priscila.wenzel 07/02/2016Muito bom!
Sylvia Day não decepciona e conseguiu escrever três romances incríveis que no decorrer da história se entrelaçam.
O primeiro conto “Prazeres Roubados” se passa em 1.813 e fala sobre Sebastian Blake, Conde de Merrick e Olívia.
Sebastian está há anos desaparecidos usando o codinome de capitão Phoenix. Ele sequestra um navio e descobre que esse navio é do pai e sua esposa.
Olívia e Sebastian se casaram através de uma procuração então ambos não se conheciam, até ela dizer que era a Condessa de Merrick e que estava casada com Sebastian Blake.
A princípio Olívia não acredita que aquele pirata é seu marido, mas sem resistir ao charme do capitão Phoenix ela acaba se convencendo de que ambos realmente se casaram e acaba se entregando à ele. E Sylvia Day sabe muito bem escrever cenas quentes.
“- Não sou sua esposa. – ela contestou, atordoada pelo charme dele.
- Se o que diz é verdade, então você é mesmo minha condessa. E, apesar de sua apresentação charmosa, você não ficou descontente comigo.
- Como pode dizer isso?
- Não fui em quem disse isso. Foram seus mamilos. Estão rígidos e querendo meu toque, deliciosamente apertados contra o espartilho.
Durante o tempo em que ficam no navio os dois se apaixonam, mas quando desembarcam em Londres, descobrem que o casamento deles foi um plano de seu pai. Na verdade o primo de Sebastian se passou por ele casando-se com Olívia pela procuração e ia continuar fazendo o mesmo se o próprio Sebastian não tivesse encontrado sua esposa e consumado seu casamento. Olivia conhece então seu sogro e descobre o relacionamento delicado que Sebastian tem com o pai.
E é esse relacionamento conturbado que ameaça o relacionamento de Olívia e Sebastian e o amor que um já sente pelo outro.
“- Aparentemente, meu amor não foi suficiente. Ou o seu.
- Tem que ser suficiente, Olivia. Pois isso é tudo o que me resta.”
Gostei do final do livro e nas últimas páginas conhecemos Lucien Remington e Julienne La Coeur já casados e com dois filhos.
O segundo romance “A Aposta de Lucien” começa em 1.810, ou seja 03 anos antes do primeiro conto. Vemos então o início do relacionamento entre Julienne e Lucien. Dos três romances este foi o que mais gostei.
A história começa quando Julienne La Coeur invadi o clube de Lucien Remington afin de discutir a dívida de seu irmão. Infelizmente Julienne tem um irmão extremamente irresponsável, que é viciado em apostas e já perdeu muito dinheiro com isso.
Mesmo vestida de homem Lucien reconhece Julienne e a leva até seu quarto. Lucien sempre sentiu uma atração por Julienne, mesmo sabendo que sendo filho ilegítimo e um libertino não é bom o bastante pra ela. Mas ele nunca se considerou um cavalheiro que se priva de suas vontades.
“- Eu não estou bêbado! - ele rosnou. – Mas com certeza não estou me sentindo bem. Estou enlouquecendo. E, maldição o jeito que você me olha me diz que sente o mesmo. Não sou um homem honrado, e não pretendo ser um. Vou tirar sua inocência e depois partirei sem nem olhar para trás. Você será arruinada, Julienne. Estou ofegando por você há semanas. Semanas! – ele se afastou da poltrona e começou a andar de um lado para o outro. - Juro por Deus que preferia que você não tivesse entrado em meu clube.”
Julienne sabe que terá que se casar por conveniência, com um homem de posses para que ele possa quitar todas as dividas de seu irmão. Por isso ela não resiste a atração que sente por Lucien e se mostra disposta a descobrir prazeres com ele, antes de se enterrar em um casamento sem amor. Os dois protagonizam várias cenas quentes. Acho que de todas Julienne é a mocinha mais atrevida dos três contos.
E apesar da atração irresistível que Lucien sente por Julienne ele é incapaz de tirar sua virgindade, pois, ele sabe que assim ela estará arruinada.
“Fique assustada, Lucien pensou com desespero. Fuja de mim, antes que seja tarde demais para nós dois.”
Lucien na intenção de ajudar Julienne, faz uma lista de pretendentes a casamento, mesmo já estando apaixonado por ela, ele sabe que se ela se casar com ele, abrirá mão de seu título e então toda a sociedade irá rejeitá-la. E não é isso que Lucien quer para Julienne, a não ser que seja isso que ela queira.
“Lucien engoliu sem eco, baixando os olhos até a pasta. Lembrou-se de cada nome na lista, homens considerados superiores porque seus pais se casaram, diferente dos pais de Lucien. Ele possuía mais dinheiro do que cada um deles, mais propriedades, e mais afeto por Julienne.
Se ela desistisse de seu título de nobreza, ele entregaria o mundo para ela.”
Adorei o final do livro. Lucien é completamente apaixonante e quando se dá conta de que está completamente apaixonado por Julienne e que não pode viver sem ela, ele resolve lutar por seu coração, não se importando com quantos pretendentes ela possa ter e se eles são ou não bons para ela aos olhos da sociedade.
“- Preciso de você Julienne.
- Estou aqui, meu amor.
- Não só agora. Para sempre. – desceu a boca pelo pescoço de Julienne. - Você é minha. Você pertence a mim. Não permitirei que Fontaine se aproxime de você.”
O terceiro e último conto se passa em Dezembro de 1.814 e fala sobre Hugh La Coeur e Charlotte.
Hugh sofre um acidente quando está indo visitar sua irmã Julienne (citada no conto anterior), então ele é obrigado a se hospedar na casa um tanto mal assombrada da tal Duquesa Louca. Uma mulher viúva que as pessoas dizem não bater bem da cabeça.
Na mansão Hugh conhece seus “bizarros” empregados o mordomo e a misteriosa Charlotte.
Os dois sentem uma atração mutua um pelo outro e acabam se envolvendo. Hugh aproveita o tempo que está hospedado na mansão da Duquesa Louca para conhecer melhor Charlotte e tentar desvendar seus mistérios. Ao mesmo tempo a atração deles vai se tornando cada vez mais forte.
“- Quero você mais do que qualquer mulher que já conheci, Charlotte. Seu aroma me deixa inebriado, a sensação da sua pele me deixa louco, e sua boca... Quero fazer coisas obscenas com a sua boca. – ele beijou o rosto dela tão gentilmente que Charlotte sentiu o coração se apertar. – Mas preciso de respostas, e espero que você coopere. Você fará isso quando eu terminar?
Naquele momento, ela faria qualquer coisa que ele quisesse.”
Hugh não se dá conta de que está apaixonado por Charlotte até seu cunhado Lucien, lhe dizer.
Ao se dar conta do que sente Hugh resolve ir contra certos paradigmas da sociedade e decide ficar com Charlotte.
“- Eu sei como você se sente. Também precisei ouvir de outra pessoa. Acho que homens acostumados a uma vida de prazeres carnais têm dificuldade para reconhecer o quanto sua felicidade pode se tornar dependente de outra mulher. – Lucien disse.
- Como você sabe? – Hugh perguntou. – Como pode ter certeza?
- Quando você está apaixonado, não consegue aguentar ficar longe do seu amor. O toque, o sorriso, a atenção, tudo isso se torna algo tão necessário quanto ar. Você a admira mais do que qualquer outra mulher e acha seus defeitos encantadores. Você deseja cuidar dela, protege-la, ser tudo pra ela. Seu desejo por ela o deixa atordoado, o deixa humilde, e faz todas as outras mulheres sumirem em comparação.
- ... É exatamente o que sinto em relação à Charlotte.”
O final deste livro é tão bom quanto dos anteriores e vale a pena conferir.
Super recomendo :D