Rodrigo C. 15/11/2017
Denso, porém, fantástico.
Por que existimos? Ainda não foi desta vez que encontrei a resposta (se é que encontrarei um dia). No entanto, este livro fornece subsídios para termos alguma noção das bases nas quais A CRIAÇÃO (ou seja, TUDO O QUE EXISTE) está fundamentada, segundo a ótica da Umbanda, que não é tão diferente dos mitos da criação egípcio e hindu.
Em termos gerais, Olorum (Deus), incognoscível, se manifesta nesta "realidade" através de Orixás ("divindades" em formas de energia/vibração). Ao se manifestar, Olorum irradia 7 Orixás Originais: Fé, Amor, Conhecimento, Justiça, Lei, Evolução e Geração. Por si (e em si), cada Orixá Original se desdobra em dois pólos complementares.
Da fé, há Oxalá (congrega) e Loguman (conduz); do Amor, Oxum (agrega) e Oxumaré (dilui/renova); do Conhecimento, Oxóssi (expande/redimensiona) e Obá (concentra/qualifica); da Justiça Divina, Xangô (gradua/equilibra) e Oroiná (energiza/corrige excessos); da Lei, Ogun (ordena) e Iansã (direciona); da Evolução, Obaluaiê (transmuta) e Nanã Buruquê (decanta negativismo e racionaliza); e da Geração, Iemanjá (gera) e Omulu (estabiliza).
Cerca de 2/3 do livro é dedicado a Olorum: o lado interno da Criação, o Princípio Criador, o Pensamento, a Vontade Divina, Vida, Espírito, Unidade e Pluralidade, Realização etc. Nem vou me atrever a descrever essas primeiras 100 e poucas páginas, pois nem sei se entendi direito e certamente precisarei de uma releitura, quando adquirir mais conhecimento. O terço final, dedicado aos Orixás (originais e menores), é mais compreensível para quem tem conhecimentos básicos
É um dos livros que acredito ser essencial em qualquer biblioteca umbandista, porém, que só deve ser manuseado após adquirir uma grande bagagem de conhecimento.