Orange Is The New Black

Orange Is The New Black Piper Kerman




Resenhas - Orange Is The New Black


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Lu 13/09/2021

Interessante.
Livro interessante sobre uma mulher instruída que foi cumprir pena na prisão por envolvimento no tráfico de drogas.
O Sistema Penal dos Estados Unidos é realmente bem diferente da realidade brasileira.
O livro nos faz refletir sobre a capacidade de modificar as pessoas, dentro de um sistema que não fornece ferramenta alguma para isso.
kelly 13/09/2021minha estante
A serie foi inspirada no livro ou o livro foi inspirada na série?


Sophia Loren 13/09/2021minha estante
A série foi inspirada no livro.




Sergio 07/09/2014

Laranja é o novo preto
Orange Is The New Black, livro que inspirou a série original do Netflix, é um relato verídico escrito por Piper Kerman. A protagonista conta na obra sua história de vida, com foco especial nos momentos que antecederam o crime (transporte ativo de dinheiro proveniente do tráfico de drogas internacional), até seu momento de libertação da prisão estadual.

Estando no início da sua fase adulta, Piper estava em busca de algo que a fizesse sentir-se viva; e foi aí que conheceu Nora, a mulher que a levou para o mau caminho. Nora já era uma traficante antes mesmo de encontrar Piper. Ao se conhecerem, desenvolveram uma amizade e, posteriormente, um relacionamento amoroso. Sempre ficou bem claro para ambas qual era o trabalho de Nora, e isso não foi problema algum para o caso entre as duas acontecer. O amor delas era regado por viagens caras e constantes, sexo, e 0$t3nt4ç40.

Algum tempo depois de estar nesse mundo de perdição, a protagonista nota que se encontra em uma total furada e decide "pular fora". De volta à sua vida "normal", consegue arranjar um bom emprego e estabelecer um relacionamento heterossexual com Larry (vale salientar que hoje ele é o marido dela sz). Sempre atencioso e preocupado com sua mulher, Larry demonstra-se como um perfeito cavalheiro durante todo o enredo, até mesmo quando ela recebe uma intimação da justiça para responder criminalmente pelo seu passado ou quando revela que já teve relacionamentos homoafetivos. Ele a apoia, visita e ajuda psicologicamente em sua meta de cumprir a pena de quinze meses sem arranjar nenhuma discussão, sempre ao lado da mulher amada.

Durante o decorrer da história várias críticas severas ao método de "correção" penitenciária são feitas. Porém, conseguimos perceber facilmente que a Piper evolui de forma considerável através dos seus quinze meses na prisão, estabelecendo relações de amizade com outras detentas que acabam por acrescentar qualidades e virtudes à ela. Percebemos também o quanto o apoio e união da família de Kerman ajudou-a a enfrentar os problemas na prisão.

Não somente sua família ou Larry a acolheu nesse terrível momento. Os amigos que ela acumulou durante a vida e até mesmo desconhecidos fizeram questão de enviar cartas de apoio e livros, itens que acabaram tornando a estadia na prisão um pouco menos assustadora. Como narrado na obra, Piper era uma das detentas que mais recebia correspondência, sendo no início até alvo de piadas e olhares "tortos". Porém, com o engajamento na prisão e maior intimidade com as outras, ela se tornou uma mulher amada ali dentro.

Foi muito interessante e até engraçado em certos momentos ler as passagens de adaptação ao meio carcerário. São tantas regras ocultas, tanto da parte policial quanto entre as próprias prisioneiras, que a autora me fez rir sozinho imaginando algumas situações lidas. Seria cômico se não fosse trágico!

Orange Is The New Black não é apenas uma história de uma mulher, um crime e uma prisão. É, sem dúvida, um ensinamento sobre compaixão, fortalecimento de laços familiares e superação. Uma leitura simples, singela e emocionante. Sem dúvida, uma das melhores leituras do ano.

site: www.decaranasletras.blogspot.com
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MiCandeloro 17/06/2014

Informativo e interessante!
Oi gente, hoje trago para vocês a resenha do livro Orange is the New Black, que deu origem ao seriado de mesmo nome que já foi resenhado AQUI, escrito por Piper Kerman e lançado pela Editora Intrínseca. Pela primeira vez, optei por não fazer resumo da obra por dois motivos: primeiro, já falei sobre a história na resenha do seriado. Segundo, porque a sinopse do livro ficou bem completa e qualquer coisa que eu dissesse ficaria repetitivo. Portanto, abaixo, vocês já podem conferir a minha opinião pessoal sobre essa história.

Desde que assisti ao seriado de Orange is the New Black, fiquei tremendamente curiosa para ler o livro e ingressar no tortuoso mundo da prisão, descobrindo todos os mistérios e segredos das minhas personagens favoritas. Imaginem a minha surpresa quando percebi que ambas as histórias são completamente diferentes!

O livro e a série possuem fatores em comum sim. A essência da trama é a mesma, muitas situações descritas na obra foram adaptadas para as telinhas com incrível fidedignidade, porém, outras, não entendi muito bem por que foram alteradas. Inserir ou excluir personagens do seriado até é de se entender, afinal, eles precisam criar conteúdo para diversas temporadas. Mas trocar a personalidade das pessoas, para quê? Para acrescentar uma pitada de comédia e tirar o drama, ou vice-versa, e de maneira desnecessária e artificial?

A Tiffany, por exemplo, não existe no livro. Como isso é possível, tendo em vista de que ela é um dos grandes pilares da série, personificando a principal antagonista de Piper? A Crazy Eyes, pasmem, é uma mulher hispânica que apenas faz uma pequena participação, de algumas linhas, na história. Felizmente, Red não só existe como é uma das pessoas mais importantes na vida de Kerman, enquanto ela esteve presa, sendo identificada no texto como Pop, para quem Piper dedica o livro. Fico feliz de Red ter incorporado as principais qualidades de Pop, e mais feliz ainda de saber que Pop não era a pessoa mesquinha e egoísta que Red se mostrou no final da primeira temporada, me decepcionando demais.

As mudanças mais chocantes feitas no show, para mim, em relação ao livro, foram referentes ao Larry, noivo de Kerman, seus sogros e seus pais. Larry não é o idiota egocêntrico como querem que acreditemos, os sogros de Piper não a detestam e seus pais não são os completos idiotas como são apresentados na série. Pelo contrário, estas pessoas, assim como os amigos de Piper, foram a sua tábua de salvação enquanto esteve presa. Se não fosse pelo amor, dedicação e a presença constante deles, fosse fisicamente ou por meio de cartas e presentes que eram enviadas ao presídio, Piper não teria dado conta de sobreviver sã.

Além disso, Alex, ou Nora Jansen, que na verdade se chama Catherine Clearly Wolters, só aparece nas últimas páginas da trama. Piper e "Norma" apenas convivem cinco semanas na prisão de Chicago enquanto aguardam a fim de testemunhar no julgamento de um de seus comparsas. Elas mal se falam, que dirá se envolverem intimamente, como mostrado na TV. Assim sendo, ironicamente, uma das personagens mais interessantes do show, que encabeça as cenas mais complexas e confusas emocionalmente para Piper, foi completamente repaginada.

Ok, preciso confessar, por mais que o livro seja bom, o seriado me conquistou muito mais. Explico. Adoro narrativas autobiográficas, principalmente quando são contadas como se fossem ficcionais. Entretanto, Piper Kerman é uma mulher "tão comum" e boazinha que não me chamou atenção em nada. Não como eu supunha, pelo menos. Um fenômeno muito curioso, afinal, eu não deveria ficar feliz por ela ser assim? Mas não, a impressão que tive é que estava em busca de uma pessoa inconsistente, perdida e volúvel, como a Piper Chapman, e acabei meio que me decepcionando por não encontrá-la no texto.

Morri de dificuldade de associar as "pessoas reais" com seus respectivos personagens da série e cheguei num ponto que acabei desistindo. São tantos nomes e pessoas citadas que também não consegui me identificar com ninguém. Fiquei boa parte da história questionando como a Kerman foi capaz de se lembrar de tantos detalhes, regras, nomes, fatos, etc, para compor o livro. Será que ela manteve um diário e anotações na prisão? Até que ponto a trama foi escrita com imparcialidade, não só em relação ao seu respeito, mas também aos demais? Não sei, tive uma sensação estranha enquanto lia, como se algumas passagens tivessem sido forçadas ou algumas situações fossem fáceis demais.

É engraçado que, no decorrer do texto, Piper cita com raiva uma ex-detenta que deu uma entrevista ao jornal falando sobre a época em que esteve presa e fez tudo parecer como um divertido período numa colônia de férias. Como se o presídio fosse um local barbada de descanso e como se fosse uma experiência agradável de ser vivida. Mas na maior parte do livro, foi exatamente esta a sensação que a Piper me passou por meio de sua narrativa. Curioso, não?

Sei que o ambiente do presídio é inóspito e cruel, porque sim, já estive dentro de um na minha época de faculdade enquanto cursava Direito, e achei que Kerman fosse explorar melhor as dificuldades e dramas de se viver atrás das grades, coisa que só apareceu, muito rapidamente, no final e de maneira superficial. A impressão que tive enquanto via a série e lia o livro era de se tratar de uma história parecida com as que vemos em colégios públicos ou internatos, com muita confusão simplesmente por juntarmos um aglomerado de mulheres num cubículo. Mas nada além disso. Ou as prisões federais americanas são muito "tranquilas" ou as nossas são realmente muito barra pesada. Ou as duas coisas. Sei lá.

Eu gostei bastante do livro. Achei muito legal ficar por dentro de todos os detalhes da condenação de Piper, do funcionamento das leis americanas, de aprender a sobreviver num presídio federal, porque no fundo, encarei o livro de Piper praticamente como um manual, mas acho que não foi o melhor momento de lê-lo. Talvez se eu o tivesse lido antes de ver a série, teria sido mais proveitoso. Fora o fato de que os livros novos que chegaram na semana e me imploravam para serem lidos não me ajudou a me concentrar nesta história.. hehe.

Ainda assim, acredito que Orange is the New Black é uma obra importante, que nos mostra que no fundo todos somos iguais, todos somos capazes de cometer besteiras e sermos presos, e que não temos o direito de julgar os outros pelas suas atitudes sem antes encarar o espelho. Acho louvável Piper ter se entregue, ter cumprido a sua pena de maneira digna, sem se corromper e tentar burlar o sistema e ter tentado sobreviver da melhor forma enquanto esteve presa, aberta a novas experiências e aprendizados.

"Todos que gostavam de mim desejavam que eu fosse inocente que tivesse sido enganada, ludibriada, iludida. Mas, é claro, esse não era o caso. Há muitos anos quis viver uma aventura, uma experiência extraordinária, e o fato de ser ilegal tornava-a ainda mais emocionante. Nora pode ter me usado naquele passado distante, mas eu tinha me mostrado mais do que disposta a aceitar o que ela me oferecia."

O livro ainda discute o problema da população carcerária em crescimento e principalmente seu retorno as ruas sem nenhum preparo ou incentivo. Que futuro teriam aquelas mulheres depois de cumprirem as suas penas? Que futuro nós teríamos ao conviver com seres humanos sem perspectivas e maculados por suas próprias escolhas, sem nenhum tipo de ajuda?

"Qual o sentido, qual a razão para prender as pessoas durante anos, quando isso parece significar tão pouco, até mesmo para os carcereiros que seguram a chave em suas mãos? Como um preso pode achar que sua punição teve algum sentido para alguém, quando ela é aplicada de maneira tão impensada e indiferente?"

Este foi um livro que demorei demaisss para ler e no final estava me dando uma angústia por causa disso. Daria o mesmo conselho que dei quando li Bling Ring ou qualquer outro livro de não ficção ou autobiográfico, leiam em doses homeopáticas, intercalando com outras leituras. Para quem busca entretenimento, limitem-se a ver o seriado, para quem, assim como eu, adora conhecer coisas novas e ampliar os horizontes, leiam o livro também.

"O que acontece em nossas prisões está completamente dentro do controle da comunidade. O público espera que as sentenças sejam punitivas, mas também reabilitadoras; no entanto, o que esperamos e o que obtemos de nossas prisões são coisas completamente diferentes. A lição que nosso sistema prisional ensina a seus residentes é como sobreviver como um prisioneiro, não como um cidadão o que não constitui uma estrutura de conhecimento muito construtivo para nós ou para as comunidades às quais retornamos."

"Coisas incríveis podem acontecer atrás das grades porque as pessoas são extraordinariamente resilientes. Podemos sobreviver a quase tudo; e essa é uma das razões por que a punição severa por si só não rende frutos. Para que as prisões sirvam, verdadeiramente, ao público, as pessoas que as dirigem deveriam se inspirar nas palavras de Thomas Mott Osborne, o célebre diretor do presídio Sing Sing de Nova York, na primeira parte do século XX, que jurou: Transformaremos essa prisão de um ferro velho em uma oficina de reparos."

Resenha originalmente postada em: http://www.recantodami.com/2014/06/resenha-livro-orange-is-the-new-black.html
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annapatts 28/11/2023

Bom
Achei muito boa abordagem da piper ser mais no sentido de nos mostrar o dia a dia na penitenciária de uma forma não só pessoal mas interpessoal ..
No começo não estava gostando muito da forma que ela falava de determinados assuntos ou determinadas pessoas, mas no fim esses preconceitos são sobre algo maior que ela ?
sobre a trama, achei que não tem absolutamente nada haver com a série e me deixou com bastante preguiça de terminar
Mas terminei somente pela curiosidade sobre o sistema penal americano ..
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Maria Martini 20/04/2022

Não tem muito a ver com a série
Li esperando histórias super impressionantes das presidiárias e todas as questões tratadas na série, mas na realidade o livro só foi uma inspiração bem leve. O livro é morno e por muitas vezes pensei em largar.
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luaraaap 09/05/2020

muito bom
li depois de terminar a serie, e confesso que me surpreendi. ja esperava que fosse bem diferente, mas nao tanto (ate os personagens têm nomes difentes!). uma leitura muito boa e fluida, a qual terminei chorando por causa da realidade das prisões femininas.
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CamilaOsterne 03/06/2020

Empático e respeitoso.
Eu realmente gostei muito desse livro. Em muitos momentos senti um enorme sentimento de compaixão e empatia pelas pessoas que a Piper descrevia e contava as histórias. Repensei várias vezes sobre a minha própria vida e como algumas de nós somos privilegiadas e não damos conta disso. Percebi como algumas pessoas são sozinhas no mundo e algumas vezes entram no mundo da criminalidade realmente por falta de opção. Esse livro traz tantos relatos de generosidade e gratidão que em alguns momentos é muito tocante. Como deve ser difícil viver enclausurada em um lugar assim e como nós, muitas vezes, não valorizamos a sorte que temos. Leitura gostosa, fácil, rápida. Quem lê rápido devora em pouco tempo. Estou muito satisfeita com a minha experiência e recomendo a leitura. É um relato muito respeitoso, além de uma crítica super importante ao sistema penitenciário dos EUA. Ela fez algo de bom com a voz que ela tem. E com certeza deve ter aberto muitos debates sobre o tema após a publicação do livro. Falou por quem não tem voz. Não tem nada mais importante que isso. Usou do privilégio para ajudar outras pessoas. Isso é muito importante. Leiam e reflitam sobre tudo. Vale a pena. Eu só imagino, se nos EUA é assim, imagina aqui no nosso Brasil. A realidade é triste. Mas talvez um dia melhore. Esperança e resiliência. Resiliência é o que mais tem nesse livro, inclusive.

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Nana 25/05/2014

Muito envolvente!
Quando a autora era jovem e rebelde, se envolveu com pessoas erradas e foi condenado a 15 meses de prisão por tráfico de drogas.
No livro ela nos conta em detalhes o dia a dia dentro da prisão feminina americana, que em alguns aspectos não me pareceu muito diferente das nossas prisões aqui no Brasil.
Piper não tem o perfil das outras detentas, É loira de olhos azuis, formada, inteligente, bem educada e de família rica. Ela entrou muito assustada com o que iria enfrentar, mas aos poucos foi se adaptando com a nova rotina, enfrentando os desafios e conseguiu lidar bem com a situação. Ao sair estava mais forte, tolerante, solidária e valorizando mais a família e os amigos que sempre estiveram presentes dando apoio, enviando cartas e muitos livros para ajudá-la a passar o tempo.
Os relatos são muito interessantes. Várias histórias de vida, cada uma com seus problemas e temperamentos diferentes.
Eu adoro livros de memórias! Gosto de conhecer sobre outras culturas e outros estilos de vida pois sempre aprendemos algo para nosso crescimento pessoal. Este livro nos ensina a exercer a compaixão e a empatia. Adorei a leitura!
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Criiisly 20/04/2023

Queria mais detalhes
Quem não se simpatizou com a Piper na série, adquire outro conceito com a leitura do livro.

Notamos como ela amadurece no decorrer da sua "pena" e como reflete sobre suas escolhas e erros.

É um livro que me deixou querendo mais detalhes da vida das outras prisioneiras, algumas "personagens" dariam livros só delas.
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Biblioteca Álvaro Guerra 31/05/2022

Orange Is the New Black: My Year in a Women's Prison é um livro de memórias de 2010 escrito por Piper Kerman, que conta sua experiência com a lavagem de dinheiro, o narcotráfico e sua condenação em um prisão federal feminina.

Livro disponível para empréstimo nas Bibliotecas Municipais de São Paulo. Basta reservar! De graça!

site: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/isbn/9788580575255
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ju 08/04/2021

Orange is the new black, livro que inspirou a série da Netflix.
Nessa obra a piper é a narradora, que conta tudo sobre sua experiência sendo presa.
Sou super fã da serie e do livro não tinha como ser diferente ne kkkkkk.
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Amanda 26/06/2014

Orange is the new black
Livro: Orange is the new black
Autor: Piper Kerman.
Editora: Intrínseca.
Número de páginas: 302.
Estrelas no Skoob: 4.


Orange is the new black é o livro biográfico de Piper Kerman sobre seu breve período passado no sistema presidiário dos Estados Unidos. Livro que deu origem à aclamada série do Netflix.

Demorei um pouco para ler este livro, por ter me decepcionado um pouco com o fato de não ter quase absolutamente nada a ver com a série. E também pois estava na época da minha mudança de casa, então alguns pequenos detalhes podem acabar me fugindo.

Na década de 90 Piper era nova e recém formada na faculdade de Teatro quando conheceu Nora, uma mulher mais velha e sedutora. E traficante internacional de drogas. Ela achou que estivesse apaixonada, ou algo parecido, e quando sua paramour a pediu para carregar uma mala contando milhares de dólares de tráfico em um vôo internacional, ela disse por que não?. Dez anos depois ela acabou pagando por esses deslize. O cartel de drogas comandado pelo chefão africano (com nome complicado e que esqueci) desmoronou e alguém a dedurou.

Algo que me impressionou foi que após o FBI ir até sua casa e a indiciar pelo crime, ainda demorou quase 7 anos para que Piper fosse realmente presa. Para ver a eficiência e rapidez do sistema judiciário americano (depois reclamam do Brasil).

Nesses anos ela e seu namorado, Larry, tentaram viver o mais normalmente possível, sem nunca saberem quando ela iria ter que ir para a prisão. Algo que deve ser extremamente excruciante. Mas o dia marcado para comparecer ao presídio de Danbury, Connecticut, chegou em 2004.

O livro é narrado em primeira pessoa e conta a história pessoal da autora em seus treze meses, de uma sentença de quinze, na prisão de segurança mínima. Até aí a série é bem fiel ao livro, mas quase só até aí. Estarei fazendo algumas comparações a partir de agora, mas não haverá nenhum spoiler de nenhum dos dois.

Uma das grandes diferenças que notei foi o senso de comunidade feminina, que muda muito. No livro, Piper é recebida de braços abertos pela sua tribo as brancas , ainda sem o dinheiro para comprar coisas na cantina da prisão (como chinelos, escova de dente, shampoo e essas coisas básicas), as mulheres em sua cela provisória a ajudam muito, sendo que uma delas realmente a toma como protegida. Já na série, Piper é a nova no pedaço. Há a recepção de sua tribo uma escova de dente e um sabonete -, mas nada mais. É realmente cada um por si.



O livro é muito mais pessoal e, por ser em primeiro pessoa, foca mais nos aprendizados da autora como ser humano e mulher. Há muitas partes que realmente te fazem pensar, principalmente no fim de sua sentença, quando há os programas de reabilitação e insersão de volta à sociedade. Uma das palestras é sobre higiene e saúde, e, ao invés de um profissional desta área palestrar, alguém da administrarão do presídio, que mal sabe sobre o que está falando, que a ministra.

Na série há diversos personagens marcantes, Piper não é sempre o centro de tudo. Nela descobrimos sobre o passado das principais prisioneiras, desde a cozinheira russa que está lá há mais de dez anos à única mulher transgênera do pavilhão.

Essas personagens também estão presentes no livro, mas senti curiosidade de descobrir algo real sobre elas, e nada é mencionado além do que se passa no presídio. Os nomes em ambos são diferentes, mas mesmo assim consegui reconhecer alguns dos personagens da série no livro.

Fica evidente o escambo que acontece na prisão que não é exclusivo dos filmes e os maus tratos sofridos pelas prisioneiras pelos guardas e pessoal da administração.


A atriz que interpreta Piper (esquerda), com a verdadeira Piper (direita)
Algo que me fez refletir foi que se nos EUA com um sistema carcerário tão avançado (há uma cantina para se comprar coisas e as prisioneiras trabalham e recebem por isso, mesmo que uma mixaria) e eles ainda o acham ruim, o que achariam do daqui.

De acordo com o prefácio do livro, os Estados Unidos tem 5% da população do mundo, mas abriga 25% dos presos do mundo! Outro fato incrível é que o governo americano gasta milhões no sistema carcerário, ao invés de gastar em programas culturais, esportivos e em escolas, que ajudam E MUITO a prevenir que as pessoas se tornem criminosas.

Hoje em dia Kerman é do conselho da Womens Prison Association, onde ajuda mulheres que, assim como ela, cometeram erros e fizeram más escolhas e acabaram na prisão, mas, diferente dela, não tinham as mesmas condições quando foram reintegradas à sociedade sem quase nenhuma ajuda ou orientação. Acabando, muitas vezes, de volta à prisão.


Aconselho que aos que acham que o livro é igual a série que tirem isso da cabeça, mas que não deixem de ler! É uma ótima leitura e com certeza o fará refletir. E também não deixem de ver a série, já está com 2 temporadas completas no Netflix e vou chorar ter que esperar mais um ano pela terceira!


P.S: A coisa que mais me deixou bolada foi a falta de conteúdo lésbico no livro que na série até transborda.

site: http://escritoseestorias.blogspot.com.br/2014/06/resenha-6-orange-is-new-black.html
Ana Paula 02/01/2015minha estante
O livro não é a série, apenas inspirou o canal Netflix. Embora eu achei legal a verdadeira história, eu prefiro mil vezes a série.




Renata (@renatac.arruda) 23/07/2014

O mais importante de Orange in the new black é sua publicação em si
Escrevendo como observadora, Piper está mais preocupada em humanizar as mulheres com quem conviveu do que politizar as deficiências do sistema ("Havia encontrado outras mulheres que podiam me ensinar a ser melhor", ela chega a escrever), embora comente sobre o precário atendimento médico, a falta de programas de educação e reinserção das mulheres na sociedade (a maioria delas não tem para onde ir ou se dirige a abrigos ao sair da prisão) e as ameaças, negligências e abusos de poder por parte de alguns agentes penitenciários. Uma passagem interessante é aquela em que explica que em Danbury alguns agentes "não eram os depravados que poderiam abusar sexualmente das prisioneiras; na verdade, eles nunca confraternizariam com formas de vida inferiores como nós, e reservavam seu escárnio mais ardente aos colegas que nos tratavam com humanidade". Em geral, o tom do livro de Kerman é positivo, com uma ausência de conflitos muitas vezes beirando o inverossímil:

Leia mais no Prosa Espontânea:

site: http://mardemarmore.blogspot.com.br/2014/07/orange-is-new-black-piper-kerman.html
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Vitória 26/07/2016

Piper Kerman, além de levar o livro todo na base do egocentrismo, também o leva ao extremo da superficialidade. Os relatos são todos de seu ponto de vista, o que seria de se esperar de uma biografia, mas ela não busca ir ao fundo dos acontecimentos nem ao menos uma vez. Quando tenta analisar algum aspecto de uma das outras prisioneiras, acaba conseguindo captar apenas um pouquinho da profundidade que são os outros. Ela para de contar algo em específico quando o acontecimento chega ao fim, falhando em estudá-los a fundo para assim conhecer a realidade em que vive. Nas ciências sociais esse é um modo de se lidar com o mundo que denuncia uma inabilidade em reconhecer situações talvez desagradáveis e um desconhecimento da ciência, dado que esse é um método que foi há muito superado. Como a Piper é uma moça de classe alta que teve fácil acesso a educação formal durante sua vida (como ela faz tanta questão de nos lembrar o tempo todo ao longo do livro), esperaria-se que ela estivesse mais atualizada sobre o empreendimento que tenta levar a frente ao escrever esse livro, mas, infelizmente, parece que a universidade e o acesso aos tantos livros que ela teve na prisão não foram o suficiente para ela sair de sua bolha e prestar atenção as pessoas que estão ao seu redor.
Sem falar no seu estranho complexo de superioridade. Se ela percebe que algumas colegas estão se envolvendo demais com a vida da prisão e esquecendo da vida “real" lá fora, ela faz questão de nos lembrar e de lembrar a si mesma de que o modo como ELA está lidando com a situação é que deveria ser o modo seguido por todas. Quando conta algum caso de racismo, ela tenta sempre nos convencer de que ela não é racista, de que abomina a situação, de que apesar de seus cabelos loiros e olhos azuis, ela tem completa noção de que não é racista, e faz de tudo para não parecer. Ela busca sempre ajudar as detentas “menos instruídas” e “com menos condições”, como ela mesma põe. Todo esse comportamento apologético parece meio artificial e forçado, como se ela não soubesse lidar com seus privilégios mas buscasse não deixar tanto eles como sua inabilidade de reconhece-los corretamente transparecer.
Como fa da série da Netflix, fiquei muito triste por não gostar do livro. Ele é horrível como uma memória da prisão com consciência social e informações concretas e úteis, e, sinceramente, na metade dele eu já estava quase desistindo de lê-lo (e desisti na página 172) e já tinha desistido de decorar quem era quem, mas, se você procura uma memória individualista de qualidade mediana sobre uma menina branca e rica que teve que passar dez meses cara a cara com a realidade, esse é seu livro.
alissonferreira.c1 21/09/2016minha estante
Ela passou treze meses e você deveria ter terminado de ler antes de julgar.


Vitória 22/09/2016minha estante
ai nossa desculpa não sei como deixei esse fato importantíssimo passar


alissonferreira.c1 22/09/2016minha estante
Kkkkkkkkkkkk
Você é hilária. Sério mesmo.


Vitória 23/09/2016minha estante
obrigada


Raiza.Damaris 26/06/2017minha estante
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Joy 30/11/2014

Orange is the new black :)
O livro, que aliás tem uma série da Netflix, é bem interessante por conter relatos fiéis sobre a realidade das penitenciárias americanas, tendo como protagonista e narradora Piper Kerman. Ela fala sobre as mulheres que conheceu com o total respeito, e tem muitas histórias para contar.

"A prisão é, literalmente, um gueto no sentido mais clássico da palavra, um lugar onde o governo dos Estados Unidos, hoje, não coloca só os perigosos, mas também os inconvenientes - doentes mentais, viciados, pobres, pessoas pouco instruídas e sem profissão."

Piper é uma mulher de família privilegiada e correta, que nunca esteve com problemas na justiça; estudou em universidades particulares e em sua juventude fez muitas besteiras e a maior de todas foi envolver-se amorosamente com Nora, uma traficante de drogas. Passou por várias aventuras, viagens e luxo, porém, depois de participar ativamente em um transporte ilegal, percebe o seu erro e foge.


"Considerei meu período com Nora no exterior um curso intensivo sobre as realidades do mundo, sobre quão feias as coisas podem ficar e como era importante permanecermos fiéis a nós mesmos, ainda que em meio a aventuras ou experiências."

Muitos anos depois, em um relacionamento estável com Larry, se vê longe do passado obscuro e secreto em que esteve. Porém, ele bate em sua porta com uma ordem judicial, que exigia seu comparecimento no tribunal por tráfico de drogas. Sua sentença é de 15 meses e Piper, uma mulher branca, loira, de família privilegiada; inicia sua nova temporária vida em uma penitenciária.


A história da Piper e das pessoas que encontrou na prisão demonstra a realidade de nossa sociedade. As punições não servem para melhorar os indivíduos, mas para piorá-los ao ponto de nunca mais conseguir se encaixar novamente na civilização. E como esse atual sistema é difícil de ser melhorado, mudado e compreendido. Trazendo uma crítica à ele, onde as pessoas são destruídas, corroídas e corrompidas nesses locais e quando saem; continuam no crime por não encontrar outra maneira de sobreviver e por fim, voltam ao sistema novamente.


"Nada no dia a dia do sistema penitenciário faz com que seus habitantes concentrem a atenção em como será a vida quando voltarem ao mundo exterior, quando voltarem a ser livres."

Um dos pontos importantes da série é a ideia dos flashbacks das personagens, mesmo sendo fictícios, tentando não focar somente na Piper, pois o livro é quase uma autobiografia sobre um período da vida dela. Outro ponto interessante é que a série pega elementos do livro e os mescla em uma só personagem ou ocasião.

Em relação a série, eu gostei bastante de ela ter começado um rumo próprio, somente utilizando aspectos relevantes do livro e adaptando do seu modo, mal posso esperar pela terceira temporada! Lembrando que a série tem algumas cenas eróticas, escolha o momento certo para assistir. (lol)

Bom gente, espero que vocês tenham gostado da resenha, deem uma passada no blog para ver mais resenhas e muitas outras coisas! :D
http://choqueliterario.blogspot.com.br/

site: http://choqueliterario.blogspot.com.br/2014/11/falando-sobre-orange-is-new-black.html#more
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