spoiler visualizarKK 30/09/2014
Desacelerando
Comecei o "Livro da Traição" com grandes expectativas" depois de ler o "Livro do silêncio". Mas logo me dei de cara com a Pilar. E ao invés de ficar extremamente curiosa sobre o que seria ela e Omolô, achei um tédio arrastado sem fim por grande parte do livro. Em certo momento minha vontade era pular todas as partes do New e ler somente as dos Orixás.
Mas minha resolução de ler m livro do começo ao fim é forte e continue. Até porque já conheço PJ Pereira e sabia que ele não tinha colocado uma "seita" de lunáticos corruptos e assassinos atoa na história.
Quando finalmente descobri o propósito de Pilar e o que ela representava pensei "isso poderia ser dito antes". Pois é... Me desculpem os fãs de PJ Pereira, eu mesma sou uma, mas acho que o "Livro da Traição" se arrastou muito até o desfecho que, ao meu ver, foi muito corrido.
Muitas páginas sem desenrolar da história. Apenas encontrando os odus perdidos (o que, aliás, foi fácil demais), mas a história do New se arrastava e, como a dos orixás dependia dele, também se arrastou.
Até que, como num passe de mágica, tudo se resolve em 3 capítulos de orixás, rápido, rasteiro.
Sobre a decisão do New, foi previsível. Afinal, ele era "o odu da traição", não é mesmo? Gostei dessa parte, principalmente envolvendo Exú e Maria Eduarda no acidente das Torres Gêmeas (e, pelo pós-fáscio, descobrindo o que isso significava para o próprio PJ).
O que eu realmente não gostei: do capítulo final sobre Exú. Me deu a sensação de que "ok. Resolvemos todo o mundo. Todos são orixás e epa! Sobrou exú!" Não gostei. Espero realmente uma continuação e um desenrolar para essa parte dele, não em nosso mundo, mas no mundo dos orixás.
No nosso mundo ele tem ainda o que fazer, já que foi revelado como mestre de Maria Eduarda.
O Livro da Morte está sendo terminado agora, quase 10 anos depois (como PJ mesmo explica). Acho que agora, depois de tirar o último tampão que cobria a ferida dos atentados de 11 de setembro, ele dê um fôlego novo à história! (e venha à Brasília para uma sessão de autógrafos, como prometeu pelo Facebook).