Tempos extremos

Tempos extremos Miriam Leitão




Resenhas - Tempos Extremos


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Gustavo 17/05/2020

Qual o elo que une a casa-grande e o DOI-CODI? Essa é a pergunta que, de maneira persistente, a autora busca responder ao longo de sua história.
O autor é apresentado no início da narrativa a uma cena que se aparenta ingênua: a reunião de uma família em meio a uma fazenda isolada no interior das Minas Gerais, motivada pelo aniversário de 88 anos da avó Maria José que sempre é retratada como uma senhora equilibrada e conciliadora, como quem já viveu o suficiente e quer passar seus últimos anos em paz. É o contraste que geralmente se observa entre a calma dos mais idosos e a ansiedade dos mais jovens.

Como fio-condutor que vai orientar a trama a história nos apresenta Larissa, a personagem principal, com seus 40 anos de idade. Carioca, em sua infância é retratada como uma menina tímida e inquieta, a quem os livros eram seu objeto de aconchego. Ao atingir a idade adulta ela se aventura no jornalismo, onde acaba por se apaixonar pelo atual marido Antônio, jornalista que chegara ao Rio de Janeiro vindo de uma temporada como correspondente em Nova York. Ao se conhecerem pela primeira vez em uma festa foi amor à primeira vista, rapidamente acham um apartamento para morar no Rio. Porém, no jornalismo, a incessante pressão pela produtividade e o clima constante de embates implacáveis acabam por consumi-la, e ela envereda pelo caminho da historiografia, reiniciando sua vida acadêmica como bacharel em história e iniciando o livro já com o mestrado. Traçou portanto um caminho que a fez se distanciar cada vez mais do marido com suas constantes viagens em busca de matérias para reportagens.

A história prossegue com relativa calma, até nos serem apresentados Alice e Hélio, respectivamente: a mãe de Larissa e seu tio. Esses dois irmãos viveram num passado que muitos até hoje se esforçam para colocar debaixo do tapete: a ditadura militar brasileira. No entanto viveram dois lados opostos naquele processo, Alice era militante política e lutava contra o regime, enquanto Hélio era militar e deu sua vida em prol da "segurança nacional". Os intensos atos repressivos, com as torturas que Alice sofreu e também o desaparecimento de seu marido acirrou ainda mais o conflito entre esses dois irmãos, rendendo sempre grandes discussões em todas as reuniões familiares.

Larissa então, cansada desse ambiente combativo, tenta de todas as formas se esquivar de tomar partido de algum lado, mas jamais imaginaria que ela seria testemunha presencial de um conflito que ocorreu séculos atrás. Perambulando pelas salas e corredores da fazenda ela acaba por estabelecer contato com Paulina, uma negra escrava que viveu nas Minas Gerais de algumas décadas antes da promulgação da Lei Áurea. Paulina lembra um pouco a escrava Isaura, não pela cor de sua pele, já que realmente era negra, mas por ser uma jovem escrava cheia de dotes e provida de muita inteligência. Paulina tinha um irmão: Bento, que, diferente dela que buscava a conciliação e a compra da liberdade por meios legais, acreditava que a liberdade só seria alcançada por meio da luta. Vemos portanto mais uma dupla de personagens antagônicos frutos de um mesmo período histórico.

Se a liberdade pode ser conquistada por meio da conciliação ou da luta é portanto a questão central que Larissa vai buscar responder, na medida em que novos fatos são desenterrados e trazidos à tona, inclusive sobre o destino de seu próprio pai após passar pelo DOI-CODI. O livro procura mostrar como a repressão sempre fez parte de nossa história, deixando marcas profundas, e como as dores anônimas são muito mais cruéis, porque não deixam registros.

Minha conclusão portanto é de que o livro foi escrito com o propósito de trazer mais consciência ao leitor de como nós brasileiros temos a mania de esquecer nosso passado e se tornar insensível a ele. E de como essa insensibilidade pode ser combustível para que esse eventos se repitam novamente em algum momento. No entanto, por mais que novos elementos fossem adicionados à narrativa, a existência de apenas um tema central acaba por torná-la um tanto enfadonha e sobremaneira confusa, visto que alguns desse elementos são incrivelmente fantásticos, como as visões realistas da personagem, como se ela fosse algum tipo de médium espiritual capacitada e entrar em contato com espíritos de ex-escravos.

Miriam Leitão classifica seu livro como "ficção adulta" e busca externar em palavras o seu próprio sofrimento durante o regime militar. No entanto, se a intenção era escrever centenas de páginas sobre os tais "tempos extremos" - com uma pesquisa que ela fez "ao longo de anos" como diz nos agradecimentos, envolvendo repórteres, historiadores e reunindo diversos documentos - que fizesse então um livro de história sobre a repressão. Me parece um erro querer expor fatos reais num livro banhado em tintas de "ficção", lemos a história e não sabemos se todos os fatos correspondem à realidade ou se foram inventados só para preencher a narrativa. Qual o nível de confiança o leitor deve ter durante a leitura da obra? A partir de qual momento estamos falando de ficção, e não de realidade? Acredito que sejam as perguntas que ficam no ar e que jamais são respondidas.
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Erika 07/02/2022

Inesperado.
Primeiro romance de Míriam Leitão. A historia se passa em uma antiga fazenda em Minas Gerais, onde as linhas temporais são rompidas. Desta forma, a autora trata de temas como escravidão e o regime militar no Brasil.
Boa leitura!
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Rejane Melo 12/01/2022

Foi difícil terminar, quase abandonei e por fim acabei na marra. Apesar de gostar da autora como jornalista, não gostei da romancista. A premissa é intrigante: tecer um paralelo entre a ditadura militar e a escravatura brasileira, porém a história fica perdida no meio de tanta repetição, a narrativa não "avança".
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Sander.Garcia 17/04/2021

Uma viagem no tempo inusitada
Nunca li nada da autora. Estou surpreendido, envolvido. Me emocionei com a carta escrita por Larissa para seus amigos (imaginários?)
Uma leitura que me prendeu.. e eu não conseguia imaginar o que viria pela frente, pois é uma trama surpreendente. Eu ainda não tinha lido nada assim. É como se 3 épocas distintas se encontrassem ao mesmo tempo. Escravatura e Ditadura: dois Marcos históricos do Brasil.. o livro me deixou um tanto ávido por conhecer um pouco mais essa parte da história, sobretudo, sobre o que passaram os negros ao serem capturados em sua terra natal, depois encarcerados tanto pelos cascos dos navios quanto pelo infinito mar que os cercava. E, sobretudo, o que acontecera a eles aos desembarcarem no Brasil.
Leitura que vale a pena, embora não esteja nas listas dos mais vendidos.
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Raffafust 06/05/2014

Ler " Tempos Extremos" foi uma viagem ao tempo que por ter tido um encontro de blogueiros semana passada com a autora
( promovido pela parceira do blog: Editora Intrínseca) já tinha mais ou menos ideia do que me esperaria na leitura mas devo confessar que superou todas as minhas expectativas.
No livro a jornalista Míriam Leitão nos apresenta Larissa, uma mulher casada e sem filhos, de 38 anos cuja a família lhe cobra sempre o que é comum cobrarem nessa idade : um filho e uma carreira de sucesso. Sem planos de prole mas com a carreira de jornalista tendo fracassado por não aguentar o esquema competitivo das redações ela opta por fazer uma segunda faculdade, História, e é exatamente de história que o livro todo gira.
São os 88 anos de sua avó Maria José, a família inteira irá se reunir na fazenda onde ela mora para comemorarem, Larissa adora a avó mas tem uma certa barreira com sua mãe Alice que nunca foi de demonstrar sentimentos pela filha. Distante e rodeada de mistérios a mãe pouco fala do pai de Larissa. A moça sabe somente que ele sumiu na Ditadura Militar , que lutou pela causa e que sua mãe que também estava presa conseguiu sair viva e grávida da história, Larissa nunca conheceu o pai. Assim, quando a perguntam ela responde que gostaria muito de entrevistar o pai Carlos, mas não para falar sobre morte e sim sobre como ele era em vida, coisa que pouco sabe.
Na fazenda reunidos em família dores do passado surgirão, como seu tio Hélio que era militar e que sua mãe sempre o acusou de não ter ajudado o pai de Larissa. Por mais que a matriarca tente colocar panos quentes, tentando juntar os irmãos ela sabe que a vida não é tão fácil como gostaria, já perdeu seu marido, teve filha torturada e genro assassinado e sente que não chegará até os 90 anos.
O texto é carregado de dramas familiares que nos apresentam melhor cada personagem envolvido, como por exemplo temos no decorrer do livro a importância do marido de Larissa, que é jornalista e vai correr atrás da verdade apresentando a esposa por mais cruel que possa parecer. Mesmo após ouvir dela que não tem tanta certeza se deveriam ainda estarem casados o rapaz não desiste de descobrir a verdade, fica no leitor a dúvida de se por amor a ela ou se por amor a profissão.
Durante os dias na fazenda Larissa vai encontrar documentos do passado no local, vai ter visões de vidas que tiveram histórias fortes e recheadas de dor como a de Paulina e seu irmão Bento, dois escravos que viveram seus piores dias lá , vai ter diálogos com eles sobre o que é certo fazer já que ambos querem a liberdade mas tem medo do que é melhor : enfrentar os patrões ou fugirem. Larissa busca respostas já que está no futuro, e ao mesmo tempo se pergunta se está enlouquecendo por conversar com aqueles fantasmas.
A protagonista acaba vendo que sua vida já é repleta de fantasmas, o de seu pai que nunca foi bem explicada a morte ( ou sumiço) e a que a une a sua mãe, uma mulher fria que ao dizer que a ama contradiz o que demonstra. Pois deve a Larissa desde que ela nasceu afeto, o que ela acaba tentando explicar que somente se pune de ter tido Larissa na hora errada.
O passado e o presente vão unir a história do país em momentos onde os mais jovens preferem esquecer ou pouco sabem. Desde os tempos de escravidão onde se passa a história dos irmãos escravos até a ditadura militar onde Larissa tem sua vida começando mas a de seu pai sumindo nos envolvemos de uma forma deliciosamente intimista onde parece que vivemos naquela época tão explicativas são as cenas e diálogos travados entre os personagens. Pude me sentir na pele de Paulina ao ser vendida e ter os dentes analisados como se fosse uma mera mercadoria e me ver como Alice nua passando no meio de homens que esqueceram que ali estava um ser humano e não um saco de pancadas.
Intenso, forte mas extremamente comovente o final me emocionou, e me fez parar para pensar que não devemos nunca esquecer o passado para que os erros não se repitam no presente. Afinal, quem pouco se importa com o passado não pode reclamar que o futuro não veio da forma que esperava.

Apesar de ser uma obra de ficção, os temas que envolve infelizmente são verídicos e aconteceram nesse mesmo país que vivemos. Que fiquem somente nos livros ou nos arquivos de nossos meios de comunicação. Um livro para se lido e refletido. Parabéns a Míriam Leitão pela obra esclarecedora.


site: http://meninaquecompravalivros.blogspot.com.br/2014/05/resenha-tempos-extremos-da-intrinseca.html
Neiva 15/05/2014minha estante
Comecei a ler agora e estou adorando. Sua resenha está ótima.


Maria 28/05/2014minha estante
Estava procurando uma resenha e achei a sua. Admito que ela me incentivou muito para começar a ler o livro. O momento se tornou muito oportuno, já que a Feira do Livro da minha cidade começa nesse fim de semana e irá contar com a presença desta ilustre autora. Aproveitar para comprar meu exemplar e pedir um autografo :)




Ana 17/01/2021

Feridas, não cicatrizes
Escravidão.
Ditadura.
Tidas como cicatrizes. Mas não são. São feridas, que ainda sagram.

Numa escrita poetica e envolvente, Míriam Leitão nos mostra a ligação que há entre escravidão e ditadura. Temas recorrentes nos estudos de história. Mas feridas que seguem ignoradas, ou, ainda pior, negadas.

Entrando na história de Paulina e Bento, de Alice e Hélio, vemos as dores dessas feridas. Vemos histórias que são silenciadas. Dores anônimas que ainda doem.

Como graduada em história, tendo atuada como estagiária de pesquisa na area, ease livro falou forte comigo. É um livro que recomendo de olhos fechados. Embora possua uma escrita diferente, um tanto poetica, tem um peso incomparável.
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Resenhoteca 20/06/2014

Um interessante viagem aos passados
Inicialmente não é um livro fácil de ler, confesso. A forma com que a Autora Míriam Leitão escreve é um pouco complicada e muito detalhista, não que isso seja uma coisa muito ruim. A autora cria uma teia complexa, entre passados e presente, de fatos e acontecimentos que deixam o leitor deslumbrado com as ligações conseguidas com sucesso pela autora.

O leitor vai se envolvendo na história entre os passados e o presente apresentados de maneira muito boa. Mesmo durante as passagens de tempo entre passado e presente a autora consegue escrever de forma suave e bela. Apesar de achar um pouco exagerado a quantidade de personagens: Avó, tios, primos, casamentos que não deram certo e por ai vai...

O livro conta a história de Larrisa, que a pedido da avó, foi intimada junto com todos os tios e primos, para passar um final de semana na fazenda antiga da família que contem muitas histórias e muitos segredos. E assim, como a fazenda, a família também guarda muitas histórias e muitos segredos que aos poucos são entregues ao leitor.

Enquanto isso a história se desenrola entre dois passados: Da Escravidão vivida na fazenda Soledade de Sinhá e da história vivida pela família na época da Ditadura militar no Brasil que até hoje atormenta Irmãos, mãe e filha, desequilibrando a harmonia familiar.

Em meio ao caos familiar, Larrisa se encontra entre os passados, o presente e seus sonhos em uma complexa dúvida sobre sua própria vida.


site: http://www.resenhoteca.com/2014/06/resenha-tempos-extremos.html
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Ediane.Siqueira 25/01/2021

Sempre que termino um livro escrevo aqui minha opinião sobre ele e não exatamente uma resenha. Este estou pensando o que devo escrever?
Não sei se gostei, são duas ótimas histórias que para mim deveriam estar separadas, diálogos que que mais parecem do século XXV não me despertaram ânsia por terminar o livro.
Mas, conhecer um pouco mais sobre a ditadura e escravidão a partir do ponto de vista que o livro apresenta, foi incrível...
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RALPH 11/05/2021

Infelizmente eu não gostei, quem sabe será melhor em uma releitura?
O que mais me incomodou foi a questão do ritmo da escrita, nada empolgante, achei os temas dissociados entre si. Não notei aprofundamento do enredo, queria mais explicações do que realmente se passa no livro, uma interação mais profunda entre os personagens, além do fato de achar que todos os personagens tem a cara da autora, não sei se pelo fato de saber a historia dela e de seus familiares, mas me incomodou um pouco.
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Yuri 23/06/2020

"A mim, coube carregar a vida e seu fardo, procurando eternamente a saída desse labirinto."
"A mim, coube carregar a vida e seu fardo, procurando eternamente a saída desse labirinto."

"Tempo Extremos" é o primeiro romance da jornalista Míriam Leitão, autora já de obras premiadas de não-ficção e histórias infantis. No romance de estreia, Míriam envereda numa trilha de feridas abertas na história do país, a escravidão e a ditadura.

Através de um realismo mágico, Larissa, nossa protagonista, consegue acessar um brecha no tempo que a coloca em contato com a época escravagista brasileira, em que conhece Constantino e seus dois filhos, Bento e Paulina.

Ao mesmo tempo em que, no presente, um drama familiar se desenrola quando, no aniversário de 88 anos da matriarca da família, Maria José, o passado da família volta pra cobrar a conta. Antigos fantasmas da ditadura que dividiram irremediavelmente dois irmãos, Hélio, militar, e Alice, mãe de Larissa e militante da esquerda.

Míriam consegue costurar temas interresantes por meio da premissa mágica e abordar discussões sobre o passado do país que muita gente desconhece e esquece ainda hoje. Porém alguns detalhes me incomodaram no livro, principalmente os diálogos que me pareceram sempre num tom inverossímel, como se todos os personagens fossem atores de uma peça de Shakespeare, recitanto monólogos e monólogos. Muitos diálogos não me soaram espontâneos, nem orgânicos, nas mais diversas situações em que eles aparecem.

Ainda mais quando os escravos apareciam e tinham falam tão perfeitas na sintaxe e gramática, concordância e outros fatores. Além da linguaguem deles ser super contemporânea, destoando com a época.

No mais, o livro é bom e fica aí a recomendação.
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mariaclcm 29/07/2020

Um livro para refletir sobre a história do Brasil
Esse é um livro que a todo momento nos pergunta: qual o custo?
Abordando a escravidão e o regime militar (ditadura), a autora nos faz pensar qual é o custo da história do nosso país, e como ela afetou diversas gerações. Em alguns momentos a trama fica um pouco massante, mas na maioria do tempo é uma leitura fluída. Eu recomendo.
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Évelin Noah 06/05/2020

Agradável Surpresa!
Confesso que "conheço" Miriam Leitão como jornalista, mas nunca tinha me interessado em ler nada de sua autoria. Esse livro jamais estaria na minha lista de compras, no entanto, encontrei uma super promoção onde o comprei por R$3,95. Isso mesmo que vocês leram! Três reais e noventa e cinco centavos. Pelo preço resolvi compra-lo.

Acabei de lê-lo e estou completamente extasiada! Que livro incrível! Envolvente! Cativante!

O enredo trata de dramas familiares, um envolvendo a ditadura e outro a escravidão. Em certo ponto as histórias se cruzam, indo e vindo.

Em muitos momentos pude sentir eu mesma a dor descrita naquelas páginas, sobretudo quando era citada a ditadura militar.

Para quem não sabe, durante a ditadura militar Miriam Leitão foi presa e torturada enquanto estava grávida. Não se trata de um livro bibliográfico, mas em muitas linhas "vi" as lembranças da sua dor transferidas para o papel, a descrição dos fatos era muito realista e tocante. Acredito que por saber um pouco da sua história, o livro se tornou ainda mais interessante.

Vi algumas pessoas dizendo que o livro é extremamente descritivo. Não concordo, e olhem que eu sou a pessoa mais insuportável quando se fala de obras extremamente descritivas, realmente não suporto! Confesso sim, que o final, as ultimas 20 páginas, ficaram um pouco arrastadas e desnecessárias. Mas nada que apague o brilho dessa obra!
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Lara 31/10/2020

Ainda estou amadurencendo e superando esse livro, a Miriam Leitão tem uma sensibilidade admirável e uma narrativa simples e envolvente. O fato de a história, a autora e a ambientação serem brasileiros também me marcaram com uma espécie de familiaridade.
Tem poucos momentos de grande emoção e expectativa, mas não deixa a desejar.
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Jackson 12/03/2020

Mirian Leitão para além do jornalismo
Uma história bonita e triste. A autora faz uma ponte interessante entre a primeira década do século XXI e meados do século XIX retratando a escravidão em Minas e no Rio de Janeiro ao passo que os graves problemas familiares da personagem principal têm profunda relação com a ditadura militar de meados do XX. É uma obra maravilhosa, gostosa de ler, emocionante, há presente um misticismo que lembra narrativa de uma novela. Poderia muito bem virar um curta adaptado para a tv. Recomendo demais!
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