Rene 10/01/2016
Melhorou....
Gosto é algo muito particular e não se discute. Dito isso, fico aqui com minhas reservas sobre tantos elogios rasgados que fizeram ao livro (perfeito, maravilhoso, épico etc etc, é forçar demais a barra, mas......).
Não me importa se é literatura nacional ou não, não me prendo a demarcações imaginárias; eu quero ver a história e como ela se desenrola.
Bem, como ponto positivo para esse segundo livro:
-> O maior desenvolvimento na história dos Orixás e algumas lendas contadas.
-> Encurtamento da história (chata), do Newton e as explicações que ocorreram.
-> Um bom ritmo dado ao conto.
Lado negativo:
-> Infelizmente tive a impressão de que se trocassem os nomes dos Orixás por qualquer outro, não iria fazer diferença. Ao menos não até certo ponto do livro.
-> Batalhas simples demais, tirando um pouco da emoção da história.
-> Quantidade grande de coincidências que ocorriam sempre que Orunmilá e seu grupo se viam perdidos numa situação. Sempre aparecia alguém, ou algo acontecia para indicar o que ser feito.
-> Ainda com a sensação de que a parte de Newton poderia facilmente ser encurtada.
Meio termo, nem positivo, nem negativo, apenas incomodou:
-> Newton, nem de longe, me despertou aquele sentimento de torcer pelo anti-herói. Até o último minuto, apesar de tudo, se mostrou arrogante e apenas visando o interesse pessoal e material, por mais errado que ele soubesse que estava.
-> Orunmilá também se mostrou um tanto deslumbrado com a fama que tinha, toda hora parecia ser uma necessidade dizer "o maior babalaô de todos os tempos....". Preferiu manter a fama, do que "seguir em frente".
-> Decisão de dividir o livro em dois já que, inicialmente, o primeiro e segundo livros eram um só. Soa como algo: vamos dividir para ganhar mais dinheiro com essa história.
Uma coisa interessante foi o personagem Exu, e como ele se ligou bem aos dois mundos. Inclusive, mostrando que o ser humano não é tão importante e o centro do mundo, como se acha. E existem coisas que devem acontecer, por pior que sejam. Fazem parte do destino e da vida, não há como mudar, sem que o próprio ser humano faça sua parte.
Bem, é isso. E vamos ao terceiro livro ver como fica.