História do Cerco de Lisboa

História do Cerco de Lisboa José Saramago




Resenhas - História do Cerco de Lisboa


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Fernando Lima 12/03/2021

Duas histórias do cerco de Lisboa
Apesar de gostar do estilo de José Saramago, achei essa leitura um tanto quanto entediante. Talvez isso diga mais sobre mim do que sobre o livro...
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Cristiano.Vituri 18/01/2021

As várias histórias do cerco
Protagonistas: Raimundo Silva + Maria Sara.
Ele revisor de uma grande editora, comete um erro proposital em um livro que desencadeia em mudanças na empresa. Ela, Maria Sara -nova "diretora" e agora chefe de Raimundo- é uma mulher que desperta o interesse amoroso de Raimundo.

O caminho até isso Jose Saramago esconde bem, com uma escrita sem paragrafos e com orações longas, qualquer desantenção e perdemos o fio da meada. O humor sempre presente do autor é hilariante, algumas situações onde ele conversa com o leitor são bastante comuns.

É admiravel o conhecimento de Saramago, seja sobre história, relacoes humanas ou os pequenos prazeres humanos. A impressão é que todo livro do Saramago poderia virar filme.
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Andre.28 10/12/2020

Ficção e História: um amor em Lisboa
Há um senso pra lá de intuitivo na forma em que o escritor português José Saramago escreve suas histórias. Saudado pelo mundo da literatura, o grande mágico da escrita traz sempre um tom sóbrio em seus livros, acidas criticas que dão o passo a mundos fantásticos e ideias desenvolvidas s no fio da genialidade. Em “História do Cerco de Lisboa” José Saramago dá o tom característico de sua vasta bibliografia. Publicado originalmente em 1989, esse romance de Saramago costura duas narrativas, dando o tom entre o amor e a negação, entre a História (com H) e a ficção.

Raimundo Benvindo Silva, um revisor literário de 50 anos que trabalha em uma editora, no tempo contemporâneo de uma Lisboa agitada. Nesse desenrolar da história de Raimundo, temos a história da mesma cidade de Lisboa em 1147, quando foi tomada pelos portugueses, com ajuda dos cruzados, das mãos dos mouros, no que ficou conhecido como Cerco de Lisboa. Entre a ficção e a realidade Raimundo comete deliberadamente um erro na revisão da História do Cerco de Lisboa, o que trará sérias consequências para a rotina de seu trabalho. E após conhecer sua nova chefa, Maria Sara, uma mulher de meia idade bastante séria, ele acaba por manter uma espécie de relação com ela que beira a paixão.

Em termos específicos esse livro mantém as características da escrita do conhecido Saramago, entretanto com toques de romance. É tão bom ver como o velho Saramago sóbrio se derrete ao falar de amor. Esse livro é uma verdadeira trama, com parágrafos quilométricos, pontos finais raros, e movimentos narrativos intensos, quase frenéticos em alguns pontos. Talvez não seja o livro mais indicado para começar a ler Saramago, mas não deixa de ser um livro fenomenal pra quem conhece a escrita dele. Enfim, entre a ficção e a realidade do tempo presente Saramago constrói uma narrativa envolvente. Saramago escreve um dos seus livros mais interessantes e intrigantes. Une historia e literatura numa narrativa ficcional primorosa.
Marcos.Azeredo 25/12/2020minha estante
Este foi o livro do Saramago que eu menos gostei.




Drigo.Meida 17/11/2020

De um NÃO nasce um livro e uma história de amor.
E se D. Pedro I do alto de sua varanda dissesse "Se é para o bem de todos e felicidade geral da nação, eu NÃO fico."

Ou se tantos outros "Sim" da história tivesse se tornado um "Não"?

O que seria dos historiadores, dos revisores, da história como ela está registrada?

Por incrível que pareça, José Saramago consegue criar uma interessante narrativa de um revisor que decide dizer que os Cruzados NÃO colaboraram com o cerco de Lisboa, para a então fundação da capital de portugal.

Desse capricho bobo de um revisor amargurado nasce a história de Raimundo. E não só dele, como de Mogaime e de uma série de nuances das ruas de Lisboa em um livro que além de uma aula "mentirosa" de história, trata de um romance, de um livro exclusivo e do próprio cerco de Lisboa que só existiu na cabeça de Raimundo.

Os personagens são muito bem construídos no decorrer do livro. Raimundo é elaborado como um homem que tem amargura da vida que leva. Maria, a mulher-a-dias da história é um alívio cômico suave que é implantado na história e que os leitores conseguirão dar uma ou outra risadinha quando ela surgir no cantinho.

A ambientação de Lisboa faz até quem nunca colocou os pés na capital portuguesa ser capaz de ver as ruas, as lojas e os restaurantes retratados na história. Assim como o castelo, as muralhas e as ruínas.

É o tipo de livro que se vende, não pela capa, mas pelo nome do autor que o carrega.

Não há arrependimentos e nem enfado ao percorrer cada página (ou tela do leitor digital) e se deleitar com um livro que também é novela e que também é documentário.

Excelente leitura!
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Daniele522 11/09/2020

O fato do autor não usar a pontuação tradicional dificulta a leitura.
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Mari 01/09/2020

Quando você chega no final e algo está faltando
Ao adicionar um "não" à frase "os cruzados ajudarão os portugueses" num livro sobre o Cerco de Lisboa (que foi determinante para a expulsão dos mouros daquela terra e para a fundação do Reino de Portugal), o revisor de livros Raimundo Silva, num ato de rebelião à sua vida entediante, mudou tanto a história de Portugal como sua vida.

Não consigo entender as pessoas que criticam a ausência de pontuação do livro, já que é tipo reclamar que um romance de Guimarães Rosa tem palavras inventadas. Como já tinha lido A Jangada de Pedra, essa característica não me incomodou, pelo contrário, achei que é a maior qualidade do livro, porque deu mais agilidade ao texto. Talvez se ele tivesse sido escrito de uma forma tradicional, seria um livro mediano, pois não gostei tanto de como a história foi construída. A ideia é brilhante e a abordagem da edição de livros, principalmente da revisão, é muito interessante, mas achei que o Saramago demorou muito para engatar a história, pareceu que ela só começou lá na página 150, se o livro tivesse umas 400 ou mais páginas, isso não teria incomodado, mas só tem pouco mais de 300.

Quando li em vários comentários, que era um romance romântico do Saramago, pensei que esse seria um grande foco do livro. Mas, os romances também me incomodaram, achei que podiam ter sido mais aprofundados, para acreditarmos que são reais. O livro podia ter fácil umas 100, 200 páginas a mais para desenvolvê-los.
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Cdmm 15/07/2020

Revisando a História
A história do revisor que Revisa a História do Cerco de Lisboa flui ao sabor do pensamento, sem ponto final, haspas, travessão, tornando a leitura complicada. A mistura das duas narrativas, a da vida do revisor e a do Cerco revisado é muito engenhosa.
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Diego Rodrigues 21/06/2020

Um livro de muitas camadas
O Cerco de Lisboa foi um fato histórico que aconteceu no século XII, mais precisamente no ano de 1147, e integrou o processo de Reconquista cristã da Península Ibérica. A cidade de Lisboa era então dominada pelos mouros, que contavam com os poderosos muros da cidade para defendê-los dos ataques inimigos. Diante dos muros intransponíveis, portugueses e cruzados, que haviam formado aliança, sitiaram a cidade enquanto experimentavam diferentes estratégias na tentativa de furar o bloqueio muçulmano. Depois de várias semanas, com o auxílio de torres móveis de madeira e outros aparatos de guerra, os cristãos finalmente conseguiram empreender um ataque efetivo e, se aproveitando do enfraquecimento dos mouros que devido ao cerco já sofriam com a fome e a peste, reconquistaram a cidade que viria a se tornar a capital de Portugal mais tarde, em 1255. Agora que temos alguma ideia, mesmo que vaga, do que foi o Cerco de Lisboa, podemos falar sobre o livro.
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Raimundo Silva é um revisor de textos. Ele trabalha para uma editora que tem muita confiança no seu trabalho devido ao longo tempo de serviços prestados e sua eficiência nas revisões. A confiança depositada no revisor é tanta que ao escrever um livro de história sobre o Cerco de Lisboa, o autor do livro dá a Raimundo a liberdade de revisar sua obra e entregar diretamente a editora para a impressão depois de finalizado o processo de revisão, sem necessidade de um novo aval do autor, que seria o procedimento de praxe. Diante de tal liberdade e sem um motivo aparente, Raimundo decide, por conta e risco, incluir no livro uma palavra que não constava no texto original do autor: um simples "não" no início de uma frase afirmativa. Muito mais do que alterar um contexto histórico, esse "não" terá consequências muito maiores na vida do revisor.
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Esse é um livro que possui muitas camadas. Ao mesmo tempo em que ele permite ao leitor um vislumbre de como funciona o mercado editorial e qual o papel do autor e do revisor enquanto profissionais, ele também propõe um debate sobre a veracidade dos fatos históricos e a forma como eles são relatados. Mais do que isso, Saramago levanta a importância de questionar aquilo que a sociedade muitas vezes aceita como veracidade sem levantar a menor sombra de dúvida. O "não" que Raimundo descaradamente inclui na "História do Cerco de Lisboa" possui muitos sentidos: é um grito de rebeldia contra a editora e todo o setor editorial, é uma bandeira de dúvida e questionamento que ele levanta diante da história e, talvez o mais instigante, é a forma que o revisor encontrou para romper com a vida ordinária levava até então. Raimundo era do tipo solitário que levava uma vida regrada e sem graça, comia sempre as mesmas comidas e andava sempre pelos mesmos caminhos. De repente, no auge de seus cinquenta e poucos anos, Raimundo, conformista que só, percebe que nunca é tarde para mudar. Girando em diferentes linhas narrativas, Saramago brinca com a ficção e a história da mesma forma, e com a mesma facilidade, que uma criança maneja seus brinquedos. Em "História do Cerco de Lisboa" o autor português apresenta uma proposta que não vemos todos os dias. Não diria que é um livro complexo, mas apenas diferente. Saramago já proporciona uma experiência única de leitura por si só, digamos que o que temos aqui é isso elevado ao quadrado: uma experiência "estranha" para aqueles que já estão acostumados com o "estranho" do Saramago.

site: https://discolivro.blogspot.com/
Silvia Ferreira 18/06/2021minha estante
que resenha maravilhosa! estou lendo o livro e você traduziu perfeitamente o meu sentimento. obrigada!




yumiand 16/06/2020

Esse é o melhor livro que li na quarentena, que nos mostra o melhor e o pior do homem. É um livro sensível e que nos mostra a genialidade de Saramago a decifrar suas emoções. Dá vontade de ler outros livros dele, pois me senti órfã quando a história acabou!
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erbook 13/06/2020

Duas narrativas sobre o amor!
Este livro de Saramago não me cativou tanto quanto “Ensaio sobre a cegueira”, “Ensaio sobre a lucidez”, “O evangelho segundo Jesus Cristo”, “As intermitências da morte”, “O homem duplicado” ou “A caverna”, mas, de qualquer sorte, não há dúvida de que é ótima obra literária.
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Raimundo Silva, homem maduro, solteiro e revisor de profissão, num ato inexplicado, troca um “sim” pelo “não” e altera a História do cerco de Lisboa, na medida em que os cruzados “não” auxiliam o primeiro rei português Afonso Henriques a reconquistar a cidade de Lisboa dos mouros no ano de 1147.
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A partir dessa atitude, a editora Maria Sara, após chamar-lhe a atenção e corrigir o equívoco, o desafia a reescrever a História do cerco de Lisboa como se os cruzados efetivamente não tivessem colaborado com os portugueses.
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Neste ponto, Saramago cria dois planos narrativos onde ficção e realidade se misturam e se entrelaçam para discutir as relações amorosas entre pessoas de diferentes classes sociais. Na perspectiva presente, demonstra o surgimento do amor tardio de Raimundo Silva por Maria Sara, do revisor com a editora chefe. Noutra, aborda o amor do soldado Mogueime por Ouroana, mulher do cavaleiro Henrique.
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Saramago, nesta obra, também nos faz refletir sobre os diferentes níveis de percepção entre ver, olhar e reparar. “Tenho me divertido ou instruído, aos poucos, a descobrir a diferença entre olhar e ver e entre ver e reparar, É interessante, isso, É elementar, suponho até que o verdadeiro conhecimento estará na consciência que tivermos da mudança de um nível de percepção, para dizê-lo assim, a outro nível”.
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O “cerco” da obra pode ser interpretado como o muro que separa as diferenças sociais e culturais. No caso presente, a diferença social entre o simples revisor, que sequer possui carro, e a editora chefe, que possui “status” social mais elevado. No caso “histórico” do cerco há grandes diferenças culturais entre os cristãos e os mouros, bem como entre os meros soldados e os cavaleiros.
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Trecho: “cada um de nós cerca o outro e é cercado por ele, queremos deitar abaixo os muros do outro e continuar com os nossos, o amor será não haver mais barreiras, o amor é o fim do cerco”.
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Camila 07/06/2020

Escrita maravilhosa de Saramago
Raimundo Benvindo Silva é um revisor de textos , ao revisar um livro sobre a História do Cerco de Lisboa minuciosamente passa a refletir sobre o que de fato teria acontecido no passado histórico. Pela primeira vez o revisor infringe a história do autor adicionando uma única palavra , ?não?, o que altera completamente a ocorrência dos fatos históricos, a consequência desse ato se torna uma história de amor.

A primeiro momento já me apaixonei pela escrita do José Saramago, essa obra é uma leitura lenta, em especial quando se trata do retrato histórico contado sobre o cerco de Lisboa. Gostei muito de acompanhar o personagem principal ao descobrir uma paixão inesperada, e o desenrolar da relação. Porém a minuciosa história do cerco torna a leitura cansativa também pela linguagem não ser de tão fácil entendimento.

Foi uma boa leitura, porém acredito que não seja a melhor obra do autor.
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AnaLaura 16/02/2020

Fascinante Lisboa
Muito interessante a forma que somos levados a Lisboa em diferentes épocas de sua história. Romance envolvente!
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Júlia Tamborin 12/02/2020

Embora seja escrito com maestria e o enredo seja incrível, o livro é muito difícil e demorado de ser lido.
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Berenice.Thais 18/01/2020

Poesia
Não e o primeiro livro do Saramago que leio.
Mas o primeiro que descubro palavras;
As degusto como uma iguaria rara.
José Saramago um escritor português, nós enviamo a desbravar o passado de Lisboa ao presente no romance do revisor senhor Raimundo Silva?julgo Benvindo"a Maria Sara de uma maneira poética. Tecidas brilhantemente que fazem a história do cerco de Lisboa uma fascinante meditação sobre a natureza, os costumes e as relações entre ficção e a história. Explorando as possibilidades de um romance tanto no passado quanto no presente.
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Biblioteca Álvaro Guerra 20/09/2019

Um ato gratuito, sem explicações aparentes, compele o revisor Raimundo Silva a inserir um termo que falsifica a “verdade” histórica. Essa fraude que se impõe àquele fiel respeitador de textos alheios é a origem da fascinante fabulação que Saramago sobrepõe à história do cerco de Lisboa.A nova história do cerco é a crônica do amor tardio do revisor falsário por Mara Sara, que se espelha, oito séculos depois, no amor primevo do soldado Mogeuime por Ouroana, aos pés da cidade prestes a cair. Assim, a Lisboa de Saramago também se refaz nas ruas da cidadela moura e no arraial português, e o que surge desse amálgama é a um só tempo um thriller e um retrato histórico, como só a mais acabada literatura é capaz de fazer.

Empreste esse livro na biblioteca pública

Livro disponível para empréstimo nas Bibliotecas Municipais de São Paulo. Basta reservar! De graça!

site: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/isbn/9788571640354
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