marsclarediaz 27/06/2021
Esse livro não tem cabimento nenhum.
Já avisando, vai ter alguns spoilers e tudo que eu escrever aqui é baseado no primeiro livro da saga e na MINHA leitura dele. Leiam e formem sua própria opinião antes de qualquer coisa, pois essa crítica está sendo feita com muito ódio e desprezo.
Comecei esse livro por um motivo, dar uma chance para uma história famosinha que eu já esperava não gostar, e surpresa: Odiei. Prometo para vocês que eu tentei dar uma chance, mas de início notei que a escrita da autora não era para mim, além de descrever tudo detalhadamente, é uma escrita muito repetitiva, sem coerência e chata. Diferente da escrita da Victoria Aveyard, que mesmo detalhada me prendeu devido ao desenvolvimento, em ACOTAR não existe desenvolvimento, seja de personagem, de plot, de universo, de relacionamento, enfim, absolutamente tudo é detalhado, mas nunca da forma necessária. Me diz quem descreve a cor da p*rra da neve?
Outro erro profundo da Sarah J. Maas é a falta de consistência dentro da narrativa, tanto a personalidade da Feyre quanto as motivações dela mudam a cada capítulo, sem contar as atitudes dos outros personagens que não fecham de jeito nenhum entre as páginas. A garota odeia as fadinhas lá, tem um casinho mal resolvido com um menino da vila dela, porém depois de dois dias na Spring Court ela esquece de tudo isso e vira amiguinha do Lucien e do Tamlin como se fosse N-A-D-A. Qual o sentido disso? Francamente, não sei como esse livro prendeu vocês o suficiente para lerem a continuação, eu só quero rasgar meus olhos e esquecer que li, porque isso destruiu minha sanidade mental e não de uma forma boa.
Agora vamos ao plot, uma grande m*rda. Do nada, depois de TRINTA E DOIS CAPÍTULOS em que a Feyre não teve interesse nenhum em saber sobre quem era o problema da besta dela, após a idiota ser mandada para casa e magicamente se resolver com a família (Calma, eu já falo deles), que ela esqueceu pela maioria desses capítulos, a garota manda um "Ai mas eu amo ele, preciso ajudá-lo!". Ok, vai lá otária que não tem poder nenhum, não faz a mínima ideia do que tá rolando e acha que vai salvar o mundo. E surpresa, como nada foi desenvolvido temos o total de um capítulo com DOZE PÁGINAS em que uma personagem descreve a história da vilã inteira e o início do plot como um baita despejo de informação, que aliás, também não tem coesão. Vilã essa que é tão pau no c* que me fez ficar feliz de ler e se tornou a única personagem que eu gostei no final de tudo isso.
Não vou entrar em detalhes do plot final porque é ridículo, mal feito, e mal resolvido. Fiquei rindo enquanto lia de tão engraçado que chega a ser, acabou como uma historinha para criança dormir e uma horrível versão de ?A Bela e a Fera?. Também, eu entendo que tem continuação e que as pontas soltas podem ser resolvidas em ACOMAF, mas caralh* se a família dela era tão importante, por que eles foram esquecidos pela maioria desse livro? O que o relacionamento dela com o tal do Isaac, citado três vezes e esquecido, afeta na narrativa? Qual o sentido dela desprezar os humanos por terem sido negligentes com a família dela e começar a gostar das fadas no meio do livro? Quando ela viu algum motivo para deixar de ter ódio pelas criatura mágica lá? Sem cabimento nenhum.
Meia estrela pelo tanto que eu ri desse livro, foi uma leitura cômica para mim, sem ironia. Toda vez que alguém rosnava, ronronava ou rugia, eu me mijava de rir. A parte da mordida então, meu deus eu gargalhava, passei mal. O meme que mais me descreveu nessa leitura foi ?Para de rir, vó?. Isso foi tão ridículo que nem espaço para falar dos personagens sobrou, então me sigam no twitter para ver eu comentando sobre eles. Ruim, horrível, desnecessário, tudo de ruim nesse mundo se encontra em ACOTAR.