Aprendendo em Seis

Aprendendo em Seis Marcela Campbell




Resenhas - Aprendendo em Seis


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Naty__ 17/05/2022

Aprendendo em seis é uma obra que faz-nos refletir sobre todos os estereótipos que a sociedade cria e que, em sua grande maioria, prejudica aqueles que agem fora dos padrões estabelecidos. Através do relato de seis jovens que ficam em uma detenção por seis semanas, a autora prende o leitor e traz à baila uma série de situações do nosso cotidiano.

Campbell aborda de maneira esplêndida sobre o bullying em diversos casos. A autora ainda se aprofunda no sentimento das pessoas que sofrem desse preconceito. Somos apresentados a diversas personalidades que agem de um modo distinto quando passam por essa situação infame provocada por pessoas que não tem o mínimo de respeito pelo próximo.

Não é um livro que trata apenas de bullying, mas de diferentes situações e que podemos associar a muitas pessoas em nosso rol de amizade ou, ao menos, de convivência. Existem aquelas que constantemente reclamam que estão gordas, consideram-se acima do peso; há aquelas que são totalmente o oposto: estão gordas, mas querem se alimentar ainda mais. Elas agem assim para abastecer aquele vazio provocado por algo que lhe entristeceu. Outros são competitivos e, ainda, pais que tratam os filhos como se fossem objetos de competição e de beleza. Xingam, maltratam e humilham os filhos por algum deslize ou erro que eles cometem.

“A culpada era eu. Se não tivesse sido tão cega e estúpida, poderia ter evitado tudo isso, poderia ter estado ao seu lado, ter feito alguma coisa para ajudar mais, porém não percebi. O mundo já voltara a girar para os outros que se esqueceram, mas eu ainda sentia a dor todos os dias” (p.08).

A autora aborda temas bastante delicados e que deixa o leitor perplexo com a realidade que nos é apresentada, porém, muitas vezes vendamos os olhos para aquilo que está a nossa frente. Quantos jovens, insatisfeitos com a sua vida, com o tratamento dos pais, dos amigos e da sociedade, cometem suicídio?

Isso não relata no livro, porém, anualmente, 102 adolescentes cometem suicídio no país. O número é alarmante e deixa as pessoas perplexas ao saber que, desde cedo, os adolescentes não estão contentes com a vida que leva. E se esse número é considerado pouco, uma pesquisa da OMS (Organização Mundial de Saúde) revela que, a cada 40 segundos, uma pessoa comete suicídio no mundo. É lamentável, porém, muitos desses casos acontecem por frustrações advindas dos próprios pais.

Não obstante, a autora trata de casos de automutilação. Uma das personagens se corta a fim de esvaziar-se da sensação de culpa pela tentativa de suicídio da própria amiga, como uma busca desenfreada de fuga interior. O preconceito predomina no decorrer da obra, na maioria dos casos. É possível notar que muitos se preocupam com a aparência, enquanto o interior está sujo e conturbado.

“Uma gilete pode ser sua amiga tanto quanto uma pessoa, a diferença é que ela não lhe julga, não dá conselhos. Simplesmente abre um buraco em sua pele e deixa toda a sua dor vazar” (p.13).

Os seis jovens são obrigados a criar um evento para vinte crianças e suas famílias e, ainda, toda semana, eles devem apresentar um relatório dessas atividades. Os seis passam a se conhecer e ver a imagem de cada um sem máscaras. Através dos problemas alheios, eles percebem que os seus não eram tão cavernosos quanto pensavam.

A obra é uma lição de vida, de ânimo, de oportunidade e nos mostra como sermos melhores diariamente. Não é um livro de autoajuda, mas é possível captarmos um ensinamento em cada parte da obra.

Outro ponto muito interessante é que, no início de cada capítulo, a autora coloca um trecho de alguma música. O livro é narrado sob o ponto de vista dos seis personagens e temos um pensamento diferente sobre determinado assunto. Isso torna a leitura bastante clara; ainda possibilita uma maior proximidade e identidade com cada um.

“O que seria pior? Pais em pé de guerra que machucam os filhos e não se dão conta, ou pais que ignoram seus filhos por não alcançarem as suas expectativas?” (p.70).

Confesso que me identifiquei muito com Sadie, a garota das automutilações. Ela é totalmente na dela, passa boa parte do seu tempo lendo e não dá atenção ao que está ao seu redor. A personalidade dela é forte, marcante e o leitor torce para que o trauma dela seja apenas uma questão de tempo. O leitor vibra pela recuperação de sua amiga Nina e pela felicidade da personagem Sadie.

A capa é bem chamativa por apresentar os seis personagens da maneira como eles são. O título é muito sugestivo e abre campo para diversas ideias. A diagramação é ótima; é simples, mas é perfeita para uma leitura agradável com as páginas amareladas. Notei poucos erros na revisão, porém, não é nada que tire o mérito de uma boa nota pelo trabalho revisado.

Para quem gosta de novos desafios, esse livro é uma indicação, pois é totalmente diferente de tudo que já li. Ele nos ensina com os erros, com os acertos e com os possíveis casos futuros que podem surgir.

Resenhado dia 24/10/2014
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Jonas 14/11/2015

Resenha - Aprendendo em Seis.
??AVISO IMPORTANTE: Antes de começar a ler este livro, pense muito e reserve um tempo somente pra ele, pois quando se vira cada página é nítido que ele faz parte de sua vida.
A única coisa que tenho de negativo é que infelizmente acabou. ???

A história é narrada por seis personagens, são eles: Isabela, Noah, Sadie, Arthur, Lilían e Lucas, que mesmo sendo tão diferentes, cada um com seu defeito e qualidade, são tão parecidos.

Tudo começa quando os seis são mandados para detenção por seis semanas, os motivos são os mais distintos possíveis, um deles acaba indo por engano e quando vê não tem como se desvencilhar mais. Lá eles encontram refúgio, um lugar onde não precisam interpretar um personagem, onde estão prontos para serem aceitos e acolhidos.

As seis semanas passam muito rápido e nelas existem várias reviravoltas, principalmente quando está chegando perto do final. Um acontecimento me deixou abalado por três capítulos consecutivos até tudo se resolver novamente, com a graça de Deus???.

O livro visa muito o bullying, tema presente na vida de qualquer um, sendo de forma direta ou indireta. Conhecer alguém que não tenha passado por algo do gênero é impossível, principalmente nessa fase da vida, a adolescência, onde não se sabe se ainda se é criança ou se é adulto, se se pode brincar e se machucar ou se pode ter posições firmes e sentir as consequências de tal ato. Nesse parte deixo uma frase pra vocês para que possam refletir, afinal esse é meu propósito quando leio, absolver milhares de lições:
" Nossa pior arma é a língua, o que sai de dentro dela mais especificamente, as palavras em si, elas podem reviver uma ferida, as quais ora podem ser superficiais e que se cicatrizam rápido, ora são profundas e que anos não são capazes de cura-lá"

Recomendo imensamente a leitura desse livro, poderia me estender muito mais, porém o espaço aqui é curto. Mais não deixo de deixar um prezar pra autora e toda a sua astúcia de abordar um tema como esse de forma tão diferente em cada personagem. Parabéns e muito sucesso!

Nota: ?????????? (??)
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TamiresCipriano 10/07/2015

O título já diz tudo... mas deixaria aprendendo em sete - personagens e o leitor.
Aprendendo em seis é muito mais que um livro, muito mais que diversão, muito mais do que uma detenção, é um aprendizado. Livro que deveria ser um dos obrigatórios na escola.

O primeiro dia de aula pode ser o pior de todos. Pode ser chocante porque ainda não acostumamos ficar separados dos pais, pode ser frustante pelo primeiro choro na escola ficar em memória ou até mesmo, maravilhoso por se dar bem com todos e amar os professores.

Quando conheci o maravilhoso Projeto Violeta eu fiquei encantada com o livro, ainda não tinha lido nada do gênero, não o tema que aborda bullying.

Em aprendo em seis, conhecemos seis personagens com perfis distintos um do outro, mas nada os impedem de ultrapassar um pouco a barreira de hierarquia.

"- Nina! - Acordei com o som do despertador. Acordei como sempre gritando pelo nome de minha amiga, mas era óbvio que ela não estava e não estaria me esperando no portão principal do colégio com seu sorriso de orelha a orelha. Mas agora eu estava sozinha e me recusava a levantar, porém meus pés me traíram, e sem perceber, já estava no banheiro sentindo a água batendo em meu corpo." Pág 7.

Primeiro, apresenta a personagem que mais amei. Sadie que é amante da música - bom gosto aliás - e acabou de se mudar para o novo colégio já que o anterior, havia perdido sua melhor amiga para um ato de suicídio. Mas não se engane, ela é quieta, vive nos livros - acho que é por isso que gostei - e para aliviar a "dor", Sadie se corta.

O segundo personagem apresentado é a Isabela, mais conhecida como Bela, bonita mesma, daquelas que vive enturmada com a "rainha" da escola que todos babam por ela, só que é muito mais... Sua mãe a obriga viver de saladas, academia e só porque é bonita aprova que o certo é viver "pegando" os gatos da escola, daí vêm a fama de vagabunda e muitos outros nomes, mas também não se engane, ela é bem diferente do que se apresenta as pessoas, principalmente o Pedro - que dá até nojo.

O terceiro personagem foi o segundo que cativou meu coração, Arthur é um menino na dele, tinha uma mãe que estava internada que as vezes dava um ataque ou outro - principalmente quando sua vizinha dava pitaca dizendo que ela era louca. Arthur, um menino grande, ruivo - por isso o apelidavam de cabeça do fogo e faziam brincadeiras sem graça como se a mão queimasse - mas de ótimo coração, posso dizer que o mais maduro e tranquilo de todos.

O quarto personagem é o Noah, lindo, maravilhoso e mais respeitoso do que o nojento do Pedro que seus pais, eram fãns e viviam jogando na cara que ele poderia ser igual ao amigo. Não da sempre para ganhar na natação, mas o segundo lugar estava bom, certo? Além disso, porque nunca ganhava o parabéns e sempre era comparado ao Pedro? O que sabemos, é que, para descontar as raivas ele participava de brigas nas ruas para aliviar-se.

O quinto personagem é o Lucas, garoto Nerd que também levava boas surras do Pedro e companhia por não ajudar em alguma prova, não passar cola ou algo assim. O problema dele? Tinha um irmão mais velho em casa que seus pais viviam os comparando, sempre ele àquilo, ele isso e tudo. Este nosso personagem é o mais cômico ao longo da narrativa, por quê? Oras, Leiam para saber!

"Para fugir dessa guerra, porém, mal sabia que que acabaria entrando em outra." Pá 57.

O sexto e último personagem é uma fofa, que ama comer quando esta nervosa ou ansiosa com algo, que faz deliciosos brownies. Estamos falando da fofa e adorável Lílian que vive sorrindo para tudo e para todos, mal os colegas sabendo que os país vivem em pé de guerra em casa quebrando tudo, que a filha age como adulta, que nem sequer reparam que nas brigas, machuca a própria filha!



Ufa! Depois de citar todos personagens e contar um pouco deles, vou contar como estes seis se reúnem. Um é suspenso por chutar lixo em raiva, outro por "pintar" muro da escola, outra por ser pega de soutien, outra por dar murro na cara da fresca Amanda e outro por tentar furtar a prova do Pedro e mudar nota. E onde se encaixa a Lili? Pois é, não tinha muita coisa legal pra fazer em casa, então, ela vai à suspensão por livre e espontânea vontade e é aí, que inicia-se o nosso clube para aprendermos em sete - personagens e leitor.

São seis semanas de detenção. Seis semanas tentando se darem bem. Seis semanas para quebrarem os paradigmas da hierarquia escolar, de aprenderem a conviver uns com os outros, de aprender, conviver e saber que na verdade, nada se passa de máscaras mais do que bem pintadas da superfície ao topo desta pirâmide hierárquica!


O livro é fofo, lindo, incrível! A leitura fluiu de forma impressionante. Marcela teve todo carinho ao construir cada personagem, ao escrever cada palavra, linha, parágrafos e o que posso dizer é que me surpreendi pela escrita e o tema que ainda não tinha sido abordado.

Na capa os personagens são descritos, cada um deles ali, em quadrinhos. Como disse, Sadie foi bem chamativa pela quietude, por ser nervosa, calma, madura, misteriosa, sofrer e guardar a dor para si, amar ler e ouvir musicas, tudo isso nela me encantou.

"Mal sabíamos e aceitávamos que o sofrimento fazia parte da vida e que para passar por ele, teríamos que nos aferrar aos positivos. Porém, nestes momentos, já estavam apagados, sabe-se lá onde, dentro de nossa própria memória." Pág 278.

O interessante é que conforme a leitura se passava, voltei à época do ensino médio, comparei com fundamental e pré... Já perceberam que quando crianças nem conhecemos os coleguinhas, mas é mais do que rápido estarmos brincando? Por que tudo isso muda mais tarde? Não posso entrar em conceitos e tudo mais pois entraremos em fatos sociológicos e vamos deixar para a coluna Debate com a Thá, tudo bem? Mas se quiserem, visitem Projeto Violeta e saibam muito mais.

Sabe o que odiei? Os meninos nem eram tanto, mas nossa! Por que os pais eram tão rudes? Eram Cruéis, insensíveis e tudo quanto é nome ruim... Eram péssimos.

No mais, parabéns para Marcela pelo ótimo livro, amei o carinho e total amor, amei de verdade, conhecer você.

Se puderem, leiam! Vale muito a pena e lembre-se, não precisa de maltratar as pessoas, o certo é cada um respeitar, se todos respeitássemos o próximo, o mundo seria bem melhor.

Saibam mais no blog:

site: http://de-tudo-e-um-pouco.blogspot.com.br/2015/06/resenha-aprendendo-em-seis.html
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Kamila 18/01/2015

Quando somos pequenos e nossos pais nos matriculam em um colégio parte da nossa vida é decidida naquele momento. Aquele será o lugar onde vamos passar grande parte do nosso tempo, onde iremos fazer amizades e depois iremos nos decepcionar com elas, pessoas diferentes da gente irão cruzar o nosso caminho e muitas vezes não vamos saber lidar bem com isso.

Aprendendo em Seis aborda esses tópicos ao retratar a vida de 6 jovens, que possuem personalidades completamente diferentes, e que são obrigados a conviver juntos por um período de seis semanas na detenção. Ocorrem vários conflitos entre eles no começo, mas ao decorrer do tempo algo próximo de uma amizade vai aparecendo. Cada um ali tem a sua própria história e os seus próprios segredos, no mundo da detenção eles deixam os esteriótipos de lado e se mostram de verdade.

"Era como se quando estávamos juntos o mundo lá fora desaparecesse e ali fosse só a gente, no mundo da detenção."

O que eu mais gostei nesse livro foi o fato de que 6 personagens são uma especie de espelho de toda a "hierarquia" que existe no ensino médio. Os populares no topo e os esquisitões na base. Consequentemente acabamos nos identificando com algum deles e vendo nossos colegas nos outros.

São várias situações mostrada no enredo e todas elas são reais. O bullying, os rótulos que damos aos outros, os padrões impossíveis de beleza que nossa sociedade estabelece, o preconceito, a perda de alguém querido, a automutilação, entre outros.

Eu particularmente me identifiquei mais com a Sadie, foi a personagem que mais compreendi. Sei como é difícil vim de um lugar onde as pessoas te julgam e depois ser novata em outro e a situação permanecer a mesma por um tempo. Ela definitivamente entrou para a lista das minhas protagonistas preferidas.

Existe romance na leitura, mas não classificaria gênero do livro assim. É algo mais secundário porém super divertido. Dei várias gargalhadas com os casais que se formaram e achei super fofo.

Assim que comecei a leitura o que me deixou animada foi perceber que cada capítulo começava com um trecho de música que fazia relação com algo que iria acontecer ou com o próprio personagem, amo livro que tem sua trilha sonora! Aliás, temos acesso ao ponto de vista dos seis, eu tive medo de ficar um pouco perdida no começo mas isso não aconteceu, é tudo muito claro.

Gostaria de falar da capa do livro também, a parti dela temos a nossa primeira impressão dos personagens. Nos capítulos iniciais de cada um deles eu lia e ia para a capa identifica-los e gostei disso, foi uma forma bem nítida de mostrar as diferenças deles. Nela cada um está caracterizado pela forma que mais chama atenção dos outros.

Ao todo são mais de 400 páginas, mas a leitura é rápida, qualquer tempinho que tinha eu pegava para ler e quando via já tinha devorado vários capítulos. Eu gostei muito e por isso dei 5 estrelas, indico para todo mundo porque é realmente impossível não se identificar com nenhum dos seis.

"Porque em cada segundo víamos o lado bom. Víamos a esperança. A felicidade. Nesse incrível grupo de perfeitos imperfeitos."

site: http://gostoliterario.blogspot.com.br/
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Carlos531 31/10/2014

Inesquecível...
Aprendendo em Seis nos traz uma história com fatos comuns da atualidade, mas que nos envolvem durante toda a leitura e nos conta de um maneira diferente o lado que não conhecemos da coisa.
No enredo temos seis jovens totalmente diferentes uns dos outros, mas que por uma razão (ou nenhuma) acabam por ficar em detenção durante o que aparentemente é seis dolorosas semanas. Agora imagine passar horas com pessoas opostas ao que você aceita? Isso mesmo!
A descontraída Sadie que é uma novata no colégio São Lucas; Isabela que é uma patricinha linda por completo; Lucas que é o nerd, o esquisito e talvez invisível Arthur que é um garoto quieto que ama desenhar; o competitivo e calmo Noah e por fim, a Lilían, uma garota que se passa por sorridente quando interiormente sua vida desmorona. Junte todos eles e ficará surpreso quando souber que eles formam a combinação perfeita.
Vivendo em zona de guerra todos eles são obrigados a fazer uma ação social do colégio que consiste em uma festa para as famílias de vinte crianças de uma comunidade. Isso parece desgostoso e impossível no início, mas os personagens vão aprendendo consigo mesmos, concentrando nas situações tão parecidas que vivem, suportando o que cada um é, tomando atitudes, e por fim, tudo vai se encontrando em meio a esse quebra-cabeça.
A história é linda! Vivenciamos situações e atitudes tão importantes na sociedade, conhecemos no enredo profundamente cada personagem aprendendo com cada problema que estes enfrentam. É envolvente, incrível e de um modo diferencial dos livros. Marcela Campbell criou seu próprio estilo na escrita e esbanjou um milhão de sentimentos nas páginas que nos fazem rir, chorar, gritar e sem contar que é impossível odiar os personagens! Confira a resenha completa no link:

site: http://jovens-leitores-brasil.blogspot.com.br/2014/10/aprendendo-em-seis-resenha.html
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Entre Resenhas 29/09/2014

Aprendendo em Seis - Marcela Campbell - Editora Schoba
Resenha:
Tenho certeza que em algum momento na vida, principalmente em fase escolar, alguém se deparou com garotas e garotos de diversos tipos e atitudes, algumas até pra lá de inconvenientes e irritantes.

O problema é que na maioria das vezes, essas atitudes são apenas fugas para diversas crises internas . E quase sempre o que falta é algo ou alguém chegar e causar um impacto nessas pessoas para que possam deixar cair suas máscaras e mostrar seu verdadeiro eu.

E é de maneira subjetiva, incrível e envolvente, que Marcela Campbell nos apresenta, Aprendendo em Seis, mostrando que isso é possível.

Quando li a sinopse do livro, cheguei a ter a impressão de ser um livro voltado somente para o público adolescente, mas quando tive o livro em mãos, cheguei à conclusão que deveria ser leitura obrigatória, não importando a faixa etária do leitor.
Não encontrei nenhum ponto que me desagradasse na leitura.

Marcela consegue sutilmente apresentar acontecimentos dramáticos e intensos de maneira leve e descontraída, que envolve o leitor, nos arrasta para o mundo paralelo de cada personagem e nos faz viver cada momento deles como se fosse nosso.

A escrita da autora é simples e direta fazendo a leitura ser muito prazerosa e fluída, confesso que quando comecei a ler não consegui parar, queria mais e mais é o tipo de leitura que instiga o leitor a cada página.

Um ponto que me chamou a atenção e gostei muito é que o leitor passa a conhecer cada personagem intimamente, como se sente, suas reações e seu verdadeiro eu, pois os trinta e cinco capítulos são narrados por cada um dos personagens e vivemos seu dia-a- dia, suas emoções, revoltas, paixões e seus limites.

Sinceramente não sei dizer por qual deles me apaixonei mais , os seis personagens são tão bem construídos, beirando o real e vivendo situações reais que fica difícil optar por um só.

Cada qual me cativou de uma maneira, me levou para seu mundo e me fez enxergar através dos seus olhos.

Com a mesma intensidade que amei Lílian, Lucas, Sadie, Arthur, Isabela e Noah, odiei alguns pais e colegas que faziam da vida deles um inferno.

Marcela consegue extrair esses sentimentos contraditórios facilmente do leitor, fazendo com que o amor e o ódio venham em proporções iguais.

Quando esses seis jovens se encontram em um único local se tornam agressivos uns com os outros, mas com o tempo, passam a ver que cada um tem seus problemas pessoais e de relacionamento e assim começam a enxergar e aprender uns com os outros a melhor forma de lidar com tudo isso e quando percebem, já está nascendo uma amizade e ajuda mútua que emociona o leitor.

Vão aprendendo à maneira deles lidar com situações que antes eram insuportáveis quando sozinhos.

A narrativa é intensa, emotiva, divertida e encantadora.
O leitor ri, chora e torce o tempo todo por eles e é tocante a superação de cada um.

Aprendendo em Seis é muito mais que um aprendizado.

Intenso. Encantador. Romântico. Inesquecível.

É o primeiro livro que leio da editora Schoba, e tenho que dizer que me surpreendi com o trabalho deles.

A capa é linda, moderna e descontraída.

Diagramação perfeita.
Páginas amarelas, tornando a leitura mais prazerosa e tamanho da fonte excelente.

A editora Schoba está de parabéns.

Essa resenha foi escrita por mim para o site Papiro Digital no qual sou colaboradora.


site: http://entreresenhas.blogspot.com.br/2014/09/resenha-aprendendo-em-seis-marcela.html
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