Máquina de Armas

Máquina de Armas Warren Ellis




Resenhas - Máquina de Armas


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Bimah 08/09/2023

Narrado em terceira pessoa, Máquina de Armas é um livro policial diferente, não temos o crime em si, mas a arma, é só depois de testes de balística que sabemos quais foram os crimes e a partir daí o protagonista, Detetive Tallow, consegue traçar um perfil do assassino ou assassinos, comparando o que há em comum entre cada um daqueles assassinatos ocorridos no decorrer de 20 anos, sabemos que o colecionador está espreitando o detetive, disposto a recuperar sua coleção, ele é chamado apenas de ''Caçador''.

A cidade de Nova York acaba se tornando um dos personagens principais, Ellis consegue transmitir no papel o lado mais sangrento da cidade, explicando curiosidades históricas, detalhes interessantes e ao longo do livro criando uma forte impressão do cenário no leitor.

Ao longo dos capítulos, o foco narrativo se desloca entre o detetive Tallow e o assassino. O primeiro é o modelo básico de qualquer agente da lei problemático da ficção, bebendo, sentindo-se culpado e sem dar muita importância para uma vida social, o que piora ao ser designado para o caso do apartamento misterioso, porém há um detalhe a respeito dele que eu gostei bastante que é o fato dele gostar de ler, seu carro é atulhado de livros e revistas por ele acumulados. Já o seu antagonista é mais interessante, pois é um indivíduo a ser decifrado, com motivações ocultas e um pano de fundo intrigante para sua psicose, entendida aos poucos. Alguns personagens de apoio, como a dupla de peritos que ajuda Tallow, foram criados sem sequer a tentativa de disfarçar o clichê (apesar dos dois serem bem carismáticos), algo piorado por algumas passagens e diálogos que pretendem conferir uma aura mais moderna e cinematográfica, destilando referências e buscando humor negro.

Ellis deve ter pesquisado bastante os procedimentos mais complicados de investigação e balística (quero crer que sim), mas poderia ter evitado certas coincidências convenientes. Tallow determina a linha de raciocínio do caso muito facilmente e uma coincidência monumental o coloca em contato direto com alguém envolvido bem de perto nesta conspiração, da forma mais acidental possível. Não bastasse esse mundo pequeno, a sorte de Tallow ainda permite que essa pessoa tenha uma disposição enorme em abrir-se com alguém que conheceu há (bem) pouco. Se não fosse a mão divina do autor proporcionando esses encontros aleatórios, o mistério talvez não fosse descoberto, esse é o ponto fraco da história, o leitor sente-se um pouco traído pela resolução tão rápida.
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Evy 24/03/2021

Demorei muito para terminar, pois a narrativa paralela do ?caçador? não me fez sentir tanto interesse pelo personagem, e as vezes sentia até um pouco de ?preguiça? pelos capítulos envolvendo ele.
E também sinto que o final não faz jus a todo o esforço de Tallow. Além de um pouco previsível, parece também que falta algo, explicações, ou um fim mais impactante tanto para o ?caçador? quanto para o detetive.
Mas, gosto muito de toda a narração sobre as investigações e o desenrolar do quebra-cabeça vivido por Tallow e os peritos sobre o caso, definitivamente é o melhor de toda a história!!!

??A obra é dívida entres capítulos do ponto de vista do ?caçador? (o serial killer), e do detetive Tallow sobre as investigações.
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Chigurth 12/06/2015

Violento, Sarcástico e bem desenvolvido.
Warren Ellis apresenta uma ficçao Policial de ótima qualidade.
Utilizando violência brutal e o acaso
como ponto de partida
Sua narrativa é cheia de violência,humor cáustico
personagens nada usuais e um enigma bem desenvolvido.
Seu inicio é brutal
O desenvolvimento bem elaborado
E o final aterrador.

"Máquina de Armas"
Possui momentos grandiosos com diálogos diretos e sem enrolação,
Durante a narrativa do livro o leitor irá se deparar com alguns momentos "Soco no estômago" onde
Warren Ellis nos apresenta
O fluxo de informações. Se trata de
uma série de acontecimentos
no mínimo bizarros
Relatados através do rádio da policia.
É neste momento que Warren joga ácido de pilha e amônia na cara do leitor.

Para ler de uma só vez!

Recomendo.
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Orlando 27/06/2016

O LIVRO É: “MÁQUINA DE ARMAS” DE WARREN ELLIS
O LIVRO É: “MÁQUINA DE ARMAS” DE WARREN ELLIS

John Tallow e seu parceiro Jim Rosato atenderam um chamado para uma ameaça de tiroteio em um velho prédio de apartamentos na Pearl Street em Manhattan. Um prédio qualquer em uma quadra qualquer com a confusão típica entre senhorio e inquilino devedor… coisa comum, pelo visto, em qualquer grande cidade americana. A voz de prisão desencadeou tiros, um acertou Rosato, o outro o inquilino exaltado. Tallow ficou em choque ao ver o sangue do parceiro espalhado pelos degraus da escada e pela pintura da parede.
Rosato era o policial destaque da dupla, era o que dirigia a viatura, o que andava adiante, o que estava sempre a um passo de uma boa promoção.

Tallow, comprador compulsivo de livros, fumante e entusiasta autodidata do estudo de História e Cultura, sempre se contentou em estar no segundo plano, de deixar seu parceiro de anos conduzir as ações, estava esperando apenas a hora de sua aposentadoria bater em sua porta.

O velho prédio onde Rosato e Tallow foram recebidos a bala estava em processo de venda para uma grande empresa de tecnologia e comunicações que fazia pesadas negociações na bolsa de valores chamada Vivacity, sob direção de um homem chamado de Sr. Machen, a quem Tallow, em breve teria de visitar. Mas o detalhe mais importante é que no prédio há um quarto trancado e protegido como um cofre, dentro dele há dezenas, talvez centenas de armas, cada uma delas utilizada em um crime ocorrido em diferentes épocas. Dispostas pelo chão, pelo teto e paredes, as armas pareciam formar um intricado jogo de desenhos, espirais, grafismos e runas desconhecidas.

Mesmo de luto com a morte do parceiro, Tallow foi incumbindo da investigação do bizarro apartamento que ficava a poucos metros de distância do local da morte de seu parceiro. A perícia interditou o local, Tallow mobilizou vários departamentos policiais diferentes em uma verdadeira força-tarefa para remover as armas e periciá-las o mais breve possível. No processo, conquistou a inimizade e antipatia de vários policiais e peritos em toda Manhattan com algum resquício de bom-senso, em paralelo conquistou a estranha amizade dos peritos Bat eScarly, Bat é o típico perito nerd-geek maluco que, nas horas vagas, cria artefatos e aparelhos estranhos, Scarly é durona, sarcástica e ácida, o exato oposto do franzino Bat.

O trio compra para si a proposta de desvendar o caso mais estranho, complexo e já surgido em todos os departamentos policiais da cidade-ilha. A tarefa não é nada fácil, pois as investigações apontam uma infiltração dentro da própria policia, já que algumas das armas encontradas no apartamento-cofre estavam apreendidas há anos nos depósitos de provas policiais e, sem ajuda interna, jamais poderiam ter saído dali.

Em outro ponto da cidade, um velho homem que chama a si mesmo de “O Caçador” observa a policia esvaziar seu templo, desmantelar seu trabalho de uma vida toda. Suas armas, as ferramentas de um trabalho minucioso e detalhado eram encaixotadas uma a uma e retiradas de seu domínio. O Caçador estava de mãos atadas, eram muitos policiais e ele não tinha a arma adequada para aquela ocasião específica. Sua rede de contatos dentro dos escalões de administração precisariam se mover para lhe ajudar a recuperar seu templo e seus instrumentos.

Mas o Caçador refletiu, não era necessário matar todos os policiais envolvidos no caso para evitar que chegassem até ele; só um precisava ser tirado do caminho: John Tallow já estava marcado pelo Caçador, só era necessário encontrar uma arma adequada para o detetive. Dotado de um meticuloso processo de escolha de armas e da utilização das mesmas para cada assassinato, o Caçador partiu em busca de seus fornecedores, vivendo entre a Manhattan real de prédios, telefones e câmeras de segurança e outra Manhattan antiga, indígenas, florestal. Dentro dessa ilusão dupla, o Caçador caminha pelas vielas da cidade evitando o máximo possível as pessoas, os veículos e o trânsito. As sombras são o lugar do velho que se oculta na floresta de pedra.

Manhattan, o cenário-personagem
A cidade de Manhattan, importante centro de convergência de pontos importantes é de suma importância para a trama de “Máquina de Armas”. O Caçador, personagem que move boa parte das engrenagens da máquina, se move pela cidade de maneira furtiva, visualizando dois mundos isolados entre si por séculos de transformação ambiental e cultural; o personagem se imagina um dos antigos caçadores indígenas que pisaram por Manahat, o nome original da cidade em tempos já quase esquecidos. Tallow, um ser urbano, carrega no banco de trás de seu carro um computador, um tablet e uma enorme pilha de livros e revistas sobre diversos assuntos, transita pela cidade em sua viatura, agora, sem seu parceiro morto em serviço.

Os peritos Bat e Scarly são festivos, engraçados e ao mesmo tempo que tem facilidade de “se enturmar”, na essência são outsiders, são descolados e inteligentes demais para serem “do convívio social”.

Mas no fim de toda a narrativa, é a cidade de Manhattan que está no centro do maquinário que o autor britânico Warren Ellis construiu. Aspectos geográficos, políticos, econômicos, sociais e históricos enriquecem de forma fantástica o livro que é um thriller policial bem escrito, bem narrado, mas que, no entanto, possui umas três ou quatro muletas de roteiro para conectar fatos e consequências da trama. Se Manhattan não estivesse tão evidente na trama de Ellis, se fosse outra cidade bem menor e não uma mega-cidade cheia de locais e pontos super-movimentados, seria possível aceitar que Tallow encontrasse, numa ida à lanchonete uma personagem determinante para que se desvendasse uma parte da complexa trama estabelecida no livro.

Como disse, não é uma coincidência fortuita apenas, são pelo menos umas quatro que de forma extremamente fácil montam o quebra-cabeça na mente do leitor e na do detetive Tallow. Parece que você está caminhando numa vila e “Boom”, está ali aquele seu vizinho fazendo compras na mesma feira que você apenas duas ou três quadras da casa de ambos. Não funcionou, ficou ali uma engrenagem que trinca o movimento até então fluído e natural que a obra vinha tendo.

Veja, não é uma leitura ruim, longe disso, Ellis tem pleno domínio da narrativa, a trama geral é imersiva e consistente, mas peca nas suas soluções. A tensão de um thriler policial de qualidade está ali com todos os seus elementos: policiais durões e cheios de atitude, peritos esquisitões, chefias de atitudes dúbias, uma cidade violenta, jogos de poder, empresários corruptos, subornos, um perigoso serial killer responsável por crimes que se estendem por uns 20 anos de história da cidade de Manhattan, todos, até então sem solução.

Para que se tenha uma ideia de como ficaram artificiais as coincidências fortuitas da narrativa, em Manhattan estão alguns dos principais pontos de interesse da cidade, incluindo a Times Square, o Central Park, o Empire State Building, a Wall Street, a Broadway e a Brooklyn Bridge, a ponte que une Manhattan a Brooklyn, e também abrigava antes dos ataques de 11 de Setembro o famoso complexo World Trade Center. Em uma narrativa realista, bem direcionada e bem narrada, isso acabou destoando e assinalando um ponto bem fraco no roteiro de Ellis para o livro.

Com personagens bem construídos, uma ótima pesquisa histórica sobre Manhattan, sequências de ação muito bem escritas e tensas, grandes cargas de violência típicas das narrativas policiais, Ellis entrega um bom livro na soma geral, seu contexto contemporâneo tem consistência e aspectos de nosso cotidiano estão ali como a pesquisa na internet, os mapas virtuais, os aparelhos eletroeletrônicos, a vida agitada, o consumismo e a correria do dia em uma grande metrópole.

Gostaria de poder passar por cima das coincidências que amarram alguns pontos da obra, mas não dá para ignorar a movimentação e a efervescência que o próprio autor adensa sobre Manhattan e achar que é completamente natural no meio de uma trama tão complexa e elaborada você simplesmente cruzar com quem tem muitas das respostas que você procurar.

Mas fico no aguardo de outros livros do autor que tem extensa e diversificada carreira nas HQs.

O Autor
O autor britânico Warren Ellis é conhecido dos fãs de HQs já de longa data, em suas grandes obras estão as elogiadíssimas passagens pelo supergrupo Stormwatch, antecessor do supergrupo The Authority também em ótimo arco escrito pelo autor, também é de sua responsabilidade o espetacular Planetary; os três grupos podem ser apreciados em edições nacionais pela Editora Panini (Stormwatch e Planetary completos, Authority em fase de publicação). Nas grandonas o autor também coleciona várias fases nos personagens conhecidos comoWolverine, Homem de Ferro e Thor na Marvel e Constantine na DC/Vertigo onde também tem a cultuadaTransmetropolitan.

MÁQUINA DE ARMAS
Após um tiroteio custar a vida de seu parceiro, o detetive John Tallow acaba descobrindo um apartamento repleto de armas. Cada uma delas conduz a um diferente caso de assassinato não resolvido pela polícia. Por vinte anos ou mais, alguém esteve matando pessoas e juntando as armas por um propósito inexplicável. Confrontado com a inesperada emergência de centenas de homicídios não resolvidos, Tallow logo descobre que está sendo irremediavelmente conduzido a um verdadeiro acordo com o diabo. Agora, o detetive deve procurar por um caçador que considera seus atos assassinos como um sacrifício para os velhos deuses de Manhattan e que pode, simplesmente, ser o mais prolífico serial killer da história da cidade de Nova York. Warren Ellis tem acumulado legiões de fãs pelo mundo todo, sendo elogiado pela revista Wired por sua “impiedosa ação” e “inquestionável bravura”. Seu mais novo romance lança-o como um dos mais ousados escritores de thrillers da atualidade. Este é o primeiro suspense do século XXI de grande relevância. Este é ‘Máquina de Armas’.

o EDITORA | Novo Século
o NÚMERO DE PÁGINAS | 312
o IDIOMA | Português
o ACABAMENTO | Brochura
o NÚMERO DA EDIÇÃO | 1
o ANO DA EDIÇÃO | 2014
o AUTOR | Warren Ellis



site: http://www.pontozero.net.br/?p=8665
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Estefani.Paula 25/02/2020

Parece que a minha premissa de livros pra esse ano é ''boa ideia, execução falha''. Os personagens não são críveis, muito menos a motivação do antagonista.
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Fábio 15/11/2021

Inovador mas com problemas de desenvolvimento
Máquina de armas é um história policial competente e fluida. Fazendo jus a sua carreira de escritor de quadrinhos o Warren Ellis consegue trazer para este trabalho toda sua criatividade e ousadia, contudo o livro sofre no que se trata dos personagens, apesar de carismáticos eles não são tão bem desenvolvidos, e o final é um tanto apressado.
Contudo para quem uma leitura rápida e gostosa para matar o tempo pode
ler sem medo.
Espero que não Warren escreva mais livros, sua criatividade é muito bem vinda ao mundo da literátura.
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Manezera 19/04/2022

Após a morte de seu parceiro em uma incursão policial, o detetive John Tallow descobre por acidente um apartamento "decorado" por centenas de armas.
Após analises forenses, descobre que todas elas foram usadas em assassinatos não solucionados na cidade de Nova York.
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Carlos.Pery 18/06/2022

O livro acaba de repente.
Não é que não dê para perceber que a história vai acabar. Mas você não acredita que vai acabar daquela forma, sem muitas explicações. Será que Ellis cansou da história e pensou "preciso passar para outro material"?
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Leonardo787 07/11/2014

Até que é legal
Achei bem escrito e interessante.
Mas parece que faltou um pouco mais de suspense.
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Moonlight Books 22/11/2014

Uma simples ocorrência policial, que para dois detetives veteranos deveria ser resolvida com rapidez, acaba sendo fatal para um deles. Sozinho, John Tallow encara o corpo de seu parceiro, sem saber o que fazer, contudo naquele prédio havia mais que um atirador maluco, existia ali um apartamento trancado como um cofre, que escondia em seu interior a maior coleção de armas já vista por toda a polícia de Nova Iorque e o pior de tudo, todas haviam sidos utilizadas em crimes não solucionados. Mesmo sofrendo pelo luto, Tallow foi incumbido daquela investigação, descobrir o segredo por trás de coleção tão macabra.

Narrado em terceira pessoa, Máquina de Armas é um livro policial diferente, não temos o crime em si e sim a arma, é só depois de testes de balística que sabemos quais foram os crimes e a partir daí o detetive Tallow consegue traçar um perfil do assassino ou assassinos, comparando o que há em comum entre cada um daqueles assassinatos ocorridos no decorrer de vinte anos. No começo não há como saber se o colecionador cometeu os crimes, mas sabemos que ele está espreitando o detetive, disposto a tudo para recuperar sua coleção, ele é chamado apenas de “Caçador”.


site: Leia o restante da resenha em http://www.moonlightbooks.net/2014/09/resenha-maquina-de-armas.html
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Edu Ribeiro 03/04/2015

Uma trama que empolga, mas...
Gostei do argumento e do ritmo. O enredo acabou me segurando e interessando até o final. Só tenho a crítica do autor tratar Manhatan como uma pequena vila onde todos se encontram ou se conhecem coincidentemente.
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Thais.Nascimento 25/07/2020

Bom
Livro bom, mas o final foi meio corrido, faltou um pouco de desenvolvimento ali.
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Juliaasgon 14/02/2021

Personagem superficial
Criei grandes expectativas a respeito deste livro pois a sinopse e o início da história são realmente interessantes. Porém o "personagem misterioso" é pouco explorado, não conhecemos sua personalidade e seu objetivo é explicado de forma muito superficial em apenas uma página ao fim do livro. Cansativo e fraco, sangrento demais, não recomendaria a amigos.
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Glenda 07/09/2021

A máquina que eu queria era a de voltar no tempo
Faz um bom tempo que eu li mas criei um bloqueio em relação a sensação deee esse livro pois foi simplesmente uma perda de tempo.
A história anda devagar e chega em seu ápice, você fica sedento pelo desfecho
Mas quando chega essa parte é empurrado de barriga sabe, só pra terminar mesmo sabe? Como se o autor estivesse com pressa pra terminar
Enfim, não recomendo e queria poder recuperar o tempo perdido
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Bianca.Leleque 19/07/2023

Uma montanha russa
Não é um livro ruim, mas também não diria que é um livro ótimo. O humor negro do autor foi uma das coisas que me fez chegar até o fim, mas ainda foi uma leitura um pouco cansativa.

O primeiro capítulo é bem descritivo do que é o livro inteiro. Há momentos "maravilhosos" - no sentido da escrita -, nos quais é perceptível o talento do autor, porém há momentos em que as descrições pecam e cansam a leitura. Muitas vezes as descrições extensas quebram o dinamismo da cena, principalmente nas cenas de ação e conflito. Existem momentos que dá para entender o motivo dessas descrições extensas, mas elas não são necessárias em todas as instâncias.

A narrativa é dívida na perspectiva do detetive e do caçador. É interessante entrar na mente do caçador e acompanhar seus métodos, mas é a parte mais chata da narrativa. Os ideais do caçador me lembram do Unabomber, a arma do filho do Sam também está no meio, para quem faz parte da comunidade de true crime é legal perceber as inspirações vindas de casos reais. Porém a violência é gratuita, entendo o argumento de ser a violência real, mas eu não precisava ler massa encefálica tantas vezes, uma vez já é o suficiente.

Com certeza o ponto alto da leitura são os diálogos! Os diálogos são incríveis e demonstram muito mais quem são os personagens do que qualquer descrição ou ação dos próprios.

Tudo isso piora com a tradução, além de erros de digitação, mesmo não lendo em inglês, é claro que a tradução não foi bem feita. E sem contar que o último capítulo parece que foi escrito com uma semana para entrega do livro...

Enfim, se você já tiver esse livro: leia, é uma leitura descente. Mas se não tiver e pretende comprar: eu recomendaria guardar esse dinheiro, que seria melhor gasto nos quadrinhos do autor (nunca li, mas com certeza serão melhor q esse livro, com base nós diálogos)
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