História do cerco de Lisboa

História do cerco de Lisboa José Saramago




Resenhas - História do Cerco de Lisboa


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alisson mota 17/02/2019

Minha primeira leitura de Saramago!
Iniciei essa leitura,minha primeira de José Saramago,em dezembro passado e só agora chego ao fim.Não foi uma leitura fácil!O modo de escrever de Saramago não é fácil de entender.O modo que ele utiliza a pontuação,os diálogos,torna a leitura difícil.Não é leitura para iniciantes.Algumas vezes pensei em desistir e deixá-la de lado.Mas continuei e valeu a pena!
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Lismar 15/01/2019

Uma grande história de amor.
Quando comprei História do Cerco de Lisboa, fui na expectativa de um puta livro de ficção histórica sobre o Cerco de Lisboa, mas acabei-me por deparar-me com uma belíssima história de amor.
O livro começa com um ato deliberado do revisor Raimundo Silva ao mudar um fato histórico do Cerco de Lisboa em uma revisão, acarretando em um acerto entre este e sua chefe imediata: a de que ele faça sua versão da História.
O relacionamento entre os personagens é realizado de forma bastante bela, com vários momentos memoráveis, como quando Maria Sara se apaixona por Raimundo Silva, algo feito de forma tão linda e de uma sutileza e poesia encantadora ou quando se entregam finalmente à paixão, com o Revisor finalmente "Destruindo o muro invisível" e tomando acesso à "cidade" em uma analogia ao término de um cerco.
Intercalando o romance entre os protagonistas contemporâneos, há TB a exploração do relacionamento entre os personagens da obra de Raimundo Silva: O guerreiro Mogueime e a cativa Oroana.
Interessante notar a diferença entre a evolução do relacionamento dos autores com suas obras. Enquanto aqueles é feita de forma bela, com uma sensibilidade apaixonante, a estes é feita apenas com expressões, ações, atitudes, e palavras rápidas, lacônicas de seus protagonistas. Não dá para ser romântico em meio a batalha, com derramamento de sangue, tripas e merda. Mas não quer dizer que seja menos emocionante.
Por isso, não pense que por se tratar de um livro do gênero romance de Saramago que ficaremos sem sua crítica ácida de sempre, quase sempre presente nas passagens históricas do Cerco da Cidade de Lisboa, como quando há uma discussão entre dois cruzados: se é cristão matar uma Moura após o estupro. Além das várias outras alfinetadas à sociedade ao longo do livro.
Enfim, mais um livro estupendo do escritor português, mostrando porque foi um dos maiores romancistas da lingua portuguesa.
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Biblioteca Álvaro Guerra 11/01/2019

O personagem Raimundo Benvindo Silva é um humilde revisor de textos que, ao revisar um livro sobre a história do cerco de Lisboa, acaba cometendo propositalmente um erro. Após uma noite conturbada, Raimundo fica inquieto e acrescenta a palavra “não” a uma frase e, desta forma, altera o fato histórico que revela o apoio dos cruzados aos portugueses – fator decisivo para garantir o cerco e a consequente queda de Lisboa. Raimundo envia o texto à editora para poder ser impresso. Quando o erro é descoberto, a editora resolve o problema acrescentando uma errata.

Fonte: http://educacao.globo.com/literatura/assunto/resumos-de-livros/historia-do-cerco-de-lisboa.html

Livro disponível para empréstimo nas Bibliotecas Municipais de São Paulo. De graça!

site: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/isbn/9788574024875
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Hildeberto 14/08/2018

O livro "História do Cerco de Lisboa" foi escrito antes do "Evangelho Segundo Jesus Cristo", "Ensaio sobre a Cegueira" e do Nobel de 1998. José Saramago já era um autor conhecido e reconhecido, principalmente a partir da publicação do livro "Memorial do Convento".

Como fã do autor, essa fase (anos 1980) me é saudosa. Saramago ainda estava construindo seu nome no mundo literário. Ele já escrevia do seu jeito peculiar, tentando simular a fala dos contadores de estórias do Alentejo. As temáticas que seriam recorrentes já são abordadas: relações humanas, metalinguagem, realidade e linguagem, uma visão sem floreios da natureza humana, a ironia, o sarcasmo, as inúmeras alfinetadas as crenças religiosas...

Como disse, essa fase me é saudosa. O autor ainda é relativamente inseguro para ousar demais, menos ambicioso no seu projeto narrativo. O resultado é um livro simples e belo pela sua falta de ambição.

Um revisor põe um "Não" em um livro sobre a história do cerco de Lisboa, o que leva uma celeuma na editora. Ele não é demitido, mas seu trabalho deverá ser supervisionado por uma mulher contratada em decorrência do fato. Desse relacionamento, nascerá não só um romance como o "livro dentro do livro".

Maria Sara, a supervisora recém contratada dos revisores, sugere a Raimundo, a personagem principal, que ele escreva um livro sobre a história alternativa do cerco de Lisboa. Raimundo criará um enredo para essa "história" alternativa, e Saramago nos contará a história do relacionamento que se vai construindo entre Maria Sara e Raimundo.

Os livros de Saramago são atos linguísticos e filosóficos. Linguísticos porque sua forma de escrita e seu vocabulário são desafiadores: há um prazer sonoro na leitura e uma dificuldade em entender certos significados (algumas palavras e expressões não são usadas por nós, brasileiros; outras caíram em desuso, visto que o livro é de 1989; e ainda outras não são usadas na linguagem cotidiana). Filosófico porque o autor não hesita em tecer considerações por toda a trama. Estes dois elementos criam uma obra substantiva, mas simples em seus contornos gerais.

Vários temas são abordados, mas destaco a questão sobre linguagem e realidade. A história do cerco de Lisboa foi mudada apenas com um "Não". A partir desse ponto, o autor argumenta que a linguagem e a realidade são elementos que convivem, mas que nem sempre se confundem. A linguagem tenta reproduzir a realidade, mas nessa tentativa de reprodução, quanta coisa se perde e quanto se acrescenta? Por algo não ser dito, só por isso ele não é real? Em tempos de fake news, este tópico nunca esteve mais atual.
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Mr. Jonas 06/02/2018

História do Cerco de Lisboa
O personagem Raimundo Benvindo Silva é um humilde revisor de textos que, ao revisar um livro sobre a história do cerco de Lisboa, acaba cometendo propositalmente um erro. Após uma noite conturbada, Raimundo fica inquieto e acrescenta a palavra ?não? a uma frase e, desta forma, altera o fato histórico que revela o apoio dos cruzados aos portugueses ? fator decisivo para garantir o cerco e a consequente queda de Lisboa. Raimundo envia o texto à editora para poder ser impresso. Quando o erro é descoberto, a editora resolve o problema acrescentando uma errata.
Como Raimundo era um revisor experiente, a editora não o demite, mas contrata uma senhora para supervisionar seu trabalho, Maria Sara. Ela tenta entender a causa daquele erro, percebe que Raimundo não irá admitir a alteração e acaba o incentivando a reescrever aquele episódio da história de Portugal. Raimundo se anima e resolve reescrever o episódio da tomada de Lisboa sem a participação dos cruzados. Enquanto reescreve a história, acaba também iniciando um relacionamento amoroso com Maria Sara.
O herói da história que Raimundo escreve é um soldado chamado Mogueime, ele se destaca nas lutas, é humano, valente e bondoso. Ao final, ele passa a assumir a condição de narrador da história. Mogueime apaixona-se por Ouroana, mas fica com dúvidas se esta aceitará o seu amor, por ele ser um simples soldado. A história que Raimundo conta se assemelha à história dele com Maria Sara. Raimundo consegue terminar de escrever sua narrativa e fica junto de Maria Sara.
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Valério 08/08/2017

Tripla história
Saramago: O único autor onde a história em si sempre me parece não ser tão relevante quanto o modo que se conta.
Sua escrita é música para o cérebro. Interessantíssimo o jogo de palavras, a composição das frases. A cada livro lido de Saramago (até agora, já foram 15 lidos. Acabam-se, infelizmente, muito rápido) apenas confirmo minhas impressões.
É um dos maiores gênios literários. Uma conversa agradável, cada livro seu.
Embora leve-se algum tempo a se habituar com sua escrita, em uma regra de pontuação somente sua, que confunde de início.
Em História do cerco de Lisboa, Saramago nos apresenta Raimundo da Silva, um revisor literário que se atreve, ao revisar um livro sobre histórico sobre a tomada de Lisboa - dominada até então pelos mouros - pelos Portugueses, resolve alterar um fato histórico ao acrescentar um "não" em uma frase que afirmava que os Cruzados apoiaram Portugual na tomada de Llisboa.
O livro é impresso com o grotesco (e proposital) erro. E no desenrolar da história Raimundo acaba por ver uma reviravolta em sua vida por conta dessa sua diabrura.
Em paralelo, a história do cerco de lisboa vai se desenvolvendo.
Mas então é uma história dupla. E não tripla, como no título.
É tripla porque há a história de Raimundo Silva. Há a história do cerco de Lisboa. E há a história do cerco de Lisboa pela versão de Raimundo Silva, onde os Cruzados negaram auxílio a Dom Afonso, Rei de Portugal, para combater os mouros.

Parece complexo. Mas não sou nenhum Saramago para dar ares de simplicidade às maiores complexidades.. (escusado o trocadilho).
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Rodolfo Vilar 10/02/2017

A estória da história do cerco de Lisboa | José Saramago

​O que poderia acontecer se num determinado momento, um simples editor resolvesse colocar um “Não” no lugar de onde deveria estar um “Sim”. É quase com essa estrutura kafkaniana, que na verdade tornou-se saramaguiana, que José Saramago resolve brincar com a possibilidade do “e se”, transformando um fato histórico numa verdadeira busca pelo sentido da palavra escrita.

​Raimundo Benvindo Silva, revisor de textos, comete um erro proposital ao acrescentar a palavra “não” no livro que está a revisar sobre o apoio que os cruzados deu aos portugueses na queda de Lisboa, fazendo com que o texto passe a ser interpretado como se os cruzados não apoiassem os portugueses, tendo então como consequência o cerco no qual acomete com fatalidades em decorrência da decisão tomada. Com o erro causado pelo revisor e a decisão da empresa de contratar uma supervisora para inspecionar o trabalho de Raimundo, o mesmo passa com o apoio da nova funcionária a escrever um romance que se baseia nas consequências desse fato histórico às avessas.

​José Saramago, se mostrando mais um vez apto a maestria de seus textos, desenvolve duas histórias pararelas que, juntas, irão se desenvolver nesse livro maravilhoso que envolve um romance como somente Saramago consegue criar e, de uma forma suscinta que será melhor desenvolvido nos seus livros seguintes, a compreensão e descrição de fatos históricos tratados com prestigio e detalhes. Um pouco dotado dos princípios da metalinguagem, em que o livro está tratando da própria linguagem como tema central, Saramago usa de sua personagem para tratar da síntese do autor representado como um “ deus” do mundo que próprio cria o destino daquilo que traça. Isso é bem representado no momento em que Raimundo decide criar uma negativa para o fato histórico do Cerco de Lisboa. Em verdade, na minha opinião, o fato histórico é só um mero pano de fundo para tratar sobre o destino do “se contar a história”, tema essa que brevemente Saramago irá discorrer muito em seus futuros livros: E se o mundo inteiro ficasse cego? E se Jesus tivesse sua própria versão do evangelho? E se eu negasse a participação dos Cruzados ao cerco de Lisboa?.

Saramago é fabuloso no seu processo de produção, onde o próprio processo se transforma no enredo daquilo que está a criar. O ato se igualando a arte, o fazer sendo o feito. A literatura se transformando num mar de possibilidades na construção da linguagem. Conhecer os trabalhos do autor é se aventurar no infindável processo de aprimoramento como leitor e pessoa humana.

site: http://bodegaliteraria.weebly.com/biblioteca/a-estoria-da-historia-do-cerco-de-lisboa-jose-saramago
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Lara 26/09/2016

Deliciosa leitura
"... abençoados os que dizem não, porque deles deveria ser o reino da terra..." (Saramago - História do Cerco de Lisboa)
Um não que não mudou a história, mas criou uma nova história, lembrando-nos que é - também, e ,talvez, até mais - através da dialética negação, que se cria o positivo. Um livro que se lê com um meio sorriso nos lábios, em que os personagens, em meio àqueles parágrafos, mistura de diálogos, reflexões e histórias, parecem falar conosco. Uma deliciosa leitura que nos envolve pelas ruas de Lisboa, quase a sentir o cheiro de café de suas ruas, o colorido de suas casas, o "cansar" de suas ladeiras.
E, com esta leitura, fiz as pazes com Saramago.
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Lista de Livros 07/05/2016

Lista de Livros: História do Cerco de Lisboa, de José Saramago
“Não se fica mais molhado caindo ao mar oceano do que ao rio da nossa aldeia.”
*
“O cão é o melhor amigo do homem, pelo jeito que leva o mundo bem pode acabar por ser o último.”
*
“São vagarosos os progressos da verdade.”
*
Mais do blog Lista de Livros em:

site: www.listadelivros-doney.blogspot.com.br/2016/04/historia-do-cerco-de-lisboa-jose.html
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Lis 16/12/2015

Chato
Todos os méritos ao autor pelas manobras da narrativa e pelos floreios e expressões utilizadas. O autor foi um maestro na história. Mas o enredo é realmente chato... Demorei para terminar a leitura
Alê | @alexandrejjr 16/06/2020minha estante
É um dos mais difíceis dele, sem dúvida.




Volnei 02/05/2015

Hist?ria do cerco de Lisboa
Um ato gratuito, sem explicação aparentes, compele o revisor Raimundo Silva a inserir um termo que falsifica a verdade historica. Essa fraude que se impoe aquele fiel respeitador de textos alheios a origem da fascinante fabula o que Saramago sobrepoe a historia do cerco de Lisboa

site: http://toninhofotografopedagogo.blogspot.com.br/
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mari 30/12/2014

divide ele (Bacon) os erros em quatro categorias, a saber, idola tribus, ou erros da natureza humana, idola specus, ou erros individuais, idola fori, ou erros de linguagem, e finalmente idola theatri, ou erros dos sistemas. resultam eles, no primeiro caso, de imperfeição dos sentidos, da influência dos preconceitos e paixões, do hábito de julgarmos tudo segundo ideias adquiridas, da nossa insaciável curiosidade apesar dos limites impostos ao nosso espírito, da inclinação que nos leva a encontrar mais analogias entre as coisas do que as que realmente têm. no segundo caso, a fonte dos errores vem da diferença entre os espíritos, uns que se perdem nos pormenores, outros em vastas generalizações, e também da predileção que temos por certas ciências, o que nos inclina a tudo querer reduzir a elas. quanto ao terceiro caso, o dos erros de linguagem, o mal está em que muitas vezes as palavras não têm qualquer sentido, ou têm-no indeterminado, ou podem ser tomadas em acepções diversas, e, finalmente, quarto caso, são tantos os erros dos sistemas que não acabaríamos nunca mais se começássemos a enumerá-los aqui. valha-se então, o revisor desse catálogo e prosperará, e sirva-se também dos benefícios daquela sentença de Séneca, reticente como aos dias de hoje convém, Onerat discentem turba, non instruit, máxima lapidar que a mãe do revisor, há muitos anos, sem saber latim e pouquíssimo da sua própria língua, traduzia com desassombrado cepticismo, Quanto mais lês, menos aprendes.
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Breno Vince 09/12/2014

Para aprender a gostar de ler os clássicos
Para começo de conversa, devo dizer que, para mim, foi o melhor livro que li em 2014 e olha que a disputa foi contra Vargas Llosa, Gabriel Garcia Marques, Jorge Amado e outros autores de peso! Mas, voltando a resenha em si, devo dizer, antes de tudo, que a forma de escrever do autor incomoda no início, afinal não é comum um autor que usa vírgulas no lugar de travessões e etc, e sim, isso no início incomodou bastante e dificultou a leitura, mas foi só questão de algum tempo até me acostumar e valeu a pena. A História do Cerco de Lisboa envolve duas tramas que se desenvolvem levemente, embora eu prefira sem medo a linha principal de Raimundo Silva. Vale muito a pena ler e suportar a falta de costume no início com a forma de escrita, pois ele é brilhante.
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