Os Três

Os Três Sarah Lotz




Resenhas - Os Três


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@APassional 28/05/2014

Os Três * Resenha por: Rosem Ferr * Arquivo Passional
Sarah Lotz em sua trama, assustadora na medida em que nos coloca diante de fatos que podem estar acontecendo neste exato momento, abusa da metalinguagem a fim de flertar com o tema da luta do bem contra o mal, ou seria a origem do mal? Creio que neste ponto cada leitor terá que refletir após a leitura para que possa tirar suas próprias conclusões rá rá rá!

O Que são os Três??? Hummmm esse é o mistério... com supermegasuspense até os ossos.

Lotz nos conduz desde o “Como começa” até o “Como termina” em um fio de tensão surpreendente, poucas vezes me vi tão envolvida em busca de respostas como no enredo criado pela autora, que mostra-se mais como um dossiê dos acontecimentos que envolvem a queda dos quatro aviões, seus três sobreviventes, a possibilidade de um quarto sobrevivente que será caçado com direito a recompensa em dinheiro e tal.

Portanto não esperem uma ficção convencional, é inusitado, de certa forma interativo, e inquietante conforme vamos penetrando na intimidade dos envolvidos, vidas serão transformadas, reputações destruídas, sonhos serão realizados e tomados, às vezes ficamos aturdidos diante da força narrativa a ponto de nos sentirmos no átrio de uma não ficção, afinal a protagonista Elspeth Martins é uma escritora que se propõe a desvendar os bastidores do fenômeno dos três, ponderando sobre uma possível conspiração, quer ser branda, entretanto sua releitura dos fatos é manipuladora, adotando uma crueza mordaz, e expondo seus entrevistados em sua fragilidade mesmo quando assume confidencialidade, de modo que o enredo aos poucos vai tornando-se deliciosamente mordaz, ninguém será poupado.

O lado negro da mídia, da religião, dos relacionamentos será dilacerado, Lotz disseca a falsa moral, a falta de escrúpulos, a ganancia, o abuso de confiança e da fé. Será que existe terror maior?

Repito, nada é convencional em Os Três, para começar após uma espécie de prólogo que relata em 3ª pessoa os últimos momentos de Pamela May Donald, adentramos no livro “Quinta-feira negra – da Queda à Conspiração”, com nota da autora/personagem Elspeth, em 1ª pessoa, a partir daí o céu é o limite hahaha! Entrevistas, matérias de jornal, email, posts, chats, etc...Vamos conhecer inúmeras personagens, todas verossímeis, que irão relatando sua experiência diante dos fatos que irão muito além da queda, é muiiiiiiiiiito babado gente, é olhar no buraco da fechadura, principalmente porque os segredinhos mais sórdidos vão sendo desvendados.

Afinal quem é mais pirado? Paul, Chiyoko, o Pastor Len, Jim, Ryu, Monty, Simeon, Kendra, Kenji, Jake, os Pamelistas, “Abra os Olhos”, Yomijuri, os integrantes do Movimento Orz, Pamela, ou seria Elspeth?

“Shikata ga nai. O que isso importa?”

Entretanto, Paul Craddock ao menos foi o mais autentico hahahaha! Me diverti muiiiiiiiiito em suas façanhas com a “doce” Jess...

Fanatismo religioso, perversão midiática, serão as diretrizes ao trágico clímax da brilhante trama de suspense, nenhuma previsibilidade é passível da conclusão que nos aguarda nos últimos parágrafos, será que nada parece o que é ou as coisas são simplesmente o que são?

E aí, alguém tá a fim de dar um passeio na floresta Aokigahara?

Afinal, não importa o que aconteça, sempre estamos de volta à Matrix.

Inquietante, envolvente, surpreendente.
Ameiiiiiiiiiiiiiii, devorei-o em 2 noites.
Aos que tem mente aberta, excelente leitura!

By Rosem Ferr.:.

Resenha publicada no Blog Arquivo Passional em 28/05/2014.

site: http://www.arquivopassional.com/2014/05/resenha-os-tres-sarah-lotz.html
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Denise 03/06/2020

Um bom livro
A narrativa teve alguns pedaços que ficou arrastada, mas depois fluiu bem. O final foi bem concluído. Não é espetacular, mas vale a pena a leitura.
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Davi 21/02/2020

Tinha tudo pra ser um puta de um livro foda! Que sinopse atrativa, que história bem pensada...mas mal executada, acompanhamos a história por "contos" de cada um que teve do menor ao maior envolvimento com as crianças, e esse tipo de leitura de blog foi um saco, e o final ficou igual daqueles filmes que todo mundo elogia mas na realidade ninguém entendeu absolutamente nada!
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Felipe Miranda 12/06/2014

Os Três - Sarah Lotz por Oh My Dog estol com Bigods
Sabe quando uma estória tem um impacto real em você? Quando você realmente sente medo ou se arrepia durante a leitura? Os Três foi uma das leituras mais fantásticas que tive. Ansiedade e expectativa já são sentimentos presentes antes mesmo do início da leitura, a capa é um tanto que sombria e todas as lombadas do livro foram tingidas de preto. Preciso admitir, cada detalhe da diagramação contribui para o efeito geral que a narrativa proporciona.

Quinta-feita Negra foi o dia em que algo inédito e catastrófico aconteceu. Algo que afetou todo o mundo das mais variadas formas possíveis. Quatro acidentes aéreos em quatro continentes diferentes mataram mais de mil pessoas em um intervalo de poucas horas. O mais estranho? Apenas três crianças sobreviveram contrariando todos os indícios de que ninguém poderia sair vivo de acidentes tão graves assim em hipótese alguma. Bobby, Jess e Hiro. Obviamente um circo midiático de ampla escala se instala numa tentativa de cobrir cada detalhe do acidente e tentar descobrir a causa das quedas. O piloto seria um suicida que optou por tirar a vida de todos a bordo? Ou ele deve ser visto como um herói por ter desviado o avião para uma área despovoada evitando mais mortes? Uma hipótese de terrorismo pode ser descartada se for comprovado que o erro fora mecânico... Ou será que tudo não passa de uma invasão alienígena? A questão definitiva que guia o enrendo é: por que essas três crianças estão vivas?

A narrativa é feita através de depoimentos coletados por Elspeth Martins, uma jornalista que investigou a fundo a Quinta-feira Negra e publicou todo o material em formato de livro. Não temos um protagonista específico pois o enrendo engloba todas as pessoas envolvidas de alguma forma com o acontecido, são relatos abrangentes que rendem muita informação interessante e assustadora. A leitura se inicia com Pamela May Donald gravando uma mensagem para sua família de seu celular enquanto o avião ruma ao impacto mortal, o conteúdo da gravação é responsável por uma das teorias que mais ganha repercussão. O pastor Len Vorhees acredita que as três crianças sobreviventes são o indício de que o fim do mundo está próximo, que elas trarão à terra a peste, a fome, a guerra e o pânico. Quando a febre aftosa e alguns desastres naturais realmente se concretizam, os fiéis crentes nas pregações do pastor triplicam. Porém é evidente que Lenny usa as palavras de uma morta para promover seus objetivos pessoais...

Como disse no início, senti medo durante a leitura. As crianças que sobreviveram são donas de comportamentos peculiares e até certo ponto macabros adquiridos após o acidente. Desde que Bobby retornou para casa seu avô Reuben que sofre de Alzheimer goza de momentos de total lucidez. Jess vive agora seu tio Paul, que luta com o restante da família para manter a guarda da garota. Por ser gay, Paul será extremamente criticado e exposto pela mídia da forma mais negativa possível. Porém nada é mais assustador que Jess gargalhando a cada notícia mórbida envolvendo acidentes. Quando Paul começa a ser assombrado pelo fantasma do irmão morto no acidente, duvido algum leitor não se arrepiar. Paul acredita que sua sobrinha esteja possuída por um demônio. Hiro isolou-se de todos e se comunica através de um robô idêntico a ele construído por seu pai. Sinistro.

Sabe aquele momento da madrugada onde você vai dormir por não se aguentar mais de tanto sono? Foi apenas nesse momento que deixei o livro de lado. São tantos pontos incríveis na estrutura de Os Três que nem sei por onde começar meus elogios. Vamos acompanhar o relacionamento de cada criança com os familiares e garanto bons momentos de tensão, mesmo quando o mal não estava explícito, era possível senti-lo nas entrelinhas. Jess de longe é a mais assustadora. Chicoyo, prima de Hiro, é responsável por uma das reviravoltas mais surpreendentes, ela tem um relacionamento online com um nerd otaku e juntamente a Floresta dos Suicidas me renderam bons calafrios. Vocês sabiam que os fantasmas japoneses não tem pés?

Enquanto ao desfecho... Bem, você pode simplesmente amar ou odiar. É de tirar o fôlego e ficar com a pulga atrás da orelha. Leitura mais que recomendada. Livro favoritado!

site: http://www.ohmydogestolcombigods.com/2014/06/resenha-os-tres-sarah-lotz.html
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michajunco 28/06/2020

Em ?Os três? quatro aviões caem em um mesmo dia e apenas três crianças sobrevivem. Em decorrência da gravidade do acidente, começam a surgir teorias de que essas crianças são especiais de alguma forma. Quando li a sinopse fiquei super interessada na história porém, ela é contada por várias pessoas com base em suas próprias percepções, o que não me agradou muito. Além disso, é um livro de suspense que não esclarece muita coisa, se você gosta de livros com finais mais abertos poderá gostar de ?Os Três?.
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RUDY 22/06/2014

Resenha feita por Rose - Blog Fábrica dos Convites
12 de janeiro de 2012 está marcado na história da aviação mundial como a "Quinta-feira negra". O dia em que quatro aviões caíram quase que ao mesmo tempo em quatro pontos diferentes do planeta matando milhares de pessoas.
O mundo estarrecido acompanhou pelos meios de comunicações as notícias que iam chegando aos montes.
Seria mais um atentado como o 11 de setembro? Seriam forças da natureza? Alienígenas? Uma conspiração? O fim do mundo? que de fato ocorreu para que estes aviões caíssem?
De concreto mesmo, o que todos sabem é que milagrosamente destes episódios escaparam com vida três crianças. Isso mesmo, sem lesões graves estas crianças foram resgatadas em meio a vários destroços e corpos.
Enquanto várias famílias choravam seus entes, o mundo chocado tentava entender como estas três crianças conseguiram sobreviver.
Elpseth Martins resolveu fazer uma profunda pesquisa de todos os fatos descobertos até então. Recolheu inúmeros depoimentos. Conversou com familiares das pessoas mortas, com pessoas que tiveram presente aos locais onde os aviões caíram, conversou com os parentes das crianças que sobreviveram, enfim, recolheu um vasto material sobre tudo o que pode ter ocorrido neste dia. O resultado disso é "Os Três".
Ela dividiu o livro em quatro partes distintas (Queda, Conspiração, Sobreviventes e Fim do Jogo). Conspiração e Sobreviventes são intercalados ao longo do livro durante os meses subsequentes aos acidentes. Nas partes de Conspiração é possível ler todo o conteúdo pesquisado por ela, assim como a transcrição de inúmeras gravações e óbvio tirar sua própria conclusão do que pode ter ocorrido neste dia tão trágico. Nas partes dos Sobreviventes, conseguimos ver como as três crianças sobreviventes e seus familiares conseguiram seguir com suas vidas após o acidente. A imprensa e o mundo todo estavam em cima deles. Procurando respostas, cobrando e querendo entender o que tinha acontecido.
A leitura é densa, cheia de detalhes que levam o leitor a pensar e imaginar. O livro não é o que muitos estão acostumados, com início, meio e fim, como eu disse, ele é contado através dos relatos e depoimentos, por isso em alguns casos pode tornar a leitura um pouco cansativa, mas a curiosidade em descobrir ou entender o ocorrido não deixa o leitor parar de ler.
Uma obra de ficção, mas que deixa o leitor tenso e o faz refém de uma trama que durante a leitura você imagina ser real.
O que de real aconteceu naquela quinta-feira? É melhor vocês lerem para entenderem melhor os fatos e tirarem as próprias conclusões do que aconteceu naquela "Quinta-feira negra".

site: http://rudynalva-alegriadevivereamaroquebom.blogspot.com.br/2014/06/resenha-44-os-tres-sarah-lotz.html
Michelle 03/09/2022minha estante
que resenha instigante




Bimoliveirar 06/08/2014

Uau!!!
Adorei!!!
É muito bom mesmo, principalmente para quem curte o gênero.
O pessoal tem falado mal do livro por causa do final, mas eu, particularmente, achei incrível, na verdade acredito que não poderia ter havido final melhor!
Indico e peço: Abram a mente e aproveitem!!!
Mandy 06/08/2014minha estante
EXATO!!! O final é perfeito, não poderia ser diferente, apenas aquele que digere a estória e sabe ler as entrelinhas vai entender. Genial.


heitor 06/09/2014minha estante
Então por favor, me responda o que acontece no final. Quem são aquelas crianças??




Bia 10/04/2019

Ainda não consegui decidir se gostei ou não 🤦‍♀️
Nas primeiras 50 páginas eu acreditei piamente que tinha começado a leitura do melhor livro do ano (até o momento).

Muito bem escrito, a autora me fez esquecer que a obra que eu estava lendo era de ficção, e por muitas vezes no dia me peguei pensando na história, querendo largar tudo e ir pra casa continuar a leitura.

Mas em certo momento (não sei dizer quando) percebi que as coisas estavam demorando pra acontecer. Eu esperava um plot que nunca existiu, e poxa vida como eu senti falta de um plot que fosse de cair o cu da bunda.

Pra resumir tudo, a história acaba mas não termina. Os acontecimentos são jogados no meio de uma narrativa despretenciosa, e 3 linhas depois você percebe que fulano morreu.

Acabei de ler o livro e fiquei tentando entender a minha reação, se gostei ou não. E agora, 8 horas depois, escrevendo essa resenha, continuo sem saber.

Por isso vou fazer uma lista de prós e contras, vai que uma luz se acende 👇

PRÓS
- O livro é muito bem escrito;
- A narrativa não linear deixa a história mais interessante;
- Ler um livro que se passa em lugares diferentes como Japão e o continente Africano foi uma experiência nova e muito boa;
- A descrição do comportamento da sociedade num geral foi enriquecedor.

CONTRAS
- Pelo fato de ser escrito em formato de recortes de reportagens e transcrições cruas de áudio, muitas vezes a história fluiu devagar demais;
- A autora foi criando um suspense incrível pra você achar que alguma coisa muito grandiosa fosse acontecer com as crianças, mas esse plot nunca aconteceu;
- A história acaba mas não termina. Lembrando que isso é a minha opinião, em geral não gosto muito de livros que deixam tantas pontas soltas;
- Fatos realmente relevantes são colocados no meio do texto de um jeito muito simplório;
- O final responde suas dúvidas, ao mesmo tempo em que não responde nada;
- Acredito que faltou um aprofundamento maior nas crianças, que são afinal a razão de toda a história.

Depois dessa lista, acho que posso dizer que:
O livro realmente é muito bom, mas não se encaixa muito na minha "personalidade literária".
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Nina 07/07/2014

Os Três - Sarah Lotz
Imagine você ter em suas mãos um livro de suspense com uma recomendação de ninguém menos do que Stephen King na contra capa? Agora imagine também que você termine a leitura com um misto de amor e ódio e sem ter a menor ideia do que pensar a respeito. Estou tão confusa com relação a leitura, quem nem sei como é que vou fazer a resenha, mas vou tentar me explicar e espero que vocês consigam me entender.

Como ficou claro na sinopse, o livro fala da queda de quatro aviões no mesmo dia, um em cada continente e com apenas 3 sobreviventes, um cada avião. Os sobreviventes são crianças que a partir daí são chamadas pela imprensa de Os Três. A autora vai nos contando como é readaptação dessas crianças com suas famílias e como ficou suas vidas depois do acidente. O diferencial é a narrativa que ela usa para esclarecer os fatos.

Depois do estranho acidente, uma série de teorias começa a surgir para explicar o acidente e o porquê de apenas crianças terem sobrevivido, e uma jornalista decide reunir tudo o que ela investigou sobre o assunto e publicar um livro com suas descobertas, e este livro está dentro de Os Três. Por isso a narrativa é feita por meio de relatos, transcrições de entrevistas, mensagens e cartas que foram reunidas durante sua pesquisa. Somos então apresentados a muitos personagens e uma quantidade enorme de informações. São tantos personagens que não consegui criar vínculo com nenhum e para não me perder na história, tive que montar um organograma, rsrs.

Pode parecer um pouco confuso para a leitura, mas eu entendi o objetivo da autora: ela queria criar uma verdadeira teia que nos enredasse nos mistérios do livro – e ela conseguiu! Somos transportados para o meio do mistério que envolve o acidente e nos vemos levantando hipóteses junto com a autora. E tem de um tudo: fanatismo religioso, invasão alienígena, ciclo temporal, teorias conspiratórias, catástrofes... E devo dizer que até mesmo um pouco de terror. É bem pouco e fica meio que nas entrelinhas da história, mas confesso que sou do tipo medrosa e impressionável e fiquei bem assustada! À noite, me deitei para dormir e não conseguia parar de pensar nas crianças #medo!

Tá, então o livro é perfeito, maravilhoso, incrível e estupendo! Não, porque a autora pecou justamente onde não poderia: no final. Ela deixou tudo em aberto, como se o leitor pudesse escolher em qual teoria acreditar. Não tenho nenhuma crítica quanto a narrativa ou o enredo, mas o final é desesperador! A gente se apega à leitura, esperando respostas e elas simplesmente não vêm!

É claro que isso não é motivo para banir o livro da estante ou para dizer a vocês que não leiam. De maneira alguma, o livro é fantástico e tenho certeza que muitos de vocês vão adorar (mesmo que estranhem a narrativa). Mas esse final...


site: http://www.quemlesabeporque.com/2014/07/os-tres-sarah-lotz.html#.U7rLPZRdUrU
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Raniere 15/07/2014

A quinta-feira que extrapolou todos os limites do terror
Antes de começar esta resenha, quero avisar algo:

Não sou formado em letras. Pelo contrário, sou estudante de Estatística, e tudo o que falo nas resenhas e matérias da Encontros Literários é fruto de muita leitura e pesquisas pessoais, por prazer. Caso eu cometa algum deslize na resenha abaixo (pois pretendo comparar esta obra com outras), peço que me perdoem.

Pois bem, vamos falar da resenha, de fato!

Quando comecei a ler “Os Três”, eu já esperava gostar do livro. A sinopse é intrigante demais e, pra completar, tem um excelente elogio feito por Stephen King, na capa. Pois o livro me surpreendeu e prendeu nas primeiras 10 páginas (é sério).

Sara Lotz inovou neste livro, pois “Os Três” é “um livro dentro de outro livro”. Deixe-me explicar: o livro começa com uma introdução, na qual o avião de Pámela May Donald cai (junto com outros 3, em partes diferentes do planeta) e que esta, antes de morrer, deixa a mensagem “Eles estão aqui. Eu... Não deixe a Snookie comer chocolate, é veneno para os cachorros, ela vai implorar a você. O menino. O menino, vigiem o menino, vigiem as pessoas mortas, ah, meu Deus, elas são tantas... Estão vindo me pegar agora. Vamos todos embora logo. Todos nós. Tchau, Joanie, adorei a bolsa, tchau, Joanie, tchau, Pastor Len, avise a eles que o menino, não é pra ele...”. Após a introdução, começa o “livro” intitulado “Quinta Feira Negra – da Queda à conspiração”, da personagem Elspeth Martins, que é uma jornalista e reúne relatos, entrevistas, reportagens, etc., sobre os sobreviventes e conspiradores (religiosos, ufologistas, etc.). Após o desfecho do “livro”, há uma conclusão surpreendente de “Os Três”, da qual eu não falarei absolutamente nada.

Alguns podem falar que esta fórmula já foi usada, porém eu discordo. Em “A Torre Negra – O Vento Pela Fechadura”, de Stephen King, Roland Gilead e seus 4 amigos, presos em uma construção por causa de uma nevasca, conta duas histórias para estes (uma dele mesmo, quando criança, e uma fábula, aparentemente real). Porém, é uma história contada pelo Roland em uma Saga e em um livro em que esta não é o foco principal. Há outros livros, de outros autores, em que um personagem está lendo um livro, e esta é a história escrita para nós, de fato. Este não é o caso de “Os Três”.

Em “Os Três”, há a sutileza de parecer que estamos lendo um livro de um fato verídico, uma coletânea de reportagens sobre acidentes que aconteceram realmente. É um livro de ficção em formato de não-ficção. Aqui farei uma comparação: filmes de terror, como “REC”, “Bruxa de Blair” e “Atividade Paranormal”, em que o filme se baseia em gravações de vídeo dos personagens do filme, ou em alguma reportagem em si, como “REC” mostra.

Há um livro chamado “O Dia do Curinga”, escrito pelo norueguês Jostein Gaarder, em que o personagem principal, Hans-Thomas, com seu pai, cruzam a Europa em busca da mãe, e então eles encontram um livro, que cria uma narrativa paralela, que influencia a viagem de Hans de diversos modos. Ainda não li este livro, e o que sei é através de pesquisa e pelo relato de uma amiga. Pelo que entendi, o livro achado por Hans-Thomas influencia a história principal. Este livro é, digamos, um personagem da história. Ao meu ver, este mecanismo usado por Gaarder, apesar de similar ao de Sarah Lotz, não é a mesma coisa. Sarah faz com que o livro, citado em “Os Três”, seja A história em si, e não um personagem.

Em “Os Três”, também notei as duras críticas pelo modo como repórteres e paparazzis trabalham, não respeitando vítimas de acidentes e catástrofes graves, e explorando suas dores até o último segundo, e aos fanáticos religiosos, que, no livro, acham que as 3 crianças sobreviventes são os 3 Cavaleiros do Apocalipse citados na Bíblia, e passa a perseguir suas famílias, também. O leitor, creio eu, enxergará várias similaridades com a realidade, e isto influencia no realismo do livro.

Enfim, para os fãs de literatura de horror, a minha sugestão é “Os Três”, de Sarah Lotz. Leiam! Vocês não irão se arrepender.


site: https://www.facebook.com/EncontrosLiterariosRJ
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Robson 22/07/2014

Sarah Lotz consegue ser tão realista, que chega a dar medo!
A ansiedade estava grande para ler “Os Três”, de Sarah Lotz, e posso dizer que a leitura foi extremamente positiva.

Sarah Lotz inicia seu enredo de forma um pouco confusa, que pode assustar o leitor no inicio, mas que logo é superada. Tive uma sensação vertiginosa ao começar a leitura, mas aos poucos a história vai entrando no eixo e as coisas vão sendo explicadas da melhor forma possível.

A narrativa empregada em “Os Três” é um tanto exótica e nada convencional. Eu estou acostumado a ler livros em que um (ou alguns) personagem narra a história, seja em primeira ou terceira pessoa, mas isso é totalmente diferente na história de Sarah. A autora desenvolve todo o plot em uma compilação de relatos das personagens envolvidas (ou não) no grande acidente de avião, do qual apenas três crianças sobreviveram. Eu nunca tinha lido nada assim, e esse foi o grande ponto positivo da autora. Ela conseguiu inovar dentro do gênero e me manter preso aos mistérios apresentados.

Lotz cria um clima sombrio e assustador no decorrer das páginas, o que chega até a ser bizarro (do lado bom, claro). Isso me proporcionou vários sustos e em algumas noites não conseguia parar de pensar em quando eu teria coragem de entrar em um avião de novo.

Sobre as crianças?

Eu prefiro não comentar muito, mas se Sarah Lotz tinha a intenção de torna-las bizarras e assustadoras, ela realmente conseguiu. Quem já leu o livro e não teve medo de acordar de madrugada e se deparar com uma delas, que atire o primeiro marcador de páginas!

A autora definitivamente soube desenvolver o arco final do livro para que não existisse nenhum assunto inacabado!

A finalização de “Os Três” acabou por entrar na minha lista de livros mais bem finalizados. Lotz demonstrou uma maestria enorme ao solucionar os mistérios criados no decorrer da trama, sanando minhas dúvidas da melhor forma possível.

“Os Três” é, definitivamente, um livro que eu indico para os fãs de literatura conspiratória, até mesmo para os fãs de séries de tv como “Lost”, “Alcatraz” e outras. Se vocês ainda não leram, não sabem o que estão perdendo!

P.S: Eu tenho que parabenizar a editora Arqueiro pelo trabalho impressionante na edição do livro. Desde à estética, até a revisão impecável.

site: http://www.perdidoempalavras.com/resenha-os-tres-sarah-lotz/
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CooltureNews 22/07/2014

CooltureNews
Costumo achar ruins aquelas frases de marketing que se usam para promover livros, como “se você é fã de tal autor, esse livro é para você”, mas fui fisgada para “Os Três” justamente por uma dessas frases, mais especificamente aquela que cita Michael Crichton. Pensei comigo, vou dar uma chance e vejamos o que o livro me reserva.

O que tive ao ler essa história foi uma grata surpresa. Com uma trama envolvente e a crescente expectativa que foi sendo criada durante a narração, o livro me prendeu de sobremaneira que fiquei sem fôlego em diversas partes, esperando com ansiedade a revelação final.

A leitura desse livro é uma experiência narrativa bastante similar. O que temos é uma investigação a cerca dos acontecimentos que ocorreram durante e após a queda dos aviões e que acabam sendo descritas numa espécie de reedição do livro intitulado “Quinta-Feira Negra: Da Queda a Conspiração” e que compõe praticamente a integra da história. O que se acompanha a partir daí é a investigação de Elspeth Martins e sua vontade em fazer de seu trabalho uma visão imparcial sobre os acontecimentos.

O livro é repleto de depoimentos e perspectivas nada imparciais dos fatos, que acabam deixando o leitor numa confusão inevitável ao tentar descobrir a verdade que se esconde através das diversas versões e opiniões. Isso nos leva a escolher um lado na hora de interpretar os acontecimentos, principalmente quando somos confrontados com a dúvida: quem eram “Os Três”?

O que se percebe também é que não há exatamente uma trama, mas diversas subtramas sendo desenvolvidas com um elo em comum, e cujos trágicos finais, antes apenas citados em frases curtas, vai se delineando. Ou seja, desde o começo sabemos que algo aconteceu, mas não sabemos exatamente o quê e nem mesmo o como, e é só conforme acompanhamos o desenrolar dos fatos que percebemos a dimensão que isso ganha.

Mas isso de nada valeria se não houvesse um conjunto de personagens que dão aos fatos o caráter humano que se espera de um drama desse estilo. É bem fácil simpatizar com eles, ainda que não seja possível realmente empatizar com a maioria deles, ao menos conseguimos compreender o que os cercam e em como foram afetados.

Uma das poucas coisas que acabou por me decepcionar no livro foi o final. A autora criou um clímax maravilhoso, para em seguida, deixar mais perguntas do que respostas. Ainda que existam muitas coisas nas entrelinhas, fiquei esperando a resposta definitiva, que não veio, e que me deixou com a sensação de ter sido enganada ao esperar algo que não veio.

Apesar disso, foi um livro que gostei muito, no qual me envolvi na leitura do começo ao fim, e de quebra, ainda me fez refletir e muito sobre como acontecimentos aparentemente pequenos acabam ganhando dimensões mundiais devido ao fanatismo e ao trabalho da mídia.

Se você está procurando um livro envolvente e com muito suspense, este livro é a pedida certa, pois conta com uma trama única e uma narrativa que brinca com as diversas perspectivas que um acontecimento pode gerar.

site: www.coolturenews.com.br
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Mika 16/03/2020

Interessante, porém...
A história é bem desenvolvida e interessante, teve partes que me incomodou muito e o final foi horrível, esperava mais para um livro bom.
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Gihwest 03/02/2020

Suspense.
Um dos Livros mais agonizantes que já li, sinceramente se me indicarem um livro com base nesse aqui, não sei o que vou fazer.
Quase surtei lendo esse livro. É suspense demais para alguém como eu. Além de tudo o livro não termina. Você anseia por resposta e o que consegue é uma pulga atrás da orelha.
Afinal, o que eles são?
Recomendo se você quer morrer em agonia.
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