Amantes de livros 16/01/2022
Em uma palavra: decepcionante.
* NÃO CONTÉM SPOILERS*
Michael vive em um mundo tecnológico, onde muitos dos jovens e adultos gostam de passar seu tempo no "Sono", se divertindo enquanto jogam com seus amigos num modelo de realidade virtual extremo. Tudo parece bom até que um dos jogadores, chamado de Kaine, começa a atormentar outros jogadores, impedindo-os de sair do Sono e retornar a Vigília (mundo real). Michael é contatado pela SSV, organização que cuida da segurança dos jogadores, e recebe a missão de achar Kaine e entregar sua localização à agência. O que ele não espera é que o caminho virtual está cheio de desafios que colocarão a prova Michael e seus amigos.
Um enredo maravilhoso que promete uma história intrigante e única; o que não se espera é que, logo após o início da leitura, notamos que nossas expectativas não são atendidas.
O livro começa já cheio de ação, coisa que sempre esteve presente nos livros anteriores de Dashner, mas se considerarmos a habilidade do autor desfrutada em Maze Runner, ler O Jogo Infinito é uma provação.
O autor tenta manter a atenção dos leitores ao colocar cenas radicais em TODOS os capítulos, mas parece que ele esqueceu de que além de ação, um livro deve conter uma história bem-desenvolvida. Em todo o tempo que passei lendo este livro, me perguntava "o que exatamente está acontecendo aqui?", uma vez que nós sabemos de superfície da história, mas não sua profundidade.
O protagonista foi o personagem que mais sofreu injustiças no quesito de desenvolvimento. Tudo o que sabemos sobre ele é que ele é bom em hackear o código dos jogos e que ele ama seus amigos. Não temos nenhuma provação de sua vida antes dos acontecimentos do livro, apenas que tudo era muito "tranquilo", e o caráter do personagem não é algo sólido, ele simplesmente reage às coisas em volta.
Acabei o livro e ainda não faço ideia da origem do "sono", apenas de que ele existe e que as pessoas usam para passar o tempo. Não sei NADA sobre a sociedade, o governo do mundo. Tudo gira entorno do drama de Kaine, e até isso é mal trabalhado.
Passei o livro inteiro me questionando do porque dos protagonistas serem melhores amigos, uma vez que o autor não colocou química no relacionamento deles, nem uma única explicação para o que atraiu-os no começo.
Simplesmente raso em todos os sentidos!
A única coisa que salvou e me fez dar 2 estrelas é que a escrita do autor se mantém boa, mas essa parece ser a única característica que James decidiu manter de suas habilidades após terminar Maze Runner.
Lerei o segundo livro apenas pela esperança de que o autor ainda pode melhorar.