Wellington.Pimente 16/01/2023
A questão racial nas Américas.
O escritor Henry Louis viajou para alguns países sul americanos, àqueles que mais trouxeram escravos africanos, além do seu país de origem, os EUA . Foi uma grande descoberta sobre esses eventos históricos e contemporâneos sobre a questão racial, é muito enriquecedor o conhecimento que ele relata em seu livro. Porém, como todo livro de negros ativistas (que entendo perfeitamente sua luta e defesa) mas fica pobre quando não se coloca o pensamento de negros que não pensam como os ativistas. Em relação aos países como México, Peru, República Dominicana, Haiti e Cuba não tinha a mínima ideia de como isso ocorreu e a visão desse povo em relação a questão racial. No Brasil, como se fala tanto, ele buscou somente negros militantes de esquerda e que defendem sua visão de forma enviesada, no meu ponto de vista, mas com muitas verdades do que sofreram. Mas gostaria de ouvir mais o contraponto de negros não militantes e que são bem sucedidos profissionalmente e como enfrentou a barreira do preconceito em nosso país, vimos o exemplo dos relatos da Zezé Motta e o músico MV Bill, mas seria muito enriquecedor vermos pessoas comuns, afinal um talento seja na arte ou no esporte sempre ultrapassou barreiras. Eu que sou "branco" de aparência , mas sou fruto de miscinegação com DNA que aparece visível em meu físico em vários pontos, nunca tinha percebido no meu ambiente familiar algum preconceito racial, pois somos uma família muito miscigenado. Mas conforme relatos de ativistas como a Djamila Ribeiro comecei a perceber como o preconceito racial realmente é bem "camuflado" em nossa sociedade e é importante sabermos e agirmos quando percebemos como ele se dá. Mas o livro aponta caminhos interessantes, principalmente a valorização da sua raça, que sim é linda e muito, muito enriquecedora.