História do cerco de Lisboa

História do cerco de Lisboa José Saramago




Resenhas - História do Cerco de Lisboa


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Silvio 16/05/2014

Esse livro é ruim demais. Além do próprio estilo "saramaguês", ele divaga exageradamente, muita inutilidade, muita confusão.
Parece uma fofoqueira-faladeira que começa falando mal do vizinho, passa pela situação do oriente-médio, pelas pobres prostituas asiáticas e acaba no americano que não acredita que o homem chegou à Lua... e nenhum dos itens fica claro. Não há nada no livro, somente um revisor que acrescenta indevidamente uma palavra num texto.
Que me perdoem os fãs de Saramago, mas ele escreveu somente 2 bons livros (aliás, excelentes, diga-se de passagem): "As Intermitências da Morte" e "Ensaio sobre a Cegueira"
Luciana 16/05/2014minha estante
Também achei este livro muito chato! Demorei um tempão para terminar de ler!


Raniele.Marques 21/04/2016minha estante
o livro é demasiadamente chato, me perdi diversas vezes, tinha q voltar e reler a mesma página cansativamente.




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Cadu 18/08/2013

José Saramago, famoso escritor português, nascido em 1922 que, infelizmente, faleceu em 2010. Na época em que ele morreu, eu ainda não tinha lido nenhum livro dele e eu confesso que não me importei com a notícia. (Poxa, oitava série, né!).
Um ano depois da morte do escritor, eu li o livro "Ensaio sobre a Cegueira", que pretendo reler em breve, e adorei! Desde esse livro, não tinha lido nenhum outro do autor, até que li o livro que será resenhado hoje: "A História do Cerco de Lisboa".
O livro conta a história de Raimundo Silva, um solitário revisor de livros que, ao revisar o livro intitulado "A História do Cerco de Lisboa" acrescenta um NÃO ao texto. Isso mesmo, um "não". De acordo com a história original do cerco de Lisboa, os portugueses, junto aos cruzados, cercam a capital lusitana e a tomam dos mouros dessa forma. Assim, quando o revisor adiciona uma palavra tão simples, que é o "não", ele diz que os cruzados não se juntaram aos portugueses. Mas então o que aconteceu? Os mouros venceram o cerco? Essa é a diversão do livro, haha.
Embora seja uma leitura extremamente difícil (pelo menos pra mim), eu gostei bastante do livro. Saramago junta as duas narrativas - os dias atuais e a Lisboa antiga - de uma maneira tão natural que é preciso prestar muita atenção para entender em qual delas estamos e justamente aí está o legal dessa narrativa. No tempo que eu demorava pra entender qual das duas narrativas eu estava lendo, eu me forçava a imaginar as duas história seguindo o rumo que eu estava lendo, já que eu não sabia qual delas que tomava esse caminho.
Acho importante ressaltar que fiquei filosofando sobre o livro: Quantas coisas na vida podiam ser diferentes se acrescentássemos um "não"? E se não houvesse homofobia? E se não existissem guerras? E se a passagem de ônibus fosse gratuita? (Tentativa de piada falhou). Acho esse tipo de reflexão importante para aplicar na minha vida, e tentarei fazer isso daqui em diante.
Em dado momento do livro, o revisor conhece Maria Sara, sua nova chefe, e começa a rolar uma tensão entre eles (nada de spoiler, isso tá na orelha do livro!). É muito interessante perceber que Raimundo, o revisor, imagina diversas cenas acontecendo entre os dois, mas a grande maioria delas não acontece. Outro ponto legal da narrativa se encontra aqui: Quando ele está imaginando que está com ela e quando ele está de verdade? Difícil saber.
De uma maneira leve, Saramago faz humor com o livro. Eu dei algumas risadas com alguns dos personagens secundários, como a empregada de Raimundo, uma desconfiada mulher que suspeita que ele está apaixonado.
O ponto negativo que eu encontrei no livro, no entanto, se encontra na estrutura. Eu entendo que a maneira de escrever do autor é inovadora e moderna, mas ler um parágrafo de seis páginas é muito chato. Só de ver que há um parágrafo desses no início do livro já da um certo desânimo.
Devo dizer, também, que fiquei um pouco bravo com o personagem principal. Se ele pensava tanto em fazer alguma coisa, por que diabos ele não fazia?! Sim, faz parte do personagem, mas é frustrante!
Antes de concluir a resenha, tenho uma queixa as editoras: Eu quero uma capa que nem aquela da foto! A capa do livro que eu tenho em mãos é sem graça e eu quero aquela... mas quando eu pedi na livraria, a moça me disse que capa que eu queria não estava mais sendo produzida!
Pra finalizar, digo que recomendo fortemente o livro. Eu já gostava do Saramago antes, mas depois desse livro, fiquei com vontade de ler mais livros do autor, em especial "O Segundo Evangelho de Jesus Cristo".

site: http://fetichelitteratus.blogspot.com.br/
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Paulinho 05/03/2013

Reflexão, Ironia, Filosofia, Crítica, História e Amor.

As palavras supracitadas acima descrevem esse livro. Saramago sempre escreve a partir do “SE”, e se a morte não mais existisse, se todos ficassem cegos, se todos votassem branco. Neste romance o “SE” é: e se os cruzados não tivessem ajudados a reconquista de Lisboa dos Mouros? De um revisor alterasse o texto conscientemente, deliberadamente? Quais as conseqüências?

Ao contar a história do Revisor Raimundo Silva e Maria Sara, Saramago nos conta a História do Cerco de Lisboa, com seu senso crítico aguçado e ferino ele nos diverte e incomoda e nos leva à reflexão.

"Bem me queria a mim parecer que a história não é a vida real, literatura, sim, e nada mais, Mas a história foi vida real no tempo em que ainda não poderia chamar-se-lhe história,”

História do Cerco de Lisboa. José Saramago - 320 páginas - Companhia de Bolso. Página 11.

"[...] os livros estão aqui, como uma galáxia pulsante, e as palavras, dentro deles, são outra poeira cósmica flutuando, à espera do olhar que as irá fixar num sentido ou nelas procurará o sentido novo,”

História do Cerco de Lisboa. José Saramago - 320 páginas - Companhia de Bolso. Página 21-22.

Uma verdadeira homenagem à história e à literatura, um reflexão forte sobre a importância de ambas e suas falhas.

"Em minha discreta opinião, senhor doutor, tudo quanto não for vida, é literatura, A história também, A história sobretudo, sem querer ofender, E a pintura, e a música, A música anda a resistir desde que nasceu, ora vai, ora vem, quer livrar-se da palavra, suponho que por inveja, mas regressa sempre à obediência, E a pintura, Ora, a pintura não é mais que a literatura feita com pincéis, Espero que não esteja esquecido de que a humanidade começou a pintar muito antes de saber escrever, Conhece o rifão, se não tens cão caça com o gato, por outras palavras, quem não pôde escrever pinta, ou desenha, é o que fazem as crianças, O que você quer dizer, por outras palavras, é que a literatura já existia antes de ter nascido, Sim senhor, como o homem, por outras palavras, antes de o ser já o era.”

História do Cerco de Lisboa. José Saramago - 320 páginas - Companhia de Bolso.Página 10.

Saramago reflete também sobre a vida do homem, sua existência, suas fraquezas.

"[...] não era bastante termos dito que o cão é o melhor amigo do homem, pelo jeito que leva o mundo bem pode acabar por ser o último.”
História do Cerco de Lisboa. José Saramago - 320 páginas - Companhia de Bolso. Página 140.

“Entre o martelo e a bigorna somos um ferro em brasa que de tanto lhe baterem se apaga.”

História do Cerco de Lisboa. José Saramago - 320 páginas - Companhia de Bolso. Página 17.

HÁ ainda amor com todas as suas dúvidas, medos e temores.

"Por que é que gosta de mim, diga-me, Não sei, Gosto, E não teme que quando começar a saber, possa começar a não gostar, Às vezes acontece, acontece mesmo muito, Então, nada, o depois só depois é que se conhece, [...].”

História do Cerco de Lisboa. José Saramago - 320 páginas - Companhia de Bolso.Página 212.

Este livro já possui também os germes de Ensaio Sobre a Cegueira.

"Olhar, ver e reparar são maneiras distintas de usar o órgão da vista, cada qual com a sua intensidade própria, até nas degenerações, por exemplo, olhar sem ver, quando uma pessoa se encontra ensimesmada, situação comum nos antigos romances, ou ver e não dar por isso, se os olhos por cansaço ou fastio se defendem de sobrecargas incómodas. Só o reparar pode chegar a ser visão plena, quando num ponto determinado ou sucessivamente a atenção se concentra. O que tanto sucederá por efeito duma deliberação da vontade quanto por uma espécie de estado sinestésico involuntário em que o visto solicita ser visto novamente, assim se passando de uma sensação a outra, retendo, arrastando o olhar, como se a imagem tivesse de produzir-se em dois lugares distintos do cérebro com diferença temporal de um centésimo de segundo, primeiro o sinal simplificado, depois o desenho rigoroso, a definição nítida imperiosa de um grosso puxador de latão amarelo, brilhante, numa porta escura, envernizada, que subitamente se torna presença absoluta.”

História do Cerco de Lisboa. José Saramago - 320 páginas - Companhia de Bolso.Página 146.

Por tudo isso História do Cerco de Lisboa, é um livro para ser lido, relido, analisado, pensado, refletido, suas idéias suas beleza são comoventes e comovedoras, Saramago mais uma vez nos deu uma obra além do tempo. Um trabalho de compreensão humana, arguto e fascinante.
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ÃLINHO 24/06/2012

confesso que não gostei da maneira que o autor escreve, não consegui ler até ao final. Embora seja um autor super conhecido e badalado, intelectual, etc. não faz meu genero.
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Juliane 24/11/2011

José não-uso-pontos Saramago. ¬¬
MindFields 17/11/2013minha estante
É justo essa maneira inovadora de Saramago escrever que o classificou como um escritor revolucionário. Sim, a leitura demanda muita atenção, e constantes retornos no texto, que após um certo número de páginas desaparece.

A maneira que o autor utiliza a pontuação e joga com a mesma não deve ser considerada um defeito, mas sim uma forma de retratar as situações que ocorrem no livro através do uso do texto.


Munyque 30/01/2014minha estante
Adoro o jeito como ele mistura falas, descrições, pensamentos e tudo o mais. Divaga, viaja e retorna sem perder o fio.

Sua escrita reflete lucidez.




Vanne 19/11/2011

"Não há mal que por algum bem não venha.."
O começo pede bastante atenção. O autor, na tentativa de reproduzir o pensamento, usa vírgulas no lugar de ponto final, dois pontos, travessão e interrogação, o que por vezes, torna a leitura difícil. Foi necessário reler alguns trechos, algumas páginas.
Confesso que achei mais interessante da metade para o final, quando o relacionamento com Maria Sara começa a se estabelecer.

Segue alguns trechos.

"A idade traz-nos uma coisa boa que é uma coisa má, acalma-nos, e as tentações, mesmo quando são imperiosas, tornam-se menos urgentes." pág.: 12

"(...) tudo quanto não for vida, é literatura, A história também, A história sobretudo, sem querer ofender, E a pintura, e a música, A música anda a resistir desde que nasceu, ora vai, ora vem, quer livrar-se da palavra, suponho que por inveja, mas regressa sempre à obediência, E a pintura, Ora a pintura não é mais do que literatura feita com pincéis, Espero que não esteja esquecido de que a humanidade começou a pintar muito anstes de saber escrever, Conhece o rifão, se não tens cão, caça com gato por outra palavras, quem não pode escrever pinta, ou desenha, é o que fazem as crianças." pág.: 12 -13

"Cada coisa a seu tempo, o cerébro foi a última coisa a ser inventada." pág.: 14

"(...) mas o destino tem lá as suas leis inflexíveis, e quantas vezes com inesperados e artísticos efeitos..." pág.: 18

"Quem o seu inimo poupa, às mãos lhe morre." pág.: 19

"(...) mas venha a atirar-lhe a primeira pedra aquele que não tenha errado, confundido ou imaginado nunca. Errar, disse-o quem sabia, é próprio do homem, o que significa, se não é erro tomar as palavras à letra, que não sereia verdadeiro homem aquele que não errasse. Porém, esta suprema máxima não pode ser utilizada como desculpa universal que a todos nos absolveria de juízos coxos e opiniões mancas." pág.: 23

"os homens são incapazes de dizer quem são se não puderem alegar que são outra coisa." pág.: 37

"os momentos são sempre muitos, ainda que sejam poucos os segundos." pág.: 97

"não vela a pena preocuparmos-nos com o dia de amanhã, porque duma certa maneira, ou de maneira certa, tudo quanto vier a acontecer aconteceu já.." pág.: 108

"não posso dizer que tenha grande experiência, pouco mais faço que observar o mundo e aprender de quem sabe, noventa por cento do conhecimento que julgamos ter é daí que nos vem, não do que vivemos, e é lá que está também o apenas pressentido, essa nebulosa informe onde ocasionalmnete brilha uma súbita luz a que damos o nome de intuição.." pág.: 203

"a grande prova de sabedoria é ter presente que mesmo os sentimentos devem saber administrar o tempo" pág.: 218

"(...) não cabem mais coisas num ano do que num minuto só por serem minuto e ano, não o tamanho do vaso que importa, mas sim o que cada um de nós possa pôr nele, ainda que tenha de transbordar e se perca." pág.: 285

"Não há mal que por algum bem não venha.." pág.: 297

"(..) um home caminha léguas e léguas durante uma vida e dessas não aproveitou mais do que fadiga e ferida nos pés, quando não na alma, e vem um dia em que dá seis passos apenas e encontra o que buscava." pág.: 299
Thiago 09/12/2011minha estante
Olá Vanessa, como eu te disse, eu acho que você começou Saramago pelo livro errado. Por favor, não desista do autor. Pega o Intermitências da Morte ou o Ensaio Sobre a Cegueira. Dá mais uma chance pro velho vai!


Vanne 09/12/2011minha estante
Certamente vou ler mais alguma coisa do Saramago. Mas reconheço que estou em dúvida entre começar pelo Intermitências da Morte ou o Ensaio Sobre a Cegueira.

Recomendações ?


Thiago 10/12/2011minha estante
Olha, vou ter falar um pouco de cada livro e você escolhe.

O Intermitências é um livro pequeno, apesar de se tratar da morte, sua leitura é mais leve e tem até um pouco de comédia.

Já o Ensaio dos Ceguinhos, é um livro mais sério, reflexivo, tem temas mais fortes e tal. Já viu o filme?

Como eu acho que eu já te disse, pra mim o melhor livro do velho portuga é o Ensaio Sobre a Cegueira, foi o primeiro que eu li dele, foi ele que me fez matutar vários dias depois de ler, e foi o que fez eu ler outros dele.

Se você já quiser começar tomando um soco no estômago, começa pelos Ceguinhos; se quiser uma coisa mais leve, vai de Intermitências, que não é um livro ruim também. Aí é com você!




Rafael 05/03/2011

José Saramago é meu escritor favorito, e mais um livro dele que não me decepciona.

Achei bacana a mistura das duas histórias, ambas se misturando em determinado momento, como nas histórias de amor de Raimundo e Maria e de Mogueime e Ouroana. Engraçado que as histórias "românticas" foram as que mais me chamaram a atenção no livro.

Enfim, mais uma grande estória de um grande gênio da literatura.
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Andrea 07/01/2011

Perdoem-me os leitores que gostaram desse livro, mas foi com um imenso alívio que finalizei a leitura na página 319.

Foram três meses de sofrimento em uma história que parecia nunca deslanchar. Existe uma história de amor, um olhar irônico sobre o próprio país e uma filosofia sobre as palavras “sim” e “não”.

Resenha completa em http://literamandoliteraturando.blogspot.com/2010/04/historia-do-cerco-de-lisboa.html
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Gláucia 09/04/2010

Histórias entrelaçadas
Um revisor de livros encontra um erro num texto histórico e por conta disso encontra o amor. Não é dos melhores do autor mas ainda assim é um bom livro. Vale a pena.
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RAVAGNANI 01/03/2009

Histórico
Aqui um Saramago histórico, mesclado a ficção. De Saramago teria outras obras bem melhores para recomendar uma leitura bem mais proveitosa.
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prof.vinic 24/02/2009

Confuso e interessante
Achei curioso a forma que Saramago uni o presente real com a história fictícia de um cerco. As vezes fica difícil separar as histórias ... mas com certeza este é o ponto forte do romance. Temos aqui uma mostra de toda genialidade do autor, e tudo por causa de um NÃO!
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