A fúria do Cão Negro

A fúria do Cão Negro Cesar Alcázar




Resenhas - A fúria do cão negro


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A.Z.Cordenonsi 24/04/2014

Ele é mau!
Ele é mau.

Ele é impiedoso.

Ele é leal aos seus princípios, e seus princípios são regidos pela lei da espada.

Mas eles resolvem raptar a única mulher que ele amou e queimá-la dentro de um boneco gigante de madeira.

Péssima ideia.

A Fúria do Cão Negro é a mais nova noveleta de Cesar Alcázar com o seu personagem mais famoso: Anrath, o mercenário irlandês conhecido como Cão Negro de Clontarf. A Batalha de Clontarf reuniu o exército de Brian Boru, rei da Irlanda contra uma aliança formada entre vikings de Orkney e da Ilha de Man com os reinos de Dublin e Leinster. Dez mil homens morreram na batalha.

Numa jogada de mestre, Alcázar coloca Anrath como um traidor, um mercenário a serviço dos vikings. Agora, ele é um estranho em sua própria terra, visto com desconfiança e temor por todos que o cercam.

Mas não é esta a história da Fúria do Cão Negro, esta excelente noveleta trazida até nós pela pena embebida de sangue de Alcázar e editada pela Arte & Letra. Como disse no início, o que temos aqui é uma história de vingança. A feiticeira Grainne é assassinada barbaramente pelas mãos dos comandantes de Uaithne. Única amiga de Anrath, este crime não vai passar incólume.

A primeira vista, simples, a história ganha em dramaticidade a ação à medida que Anrath descobre os motivos sórdidos que levaram os poderosos de Uaithne a escolher a feiticeira como uma das suas vítimas. A caçada aos culpados e o banho de sangue que se seguem, misturando as peripécias do gigantesco mercenário às excelentes descrições de Alcázar garantem horas de diversão.

O único senão é que a história é curta demais.

Queremos mais de Anrath, Alcázar! Uma prosa extensa!

Longa vida ao Cão Negro de Clontarf!

site: http://satelitevertebral.blogspot.com.br/2014/04/resenha-furia-do-cao-negro.html
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Taverneiro 11/04/2017

Um baita personagem com influencias de Howard e Cornwell
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Anrath é o protagonista dessa historia. Um guerreiro gaélico que, após a morte de sua família, foi criado pelos vikings. Passou sua vida lutando em guerras, até que se apaixona pela filha de um grande líder viking, e por acidente, acaba sendo culpado pela morte dela. Depois disso, ele começa a vagar pelo mundo como um mercenário, sendo perseguido tanto por irlandeses pelas inúmeras mortes que ele já causou quanto pelos vikings pela “traição” dele. Essa foi uma descrição absurdamente simplificada XD, vocês podem achar uma historia mais detalhada aqui. O cão negro é um baita personagem. Ele é um guerreiro muito habilidoso, mas “pé no chão” o suficiente para continuar sendo carismático e tendo problemas XD.

O mundo onde tudo se passa é o mundo real no inicio do século XI, em uma Irlanda dividida em guerra entre vários pequenos governantes, e em batalha constante com saqueadores vikings. O autor situa sua historia em um período real do nosso mundo, mas utiliza personagens fictícios em sua maioria, assim como Cornwell nos seus livros, que por sinal é uma influência também na maneira de escrita do autor. A intensidade do uso de fantasia varia do livro para a HQ.

Eu fiquei impressionado a qualidade do que Cezar Alcázar faz aqui, com sua pesquisa histórica, o carisma dos personagens e um texto de qualidade, me fez pensar o quanto não seria bom um romance gigante ou um quadrinho mensal desse cara.
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Ultan mac Calahane, senhor de terras conhecido por sua influencia e crueldade, além de ser um cristão fervoroso, estava caçando e mandando criminosos e pecadores para a fogueira. Só que uma das pessoas que eles enviam era aliada de Anrath e esse livro mostra a caçada do Cão Negro a cada um dos responsáveis pela morte dessa pessoa.

O livro é curtíssimo, e como eu disse antes impressiona na qualidade do texto. Ele não vacila em nenhum ponto, começa a historia de um trecho empolgante bem adiantado no livro para depois ir contando o que aconteceu até lá, o que é uma forma não usual de se contar uma historia, e ele faz isso bem. Ele apresenta os antagonistas do Anrath super bem, sem deixar nenhum raso e vazio. Ele mostra os (poucos) aliados do protagonista também dando a profundidade necessária para eles. A história do lugar e todo o contexto do porque estavam queimando pessoas, enfim, tudo é bem apresentado, de uma forma que vai alternando entre a história descritiva e o dialogo sem que nenhum deles apareça demais, e como eu disse, ele faz isso em menos de cem paginas, é realmente incrível.

Anrath aqui é como uma força da natureza. Ninguém viu chegando e ninguém pode resistir. Você tem toda a história de guerra e conquista de Ultan, e o Cão negro foi um elemento que chegou desmoronando tudo. Ele é um guerreiro muito habilidoso, mais ainda humano, o que faz com que ele se ferre muito durante o livro.

Os outros personagens do livro são bons, como Seán, o ladrão que sustenta um pai deficiente e que por uma dívida de honra ajuda Anrath, e o próprio Ultan e seus servos mais leais. Eles são bem feitos, mais Anrath é um personagem tão f%$# que deixa os outros um pouco pra trás.

O texto de Cezar é visceral. Nas batalhas e fora delas não existe glamour. Ele não poupa sangue e violência e maldade/realidade da natureza humana. Foi o ponto que eu mais vi influencia de Cornwell, além de também ser uma ficção histórica né.

É uma leitura super tranquila, sem linguagem rebuscada, é rápida, visceral e divertida. Recomendadissimo.
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Então se você curte fantasia medieval e ficção histórica visceral, leia esse material. Cezar Alcázar é um grande escritor e criou um grande personagem para a literatura! ^^

site: https://tavernablog.com/2017/01/22/contos_do_cao_negro_resenha/
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André 09/07/2020

Vingança servida na espada
A obra de Alcázar acompanha a trajetória do mercenário Anrath na sua busca por vingança pela morte de uma pessoa muito querida. O texto é muito fluído e contagiante, trazendo aquela vontade de devorar o livro o mais rápido possível.

O personagem principal é bastante interessante, apresentando um lado guerreiro mas que também deixa-se evidenciar várias facetas mais humanas, mostrando empatia por pessoas simples que cruzam sua vida.

A história, por ser curta, não se aprofunda muito na construção do passado de Anrath, assim como de seus inimigos, o que eu senti falta (acredito que o livro “O Cão Negro de Clontarf” deva trazer mais coisas sobre). Gostaria muito que a obra fosse mais extensa, para que o autor pudesse explorar melhor os personagens, permitindo entendermos como as coisas convergiram para os acontecimentos deste livro. Eu sei que há HQ’s sobre o personagem, mas como ainda não as li, ficou aquela sensação de que a obra poderia ter sido mais abrangente, seria perfeito pois há muita qualidade no que é apresentado.

Para quem gosta de batalhas medievais e Conan, o livro é um prato cheio. Recomendo fortemente.
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