Deus.
Ser cristão é ser parecido com Cristo em atitudes e pensamentos, em oração e paixão pelos perdidos, em caráter e amor e em um modo de vida de completa renúncia pela causa de Deus, que concerne a salvação dos seus eleitos. Desta maneira viveram muitos homens durante a história da igreja e do cristianismo, homens que não tiveram por preciosas suas próprias vidas, antes se entregam e foram completamente escravos de Cristo.
Perderam suas vidas, mas a encontraram em Jesus. Por amor a Jesus e temor a Deus, muitos desses homens mudaram de certa forma o mundo com suas vidas ativas, como por exemplo: Wilberforce e a sua luta contra a escravidão, Dietrich Bonhoeffer contra o nazimo, Barth contra o liberalismo, Lutero e Calvino na reforma, aberturas de universidades com kuyper, arte com Schaeffer e música com Bach, ciência com Pascal, filosofia com Agostinho e Edward e muitos e muitos outros. São inúmeros os exemplos de homens que apesar de toda dificuldade que os envolviam, eram homens obstinados a levarem e elevarem o nome de Deus, tornando a diferença gritante entre o cristão de hoje e de alguns séculos atrás. A piedade puritana sumiu da igreja contemporânea, fazer missões como Carey é uma afronta a nossas vidas secularizadas e eletrônica, pregar com George Whitefield, John Wesley, Bunyan é impensável nos dias de hoje, pois nossa comodidade não permite. Ou seja, damos desculpas a nós mesmo, pois não queremos ter muito trabalho pra nada. Já queremos tudo feito. Queremos a glorificação mas esquecemos da justificação e principalmente da santificação, sem a qual ninguém verá o senhor.
Esses homens me fazem lembrar dos primeiros cristãos do relato de Hebreus 11
" Alguns foram torturados, não aceitando seu resgate, para obterem superior ressurreição; outros, por sua vez, passaram pela prova de escárnios e açoites, sim, até de algemas e prisões. Foram apedrejados, provados, serrados pelo meio, mortos a fio de espada; andaram peregrinos, vestidos de peles de ovelhas e de cabras, necessitados, afligidos, maltratados (homens dos quais o mundo não era digno), errantes pelos desertos, pelos montes, pelas covas, pelos antros da terra. Ora, todos estes que obtiveram bom testemunho por sua fé...
Hebreus 11:35?-?39 ARA